A ESCOLHA - PARTE 14

Um conto erótico de Uisley
Categoria: Homossexual
Contém 1545 palavras
Data: 29/08/2013 17:26:04
Assuntos: Gay, Homossexual, Morte, Tiro

A ESCOLHA – PARTE 14

Eu: Quem é você seu imbecil?

Garoto: Ora, isso não importa.

O garoto me olhou de um jeito que eu já havia visto em uma pessoa antes. Alessandro olhava para mim de um modo que cortou meu coração. Ele havia feito uma promessa. Cuidar de mim, mas parecia que ele não conseguia nem cuidar dele. Jack se debateu tentando se livrar do cara que estava segurando ele, mas logo desistiu. Era em vão lutar, e ainda mais com armas apontada para a cabeça e pescoço dos dois.

Garoto: A questão é...

Ele apontou para o Alessandro.

Garoto: ... Quem você irá sacrificar, para provar ao outro que o ama?

Eu: Do que você está falando? Por que está fazendo isso comigo?

Garoto: Calado! Ou mato os dois. Olha aqui seu viado, apenas um desses dois vai ficar vivo. Você vai escolher qual, e tem apenas 30 segundos para decidir quem irá viver e se não decidir em 30 segundo, eu mato os dois.

Eu: Não, pare com isso. Essa brincadeira não tem graça!

Garoto: Quer esperar o tempo passar? Por que se esperar, vai saber que não estou de brincadeira.

Eu: Não, por que está fazendo isso comigo? Por favor, para com isso.

Garoto: Vou começar á contar agora. Já!

Olhei para o Alessandro. Eu estava apavorado e comecei á chorar.

Alessandro: Bebe, o Jack é o seu irmão... Ele deve viver. Eu te perdoou, eu morro.

Jack: Não! Ronny é ele que você ama... Deixe-o viver.

Minha cabaça estava pirando. Jack e Alessandro discutiam quem iria morrer e eu não podia escolher entre os dois. Eu amava os dois. Não posso escolher entre os dois. E não irei.

Eu: Pare! Já escolhi!

Jack e Alessandro olharam para mim e os dois praticamente estavam chorando.

Garoto: Quem irá morrer?

Eu: Eu não posso escolher entre os dois. Mate-me! Por favor. Não os machuque. Pode me matar ou fazer o que quiser comigo, mas não os machuque.

Jack: Não! Ronny você não pode morrer, por favor, não faça isso.

Alessandro: Ei Rô, eu prefiro morrer do que ficar vivo sem você. Não faça isso.

Garoto: Faria isso? Se sacrificaria para salvar os dois?

Eu: Sim.

O garoto sorriu maliciosamente para mim e foi até onde o cara que segurava o Alê estava e pegou a adaga da mão dele e veio na minha direção.

Alessandro: Não! Não! Não faça isso! Ei você, pode me matar, mas não o machuque.

O garoto colocou a lâmina no meu pescoço e sorriu.

Garoto: Têm certeza que irá se sacrificar?

Eu chorava com medo. Não queria morrer, mas eu preferiria morrer do que perder o Alê ou o Jack.

Eu: Sim, me mate.

O garoto foi encarcando a lâmina no meu pescoço e eu ouvia os gritos do Jack e do Alê tentando parar o garoto. Ouvi um toque de celular. Era o celular do garoto. Ele parou e atendeu e começou a conversar com a pessoa atrás da linha.

Garoto: Qualé achou mesmo que eu iria fazer isso? Era só pra assustar. Fique tranqüilo, não vou fazer nenhuma besteira.

O ódio me invadiu e eu não sei onde arrumei forças por que acertei o cara que me segurava e avancei para cima do garoto e o acertei também. Ele cambaleou e veio pra cima de mim, mas eu o acertei de novo. Alessandro acertou o cara que o segurava também e avançou para cima do garoto. O cara que segurava o Jack gritou:

Cara: Parem agora ou eu atiro nesse panaca aqui.

Avancei para cima dele para acertá-lo também, mas então ouvi o som metálico. Fechei os olhos e cai de joelho no chão. Ouvi o pavor dos garotos gritando e entrando no carro e saindo em alta velocidade. Olhei para o Jack. Jack estava agachado no chão chorando e foi ai que percebi que não haviam me acertado. Nem o Jack. Olhei para trás e vi o Alessandro de joelhos no chão. Ele me olhava com pavor e então vi a grande mancha de sangue que formava na sua barriga. Alessandro foi baleado na barriga. Corri até ele e o segurei antes que caísse por completo no chão.

Eu: Jack chame ajuda! Corre, o Alessandro foi baleado.

Jack saiu correndo procurando ajuda, mas não havia ninguém na rua. Ele pegou o celular e ligou para a ambulância.

Olhei para o Alessandro e vi que seus olhos estavam cheios de lagrimas. Ele colocou a mão dele no meu rosto e sorriu. Sua voz quase não saia, mas eu compreendia as palavras.

Alessandro: Não se preocupe Rô, vai dar tudo certo pra você. Sei que vai.

Ele estava ficando zonzo. Comecei a chorar e minhas lagrimas caiam em cima dele.

Eu: Não, Alê... Por favor, não faça isso comigo, você não pode fechar os olhos.

Alessandro: Eu... Te... Amo...

Mas eu quase não conseguia ouvi-lo. Ele estava morrendo.

Eu: Não! Não! Alê... Você prometeu que iria cuidar de mim, você tem que cumprir essa promessa. Por favor, Alê, você não pode ir.

Mas ele não se mexia mais. O balancei forte, mas ele não estava mais lá. Alessandro tinha partido. Jack se aproximou de mim correndo e viu que não tinha mais como salvar o Alê. Jack começou a chorar também e ele me abraçou.

Eu: Ele não pode me deixar, maninho... Ele disse que ia cuidar de mim.

Jack chorava comigo e ele me abraçava tão forte que eu ficava sem ar.

Eu não podia acreditar. Eu olhava pro corpo do Alessandro estirado no chão e eu sentia uma coisa dentro de mim. Eu o queria de volta. Movimento foi se aproximando no local e logo a ambulância chegou, mas não adiantava mais. O corpo do Alessandro foi levado pela ambulância e logo depois a família do Alessandro chegou ao local onde atiraram nele. Eu vi o desespero da mãe dele e eu não agüentei e comecei a gritar muito. Jack tentou me acalmar, mas eu queria sair correndo e gritar o mais alto que conseguia. Alessandro não morreu em vão. Eu iria vingá-lo, mesmo se eu precisasse morrer para isso. Todos aqueles caras ia pagar. Um por um.

Eu passei a noite inteira chorando e às vezes gritava. Minha mãe e meu pai tentavam me acalmar, mas eu não consegui admitir que ele havia morrido. Jack ficou ao meu lado á noite inteira e me abraçava a maior parte do tempo. Jack estava apavorado também, e eu via que ele estava se sentindo mal também.

Na manhã seguinte, eu mal conseguia falar direito. Eu fiquei no canto do meu quarto de cabeça baixa. Minha mãe ficou desesperada também, achando que eu iria ficar depressivo.

De tarde fui ao velório dele. Ele estava tão bonito, mas do que adiantava agora? Eu imaginava que teria uma vida perfeita com ele, mas do nada tudo vai ao chão. Quase todo mundo do colégio que conhecia o Alessandro estava ali e alguns estavam com lágrimas nos olhos. Eu não suportei olhar ele naquele caixão, fiquei o mínimo que eu pude e depois sai e fui em direção á mãe dele. Ela chorava muito. Eu nem imaginava a dor que uma mãe sentia em perder seu filho.

Eu: A culpa é minha dele estar ali. Eu não pude fazer nada para salva-lo. Eu sinto muito pelo Alessandro. Ele o amava, e eu daria tudo para voltar atrás e levar o tiro no lugar dele. Sinto muito por ter sido assim. Ele vai estar no meu coração para sempre.

Mãe: Não querido, a culpa não é sua. Como você poderia salva-lo? Não fique assim.

Ela me abraçou e eu chorei no ombro dela.

Eu: Eu só queria que ele voltasse. Ele não merecia isso!

Mãe dele chorava também.

Mãe: Deus quis assim querido. O meu filho está num lugar melhor agora.

Eu: Eu sei que ele está.

Sai dali e fui à direção o amigo do Alessandro. O garoto que havia esculachado o Alê quando descobriu que ele era gay. Eu estava tão triste que queria culpar alguém pela morte do Alessandro.

Eu: Você queria que ele nunca se aproximasse de você e conseguiu isso. Ele agora não irá se aproximar de ninguém. Espero que seu coração fique cheio de magoas.

Garoto: Ei, eu posso ter dito aquilo Rô, mas eu não queria a morte dele. O Alê era a pessoa mais boa do colégio. Eu e todos agimos como imbecis naquele dia. Eu faria qualquer coisa para pedir desculpas pra ele agora.

Ele estava mal mesmo. Eu vi que ele queria o perdão do Alê. Sai daquele lugar e eu só pensava em vingança. O ódio dominou meu coração. Prometi que iria se vingar um por um. Alessandro não morreu em vão e eu já sei quem eu devo procurar e fazer uma visitinha especial. Apenas uma pessoa teria ódio de mim a ponto de ter feito aquilo.

Alex.

E eu não estava ligando se eu iria ser preso numa cadeia para menores.

---(CONTINUA)---

COMENTÁRIO DO AUTOR:

DESCULPEM A DEMORA. OBRIGADO POR VOCÊS ESTAREM ME SEGUINDO POR ESSE CONTO. OBRIGADO PELOS COMENTÁRIOS E PELOS VOTOS. SE ALGUÉM TIVER ALGUMA PERGUNTA, FAÇA NOS COMENTÁRIOS QUE EU RESPONDEREI NO PRÓXIMO CONTO.

campoazul_10@hotmail.com

EM BREVE Á CONTINUAÇÃO DE A ESCOLHA.

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Comentários

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Triste pelo Alê. Teu conto está incrível.

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