Timmy & Sam: Don't ask, don't tell p 14

Um conto erótico de Syaoran
Categoria: Homossexual
Contém 4473 palavras
Data: 22/08/2013 20:54:31

Gente, voltei mais uma vez. Desculpem a demora, mas as coisas são assim... Obrigado a todos que acompanham estes dois, e toda a sua turma. Bjs.

Como as coisas podem mudar tanto e de uma hora pra outra. Em um momento você está em uma fossa existencial por ter visto as suas coisas de volta na casa de sua mãe, em outro momento você se diverte por ter visto seus irmãos e eles falam a história de uma louca que estava colocando o irmão para os machos da cidade, em um terceiro momento você está lívido por descobrir que a bêbada da história é sua ex-cunhada e o irmão dela é o seu ex, pelo qual você ainda sente alguma coisa e, por fim, a raiva aumenta, junto com um sentimento de desolação após saber que o homem que você ama se beijou com o primeiro amor, aquele cara que o magoou, mas que ele pode, bem no fundo, ainda guardar certos sentimentos. Minha vida está uma verdadeira tragédia.

- Como assim? O Taylor o beijou? – eu questionava.

- Como eu vou saber? – Vivi respondia. – Eu não sou um cão de guarda que fica pastoreando o Sam sempre. Num momento quando eu me virei os dois estavam se beijando.

- Ele... ele não po.... – eu tentava articular alguma fala.

- Eu sei, isso, com certeza foi invenção da irmã dele, pode estar seguro disso. – Vivi era direta. – ele passou tanto tempo sozinho.

- Ele passou tempo sozinho? E eu, lá naquele treinamento... e todas as vezes que eu liguei... todas as vezes que... ele não podia me trair desta maneira. Não podia. – eu estava triste e com raiva, será que tudo o que eu passei teria sido em vão, será que eu o teria perdido pra sempre? Craig apenas observava a minha conversa com Vivi, até que ele finalmente fala alguma coisa.

- Tim, se tu quiser pagar de corno, o problema é seu. Se você que tanto achar que foi traído, sim você foi traído, chifrado, ele se beijou com outro. – Craig era seco – Tá feliz agora?

- Não fale comigo neste tom. – eu respondia sério.

- Que foi, vai querer me bater é, cara? É sério, eu não aguento mais vocês dois. Sempre a mesma coisa, parece disco arranhado. – ele demonstrava chateação na voz– eu tentava responder algo, mas ele me interrompia.

- E todas as vezes que eu liguei? E todas as vezes que eu liguei? Você ligou pra quem Tim? Você torrava a minha paciência e a da mamãe ligando sempre pra perguntar a mesma coisa, ter notícias dele, pra ele mesmo você ligou quantas vezes? Se é que você ligou, não é? – ele me questionava.

- Eu.... eu.... li... – não gostava nenhum pouco desta situação, eu sendo acuado pelo meu irmãozinho.

- Não acha que já tá na hora de parar de bancar o marido traído, ou de se esconder atrás da Vivi? Você viu que a Samantha não está para brincadeiras, ela é uma estrategista e vai usar o espaço que você deixou contra você. Então se ponha no seu lugar e aja nele, se esforce, lute? – Embora a chateação dele fosse visível eu nunca o vi tão sério.

- E o que você acha que eu estou fazendo? – questionava.

- Você? Fazendo o papel de corno, ou melhor, do marido que vai pra guerra e insiste em colocar um cinto de castidade – fala apontando pra Vivi – na esposa. Cara, não estamos mais na Idade Média, e nem com ele você está mais, então reaja como alguém do século XXI. Repito, encare os fatos.

- Que merda é essa de fatos que você tanto fala? – eu questionava.

- Você não é marido dele é um ex-namorado, mas que ainda quer ser atual. Simples. – ele era resoluto. – Você conhece aquele cara melhor do que ninguém, use isto a seu favor e pronto. A Samantha vai usar as armas dela pra defender o irmão, então use as suas para reconquistá-lo.

- Nossa, desde quando o meu irmãozinho ficou tão inteligente? – Questionava incrédulo.

- Nesta família alguém tinha que pensar... – ele fala rindo. – e este alguém não é você.

- Oh Einstein, você sabe que hoje eu vou dormir no seu quarto? – falava implicando.

- Tá certo, contanto que não quebre tudo. – ele ria lembrando que, as vezes eu sou um tanto desastrado.

Enquanto ele subia as escadas o percebi mancar um pouco, bem como alguns arranhões em seus braços. Ele não havia me falado nada acerca daquilo e o Craig era normalmente muito calmo, o que teria feito ele se machucar daquela forma? Eu não deveria me meter, não deveria querer saber, mas eu sou o irmão mais velho, se alguém fez algo que o machucou, ou o fez ir as vias de fato, era meu dever defendê-lo.

- Vivi, o que aconteceu com o Craig? – questionava.

- O que você quer dizer? Não aconteceu nada. – ela respondia sem entender.

- Ou você é mais tonta do que eu, ou não percebeu que ele está mancando?

- Ah, isso...

Ela começou a me contar da segunda parte do que havia acontecido durante a noite, dos caras que haviam tentado algo com Samuel a medida em que ele tentava carregar a irmã de volta para casa, e da maneira como Craig, o meu irmãozinho, juntamente com alguns amigos entraram em uma briga para defendê-lo. Embora eu estivesse chateado com todas as coisas, todos os reverses que existiam em minha vida, ocasionados por todas as burradas eu, pela primeira vez consegui ficar genuinamente feliz. Da forma como as pessoas que me são importantes defendem aquele que eu amo, como eu não os mereço. Como, de certa maneira foi difícil para muitos deles aceitarem, concordarem com o meu novo estilo de vida, como foi difícil que aceitassem o que eu sentia pelo Sam, se foi difícil para mim mesmo aceitar, aceitar que eu o queria, e ainda o quero.

_____________________________________

O Samuel não poderia ter me acusado desta maneira, eu não tenho nada haver com as coisas que o Clarkson fez com ele, mas, mesmo que eu soubesse disso uma coisa ficava martelando os meus pensamentos, o por quê dele ter me beijado e me chamado de idiota, quem deveria estar chateado por aquilo era, eu. Realmente, eu deveria estar verdadeiramente puto daquele mariquinha filho de uma... ter me beijado.

Acho que devo ter relevado pelo fato dele ter sido traído, é uma situação difícil para qualquer um, depois eu iria colocar aquela situação em pratos limpos: dizer que eu gosto muito dele, mas apenas como amigo. Amigo, que entendia que ele poderia estar, de certa maneira triste com o rompimento com o Erik, mas eu não me prestaria a este papel, eu tenho a Isa e a amo, mas, por que cargas d’água ele havia beijado-me?

Caminhava pela área externa do Campus, eu precisava de ar, sentia que a área dos dormitórios estava me pondo louco, como se eu estivesse sufocando. E o pior é que, embora eu tentasse pensar em outras coisas, sempre me vinha os seus olhos, a forma como eles me acusavam, mas ao mesmo tempo brilhavam... os contornos de sua boca que vociferavam os mais diversos impropérios a meu respeito, mas que, tempos atrás me agradeciam de todo o coração por tê-lo feito companhia em um momento tão especial.

Mas aquela raiva, aquele ódio que Samuel sentia de mim era merecido, eu havia feito uma escolha, escolhi acobertar as puladas de cerca do meu amigo, nisso, como a corda sempre arrebenta do lado mais fraco, eu sabia, eu não queria aceitar, mas sabia que, quando esta história viesse a tona, eu seria o primeiro responsável, o primeiro prejudicado, como, de fato estou sendo. Enquanto eu caminhava vi meu grande amigo Clarkson junto a um determinado grupo de pessoas.

- Cara, você não tem noção de como a Sabine é gostosa. – ele dizia.

- Toma cuidado meu irmão, o namorado dela é bravo... se ele descobre. – um dos caras dizia.

- Todo touro é bravo. E aquele, além de corno é idiota... ele nunca vai desconfiar de mim... eu sou tão delicado. – ele fazia uma cara afeminada.

- E as paradas com aquele outro lá... – outro cara dizia.

- Tão na mesma, mas eu me aproveito, como tu acha que eu engano o corno, digo que sou viado, e se bombear ainda dou em cima dele só pra estar seguro, mas enquanto aquele outro assunto, já tô abusado, ele bem que poderia liberar logo, ai o Tim me pagaria as quatrocentas pratas.

Era impressão minha, ou eu havia escutado o meu nome? Sim, mesmo depois que eu o pedi para não colocar mais meu nome em suas nojeitas, ele o estava colocando, dizendo que eu sabia de suas idiotices. Se o Samuel escutasse uma coisa dessas, aí sim é que ele nunca iria acreditar na minha inocência, iria achar sim que o usamos e rimos de todo este relacionamento.

- Quatrocentas pratas pra dar um jeito naquele cara? – um dos amigos disse surpreso.

- Se eu não conseguir, vamos subir pra quinhentas, o carinha é marrento... ele não quer ser destroçado pelo meu amiguinho aqui. – dizia enquanto pegava no saco.

- A aposta tá enquanto mesmo? – eu perguntavacen...tas – ele respondia, a medida que ficava branco.

- A aposta está em quanto mesmo? – Eu insistia mirando-o incrédulo, como ele tem a capacidade de ser tão sórdido.

- Você sabe... se quiser me dar algum adiantamento. – ele respondia rindo. – Ravi, Miguel, cês podem ir na frente que eu tenho que acertar algumas coisas com ele. Quando eu ganhar, pago cerveja pra todo mundo. Uhauahuah

Os amiguinhos dele continuaram o trajeto, enquanto que eu apenas conseguia encará-lo estarrecido com a total falta de caráter de alguém que eu considerei como uma das melhores pessoas com as quais se poderia tratar. Enquanto caminhávamos eu pensava em colocá-lo contra a parede e quebrar-lhe a cara. Uma das coisas que eu sempre quis preservar foi meu nome e ele brincava com o mesmo, como se isto não significasse nada. Como ele, alguém que me conhecia há anos não teria a capacidade de entender isso.

- Erik Clarkson, me dê um bom motivo pra eu não quebrar a sua cara, agora mesmo. – eu respondi.

- Eu posso explicar... é que... é que... – ele tentava organizar alguma linha de raciocínio, mas não me olhava nos olhos.

- Cara, quando eu penso o quanto eu estava enganado a seu respeito... você é o que? Não precisa responder, você é apenas um rato... o Sam não merece passar por isso, ele não merece. – a cada palavra a minha raiva dele aumentava.

- Timothy, desde quando você virou um defensor dos fracos e oprimidos, ou da causa GLS? – ele me questionava. – O Samuel é assunto meu. Pronto. E não se preocupe ele nunca vai saber, Ravi e Miguel são de total confiança, ao menos que você conte... e você não faria isso... o Samuel sofreria tanto... isso se ele acreditar.

- Quer saber, ele já... – eu gostaria de dizer, afirmar que o garoto de cabelos cor de trigo havia descoberto da maneira mais sórdida que ele o traia, mas não. Eu não tinha este direito.

- Ele já o que? – ele me questionava.

- Nada. Digo apenas duas coisas, tire o meu nome dessa sua estória, ou eu mesmo começo a dizer que o Samuel não é um cara que você está enganado, é o seu namorado e que você é um passivo muito fogoso...

- Mas isso é mentira. – ele retorquia exasperado.

- A sua aposta também, mas as pessoas acreditam, ou não?

- ... – ele ficava calado.

- E se ele souber, e for ferido de alguma forma por esta sua sujeirada toda, pode ter certeza, eu vou amaciar a minha mão na sua cara... e que o Diabo tenha pena da sua alma.

Depois desta discussão, eu estava tão cansado que decidi voltar a meu quarto, creio que encarar o Sam seria bem melhor, e quem sabe, com sorte, ele estaria dormindo? É ele deveria estar enfadado com tudo o que aconteceu e dormiria calmamente, quem sabe, no outro dia, com os ânimos mais calmos nós teríamos uma conversa séria e ele me entenderia, ele me perdoaria. No entanto as coisas não aconteciam da forma como eu gostaria, do feitio com o qual imaginei, ele não estava mais lá, as roupas ainda estavam em seu armário, mas sua cama estava intocada.

Passei a noite em claro, eu estava preocupado, onde será que ele havia passado a noite, será que ele teria feito alguma besteira? Em minha luta contra o sono acabei sendo um perdedor, mas aquela foi a primeira vez que ele foi à última pessoa que pensei antes de dormir e a primeira pessoa que pensei ao acordar e notar que ele ainda não havia chegado.

Por diversos motivos eu quis acreditar que tudo era ilusão da minha cabeça, que ele irromperia a porta, entraria, quer bravo, quer em tom brincalhão, que a briga da noite anterior não havia passado de uma espécie de pesadelo, só que não foi assim. Naquele dia ele não foi pras aulas e, ao voltar ao nosso dormitório suas roupas já não estavam no closet.

- Idiota.

__________________________________

Quando acordei percebi que meu irmão já não estava mais em sua cama. Fui ao banheiro, fiz minha higiene pessoal e fiquei me olhando no espelho. Era engraçado como, com o decorrer dos anos, algumas coisas mudavam. Uma série de acusações que são feitas, não poderiam mais, você não teria mais moral, ou seria uma acusação feita por um hipócrita. Lembro que, antes de eu me envolver com o garoto dos cabelos cor de trigo, ele tinha descoberto acerca de uma traição do Clarkson e estava fugindo, tanto dele, quanto de mim. Lembro que fiquei muito chateado com toda esta situação, mas eu não poderia fazer nada a respeito. Se o Sam não seria homem o suficiente para encarar os seus problemas, eu não iria obrigá-lo. Não estava na minha alçada, mas um dia, enquanto eu estava no banheiro...

________________________

- Ah, é você? – Eu o questiona– ele permaneceu mudo, o que me deixou com raiva.

- Eu até poderia tentar falar contigo, mas não. Quer saber de uma coisa, eu estou decepcionado com você. – falava o encarando pelo espelho, não aguentava mais a sua infantilidade, havia passado dois dias sem dormir e ele nem pra dar notícia.

- Você? E quanto a mim? Sou eu que....

- Sei, é você que está decepcionado comigo, “porque eu arranjei mulher pro seu namorado” – falava imitando a forma como ele me acusava – lembra o que eu disse, os seus problemas com ele, são os seus problemas com ele e pronto. Eu estava até superando o fato de você ser.. você sabe...

- a palavra é gay.

- Sim, você era um homem, mas a sua atitude atual... você não passa de um meninozinho mimado que esta se escondendo atrás dos amigos. A vida é uma merda, sim, ela é, mas pelo menos a encare de frente. Seja homem... – falava enquanto secava as mãos e saia do banheiro.

___________________________

Hoje percebo o quão injusto fui com ele, eu estava ferido, ele não poderia ter me acusado daquela maneira. Mas ele estava envolvido com o Clarkson, e eu, hoje, vários anos depois, estou agindo da mesma forma. Embora o queira eu passei as últimas semanas fugindo dele, o transformei em uma espécie de droga, a minha droga, minha morfina, meu ópio. De certa forma, converti tudo o que ele significava a um aspecto sujo, proibido. Mas a questão agora era, se eu realmente gostaria de ficar limpo? Eu poderia ficar limpo, o quanto eu aguentaria esta limpeza... eu sempre me mostrei forte, eu sempre fui o maioral, mas agora eu estava me portando como um menino mimado.

Em meio a tudo isto, eu ainda tinha a questão do treinamento especial, as duas semanas. Eu estava com uma faca em meu coração e deveria escolher algo, será que eu continuaria a correr atrás dele? Ou ainda tentaria ser o militar que se supõe que eu deveria ser? Bem, se uma coisa ou outra, eu ainda teria mais 14 dias para tomar a minha decisão.

Desço as escadas e me deparo com a cena familiar, todos na cozinha comendo alguma coisa enquanto se preparavam para o seu dia.

- Tim, desculpa cara. Ontem eu tava com a cabeça quente... e... – Craig tentava se desculpar.

- Desculpa? Desculpa o que? – eu respondia em tom brincalhão. – Certo, eu te desculpo por não ser mais aquele menininho assustado que eu tentava ajudar. Te desculpo pelas vezes em que você tentou arrumar as irmãs dos seus amigos pra mim... – falava enquanto encarava minha mãe.

- Ok, ok. Assumo, culpada, podem me levar pra Guantánamo. – ela respondia.

- Mas eu nunca vou te desculpar se você, por qualquer razão se omitir e não falar a verdade pro seu irmão aqui. Agora eu percebo que você não é mais aquele menininho, aquele... cresceu... defendeu o amigo gay da irmã, mesmo não gostando de briga, aceitou o irmão... brigou no meio da boate ontem pra defender o ex-namorado do irmão... e não contente com isso deu uma lição de moral no irmão mais velho. – Eu falava em um misto de brincadeira e seriedade. – Cara, muito obrigado mesmo. Agora é minha vez de agir.

Percebia o quão meu irmão ficava ruborizado com o que eu falava, mas, sabe como é bom poder dizer a um irmão, alguém que compartilha o seu sangue, a sua vida, o quão ele é importante. Perceber o quanto eles cresceram e podem se defender sozinhos, ou ainda, como foi o caso daqueles dois, tentar me defender, mesmo eu não merecendo.

- Olha que eu vou ficar com ciúmes. – dizia Vivi fazendo graça.

- Não precisa. Olha o que eu trouxe pra você. – Disse a entregando uma sacolinha de papel.

- O que é? – Ela perguntava ansiosa enquanto abria o embrulho. – Ah, é isso? – ela falava com um misto de desdém, raiva, e vontade de rir.

- Tudo seu. – falava contendo um riso.

- Pois pega isso e enfia... – ela falava, não sei porque, eu tinha comprado alguns biscoitos e ração pra cachorro. Ainda um kit pra banho.

- Se o teu patrãozinho vier me ajudar, vou adorar. – falava em tom jocoso, ao que ela começa a rir.

- Timothy! – grita.

- Mamãe?! – eu ria da cara que ela fez. – Por favor mamãe, desculpa.

- Não... é que... tem coisas... – ela estava um pouco desconcertada.

- Mãe, pensar que, um cara como ele viveria junto com o namorado e ainda fosse virgem, por favor. – Vivi falava como a coisa mais obvia. – Lembro de quando eu o apresentei ao KY.

- Vivi. – Minha mãe, irmão e eu gritamos juntos.

- Muita informação. – Craig comentou.

- Nunca mais te pergunto nada. – eu respondi.

- Ohhh, como desculpa fique com estes biscoitinhos, a ração e o kit de banho... eu não mereço tantos mimos. – ela fazia uma cara tão sonsa que todos começamos a rir. Nota, quando a Vivi fica enfezada ela ataca.

Depois de ter sobrevivido ao café da manhã decidi ver o andamento de alguns projetos que eu tinha deixado, conversei com minha mãe, que disse que a questão da casa havia sido resolvida. Que Samuel havia me enviado o que ficara da recisão do contrato, e no mais que a senhora Breuer estava agindo de acordo com o que foi estabelecido. Para o andamento de meus projetos eu precisava falar com duas pessoas, a senhora Breuer e uma outra amiga. Então decido marcar um almoço com as duas em um restaurantezinho a algumas quadras da casa de minha mãe. Decidi que, para não me acostumar sempre chamaria de casa da mãe, pois, a minha casa eu já tive e a perdi, mas ainda iria reavê-la.

Chegando ao restaurante me deparo com minha grande amiga, alguém que realmente é de uma grandeza de espírito sem igual.

- Ora, ora se não é o oficial Miller. Confesso que fiquei surpreso com a sua ligação. Não nos falamos... desde... desde... – ela falava de uma forma retórica.

- A morte do meu pai, eu sei. – Eu respondia sério. – Eu deveria ter avisado.

- Não tudo bem, o Samuel me avisou... desculpe. Não deu pra chegar a tempo do velório. – ela me respondia com certo pesar.

- Entendo, a madrinha de casamento já tinha ido pra Massachusetts. – eu falei, um tanto triste.

- Em pensar que se tivesse demorando só um pouco mais... você a esta altura estaria casado... o velho oficial, até morto se metendo na sua vida. – ela era dura.

- Não vamos falar disso, por favor. – eu pedia.

- Perdão, mas é que, realmente eu esperava que você tentasse se casar um, dois, três meses após o acontecido, e não isso, se converter em um oficial. Abrir mão de tudo, abrir mão da sua vida...

- Este era o plano original Isa...

- Plano original de quem? – ela fazia uma pausa e olhava nos meus olhos. – Seu não é. Nunca foi.

- Eu não vim falar sobre isso, eu vou reavê-lo.

- Ok, mas você não me chamou até aqui pra falar da sua vida amorosa. – ela me olhava.

- Não, só estamos esperando alguém.

Continuamos conversando, ela me fez uma sabatina, perguntou das coisas do treinamento, se tinham oficiais bonitos, ficou surpresa quando lhe falei de Montez.

- Não gosto dela. Ela sempre teve uma queda por você. Tome cuidado. – ela informava.

Eu não era idiota, sabia do meu passado com Montez, sabia que quase namoramos, mas eu sabia também que aquilo era passado, principalmente depois que eu assumi gostar e estar com um outro homem. A Montez era uma amiga, uma boa amiga apenas isso.

Certo tempo depois chegou a Natalie, eu as apresentei e nós conversamos um pouco acerca do empreendimento.

- Meu garoto, senti tanto quando o seu namorado foi assinar a recisão do contrato. – ela informava.

- Eu sei, mas aquele nosso empreendimento ainda está de pé? – Perguntava.

- Claro, sua mãe está fazendo todos os depósitos, mas você não acha um tanto perigoso, digo, nesta sua situação atual... – ela questionava.

- Natalie, você não acredita que eu vou reavê-lo? – eu retrucava.

- Não, mas... é que...

- Mais nada. Esta é minha garantia. – eu olhava pras duas. – Eu não sei por quanto tempo eu posso estar fora, mas eu vou deixar a Isa tomando conta dos detalhes.

- Eu? Por que? – ela questionava.

- O gosto de vocês é parecido. E qualquer coisa você pode perguntá-lo, pedir a opinião dele e ele não vai saber que é coisa minha.

- Timmy, eu concordo com a senhora Breuer, e se você não conseguir voltar com ele?

- Eu prefiro arriscar. Eu sei, eu sou ufanista, eu sei que se eu parar pra pensar o mais certo é que não vamos voltar, mas deixa eu ter essa esperança. Se tirarmos a esperança de um homem, o que ainda vai restar?

Depois desta reunião eu voltei para casa, precisava pensar mais acerca do próximo passo, enquanto pensava tecia mil e um planos mirabolantes recebo uma ligação da Isa.

- Oi Isa....

- Vamos sair, hoje. – ela respondeu na lata.

- Não... é que... eu.... – tentava desconversar.

-Não tem mais, nem meio mais... se você quer reconquistar o seu namorado não pode ficar cheirando a naftalina, vamos sair ou eu saio do empreendimento. Que nome mais ridículo.

- Em primeiro lugar... você não iria sair do empreendimento, deixa o nome, e em segundo... eu não posso...

- Se você não for, eu faço a sua expulsão ser permanente. Mando pro Fort uma foto nossa, aquela em que você está com o Sam...

- Você não faria...

- Faria, você sabe que eu faria.

Depois desta conversa, na qual fui literalmente coagido a ir a uma festa, eu me arrumei, da melhor maneira que eu consegui, Vivi me ajudou. Ela dizia que, não é pelo fato de eu estar triste que deveria parecer um defunto. Quando chegamos em meio a toda multidão vejo os Sams, eu gostaria de me aproximar, mas eu não poderia, não deveria.

- Vamos. – Isa pegou no meu braço me levando até ele.

- Ah.... oi. – eu falava com o coração na mão.

- Oi. – ele respondia, eu via em seus olhos que ele não havia me esquecido.

- Sam, vamos sair daqui. O ar está muito carregado. – informava Samantha.

Ela o levou pra longe de mim e eu decidi ficar no bar, não gostava muito de bebidas, mas aquela noite merecia. Enquanto estou sentado vejo um cara que eu não conhecia se aproximar.

- Pietro, me dê dois coquetéis, ok? – ele pedia.

- Mas estes são daquela mesa – o garçom apontava.

- Cara, eu tô tentando alguma coisa com aquela bunda sexy, você vai deixar que ela me escape. Eu sei que ele tá necessitado, vai ser fácil, fácil. – o homem dizia, ao que o garçom entregava os drinks.

Aquilo foi de mais, eu queria voar no pescoço daquele sujeito, aquela bunda sexy tinha dono, eu. Ele não poderia querer pegar em propriedade particular. Ainda mais se referindo ao Samuel como fácil. Eu bebi a minha cerveja de um gole só e fui pra pista de dança, seja o que Deus quiser.

Continua.

Imperadorcelta: Senti sua falta. Como diria o Fael leafar: some não.

Fênix: Espero os seus comentários, não adianta cobrar pelo Skype e não comentar.

Mary_jane: Estou vendendo meu peixe. Então decidi agora parar nessas partes para que as pessoas fiquem curiosas pra saber mais do que vai acontecer. Ah, e seja bem vinda, fico muito feliz de que esteja acompanhando o meu conto. :D Continuei o mais rápido que pude.

Juniormoreno: Exato, a única coisa que posso dizer é que a ressaca da Sam será reveladora. Obrigado.

Oliveira Dan: Passar uma borracha eu não sei. Ainda está muito cedo. Ele decidiu não mais esperar pelo Timmy, mas sabe como é? Tudo pode acontecer, idas, vindas, términos, recomeços, outros términos. Making- off: Sam foi bonzinho por que o capítulo tava muito deprê. Eu ia fazer a Samantha ter uma parada cardíaca e parar no hospital, mas achei melhor não. Gosto muito dela.

Geo Mateus: Obrigado, estou continuando.

Afonsotico: Um recado sério pra você... obrigado. Ha medida que eu escrevo, acabo não tendo noção do que está mais, por vezes penso mais no presente, em outras no passado. Preciso que vocês me digam os momentos em que eu estou exagerando. Mas sinto dizer que vão ter outros capítulos que vão ser mais centrados no passado, até que eles comecem a namorar no passado, que é até onde eu imaginei o passado, depois acho que focarei mais no presente. Só é ter um pouquinho de paciência. :D

Iuribrx: Claro que gostei, uma música também muito boa é essa http://vimeo.com/Na verdade eu pensei em tantas músicas agora que acho que vou colocar no conto, mas vai ser esporádico. Fico muito feliz que você acompanhe e que agora comente também.

agatha1986: Obrigado pelo carinho.

Mateuslc: Obrigado pelo carinho e fico muito feliz por agora poder saber que tem alguém que gosta tanto do meu conto. Pra acalmar seu coração, ou não, eu costumo postar de 15 em 15 dias a uma vez por mês. Não precisa olhar todo, todo dia. Mas estou muito feliz em ter te conhecido. :D

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Syaoran a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Não me lembro se já comentei em teu conto, poré, faç-o agor. É lindo. Gosto desses flashbacks. Espero que resolva a sistuação do Timmy e do Sam da forma mais românatica possível.Um abraço carinhoso,Plutão

0 0
Foto de perfil genérica

Vamos botar para quebrar, mostre quem você é e conquiste seu amor de novo.

0 0
Foto de perfil genérica

Parei meus estudos só pra poder acompanhar seu conto e olha que eu tô sem tempo pra respirar. Parabéns muito bom como sempre. Até a próxima. Ah, e o cargo de leitor número um é meu e ninguém tasca.

0 0
Foto de perfil genérica

Kara sou novo na casa e o seu conto foi o primeiro q li , e posso dizer q foi um grande inicio o conto esta muito foda ....

Nota 1000000

0 0
Foto de perfil genérica

errar é humano,mas sempre tem a segunda oportunidade de acertar.

volta logo.

0 0