Não queria acreditar no que estava vendo. Ela estava linda, perfeita demais, era Júlia, bem na minha frente! O encanto se quebrou quando vi a “bendita” ruiva chegando nela com um copo de bebida na mão.
Bia: vamos lá falar com elas?
Eu: não quero ir, vá você. – falei indiferente.
Bia: deixa de ciúme e vamos lá. – saiu me puxando.
Estávamos chegando perto delas quando vi a ruiva falar algo no ouvido da Julinha. Elas estavam muito próximas e eu já estava com vontade de sambar na cara daquela ruiva oferecida. Chegamos.
Bia: oi Julinha! – disse abraçando-a.
Percebi que Júlia arregalou os olhos ao me ver.
Júlia: oi Bia... oi Sofia. – me abraçou.
Ruiva: amor, não vai me apresentar a menina?
OQUEEEEEE? EU OUVI DIREITO O QUE AQUELE FETO DE PUTA DISSE?
Eu: prazer, meu bem, sou a Sofia. – não perderia a pose nem que fosse o Osama Bin Laden me ameaçando com uma bomba.
Ruiva: me chamo Rafaela, prazer. – trocamos os dois beijinhos no rosto.
Então essazinha que é a Rafaela? Isso vai dar merda!
Júlia: então Rafa, essa é a Sofia, ela é nossa colega de turma. – falou um pouco tímida.
Rafaela: nossa, que legal, ainda não te vi por lá.
Eu: pois é, mas vou ver quando vou presentear vocês com a minha ilustre presença. – sorri sínica para a Júlia. – vamos dançar Bia? Cansei desses ares daqui.
Bia: vamos amiga!
Eu: vou encontrar logo o Alan, ele deve estar doido me procurando. – reparei bem na cara da Júlia. – tchau meninas!
Júlia e Rafaela: tchau!
Bia também deu tchau. Eu fiquei abalada com aquela situação, a Rafaela chamou a minha Julinha de “amor”. Meeeeerda, por que eu tô me importando tanto? Dançamos e dançamos, Alan tentou me beijar, mas eu sempre me esquivava, não queria ficar com ele, meus pensamentos estavam no outro lado da boate, com aquela loirinha. Eu não conseguia tirar o olho da Júlia, até que em um momento aconteceu o que eu mais temia... vi a Júlia e a Rafaela no maior beijo. Meu mundo caiu naquele momento, mas continuei olhando. Percebi que a Júlia quis se separar daquela maldita ruiva, ela gesticulava muito e falava umas coisas pra Rafaela. Eu queria ser uma mosquinha pra ouvir. Alan foi ao bar e eu procurei as meninas, queria ir embora de lá.
Eu: Dani, Bia e Yara, vamos embora? A noite já deu o que tinha que dar!
Yara: mas amiga, ainda não são 3hrs. – olhou para o relógio assustada.
Dani: é amiga, vamos ficar mais um pouco.
Bia: vamos ao banheiro, amiga? – me olhou e piscou.
Ela quer me falar algo, pensei. Fomos para o banheiro, Bia entrou em um dos reservados enquanto eu fui lavar as mãos. Abaixei para molhar a nuca e quando levanto dou de cara com a Júlia me olhando pelo espelho.
Júlia: porque você ficou diferente comigo hoje? Porque não quis ficar comigo? Não gosta mais de mim?
Eu: não é da sua conta Júlia, me deixa em paz! – falei tentando manter a calma.
Júlia: você ficou doida Sofia? Que bicho te mordeu?
Eu: mais fácil eu te responder que bicho te beijou ainda a pouco lá fora. – não estava raciocinando direito.
Júlia ficou pálida, me olhou com uma cara assustada.
Eu: olha Júlia, desculpa, eu não tenho nada a ver com a sua vida, nem com você, nós não temos nada uma com outra, somos livres.
Júlia: ela me beijou Sofia, eu não queria, eu juro! Eu gosto de você, só quero beijar a sua boca, acredita em mim, por favor! – ela estava desesperada.
Bia saiu do reservado.
Eu: olha Júlia, outro dia ou outra hora nós conversamos. A Rafaela deve estar te procurando já.
Bia: vocês podem conversar a vontade aqui, já estou de saída.
Eu: vou com você, Bia.
Júlia: vamos todas então. – falou de cabeça baixa.
Saímos do banheiro, mas a Júlia não desgrudou de mim.
Dani: pensei que vocês tinham morrido naquele banheiro.
Yara: vocês ficaram entaladas no vaso suas gordas? – riu.
Bia: não boba. – riu também.
Eu: preciso beber mais! – eu já estava alterada, faltava pouco para eu perder o controle dos meus atos.
Júlia: vou com você!
Eu: melhor você ficar com a Rafaela! – encarei-a.
Júlia: ela já foi, Sofia. Deixa de besteira, flor.
Bebi mais, bastante, e ela também. A essa altura eu já nem sabia onde estava o Alan, nem me importei. Fomos dançar, a Julinha rebolava na minha frente, a música era bem sensual, ela estava perfeita naquele vestido tubinho branco. Linda demais! Entrei no ritmo dela, quando percebi, já estávamos nos beijando e dançando coladinhas.
Júlia: você tá me deixando louca, garota! – falou no meu ouvido com a voz rouca, e em seguida beijou meu pescoço.
Eu: fala pra mim, fala que só eu te faço ficar assim... – apertei a cintura dela, encaixando nossos corpos.
Júlia soltou um gemidinho.
Júlia: só você me faz ficar assim. – pegou a minha mão e colocou no seu sexo. Ela estava molhada!
Eu: vamos sair daqui? - eu queria ela pra mim, e tinha que ser logo!
Júlia: vamos, amor! – me olhou maliciosa.
Eu: preciso avisar as meninas, me espera?
Júlia: tá doida amor? Não vou te deixar rodar sozinha aqui com esse monte de macho e de fêmea a solta. Vou com você!
Eu: então vamos!
Chegamos perto das meninas, Bia me puxou pelo braço.
Bia: já sei o que tá rolando, amiga! Vai com ela, vai... aproveita! Eu falo com as meninas. – piscou.
Eu: você não existe, amiga! Te adoro demais. – beijei seu rosto e me despedi.
Júlia: vamos pra minha casa amor, mamãe tá de plantão essa noite, a casa é nossa! – mordeu a minha orelha, me deixando arrepiada.
Pegamos um táxi e depois de uns 15 minutos chegamos. Peguei meu celular e mandei uma mensagem pra mamãe dizendo que estava bem e que dormiria na casa da Bia para não ter que acordá-la. Entramos aos beijos, estávamos com sede uma da outra. Subimos as escadas no maior amasso (até hoje me pergunto como não caímos). Abri a porta do seu quarto, ela me empurrou para a cama e se posicionou em cima de mim. Eu estava em êxtase! Nos beijávamos em um ritmo frenético, delicioso, eu queria aquela mulher pra mim. Desci os beijos para o pescoço da minha loirinha, ela apertava a lateral do meu corpo... Julinha parou de repente, me olhou e disse:
...
Continua!
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