Lágrimas no escuro - Capitulo 2 Não se pode mudar quem você é

Um conto erótico de Samuka's
Categoria: Homossexual
Contém 1254 palavras
Data: 28/08/2013 21:39:58

Sexta Feira, 12 de março de 2010.

_ Dinho! Dinho! _ Ouço Ricardo me chamando.

Estava voltando para casa completamente sozinho, Vic havia ido tomar sorvete com Binho e Pedro tinha ficado com a namorada dele na escola. Espanto-me ao ver que Ricardo estivesse atrás de mim, ele é bem bonito e meu coração bate mais forte quando o vejo, seu sorriso é encantador.

_ O que foi Ricardo?

_ Nada, eu queria conversar contigo. Pode ser?

_ Sim, claro. Sobre o quê?

Ele pega minha mão e pergunta:

_ Posso te levar para um lugar mais reservado?

_ Ok.

Ele me leva para uma casa abandonada, senta no chão e me puxa pra perto dele.

_ Estou gostando de você! _ Ele diz olhando pro meus através dos meus óculos horríveis.

_ Como assim?

_ Assim. _ Ele me beija.

Meu primeiro beijo foi com ele. E naquele instante, foi a melhor coisa do mundo. Somente naquele instante. Ele começa a beijar meu pescoço e a tentar tirar meu uniforme.

_ O que você tá fazendo? _ Eu digo assustado.

_ Eu quero muito isso. Por favor, você vai gostar...

Ele mordisca meu pescoço me deixando inebriado, e mole de tanta excitação. Eu era uma presa e ele era um predador. Eu estava completamente entregue.

Ele logo tira sua camisa e começa a tirar seu pau de dentro da bermuda que era bem grandinho. Ele começou a esfregar seu pau no meu rosto e eu abri a boca para recebê-lo. Eu a muito gostava do Ricardo, mas nunca pensei que isso pudesse acontecer.

Ele enfiava o cacete todo na minha boca e às vezes eu não conseguia respirar.

_ Deixa eu te penetrar?

_ Sim.

Eu podia está sendo fácil demais, mas eu gostava muito do Ricardo há muito tempo. Ele me colocou de quatro e começou a me morder.

_ Eita bundinha gostosa; ¬_ Ela começou a linguar e eu gostava cada vez mais. _ agora chegou a hora de perder o cabacinho.

Ele colocou a cabecinha no meu cu, e começou a forçar. Estava doendo e aquele trambolho não entrava.

_ Que rabo apertado!

_ Está doendo Ricardo! _ Eu digo gemendo de dor.

_ É pra doer mesmo! _ Ele disse isso enfiou tudo de uma vez, me fazendo quase desmaiar de dor.

_ Calma viadinho, já entrou tudo... Shhh!

Viadinho? Ele estava todo carinhoso, mas ficou bruto de uma hora pra outra.

_ Para Ricardo!

_ Parar? Não quero parar, não vou parar! _ Ele começou a bombar me deixando mudo.

Ele bombava com força, estava doendo. Porém estava bom. Isso era... Estranho, bom, mas ao mesmo tempo: estranho.

_ Vou gozar!

Sinto uma coisa pegajosa ser jorrada dentro de mim.

_ Eu te amo! _ Eu digo sem perceber.

Ele começa a vestir o short e diz:

_ Azar o seu! Olha o passarinho.

Ele fala isso e tira uma foto, eu estava completamente nu e de bunda pra cima.

_ O que você vai fazer? _ Eu tento me levantar, mas ele me chuta me derrubando no chão.

_ Você vai saber logo. _ Ele começa a ir embora e diz: _ Tchau viadinho de merda!

Azar o seu.

Tchau viadinho de merda!

Azar o seu.

Tchau viadinho de merda!

Azar o seu.

Tchau viadinho de merda!

Azar o seu.

Tchau viadinho de merda!

Azar o seu.

Tchau viadinho de merda!E então, eu acordo. Suado e com os olhos cheios de lágrimas. Sempre assim: durmo chorando e acordo chorando. Meu Deus, quando isso vai ter fim?

Escuto o barulho da TV. Desço as escadas e vejo meu pai assistindo o tele jornal. Ele olha pra mim e depois volta a olhar frente. Sem ao menos: um ‘bom dia filho’.

Subo e vou tomar um banho, me arrumo, faço meu café e vou pra escola antes da minha mãe acordar. Está cedo, mas vejo que na minha sala já tem um aluno. Ele estava de cabeça baixa, não dava para ver quem era.

Sento-me no mesmo lugar do dia anterior, coloco meus fones e escolho minha música favorita para tocar: Wall in your heart - Shelby Lynne.

Eu sinto a sua dor

Sinto a chuva

O que aconteceu com você?

Eu não posso ficar com você...

Porque há um muro em seu coração

Que ninguém pode passar por ele

E é frio e escuro

E você não tem a menor idéia

Mas este muro vai cair

mesmo que seja a última coisa que eu faça

Vou passar por este muro em seu coração

Conheço a sua alma

Sei que estou casa

Apenas venha para mim

Vou deixar você passar por mim

Porque há um muro em seu coração

Que ninguém pode passar por ele

E é frio e escuro

E você não tem a menor idéia

Mas este muro vai cair

mesmo que seja a última coisa que eu faça

Vou passar por este muro em seu coração

Vamos destruir todas as dificuldades que temos encontrado

E eu vou encontrar um jeito de consertar os seu pedaços quebrados

Nós iremos segurar as mãos e ser amigos até o final

E o nosso amor será eterno

Porque há um muro em seu coração

Que ninguém pode passar por ele

E é frio e escuro

E você não tem a menor idéia

Há um muro em seu coração

Que ninguém pode passar por ele

E é frio e escuro

E você não tem a menor idéia

Mas este muro vai cair

mesmo que seja a última coisa que eu faça

Vou passar por este muro em seu coração

Sinto uma mão me tocando, o aluno misterioso era o Henrique.

_ Bom dia. E então? Você foi sincero?

_ Sinceramente? Não sei! _ Eu sorrio e ele dá aquele sorriso de canto de boca.

_ Vou me sentar atrás de você, ok?

Ele parecia está interessado em mim. Mas me bateu uma dúvida, uma incerteza: será que eu estava sendo enganado de novo?

_ Oi, por que você está me olhando assim?

_ Você não quer ser meu amigo!

_ Como? _ Ele diz aparentemente chocado.

_ Você tá mentindo pra mim. Quem te mandou fazer isso? Binho e o Ricardo, né?

Ele segura a respiração e diz:

_ Eu não sei o que aconteceu, mas vou colocar as cartas na mesa. Não quer ser seu amigo, quero mais estou interessado por você desde que você entrou naquela sala ontem.

Nossa, eles nem combinaram o texto direito.

_ A primeira vista? Eu não vou cair nesse papo de novo.

Eu me levanto e saio correndo, mas acabo esbarrando em Rodrigo que estava entrando com Binho do lado.

_ Toma cuidado amigo! _ Ricardo diz, com aquela cara deslavada dele.

Henrique estava vindo à minha direção.

_ Vocês não tem o direito de fazer isso comigo!

Eu saio correndo esbarrando em todo mundo. Entro no banheiro e me tranco numa cabine, as lágrimas rolam e a única coisa que eu posso fazer é escrever. Isso é a única coisa que me acalma.

Terça Feira 10 de abril de 2012

“Querido diário, eu não poderia está mais errado. Eu pensei que podia sorrir e seguir em frente e fingir que estava tudo bem. Eu tinha um plano: eu queria mudar quem eu era, levar a vida como uma pessoa nova. Sem passado, sem a dor de alguém que teve seu coração partido. Mas não é tão fácil. As coisas ruins ficam com você, não dá pra escapar... Por mais que eu queira!”

Continua?

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