Confesse Que Me Ama | CAPÍTULO 19 | A Grande Noite

Um conto erótico de Xixi Mijurina
Categoria: Homossexual
Contém 2386 palavras
Data: 15/09/2013 17:23:27

- Meninos, esta é a noite! Em poucas semanas o projeto da cura gay do nosso idolatrado Feliciano surtiu efeito! Uma proeza! Quero que tragam suas namoradas esta noite. Vamos compartilhar essa vitória!

Os garotos aplaudiram depois que Abel terminou de falar.

- Agora sou um homem completo e estou muito feliz por isso! - um dos meninos disse.

- Mas eu não sei quem eu trago... Não tenho ninguém! - disse Bernardo.

- Não tem ninguém porque não está totalmente empenhado... Você ainda tem desejos errados? - perguntou Abel.

- Na verdade sim! Esse projeto não deu certo em mim.

- Santo Feliciano! Não é possível! - exclamou Abel.

- Todos nessa sala estão fingindo. Ninguém aqui mudou, só está enganando a si mesmo. Hipócritas!

- Como ousa chamar os meus curados de hipócritas? Hipócrita é você que vai arder no fogo do inferno, seu sodomita! Em nome de Feliciano eu te expulso dessa sala. Você não confundirá os curados!

- Se eu vou queimar no inferno por ser sincero, o que acontecerá com vocês que mentem? - Bernardo saiu.

Todos ficaram em silêncio enquanto Cauê sorria por dentro.

***

Cauê seguiu Bernardo:

- Ei, espera, Bernardo!

- Veio me dar uma bronca, Cauê?

- Não. Pelo contrário. Vim te parabenizar pela coragem, estou orgulhoso.

- Mesmo? Acho que exagerei. Todos, inclusive o Ricardo ficarão contra mim.

- Você foi ótimo. Abrirá os olhos de todos aqueles meninos a respeito da verdade. Vem cá, me dá um abraço. - Cauê envolveu Bernardo.

- Cauê, por que você insiste tanto em me fazer gostar de ser gay?

- Porque sei o quanto é difícil reprimir isso.

Bernardo se assustou:

- Oh, meu Deus, você também é...

- Xiu! - calou-o Cauê - Alguém pode ouvir. Vamos sair daqui.

- Mas por que não se assume? - Bernardo perguntou enquanto caminhavam.

- Porque tenho muito a perder. Não quero decepcionar a igreja, a minha família...

- Mas foi exatamente o que você me mandou fazer. Abri mão de tudo porque você me encorajou. Não acredito que está sendo tão... Tão...

- Covarde. Eu sei. Sou um covarde, por isso não quero que seja um também.

- Você gosta de alguém?

- Sim, gosto de um, mas namoro outro.

- O quê? Você tem namorado?

- É, tenho sim.

- E quem é?

- Ah, não sei se devo.

- Puxa vida, obrigado pela confiança.

- Tá bom, eu conto. Ele se chama Felipe.

- Que Felipe?

- Felipe Nurks, a Lady Diva.

- O que ganhou o desfile?

- Sim.

- Credo. Nunca fui com a cara daquela bicha.

- Ah, não fala assim... Ele é um fofo. A minha primeira vez foi com ele.

- Vou te bater, Cauê! Você merece coisa melhor. E o outro menino, de quem você gosta mesmo.

- Ah, esse... Acaba comigo.

- Quem é?

- O Joaquim, conhece?

- O Joaquim? Você é maluco? Ele, depois do Abel, é o garoto mais homofóbico que existe.

- Você não o conhece direito.

- Desista, você não tem chance.

- Ele me roubou dois beijos... O que acha? Ainda não tenho chance.

- Não acredito. Aquele deus, aparentemente bruto te beijou duas vezes?

- À força.

- E por que não ficam juntos, já que se gostam.

- Por que somos dois idiotas arrogantes. Eu desisti. Ele também.

- Corre atrás.

- Não dá. Ele não quer mais. Deixou isso bem claro.

- Então você vai ter que se conformar com a Lady Diva. Pensei que ele fosse entrar no grupo. O vi conversando com o Abel lá na igreja.

- Quando?

- Foi depois de uma das reuniões. Voltei pra pegar meu celular que eu havia esquecido e os encontrei.

- Estranho... O Felipe não conversa com o Abel.

- Parece que tinham muito assunto. Nem notaram a minha presença.

- Você ouviu o que eles estavam falando?

- Sei que era a respeito de um dinheiro. Quinhentos reais.

Cauê emudeceu. Quinhentos reais. Era a quantia exata que havia sumido do cofre da igreja.

***

Joaquim e Janaína comiam brigadeiro enquanto assistiam a um filme.

- É tão bom estar aqui com você. Só nós dois.

- Sim, estaria tudo perfeito se você não estivesse comendo todo o brigadeiro. - disse Joaquim rindo.

- Ah, seu chato, você que enche a colher e eu fico sem nada.

- Que mentirosa.

- É verdade, sua boca está entupida de brigadeiro.

- Quer um pouco? Vem pegar. - disse Joaquim engolindo mais uma colher de brigadeiro.

Janaína o beijou. Depois começaram a rir.

- Isso é nojento, mas é, também, uma delícia. - disse Janaína que melou o dedo no brigadeiro e passou na boca. - E então? Quer mais um pouco?

- Ô, se quero. - Joaquim a beijou e começou a apalpá-la.

- Quim, hoje não. Você sabe, estou naqueles dias...

- Sério que você vai me deixar na vontade?

- Sinto muito, bebê. Mas nós podemos ficar agarradinhos debaixo do cobertor e voltar o filme do começo porque você tirou toda a minha atenção.

- Tudo bem, então.

- Você não sente falta da sua casa, dos seus pais?

- Sim, eu sinto. Muita.

- Não acredito que você tenha saído somente por uma discussão. Não faz sentido.

- Mas foi o que aconteceu, Jana. Nós discutimos e eu resolvi sair. Já estava na hora de me tornar independente.

- A vantagem é que agora nós podemos namorar o tanto que quisermos. Isso até o meu pai descobrir que você está morando sozinho.

O celular de Janaína tocou. Era o pai dela.

- Santa boca. - exclamou Joaquim.

***

Felipe chegou em seu quarto e ao fechar a porta foi surpreendido por Abel que agarrara o seu pescoço pressionando-o contra a porta:

- Olá, doçura. Onde está o meu pen drive?

- Não consigo falar com você apertando o meu pescoço. - sussurrou Felipe.

Abel soltou-o:

- Chega de joguinhos, Felipe. Me entregue o vídeo ou eu...

- Ou o quê, Abel? Você acha que eu tenho medo de você? Todo esse tempo eu fiz o que você mandou, mas agora eu coloco as cartas na mesa.

- Não me provoca.

- Vou te entregar o vídeo, mas hoje à noite.

- Me entrega agora. - Abel estava nervoso.

- Não adianta se estressar. Só eu sei onde ele está e eu decido a hora de te entregar.

- Entregar o quê? - Cauê surgiu. Havia acabado de chegar e ouvira as últimas palavras.

- Nada, Cauê. O Abel já estava de saída. - disfarçou Felipe empurrando-o pra fora.

- Vai esconder dele, Felipe? - provocou Abel.

- Escoder o quê? - Cauê estava curioso.

- Cacá, não dê ouvidos a ele.

- Espera, Abel, me conta o que você e o Felipe estão escondendo.

- Eu não escondo nada, mas seu namoradinho tem um video da primeira transa de vocês que ele pretendia me dar para eu exibir hoje à noite. Em troca eu lhe daria uma noite de sexo, mas parece que alguém não quer cumprir a parte no acordo.

Cauê congelou.

- Não, Cacá! Olha pra mim. Você sabe que o Abel é mentiroso. É tudo armação dele.

- Armação minha? - berrou Abel - Armação nossa! Até o namoro de vocês faz parte do plano.

- Que plano? - Cauê estava pálido de ódio.

- O da sua ruína, Cauê. - disse Abel.

- Mas o que eu te fiz?

- Nasceu. Não precisa fazer nada pra eu ter ódio de você. Seu fingido. Engana a todos, mas isso acaba hoje. De qualquer forma. Com ou sem o vídeo. Você será apenas o primeiro. Os gays dessa cidade não perdem por esperar.

Abel saiu e Cauê virou-se para Felipe sem dizer nada emanando ódio pelos olhos.

- Cacá, eu te amo. De verdade. No começo era armação, mas agora é real. Você precisa confiar em mim. Me perdoa.

Cauê deu um tapa na cara de Felipe.

- Está aí o meu perdão. - disse Cauê que saiu em direção à porta. Parou, virou-se e disse - Entregue o vídeo ao Abel. Não tenho medo dele. Cansei de me esconder. Quanto a você, espero que uma noite de sexo compense todo o meu amor e consideração que perdeu.

***

Quando a noite chegou, a igreja estava cheia. Todos ansiosos pela presença da figura icônica de Marco Feliciano. Assim que ele entrou todos ficaram de pé e começaram a aplaudi-lo.

Felipe procurou Abel:

- Toma. - disse entregando-lhe o pendrive - Aí está o vídeo.

- Pensei que tivesse desistido.

- Não faço nada pela metade. Além do mais, o Cauê não quer mais nada comigo. Já perdi tudo.

- Você não gostava dele.

- Talvez não gostasse no começo. Mas agora me sinto um lixo pelo que fiz. Como ele não quer me perdoar, terei que ser inimigo dele.

- Acredite, você está fazendo a coisa certa.

- Sei que estou.

Felipe foi procurar um lugar e viu quando Cauê entrou. Estava sério. Foi ao seu encontro:

- Como você tem coragem de aparecer aqui? - perguntou Felipe.

- Como você tem coragem de falar comigo? - respondeu Cauê.

- Sua vida está prestes a mudar totalmente. As pessoas te verão com outros olhos. Será que você aguenta?

- Não sou mais um menino, Felipe. Cansei de ser covarde. Não vou deixar o Abel achar que me amedronta. As consequências são minhas e eu vou arcar com todas.

Cauê saiu e foi sentar-se perto de Bernardo.

***

Joaquim e Janaina chegaram juntos à igreja. O pai de Joaquim estava na porta:

- Vou entrando, Quim. Espero que se entendam. - disse Janaína dando-lhe um beijo no rosto e entrando na igreja.

- Oi, pai.

- Oi, Joaquim. Vejo que ainda está namorando essa moça. Desistiu daquela história de ser gay?

- Sim, estou inteiramente com a Jana agora.

- Então por que não volta pra casa?

- Estou com ela porque quero e não para te agradar. Por que confiaria em você? Pra me chutar novamente?

- Então você ainda pode ter uma recaída?

- Que recaída, pai? Você fala como se fosse uma doença ou vício.

- É uma doença, meu filho! Por que você não entra nesse grupo de cura gay? Por que não tenta se libertar?

- Porque já sou livre. Principalmente de você. Você é quem precisa de cura para a sua ignorância.

Joaquim entrou na igreja e logo viu Cauê. Trocaram olhares rápidos. Seu coração acelerou, mas logo se conteve. Tinha que esquecê-lo.

***

Abel foi apresentado ao público como o líder do grupo "Os Curados" e lhe foi concedida a palavra:

- Boa noite a todos. Pra mim é uma imensa honra estar aqui nesta noite tendo à minha reta-guarda este grande homem, Marco Feliciano. Quero dizer que sou o seu fã. Eu, em nome de meus curados, quero lhe agradecer por este projeto maravilhoso. Como você pode ver, aqui estão eles e suas namoradas. Meses atrás usavam saltos, maquiagem e cantavam músicas da Lady Gaga. Hoje coçam o saco e falam sobre futebol. Uma maravilha! Peço uma salva de palmas a eles.

Todos aplaudiram e Abel continuou:

- Onde está o Cauê? Cauê, venha aqui. Você é o nosso vice-lider que ajudou bastante. Vem, Cauê.

Cauê se levantou. Olhou para Bernardo, para Felipe e, por fim, para Joaquim. Caminhou até o palco.

- Vou deixar você falar, Cauê, mas, antes, quero mostrar um vídeo a toda a igreja.

Cauê mantinha um semblante sério, mas, por dentro queria sair correndo de tanto medo.

Abel ligou o datashow e toda a igreja se espantou com o vídeo pornográfico:

- Aaaaaaah! Delícia, mete mais, Felipe!

Porém a voz e a imagem não eram de Cauê, mas, sim de Abel sendo enrabado por Felipe.

Cauê sentiu um misto de susto com alivio e viu quando Felipe olhou pra ele com um olhar vitorioso.

Uma confusão começou. Pessoas tapando os olhos e os ouvidos para não ouvir os gemidos de Abel. Os curados começaram a rir, Janaína e Joaquim ficaram boquiabertos.

Um dos curados começou a gritar:

- Chega de xoxota, o que eu quero é piroca!

Abel não sabia o que fazer. Avistou Felipe e saiu em sua direção, mas cinco irmãos o atacaram ainda em cima do palco dando-lhe socos e pontapés.

Felipe saiu da igreja realizado. Seu plano havia dado certo. Vingara-se de Abel em grande estilo.

***

O QUE REALMENTE ACONTECEU NAQUELA NOITE.

Felipe chegou com uma bolsa no quarto de Abel:

- Boa noite!

- Boa noite! - Abel estava com uma camisa vermelha de botão toda aberta mostrando seu peitoral e tanquinho.

- Hum, já está preparado?

- Sempre. Trouxe meu vídeo?

- Tá num pendrive dentro da bolsa. Vamos começar? - disse Felipe jogando a bolsa pra um lado e tirando a camisa.

- Antes um drink. - estendeu um copo cheio de uísque para Felipe.

- Prefiro água.

- Espera que eu vou pegar.

Abel saiu e mais do que depressa Felipe jogou o uísque de seu copo fora, acrescentando uma dose alta de "Boa Noite Cinderela" à garrafa de Abel. Encheu o próprio copo com um uísque puro que trazia na bolsa.

Quando Abel voltou, Felipe já estava no segundo copo de uísque.

- Ué, mas nem me esperou.

- Me acompanha? Vamos brindar à nossa vitória!

Abel encheu o copo com o uísque batizado.

- À nossa vitória! - disse Abel ao brindarem.

- Essa noite promete.

- E como.

Começaram a dançar e Abel sentia-se cada vez mais fora de si. Até que tomou todo o uísque da garrafa ficando totalmente dopado.

Felipe ligou a câmera, agarrou Abel e começou a lhe beijar. Abel retribuiu o beijo:

- Hummm! Isso é bom.

- Deita na cama. - Felipe sussurrou no ouvido de Abel.

Abel deitou de bruços e Felipe puxou sua calça e cueca deixando sua bunda branca à mostra.

Felipe começou a apertar e bater.

- Ai! Por que você está fazendo isso? Eu tô bêbado...

Felipe dava linguadas em seu cu.

- Aiiiii! Isso é tão gostoso, tá me dando tesão.

- Tá gostando, Abel?

- Sim. Continua.

- Você é quem manda. - Felipe enfiou o pênis aos poucos e Abel começou a rir.

- O quê que você está fazendo? Tá doendo.

- Vai passar... Não está gostoso?

- Muito.

- Então pede pra eu meter.

- Mete.

Felipe enfiou o pau de uma vez.

- Aaaaaaaaaaaah! Que delícia, cara!

- Pede assim: "Mete mais, Felipe!"

- Aaaaaaah! Delícia, mete mais, Felipe!

- Isso é por todas as vezes que você machucou meu corpo e meu coração! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! - gemia Felipe enquanto apertava a bunda de Abel.

- Isso só pode ser um sonho! Vai! Vai! Vai! Ow! Ow! Ooooow!

- Agora abre a boca.

Abel abriu e Felipe colocou o pau todinho lá dentro.

- Isssso... Hum, boquinha quente e molhadinha. Lembra da surra que você mandou dar no Cauê? Baba na minha piroca, seu filho da puta.

- Hum! Hum! Hum! Hum! Hum! Ai! - gritou Abel quando Felipe puxou o seu cabelo.

- Vem, vou gozar na sua cara. Aaaaaaaaaaaah!

Felipe melecou toda a cara de Abel.

Esperou Abel dormir, limpou o seu rosto, vestiu as roupas nele novamente, deixou o pendrive vazio na cômoda, pegou a câmera, a bolsa e saiu.

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Comentários

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Nossa, amei... Realmente estou sem palavras, Abel mereceu e tomara que ela seja humilhado e castigado mais ainda!! Faz o Joaquim e o Cauê voltarem, por favor!! Amando seu conto :*

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Muahahaha nossa como eu queria tar nessa igreja kkkk ai odeio o M.F. ODEIO JOAQUIM E JANAÍNA QUERO QUE OS 2 PEGUEM UMA DOENÇA SEXUAL E M O R R A M. NOJO DELES, DO ABEL E TODOS DESSA IGREJA.

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