“Esse amor é Sobrenatural. Você pode senti-lo?”
"Deus não está do seu lado, ele está contra você"
Acordei em uma cama de hospital, não me lembrava de nada, apenas que tinha sido arremessado ao chão e depois tudo tinha ficado escuro, eu não sentia dor ou tontura. Apenas uma leve culpa.
Eu me sentei na cama, o lugar era repleto de coisas brancas, medicamentos, agulhas... Eu olhei bem, conhecia aquele lugar, eu levei Joseph para lá enquanto ele tinha um ataque de asma atrás do vestiário depois do jogo. Ele nunca soube que fui eu.
“Como eu vim parar aqui?” – Eu pensei.
-Que bom que acordou.
Um médico entrou na sala ele estava de jaleco branco e uma calça jeans preta, usava óculos e um tênis de cano longo. Ele se parecia MUITO comigo, tinha os mesmos olhos, o mesmo corpo, o mesmo cabelo, o mesmo jeito de falar, etc..
-Verifiquei o seu laudo, aparentemente você está bem... Fisicamente.
-Fisicamente?
-Sim. –Ele deu um sorriso. – Você vai ter um trabalho pela frente, tenho que ir. Boa sorte.
Ele sorriu mais uma vez, era tão simpático, eu estava confuso, ele se virou e já ia saindo pela porta quando e a única coisa que consegui perguntar era:
-Posso saber qual seu nome?
Ele riu mais uma vez.
- Sam, Sam Frost. Nós veremos novamente algum dia, por enquanto eu só quero que você acorde.
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Eu acordei novamente em uma cama de hospital, desta vez eu sentia dor, minha cabeça doía e meu corpo também, porém eu não estava sozinho, David estava segurando a minha mão e a acariciando, eu me sentia melhor, seus olhos azuis olhavam para mim preocupados. Eu senti saudade dele.
-David... –Sussurrei.
-Ariel? – Ele arregalou seus olhos azuis. – Você está bem? –Ele passou a outra mão no meu rosto, era macia e fofa.
-Sim, eu só estou com um pouco de dor de cabeça, o que houve?
-Depois que você entrou em nossa frente o maldito do Joseph te empurrou para você não se machucar, ele não sabe medir a própria força, você foi jogado contra a parede e caiu inconsciente no chão.
Eu me sentei na cama, percebi que tinha um pequeno corte no rosto de David, eu realmente não queria que eles brigassem, eu não queria que nenhum dos dois se machucasse, eu sentia tanto por isso.
-Você também está machucado. – Eu passei a mão em seu corte.
-Isso foi resultado dele também, depois que você caiu nós corremos até você e ele não deixou que ninguém tocasse, eu fui empurrado para o lado e me cortei com um ferro na parede, porém consegui te trazer até aqui, mesmo com a insistência dele em te trazer pessoalmente.
Porém meu corte não é nada comparado a sua queda. Precisa de alguma coisa? – Ele colocou a mão sobre a minha novamente.
-Não obrigado. –Eu sorri. –Obrigado pela ajuda David, mesmo você sendo calouro tem sido muito bom comigo.
-Nós temos de respeitar os veteranos. –Ele deu um sorriso. –Você é o único em que eu tive coragem de falar nessa universidade. – Ele ficou corado
-Você é um fofo. –Eu baguncei seus cabelos. Não sei de onde tirei essa mania.
Eu senti chegando perto dos meus lábios, ele era tão frio e tão quente, era como fogo e gelo juntos em uma só pessoa, ele me beijou levemente, com todo cuidado do mundo. Eu senti uma sensação incrível, era como se aquela cena já tivesse acontecido, em outra ocasião, mas o que importava era o agora. E o agora era o David.
Ele se afastou, ficando centímetros do meu rosto, e sussurrou:
-Me desculpe eu não...
-Está tudo bem- Eu dei outro beijo nele, e ele retribuiu.
Paramos de nos beijar e ele ficou acariciando minha mão. Eu dormi.
Enquanto estava no hospital recebi várias visitas de Katia, David e outras pessoas, não fiquei muitos dias lá, conversamos muito, rimos, eu contei sobre o beijo para Katia que disse ao David se ele me fizesse sofrer iria castra-lo, o médico (que dessa vez era diferente) disse que eu já ia receber alta no dia seguinte, a dor de cabeça já tinha passado.
Estava tarde, no outro dia estava animado e queria muito voltar a estudar, eram 23:00hs, pedi para David e Katia voltarem para casa, eles relutaram um pouco porém voltaram. Estava me preparando para dormir, quando ouvi um barulho na minha janela. Era Joseph, ele estava com lágrimas nos olhos.
-Você... Está bem? –Ele perguntou em um tom sombrio.
-Estou muito melhor. E você está tudo bem?
-Eu... –Ele parou para soluçar. –Só vim me desculpar por ter te empurrado, eu não controlo minha força. –Ele tentou dar uma risada.
-Sem problemas. –Eu sorri. Enquanto lembrava do que as pessoas diziam sobre Joseph:
“Ele é o Bad Boy da escola, ele nunca chora” , “Joseph? Esse aí não tem sentimentos.” , “Aquele cara do time dos Wolf’s? Aquilo é uma máquina de matar.” , “Ele usa as pessoas, faz com que elas se apaixonem por ele, depois ele as abandonam. “
-Apenas palavras. –Pensei eu.
-Você não devia estar na república dormindo Joseph? Afinal, amanhã é o seu grande jogo.
-Eu devia. –Ele se aproximou de mim. – Mas me senti culpado, eu nunca me senti assim, vim ver como você estava.
-Eu estou bem. Apenas um pouco cansado, mas amanhã já estarei de volta.
-Espero que sim. –Ele diminuiu a voz e passou a mão em meu rosto. –Me desculpe.
-Foi um acidente, agora eu estou bem melhor e...
Antes de terminar minha fala ele me beija suavemente, eu não entendia aquilo, o Bad boy que dias atrás nem sabia da minha existência me beija assim do nada?? Qual o problema dele?
Ele foi se afastando com selinhos e sussurrou:
-Me desculpe, eu sou um idiota, tenho que ir.
Ele pulou a janela e saiu correndo pelo gramado. Como um típico jogador de futebol americano. Ele nasceu para jogar. Não para ficar comigo.
Eu adormeci, pensei no beijo de David e de Joseph, é como se eu já tivesse sentido isso, era tão familiar, acolhedor e carinhoso. Era estranho pra mim que nunca namorei alguém.
Eu sonhei com sobras cobrindo a Oxford University, mortes, sangue e destruição, olhos violeta e o inferno.
Acordei suando e respirando forte.
Quando finalmente tive alta, fui para casa me trocar, seria mais um grande jogo dos Wolf’s e queria ver o desempenho de Joseph, e tentar esquecer o que aconteceu noite passada.
Eu sentei na arquibancada ao lado de Katia, David estava fazendo alguns trabalhos extras em aula e aquilo me deixou um pouco chateado.
Estava tão lotada, fogos de artifício explodiam em várias cores, um telão gigante e as lideres de torcida (Incluindo a vadia da Katherine) entraram no jogo pulando e saltando com seus vestidos avermelhados. Quando de repente o cara do telão gigante diz:
“- Antes de dar partida ao jogo dos nossos queridos Wolfs, contra nossos visitantes Deadmakers, queria que dessem as boas- vindas a nosso mais novo aluno. Kurt Tomas!”
“Não sei por que, mas Deus foi o primeiro que vi em minha mente.”
Kurt era a representação do que chamavam de “Ariano”, ele tinha cabelos meio bagunçados, loiros, um corpo maravilhoso, olhos azuis cristalinos assim como de David e um rosto perfeito assim como o de Joseph. Tudo nele parecia perfeito. Ele me dava medo.
-Oh legal, mais um aluno. Vou buscar pipoca, você quer um pouco? –Katia não respondeu.
Eu a olhei e ela estava apenas olhando para o centro do campo, onde se encontrava Kurt, mas não era só ela, todos ali estavam do mesmo jeito, apenas eu, Joseph e Katherine que ainda estávamos conscientes. O resto estava em transe.
-Obrigado pelas boas vindas. –A voz dele soava como um trovão, e ao mesmo tempo era provocadora.
A plateia não aplaudiu.
Ninguém fez absolutamente nada.
Tem alguma coisa errada.
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Wee! Mais 1 conto pessoal, me desculpe a demora, estou pegando inspirações místicas para escrever isto. KKK, beijos de luz para todos que comentem, amo vocês. De paixão. <33
Uma ótima semana, nos veremos em breve. Até mais. \o/
