Indiferença - capítulo 3

Um conto erótico de Yaoi
Categoria: Homossexual
Contém 1536 palavras
Data: 14/08/2013 15:13:02
Assuntos: Gay, Homossexual

Espero que gostem desse capítulo e o rumo que a história está tomando.

- Mas o que foi que aconteceu aqui?

Mal quase terminei de fazer a pergunta, Gustavo veio com uma pergunta que eu não esperava ouvir da boca dele.

- Cadê a camiseta? - disse olhando para o chão, sem nem ao mesmo olhar em meus olhos como era de costume de se fazer.

- Que camiseta? disse sem entender o rumo daquela conversa e sua curiosidade sobre a camiseta que ele pouco tempo atrás se desfez.

- A camiseta que você comprou para mim! Eu quero ela agora! Aonde ela está?

- Quem disse que era para você? Não sabia desse seu lado egocêntrico.

- Eu sou a única pessoa que você compraria alguma coisa para dar, ou você acha que eu não sei das inúmeras camisetas que você já comprou para mim, mas nunca me deu?

Nunca achei que ele soubesse disso, pois nunca tive coragem de dar os presentes para ele, achando que possivelmente ele faria pouco caso ou até não aceitaria.

- Eu doei para a caridade!

Logicamente que não havia doado, só queria ver sua reação diante do que eu havia dito.

- Você fez o quê?

O seu semblante mostrava agora inconformação pela minha impulsividade, quando na verdade eu não tinha tido a coragem de fazer o que pronunciara a pouco instantes antes.

- Você não fez isto! Cadê a PORRA da camiseta?

Seus olhos azuis agora estavam vermelhos, se não fosse o meu irmão que tanto conheço por sua frieza e indiferença, juraria que ele estava prestes a chorar, mas aquilo era tão impossível, que apenas achei que era fruto da minha imaginação.

- Qual é o seu problema? Você nunca a usaria aquela camiseta mesmo.

Meu tom de voz já se encontrava levemente alterado.

- Não importa! Agora pela última vez, cadê a camiseta?

Já não estava mais reconhecendo meu irmão, se antes ele estava parado em minha frente, agora ele segurava firmemente meus pulsos sob mim contra a parede. Enquanto ele olhava fixamente em meus olhos eu podia sentir sua respiração em minha face e seu corpo próximo ao meu. Aquela aproximação sem dúvida era fatal para mim, pois meu corpo já estava começando a ficar quente devido ao seu toque em minha pele.

- O que você quer de mim? Já não basta amar mais uma estranha do que seu próprio irmão? - Segurei firme para não deixar minhas lágrimas escorrerem pelo meu rosto e demonstrar meu momento de fragilidade.

- De onde você tirou isso?

Seu semblante mostrava agora perplexidade.

- De todos os dias que você mal falou comigo e todas as vezes que me tratou com frieza. Eu nunca recebi de você qualquer tipo de carinho, consolo ou amor.

Quando ele estava prestes a dizer algo sobre o que eu havia dito, o telefone começou a tocar. Ele saiu do quarto calmamente e desceu para a sala para atender aquela ligação. Depois de alguns minutos também desci para terminar nossa conversa.

- Era nossos pais, dizendo que amanhã estão de volta e vão vir com uma visita, por isso querem que estejamos em casa amanhã.

- Uhum! - acenei a cabeça em afirmação.

- Eu vou dormir, acho bom você fazer o mesmo. - disse voltando a ser o velho Gustavo de antes.

- Quem é que vai arrumar meu quarto? Porque que eu saiba a Maria já foi embora e não vou dormir com o meu quarto todo bagunçado.

- Então hoje você dorme no meu quarto eu no seu e amanhã quando a Maria chegar eu falo para ela arrumar seu quarto. E sobre a nossa conversa anterior, percebi que você não é maduro o suficiente para entender o que acontece ao seu redor sem ser sobre você mesmo. Boa noite!

Quando me dei conta lá estava ele indo em direção ao meu quarto e eu parado feito idiota sem poder reagir. A única coisa que eu podia fazer era dormir.

Era incrível como o cheiro do Gustavo estava em cada canto do seu quarto. Era um cheiro másculo e ao mesmo tempo delicado, eu poderia ficar o resto da minha vida inalando aquele aroma.

Fui acordado com vozes conhecidas, que provavelmente eram meus pais que tinham chegado de viagem. Fui ao meu quarto para escovar os dentes e não encontrei Gustavo que dedução a minha já estava lá embaixo.

Depois de ter feito a minha higiene matinal, desci as escadas e pousei meus olhos em uma pessoa totalmente estranha que também estava a olhar para mim. Desviei o olhar procurei pelo meu irmão e o vi sentado no sofá juntamente com meus pais. Dava para sentir que o clima não estava nada bom.

- Oh Meu amor! Quanta saudade eu senti de você. Como está o meu pequeno?

- Eu também senti Mãe, e você sabe que eu não sou nem um pouco pequeno.

- Nós temos que conversar com você e seu irmão sobre um assunto um pouco delicado.

Quando ela dizia ''assunto delicado'' eu já sabia que já vinha alguma bomba.

Cumprimentei o estranho que aparentava ser muito novo. Eu diria que ele tinha a mesma idade que o Gustavo, não sei se era pelo seu ar de maturidade, ou se era pela suas feições de uma pessoa com seusanos.

- Meninos! A situação que nós nos encontramos é muito delicada e espero a compreensão de ambos. - disse meu pai muito sério enquanto falava de forma clara e devagar.

- A visita que veio conosco hoje, não é bem uma visita. Ele vai fazer parte de nossa família a partir de hoje.

- Como assim parte da família? Você está se referindo à ele? - disse apontando para o menino ao seu lado.

- Sim, esse é Bernardo e ele é seu irmão!

- Âhm? Como assim meu irmão? Você adotou ele?- disse sem entender nada.

- Eu acho que devo uma explicação para você! Na mesma época que sua mãe engravidou eu acabei me envolvendo com a mãe do Bernardo e ela acabou também ficando grávida. E ontem eu fiquei sabendo que a mãe dele havia morrido em um acidente de carro, e como ele ainda é de menor e ele é do meu sangue eu não pude abandoná-lo na hora em que ele não tinha ninguém.

- Pera aí! Você está dizendo que eu tenho outro irmão e que este irmão é ele? - disse apontando para o Bernardo.

- Sim, meu filho! Eu sei que vai dem...

- Que ótima notícia, eu vou ter mais um irmão. - disse super contente com a novidade. Apesar de ter dois irmãos agora, estava mais parecendo que só tinha um irmão agora. Por que não podemos contar o Gustavo como sendo meu irmão e sim apenas um estranho.

Dito isso, fui em direção ao Bernardo para me apresentar, e notei que Gustavo se levantou apenas disse ''Bem vindo a família'' e foi para seu quarto.

Imaginei mesmo que Gustavo reagiria daquela forma, apenas dei de ombros e comecei uma conversa animadora com Bernardo.

- Cara, nem estou acreditando que eu tenho outro irmão. Desculpa a falta de educação do Gustavo, se acostume ele é assim mesmo. Eu sou o Danilo.

- Como disseram anteriormente meu nome é Bernardo.- disse sorrindo educadamente.

- Quantos anos você tem? Porque pelo que meu pai estava falando se sua mãe engravidou na mesma época que a minha, então temos a mesma idade, eu jurava que você tinha 20-22 anos.

- Todo mundo fala que eu aparento isso, nem sei dizer o porquê.

Ele parecia mais social do que o Gustavo e também mais conversativo.

- Ohhh Mãe! Aonde que o Bernardo vai dormir?

- Você deixa ele dormir no seu quarto? Foi tão de repente que tudo aconteceu que não tivemos tempo de comprar uma cama para ele.

Não achei problema algum e fiquei muito entusiasmado com uma nova pessoa em casa. Dei as instruções de onde ficava meu quarto para o Bernardo para ele colocar suas coisas e fui conversar com a minha mãe, pois eu sabia que a pessoas mais afetada com todos os acontecimento era ela.

Chamei-a de canto e tentei consolá-la e entender o que estava se passando em seu coração.

- Mãe, eu sei que deve difícil, mas eu gostaria de saber o que você está sentindo nesse exato momento com tudo isso.

- Filho, eu amo muito seu pai e doeu realmente saber o que ele fez enquanto eu estava grávida de você. Não vou mentir que não estou com raiva dele, mas eu não posso das as constas para um menino igual ao Bernardo que acabou de perder sua única família. Eu vou tentar suprir esse amor maternal que ele não vai mais ter, pois ele é apenas uma criança que não tem culpa dos atos de seus pais. Por isso peço que assim como eu você tente ajudá-lo a se sentir à vontade, como se nós fossemos a família dele.

- Eu sinto muito por tudo isso, mãe. Prometo que eu vou ajudá-lo no que for necessário e tenho sorte de ter uma mãe com um coração tão bom quanto o seu.

E assim abracei aquela mulher maravilhosa que era minha mãe e pensei em como a casa com a chegada do Bernardo se tornaria mais confortável e aconchegante, pois não seria apenas eu e Gustavo presentes.

Agora havia mais um membro na família.

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Comentários

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Tomara que vc e Bernardo sejao fortes irmaos e amigos e que o Gustavo morra.......... DE CIUMES E DOR DE CUTUVELO

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Gostei bastante do teu conto. Achei a história bem promissora.

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Esse conto é muito legal... O pai deles é um porco por trair a mulher dele quando ela estava gravida, odeio esses cafajestes sem coração... Nota 10...

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