Timmy & Sam: Don't ask don't tell 12

Um conto erótico de Syaoran
Categoria: Homossexual
Contém 4629 palavras
Data: 11/08/2013 22:39:56

Obrigado a todos pelo carinho e vamos continuando. Este capítulo é um pouco diferente, está um pouco menor do que os outros e mostra a versão do Timmy das coisas que aconteceram entre ele e o Sam antes do primeiro beijo. Espero que gostem.

Eu estava tão ansioso, fui ao aeroporto, comprei minha passagem para Ashley e parti no primeiro voo, o tempo parecia não passar, sentia como se esta viagem, que era curta fosse como uma travessia ao Atlântico, a nado. O avião parecia que nunca ia chegar, chegando a decolagem demorou, decolando o percurso foi alongado, quase que não chegava a seu destino, chegando quase não pousa. Creio que as aeromoças já deveriam estar de saco cheio da minha pessoa, de três em três minutos eu perguntava como estava indo a viagem, ou se demoraria muito.

Ao sair do aeroporto pego um táxi e peço para ir em direção ao meu endereço. Meu Deus, como este taxista era uma lesma, na certa iria cobrar um absurdo pela corrida. Ele vai em direção a minha rua, entra, nossa aqueles ares, aquela vizinhança, a minha vizinhança, fazia com que eu achasse que o tempo não passou, como se eu tivesse me ausentado apenas um final de semana e que Sam poderia estar lá, me esperando, tendo feito uma surpresa, ou se estivesse preso no trabalho teria deixado algumas mensagens de desculpas, ou quem sabe, se ele não estivesse eu poderia surpreendê-lo ao chegar. Enquanto me perdia nestes pensamentos, inconscientemente pegava em meu dedo, alisava-o, como se estivesse tocando em minha aliança, que já não estava aqui.

Chegando, percebo todas as luzes apagadas, e uma placa de aluga-se mesmo na frente, isto faz com que eu me depare, mais uma vez com a triste realidade, aquela não é mais a nossa casa, pois estamos separados, aquele ambiente que outrora me trazia lembranças de vida, agora se converte em uma espécie de mausoléu, aquilo que materializa todas as coisas que eu abri mão, todas as coisas que eu, ou perdi, ou estou a vias de perder.

- É aqui mesmo senhor? – Questiona o motorista.

- É sim... ou melhor, era, o senhor poderia me levar a este endereço – digo informando o endereço de minha mãe, ao que este assente e continua o trajeto.

Chego à casa de minha mãe, já se passava um pouco das onze da noite, enquanto estou na soleira da porta fico imaginando todo o trabalho que ainda terei, todas as coisas que ainda terei que fazer, a forma como deveria me portar para reavê-lo. Eu estava voltando a casa, voltando, pois não tive a capacidade de sustentar um relacionamento, por minhas falhas, minha incompetência como homem. Enquanto estava absorto em meus pensamentos alguém abre a porta.

- Ti... Tim... – minha mãe falava. – meu filho, o... o que você está fazendo aí fora?

- Surpresa, mãe. Aconteceram algumas coisas e eu acabei vindo mais cedo. – falava tentando me recompor.

- Oh meu filho, era pra ter avisado que vinha, ai eu já teria deixado o seu quarto preparado. – ela falava em um misto de alegria e tristeza. Ao que eu não entendi o porquê até chegar ao meu antigo quarto. Eu sou homem, sou macho então me segurei, segurei a emoção, segurei as lágrimas ao entrar naquele local. Nele haviam várias caixas escritas “Coisas do Timothy”, eram as minhas coisas, as coisas que estavam na minha casa, objetos que diziam muito da minha vida com o Sam, agora eles estavam todos amontoados em meu antigo quarto.

- Calma meu filho, as coisas vão se resolver... isso não pode acabar assim... isso não vai acabar assim. – minha genitora falava.

Aquele quarto se converteu em uma imagem totalmente funesta, era a materialização de minha vida atual, era a vida que eu levava antes de conhecer, ou melhor de estar com o Samuel junto com a vida que eu levaria a partir de agora, mas para vivê-la eu teria que empacotar, esconder, me desfazer de cada pedacinho de felicidade, das vivencias que tive com o meu loiro, mas eu não conseguiria fazer isto, não poderia deixar os resquícios de felicidade, simplesmente, se esvaírem de meus dedos. O Samuel não poderia fazer isto comigo, ele... ele não tem permissão de entrar, de bagunçar minha vida inteira, de me fazer sentir tudo o que eu sentia por ele e em uma falha, um erro, roer a corda, saltar fora. Eu não podia ter feito isso, eu não podia ter aberto mão dele tão fácil, não era pra tê-lo dado espaço... era, quem sabe, ter ligado todo dia pra pedir desculpas, todo dia para dar-lhe apenas a certeza de que, mesmo fazendo aquilo eu o amava, eu ainda o amo. Eu o amo desde que não sabia o que era o amar, desde o momento que eu sentia raiva dele, queria que ele se mantivesse afastado, desde o momento em comecei a agir feito um completo idiota diante dele, provavelmente, desde aquele momento eu já o amasse, só não conseguisse admitir.

- Se você quiser, podemos pegar um colchão e você dorme no quarto, junto com seu irmão. – ela falava ao perceber o quão transtornado eu estava com aquela cena. – Amanhã, quando você estiver melhor, descansado, nós desempacotamos as coisas.

- Cer...certo mãe.... – eu tentava articular alguma coisa para dizer. – onde estão a Vivi e o Craig?

- Eles saíram com uns amigos, e só devem voltar mais tarde.

- Tá certo, tá certo... eu, err, eu... – eu queria ficar um pouco sozinho, mas não sabia como falar isso para minha mãe.

- Pois meu filho, boa noite, precisando de qualquer coisa...

- obrigado.

Quando minha mãe se ausenta eu faço aquilo que não poderia, não deveria naquele momento, adentro o quarto e começo a ver o que o Sam considerava como sendo as “Coisas do Timothy”, engraçado pensar que, se o nosso término tivesse sido de uma forma diferente, se eu não sentisse mais nada, ou melhor ainda, se eu o detestasse eu gostaria de ver as coisas do Timothy para poder brigar, para poder achar que ele ainda tinha algo que era meu, para poder querer reaver os objetos, ou, se achasse que as coisas estavam divididas da maneira correta poder ter como colocar uma pedra, um ponto final em tudo aquilo. Mas ver as “Coisas do Timothy” mostravam em que medida ele me queria fora de sua vida, faziam com que eu tivesse a real noção do trabalho que eu teria que fazer para conseguir o que era meu de volta, então o primeiro passo seria fazer com que aquilo voltasse a pertencer a ele, mesmo que na minha cabeça, desta forma vou ao quarto de meu irmão, pego um pincel e melhoro o nome que estava em cada caixa: “Coisas do Timmy”, não sei, mas ver Timothy com a letra dele, é uma coisa que me dá calafrios.

Começo a desempacotar e vejo as minhas roupas, minhas cuecas. Todas separadas e dobradas, meus perfumes, algumas coisas pessoais e uma caixa com repleta de fotografias. Nesta havia um pequeno bilhete.

Sei que agora você pode não ligar mais pra elas, você pode querer esquecer tudo o que vivemos em função desta sua vida como militar, se isto elas não significam mais nada pra você, pra mim também não. Infelizmente não consigo me desfazer delas, gostaria de queimá-las, rasga-las, mas sabe que eu não sou de fazer coisas assim. Então, se é a vida militar que você quer, que dê o próximo passo, as fotos que agora te enchem de vergonha, os momentos que você deseja que não façam mais parte da sua vida, você pode se livrar deles.

Samuel Owen.

Meu Deus, como fui arrumar um namorado tão dramático, tudo o que ele falava, naquele momento, me feriam ainda mais. Comecei a passar as fotos, relembrar cada momento, ver a nossa vida e acabei adormecendo.

__________________________

Depois de que vi o Clarkson se agarrando com aquela garota, não sei. A noite pra mim acabou naquele exato momento, sei que não deveria me importar, sei que ele era meu amigo a mais tempo do que o Samuel, mas eu me importava e muito. Tanto que, tive que me esforçar ao máximo para poder ser uma boa companhia para o rapaz, que não sabia estar sendo traído pelo namorado. Será que eu deveria dizer o que vi? Será que mandá-lo observar mais atentamente o outro o ajudaria em alguma coisa? Não, eu não podia, eu não tinha o direito de estragar a sua noite, a noite que ele tanto esperou com uma coisa como esta. Então decidi que falaria com o meu amigo primeiro, depois, dependendo da resposta falaria com o meu colega de quarto.

Então fui direto ao abatedouro, digo, ao musical. Confesso que não achei lá grande coisa tiveram cenas que eu até gostei, algumas interpretações Dancing Through Life, de um cara que em vez de se preocupar com a escola queria era se divertir. Fiz de todo o possível para não dormir durante a apresentação, e acho que consegui.

O que eu mais gostei, mesmo foi quando o musical acabou, o semblante de Sam parecia uma coisa de outro mundo, ele estava maravilhado, ele estava em seu hábitat, ele estava pleno após ter visto a sua peça preferida, eu ficava alegre em poder pensar que eu havia ajudado, pelo menos em uma parte mínima em lhe proporcionar tamanha alegria, fazê-lo bem me fazia bem. Fomos a uma pizzaria, e eu me surpreendi, eu acreditava que os gays não eram bons de garfo, ou cheios de frescura quando o negócio era comida, mas estava redondamente enganado, o Samuel come, se bombear mais do que eu.

Voltamos a Universidade e eu estava feliz, as coisas tinham saído melhores do que eu pensava, agora era apenas ir ao dormitório, dormir e no dia seguinte a vida seria bela e eu tentaria ter uma conversa séria com o meu amigo, mas as coisas raramente ocorrem da maneira como pensamos.

- Timmy, eu vou dar uma passadinha lá no Erik, ele passou a noite estudando. – Sam dizia.

- Não!!! – acho que exagerei na resposta, mas imaginem, Clarkson poderia estar, como poso dizer, ocupado e eu não queria que a noite de Sam fosse estragada dando um flagra no namorado.

- Como!?

- Ehhh, não, ele deve estar dormindo, deixa pra falar com ele depois. – Eu tentava impedir o possível flagra.

- Não está, eu vi a luz do seu quarto aberta, e como ele hoje está sozinho ainda deve estar estudando.

Eu tentei demovê-lo de todas as maneiras possíveis de sua iniciativa, quando não consegui mais decidi ir junto, no caminho eu já imaginava a cena, o Sam entrava no quarto e dava de cara, na melhor das hipóteses no Clarkson e a garota dormindo na mesma cama. Clarkson tentando dar explicações estapafúrdias a que o garoto não iria acreditar, a garota não iria entender as coisas que estavam acontecendo, o que deixaria Sam com mais raiva ainda. Eles brigariam e o Sam voltaria para o dormitório arrasado. Eu indo junto poderia me fazer de desentendido, de que aquilo pra mim também era novidade e tentar apoia-lo em seu momento arrasado. Para minha sorte, ou azar, não sei ao certo ao entrarmos no quarto Clarkson estava estudando somente com a luz do abajur acesa, na certa já havia dispensado a mulher.

- Oi amor, o que você está fazendo aqui? – Clarkson perguntava de forma surpresa, na certa a garota havia saído há pouco tempo.

- Vim só fazer uma visita, meu nerdzinho. – Sam tentava ser carinhoso, pensando nas privações que o namorado passava para estudar, e eu ficava enojado com a cena. Na verdade, eu havia me prometido deixá-los resolver as coisas sozinhos, minha conversa com Clarkson seria no outro dia. Mas vejo uma camisinha usada no chão do quarto, vou em direção a ela, piso, para que o meu colega de quarto não a encontre, aquilo é demais.

- A noite foi muito dura não foi Clarkson?

- Ohh, quase não consigo colocar a matéria em dia. – ele respondia de uma maneira jocosa.

- Não é bom estudar tudo sozinho, homem, da próxima vez você chama ALGUÉM pra ESTUDAR contigo, garanto que será mais fácil. – Eu tentava deixar claro que eu já sabia, que eu havia percebido as coisas que estavam acontecendo.

- Até eu posso ajudá-lo, se quiser. – Sam se oferecia.

- Mas eu não queria estragar a sua noite amor, e aí, como foi a peça? Este sem vergonha foi uma boa companhia? – Clarkson perguntava apontando pra mim... aquilo era demais, eu tinha que sair pra não fazer o que eu queria e não queria. O que eu queria, quebrar a cara do Erik, o que eu não queria, estragar a noite do Sam.

Fui ao meu quarto, tomei um banho e procurei me acalmar, do outro dia não passava, eu teria que colocar aquela história a limpo. Saber onde eu estava pisando, saber o porquê do meu amigo trair o namorado, cara, em toda minha vida eu nunca imaginei que estaria passando por uma situação como esta, por que aquilo me incomodava tanto. Eles que são um casal, acho que são, é que deveriam se entender, eu, na minha posição, deveria apenas assistir de longe, deixar o circo pegar fogo para depois tentar ajudar, ou a um ou o outro, com preferência o Clarkson, meu amigo mais antigo. No outro dia marquei com o Erik num local mais tranquilo, perto da quadra, eu sabia que lá não tinha muito movimento.

- Tim, o que foi? Tem algum problema, o que você quer falar comigo? – Erik questionava.

- Problema Erik, eu é que pergunto, você está com algum problema? – eu replicava.

- Cara, se foi porque você foi praquela peça ontem com o Sam, desculpa. Eu tinha um monte de coisa pra estudar. E eu não te obriguei a nada, você foi porque quis. Falou. – ele respondia exaltado.

- Sabe, antes ir praquela peça com o Sam eu decidi falar contigo, dizer que tava indo, o mínimo de consideração entre dois amigos, não é? E sabe a cena que eu vi? – eu questionava, ao que o tratante se fingia de desentendido.

- Não, o que foi?

- Uma mulher, ruiva, muito gostosa por sinal, entrando no seu quarto. – ele começava a mostrar entendimento, mas, mesmo assim ainda tentou se safar.

- É, ela ia me ajudar na matéria... é uma tão aplicada...

- Imagino, ela gosta de trabalhar duro, não é?

- Ohhh, super aplicada... mas, cara você não está pensando que... eu nun...

- Erik Clarkson, estamos apenas nós dois aqui. Eu sei muito bem que se você estudou alguma coisa com aquela garota foi o sistema reprodutivo, a camisinha no chão do seu dormitório não me deixa mentir. Já imaginou se o Samuel vê um negócio desses?

- Ele não veria... ele confia em mim. – ele se vangloriava.

- Clarkson, me explica, eu demoro pra aceitar que você tá namorando, namorando um cara, e agora eu te vejo com uma garota, como pode um negócio desses?

- Eu amo o Samuel, realmente o amo, mas... tipo... ele diz que ainda não confia em mim o suficiente pra irmos pra cama, principalmente depois de uma burrada minha, aí Tim, a carne é fraca. E segundo, estando com uma garota ninguém vai ficar falando de mim por aí. Não quero as pessoas se referindo a mim como namorado dele, não ainda, quero primeiro poder me manter, depois... quando eu já estiver estabilizado aí sim.

- Clarkson, você anda com ele pra todo canto, como... como as pessoas não vão falar.

- Quem me pergunta, salvo você, que é meu melhor amigo, ou a Isa, eu digo que é ele quem me persegue... como eu gostaria que ele me perseguisse mesmo, seria tão mais fácil, para outros, digo que apostei com um cara que conseguia fazer com que ele liberasse pra mim... assim eu consigo evitar os boatos.

- Como?

- É isso aí que você ouviu, eu digo que apostei com um cara, ou melhor, contigo, que conseguia fazer com que ele liberasse pra mim.

- Tire o meu nome dessa história, cara, eu divido o dormitório com ele. Se essa história chega...

- Pode ficar tranquilo, ele nunca vai saber. E é só eu estou vendo se consigo um emprego, alguma coisa assim, que me dê dinheiro, ai eu digo que gosto dele... e é só ele liberar e que...

- Só digo uma coisa... eu considero aquele cara, se você fizer alguma coisa que o machuque.

- Nossa, eu não acredito... você... você tá me ameaçando?! – ele questionava.

- Entenda como quiser. – Disse o deixando sozinho

Eu não conseguia acreditar naquilo que eu ouvia, como o meu amigo poderia ser tão mesquinho, um verdadeiro rato. Como poderia brincar assim com os sentimentos das pessoas. Depois daquela conversa eu me senti muito mal, não aguentava olhar em sua face, estar no mesmo ambiente que ele, se Erik Clarkson era este tipo de pessoa, eu é que não o gostaria de ter ao meu lado. O pior disso tudo era que eu dividia o quarto com o Sam. Tantas vezes eu quis dizê-lo a verdade, mas eu me mantive leal ao tratante do meu amigo. As coisas pioravam quando ele me questionava o porquê do meu afastamento, ou de nunca mais ver-me junto do Clarkson. Mas eu decidi guardar tudo aquilo pra mim, nem pra Isa eu contei.

Mas eu ficava de longe pastoreando o Samuel, tentando impedi-lo de ver a realidade, mas um dia eu falhei. Cheguei ao dormitório e percebi um barulho vindo do banheiro.

- Sam, Sam, você está aí dentro? – Eu questionava preocupado– ele apenas soluçava, eu também conseguia escutar barulho de água, o que me deixou mais preocupado ainda.

- Sam, fala comigo, você está bem? – Insistia.

- Claro Timothy, eu estou maravilhosamente bem. – respondia seco, eu achei que fosse algum tipo de piada.

- Eu já disse pra voc... ei, você me chamou de que? – eu achava que ele tinha me chamado de Timmy, aquele apelido horrível que ele inventou.

- Timothy, não é este o seu nome? – falava com um olhar gélido, alguma coisa havia acontecido, e eu já poderia imaginar o que era.

- Não é que... eu... eu... – Tentava ordenar meus pensamentos.

- Vamos parar com este teatrinho, você não me convence mais Grande Tim, assim está melhor? – Ele falava com a voz carregada de rancor, nunca pensei que gostaria tanto daquele apelido ridículo e odiaria o meu antigo. Prefiro, mil vezes ouvir Timmy, do que ele me chamar de qualquer outra coisa.

- Que teatrinho, do que você está falando? – eu questionava, podem me chamar de muitas coisas, menos de fingido.

- E o Oscar de melhor ator vai para... Timothy Brian Miller, pela interpretação de um amigo meu. – Eu não aguentava mais a forma como ele estava me tratando, era violência gratuita, ainda mais eu não aguentava ver os seus olhos se encherem de lágrimas e sua face ficar corada.

- Oh Sam... – Começo a falar, segurando o seu braço.

- Não me chame de Sam, seu porco... na certa vocês devem ter rido tanto de mim, da forma como os dois me enganaram... eu sou um grande besta, um palerma mesmo... – Ele vomitava as palavras, entre soluços e lágrimas.

- Os dois?

- Isso mesmo, você pode dizer pro seu amiguinho que eu descobri tudo, tá certo... descobri que ele estava me usando... – ele joga a bomba na minha mão

- Você descobriu? Olha, eu não sabia de nada... eu te juro. – eu tentava me explicar, mas eu sabia que aquilo não tinha explicação, no lugar dele acho que agiria da mesma forma.

- Não sabia, como assim não sabia, lógico que sabia, na certa foi você que arranjou aquela VACA pra ele. – Ele me acusava

- Você acha que eu me daria ao trabalho de procurar uma mulher pro Clarkson? principalmente quando eu estava me esforçando pra ser seu amigo. – Eu detesto ser acusado de coisas que não fiz, eu fiquei muito chateado da forma como ele jogou todo o meu esforço no lixo, e porquê eu me importava com estas acusações, era só pra eu ligar o foda-se e deixá-lo sozinho, mas eu não conseguia, alguma coisa me impedia, e impelia para que eu continuasse tentando fazê-lo entender o meu lado.

- Não precisava se esforçar tanto, bastava dizer eu não gosto de você, ou continuar agindo como aquele idiota que você sempre foi. – Ele se exaltava cada vez mais. – sabe, eu não sei quem foi mais baixo, ou ele pela forma como agiu, ou você... cara eu estava confiando em você... – falava me peitando contra a parede, os seus olhos brilhavam e sua face parecia um pimentão, enquanto ele colocava o dedo na minha cara, aquilo foi demais, ninguém enfia o dedo na minha cara, e aquele loirinho desaguado não seria, na verdade foi, o primeiro.

- Tire este dedo da minha cara, falou? – falei puto. – Em primeiro lugar, os seus problemas com o Clarkson, são seus problemas com o Clarkson eu NÃO TENHO NADA HAVER COM ISSO. Em segundo, eu não estava tentando ser seu amigo... – vamos ver se ele gosta desta brincadeirinha de colocar contra a parede, eu o peitei e só o via ficar com ainda mais raiva. – EU QUERO SER SEU AMIGO.

Eu não aguentava mais, áquea discussão estava acabando comigo, eu estava com ele imprensado contra a parede, sentia a sua respiração ficar cada vez mais exaltada, o perfume de seu cabelo impregnava as minhas narinas, os seus olhos brilhavam cada vez mais, era uma das coisas mais bonitas que eu tinha visto, pena que ele só me brindava com eles em acessos de raiva e as suas bochechas, tão sinceras. Apresentando um rubor, uma vitalidade nunca antes vista. Eu precisava parar de mirá-lo, precisava parar de olhar em seus olhos, ver suas bochechas, seus lábios que ficavam cada vez mais carnudos e apetitosos... então fecho os olhos.

- Amigos como você eu tô dis... – ele fala e me beija. Não entendo, minha boca fica aberta, obter algo que ele, mesmo me beijando não estava disposto a dar. Minha face agi por si só, tentando comprimir a dele. No entanto, pouco depois de iniciar o beijo ele me repele.

- O que diabos você pensa que está fazendo? – ele perguntava com raiva.

- Não sei... eu não sei, eu é que pergunto, por quê você me beijou? – eu tentava entender aquilo que estava acontecendo.

- Espera, eu... eu não... – Ele ainda estava exaltado. – Cara, você pensa o quê? Que eu sou feira, ou que a vida gay é uma espécie de filme pornô? Você esperava que me beijando... – ele parecia ter entendido algo. – Meu Deus, o cara da aposta era você?

- Não, eu não apostei nada com o Clarkson. – falei, perdendo uma ótima oportunidade de ficar calado.

- Claro, por isso, por isso que você... AHHHHHHHHHHHH – ele ficou desesperado, eu peguei em seu braço.

- Olha, se acalma, precisamos conversar, sério....

- Idiota, Idiota, Idiota, Idiota, Idiota, Idiota, como eu fui idiotaaaaaaaaaa. – ele gritava.

Eu ainda tentei conversar com ele, mas ele não conseguia me ouvir, entender... decidi então deixá-lo sozinho, quem sabe, no outro dia, com a cabeça fria, ele me compreenderia, me perdoaria? Mas, porquê ele havia me beijado? Neste momento, pela primeira vez pensei na possibilidade reversa, e se foi eu que o beijei, mas porquê?

________________________

Eram altas horas da madrugada e eu acordo escutando vozes conhecidas.

- Caralho, aquela mulher é louca. – Craig falava segurando o riso.

- Eu acho que eu nunca o vi tão envergonhado na vida. A Alice era pra ter cortado ela logo, ela tava muito bêbada. – Vivi falava também contendo o riso. – Eu que não queria estar na pele dela amanhã, alem da ressaca, ter que aguentar o mal humor do....

- Isso são horas de chegar por acaso mocinhos? – pergunto fazendo graça – E quem é que estava tão bêbada assim?

Eles ficam felizes a me ver, e quase gritam por mim, nos abraçamos e fomos em direção à cozinha, eu ainda sei onde a mamãe guarda os biscoitos. Eles começam a contar como foi à noite, mas por alguma razão eles tentavam omitir algumas partes, a da bêbada, por exemplo.

- Mas, quem é essa bêbada de que vocês estavam falando, é alguém que eu conheço? – eu questionava.

- Tim, deixa isso pra depois. A história da bêbada não é tão engraçada assim. – Craig tentava menosprezar a história.

- Não parecia, vocês estavam rindo tanto, vamos eu preciso rir um pouco também. – eu insistia.

- Tá bom, é só que, hoje, uma louca subiu no palco, bêbada e... – Vivi começava a contar, mas sempre parava....

- Já gostei, e o que?

- Ela perguntou onde estavam os machos da cidade....

- A mulher tava necessitada? – eu questionava rindo.

- Não era pra ela, era pro irmão dela... ele tinha terminado com o namorado e fazia mais de um mês que ele tava sozinho... – Vivi prosseguia.

- Ela queria que, algum versátil da cidade se candidatasse a tirar o atraso dele, “impedi-lo de voltar a ser virgem por falta de uso”. – Quando Craig fala isso eu começo a rir com mais afinco.

- Oh coitado deve ser tão feio... a irmã está certa... tem que tentar ajudá-lo. – falava rindo. – Com uma família assim, o cara foi muito esperto em saltar fora. E aé, alguém decidiu fazer uma caridade com o coitado?

- Não sei, depois deste papelão a Sam... – Vivi falava, ela não iria deixar eu rir da minha própria desgraça.

- Peraé, Sam? Que Sam?

- Vivi... vo... nós.. com... só amanhã... – Craig brigava ela.

- Craig, eu não ia deixar ele rir... Timothy, bebe aqui um leitinho. – ela enchia o meu copo.

- Acho melhor o licor do papai. – Craig dizia indo encher um copo para mim.

- A bêbada da história é a Samantha, a sua ex-cunhada... então... – Ao escutar isso, meu sangue começou a borbulhar.

- Ela... o Sam não é feira... não é um produto... ai mais eu acabo... eu quebro qualquer um... qualquer um que se... ai como ela fez isso?

Vivi começou a me explicar o que tinha acontecido, da noite dos Owen e de como a Samantha havia pagado aquele mico e sem perceber me envergonhado e envergonhado ao Sam. Ela estava jogando, e alto e, infelizmente eu não tinha mais certeza de com quantas pessoas eu teria que disputar o meu loiro. A minha irmã tinha conseguido interceptar uns 6 números diferentes. Ao vê-los eu não sabia o que fazer, ao mesmo tempo em que eu queria rasgar os números, queria acabar com os seus donos.

- Tira essa merda de perto de mim, ou eu não respondo por mim. – eu falava exaltado.

- Ok, ah isso aconteceu depois que o Taylor beijou o Sam... – Vivi me informa.

Continua:

As coisas vão começar a complicar tanto no presente, quanto no passado. :D

Ru/Ruanito: O Clarkson é um pilantra e ainda estou pensando em algo pra ele.

Oliveira Dan. Ele vai sofrer duplamente, o Timmy já tava puto, agora que o Sam brigou com ele vai ficar mais puto ainda, mas o Sam vai pensar em alguma coisa também... amigos fortes são legais. Spoiler.

Perley: Obrigado pelo carinho e seja muito bem-vindo. :D

Geo Mateus: Claro, acho que mesmo que eu quisesse não poderia parar.

Afonsotico: Taylor tem suas chances, mas o Timmy também vamos ver o que pode acontecer quando eles se encontrarem, algum dia se encontrarão, só não sei quando, ainda.

Imperadorcelta: Pronto, pedido realizado em parte. Continuação feita, mas deixei o flash-back no mesmo ponto pois seria uma injustiça com as personagens não tratar como cada uma significou este beijo de maneira separada, então paciência.

Iky: amigo, saudades suas, sei que você anda sem tempo de ler e comentar, mas quando o tempo voltar comente em todos, certo? :D

PS: Ah, uma coisa muito importante que eu esqueci de dizer. Agradeço a todos pelo apoio que tem me dado e informo que, desde o capítulo passado já passamos das 200 págs. Sei que se não fosse pelo carinho e apoio de cada um de vocês isto não seria possível, por isso, obrigado.

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Comentários

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Seu conto sempre me lembra essa música: http://www.youtube.com/watch?v=NU9JoFKlaZ0

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Seu conto me lembra muito essa música! http://www.youtube.com/watch?v=NU9JoFKlaZ0

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Cara, você tem uma mente brilhante para desenrolar muito bem essa história.

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Cara, você tem uma mente brilhante para desenrolar muito bem essa história. Qualquer adjetivo que eu desferir a você é mínimo, pois nem eu sei definir o seu nível: escreves muito bem e a história... ah, a história é gostosa por demais para ler. Torso muitooo para que esses dois se resolvam, então não demore a postar a continuação tá, pois fico em uma ansiedade tão grande para ler que sei que isso me faz mal. Obs: a forma flash back é um show a parte e tenho que evidenciar mais uma vez que amo o tamanho grandão dos seus textos, porque prende mais ainda um leitor assíduo como eu.

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Poxa, sei q no fim da historia o timy q ganha essa parada,mas eu queria mto q o timy encontrasse outra pessoa e deixasse o samy viver sua vida em paz.....eu no lugar do sam jamais persoaria ele...mas sei q nesse conto de fadas tem de terminar eles juntos '_(

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ahhhh e obrigado você por me permitir a honra de ler uma história tão bem escrita e envolvente ^^

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e fechando maravilhosamente bem o meu domingo, mais um capítulo desse história que me encanta ^^; Hahaha o Timmy tomou bem grande, foi rir da coitada da pessoa que a irmã estava "vendendo", e no fim era seu ex e atual amor... Acho é pouco! Rsrs. Mas agora que o Timmy voltou, ele deveria ir falar com o Sam o quanto antes, pois eles precisam se acertar... Ou acertar alguma coisa um no outro, vai saber haha; Hmmmmmm então vai ser uma vingança dupla e ajudada pelo melhor amigo?! Jogos Mortais tá bom... muahaha

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Timmy tendo uma sincope em 3...2...1!! Hahahahaha... a atitude da irmã do Sam foi totalmente desrespeituosa, ela o tratou como um pedaço de carne pronto para o abate, mesmo ela estando bêbada, isso não se faz com ninguém, ainda mais com um irmão!!

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