Um amor duplamente proibido (parte 11)

Um conto erótico de H. C.
Categoria: Homossexual
Contém 935 palavras
Data: 03/08/2013 09:27:16

Gente, aqui esta mais um fragmento da história. Esse conto foi baseado em alguns eventos ao longo de minha vida (alguns eu participei e outros somente presenciei), mesclado com um pouco dos livros que eu li, por estes motivos nele tem muitas coisas que fogem (algumas em excesso) do comum, principalmente depois que Conhecermos melhor Rafael e Lucas descobrir alguns segredos de seu próprio passado. sem mais delongas, ao conto.

Parte 11

Eu – me deixe ver seus olhos – e, antes que ele pudesse protestar, eu tirei os óculos dele. Quando olhei diretamente em seus olhos vi algo que eu nunca havia visto na vida. Seus olhos eram de duas cores, o da esquerda era azul celeste e o da direita um verde bem claro.

O mundo ao redor virou um borrão, eu olhava no fundo de seus olhos e nada mais importava só ele. Não sei quanto tempo fiquei perdido, mas ele levantou pegou os óculos da minha mão e os colocou novamente, me privando daquela visão maravilhosa. Seu semblante era de medo, ele seguiu para a sala eu demorei uns instantes pensando o que fazer então decidi segui-lo e perguntar o motivo dele esconder olhos tão bonitos. Ao chegar à sala da lareira percebo que ela estava acesa e ele olhava para ela de uma das poltronas que ficavam ao seu redor. Eu sentei em uma perto da sua.

Rafael – você não devia ter feito isso – ele disse em um tom de raiva.

Eu fiquei preocupado que ele pudesse ir embora, pois, de alguma maneira, eu sabia que ele não me machucaria então a única coisa que ele poderia fazer era me ir dormir e não falar, mas comigo. Resolvi mudar o Foco da conversa.

Eu – Rafael, onde estão os seus pais?

Rafael – eles morreram em um acidente de carro quando eu tinha doze anos – ele me disse ainda fitando o fogo que crepitava na lareira.

Eu – eu sinto muito – eu disse receoso de fazer qualquer outra pergunta.

Rafael – tudo bem, eu já superei – ele disse dando um suspiro.

Nesse momento eu tive uma vontade instantânea de abraçá-lo e fazer carinho, mas me veio outra duvida que eu não aguentei segurar.

Eu – Rafael, com quem você mora aqui?

Rafael – sozinho.

Eu – quantos anos você tem?

Rafael – 19.

Eu – por que você vive tão afastado da cidade? Quer dizer, não te da medo saber que você esta no meio de uma floresta sozinho – eu disse lembrando imediatamente do que Carol me disse sobre o bosque dos sussurros – espere, este lugar não é assombrado?

Eu falei isso porque morro de medo de quase tudo. E a ideia de estar num lugar afastado e assombrado me fazia tremer na base.

Rafael – não, eu não tenho medo. E eu ouvi que a floresta é assombrada, mas me mudei para cá há pouco tempo e não vi nada que eu não possa lidar – ele disse isso rindo de como eu estava tremendo.

A tempestade parece que havia chegado e, embora ainda fosse dia, as nuvens de chuva deixavam tudo escuro lá fora. Por algum motivo eu me lembrei do sonho e percebi que ele era exatamente igual ao que tinha acontecido no dia anterior, claro tirando o que acontecia no sonho depois que eu tropeçava, eu acho. Ri com o pensamento porque se o Bernardo era aquele que me perseguia, Rafael só podia ser aquele que me carregava no ar.

Rafael – no que você estava pensando – ele perguntou quando percebeu que eu estava rindo à toa.

Eu – num sonho que eu tive em que Bernardo me perseguia, então eu tropeçava e alguém me segurava e erguia para as nuvens, ele tinha uma asa branca e outra negra, eu não conseguia ver o rosto. A graça é que o que aconteceu ontem coloca Bernardo na posição de vilão eu na posição de donzela indefesa e você como herói – Eu coloquei imediatamente a mão na minha boca, vermelho como uma pimenta e imaginando porque eu havia falo aquilo.

O que Rafael ia pensar de mim? Eu queria me enterrar em um buraco bem profundo e nunca mais sair. O rosto dele ficou sério quando eu contei isso. Ele se inclinou um pouco em minha direção e começou a perguntar.

Rafael – estes sonhos eram frequentes? Você o contou a mais alguém? Pense e me responda com calma – ele me olhava de maneira preocupada e eu não fazia idéia do motivo.

Eu – Não, na verdade eu estava tentando esquecê-lo, você é o único para quem o contei inteiro – eu disse ainda muito preocupado com o que ele faria, mas claramente sua preocupação era com o sonho ter acontecido? É isso? Por quê? Ele não parecia psicólogo nem nado do tipo, ele queria saber se sou louco? Talvez eu seja um pouco.

Rafael recostou-se em sua cadeira e respirou fundo.

Rafael – tudo bem, que ele fique somente entre nós. Diga-me uma coisa, quantos anos você tem?

Eu – 17, por quê?

Rafael – na sua família já teve histórico de distúrbio mental ou coisa parecida?

Eu – como? Não – eu estava completamente inquieto com aquelas perguntas. Parece que ele queria mesmo saber se estava dando abrigo a um louco.

Ele riu um pouco e resolveu mudar de assunto.

Rafael – bem parece que você vai ter que passar mais uma noite aqui, pois esta tempestade não vai parar tão cedo e fica muito perigoso nessas estradas – ele disse voltando-se para uma janela e vendo como a chuva estava ficando mais violenta.

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Comentários

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Esses dois tem que ficar juntos...rsrsrs TDB 100000000 pra ti cara...

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Ai eu pegava o Rafael, uma coberta e ficava deitendo com ele

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Gostei de todos os capítulos que vc escreveu até agora!!! Fascinante..

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Se achas "fantasioso", então não vistes nada, pois a "loucura" está apenas no começo. Até porque, de real eu já vivo em excesso.

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Vou dizer uma coisa, seu conto ele é ESPLÊNDIDO, estou amando lê-lo. Você escreve muito bem. O bernardo é um cachorro, o rafel é enigmático, o lucas é uma donzela em perigo, mas acho que já encontrou o anjo da sua vida, posta outro cap. Ainda hoje, estou muito ansioso. Você é 10 se der ler o meu também.

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O rafael e muito misterioso, será que vai rolar alguma coisa entre eles dois?? Continua:)

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