Um amor duplamente proibido (parte 10)

Um conto erótico de H. C.
Categoria: Homossexual
Contém 1065 palavras
Data: 02/08/2013 08:15:22

Olá, aqui vai mais uma parte de minha história. Eu imagino que muitos querem cenas mais picantes, mas ainda não vai rolar, porque um conjunto de eventos são necessários e eu não posso passar por cima deles sem comprometer o desfecho. Quando as personagens estiverem prontas vai rolar bastante coisa, o narrador vai mudar mais algumas vezes e novas personagens entrarão efetivamente na historia, mas por hora a história é bem "leve".

Parte 10

Eu estava por algum motivo doido em estado de choque. Não consegui nem virar para ver quem era. Eu fiquei estático.

Desconhecido – se você quiser, eu posso te emprestar – ele falou isso pegando em meu ombro – Agora o guarde para almoçarmos, porque a tempestade parece que não vai passar cedo.

Focalizando toda a minha força de vontade eu levantei e o segui em direção a sala onde eu havia tomado café. Percebi que era o garoto ao qual eu tinha visto quando acordei. Ele usava uma camisa preta básica com uma bermuda preta bem parecida com a minha e óculos escuros. Eu tinha quase certeza que era o Rafael. Quando eu vi a mesa fiquei maravilhado com tanta coisa gostosa e simplesmente esqueci por um momento que eu estava na casa de um completo desconhecido.

Eu – nossa! Quem foi que preparou isso, porque eu não me lembro de ter visto ninguém – eu disse sentando e tratando de preparar um prato para mim.

Desconhecido – fui eu que fiz, é um passatempo que eu gosto – disse ele dando um sorriso e pegando um prato para ele. Quando eu olhei para o sorriso dele eu fiquei perdido por alguns segundos imaginando qual seria o gosto de seu beijo e lembrei que eu não sabia seu nome.

Eu – uma pergunta, qual o seu nome – eu disse olhando diretamente para ele aguardando a resposta.

Desconhecido – me desculpe, esqueci que eu ainda não havia me apresentado – ele disse levantando e vindo até onde eu estava – meu nome é Rafael – estendeu a mão para eu apertar.

Quando eu apertei a mão dele eu senti uma absurda vontade de abraçá-lo e nunca mais soltar. Até ele me olhar com um leve sorriso e eu perceber que eu ainda estava segurando sua mão. Mais que depressa eu solto ela e volto-me para frente.

Rafael – espero que aproveite o almoço, eu fiz meio que depressa, mas acho que ficou bom – disse, sentando-se e voltando a colocar algumas coisas em seu prato.

Eu – não, tudo parece delicioso – eu disse colocando uma porção de alguma coisa que amarelada que eu pensei ser purê de batata, mas o gosto era completamente diferente, uma maravilha de comer rezando.

Ele riu um pouco da minha cara (eu acho) e o silencio reinou por alguns minutos. Depois de um tempo delirando com aquelas delicias eu lembrei que eu não sabia nada dele ou mesmo de como eu vim parar ali. Então eu resolvi quebrar o silencio.

Eu – Rafael, o que aconteceu ontem depois que eu desmaiei e por que eu acordei só de cueca na sua cama? – eu disse um pouco corado.

Rafael – depois que você bateu a cabeça e desmaiou o Bernardo ficou preocupado que alguma coisa grave tivesse acontecido porque você estava sangrando, ele correu. Como eu estava lá perto e não tinha mais ninguém para ti ajudar eu resolvi trazer você para minha casa e fazer os devidos curativos.

Eu – porque você não me levou para minha casa ou para um hospital?

Rafael – foi à primeira coisa que pensei levá-lo para um hospital, mas quando eu chequei o ferimento vi que não era nada grave. Depois decidi levá-lo para a sua casa, mas eu não sabia onde era. E alem do mais, você teria que explicar para seus pais porque você bateu com a cabeça e porque tinha bebido, porque estava cheirando como um bar – eu pensei “eu não tinha bebido tanto assim”, mas relevei.

Eu – entendi. Mas porque eu estava na mesma cama que você daquele jeito.

Rafael – eu pensei em levá-lo para o quarto de hospedes, mas fiquei preocupado que você acorda-se no meio da noite e tentasse sair da casa. Você sabe que é perigoso andar na floresta sozinho e ainda mais durante a noite. Se você esta preocupado se eu me aproveitei de você, pode ficar tranquilo, eu nunca faria algo desta natureza.

Eu – não é isso...

Eu fiquei encabulado, mas de alguma forma eu sentia que ele só havia cuidado de mim. O silencio pairou no ar por mais alguns segundos. Eu não conseguia parar de olhar para ele. Depois de um tempo, percebi que ele não tirava os óculos e me lembrei que sempre que o via ele estava todo coberto. Segundo os boatos, ele tinha alguma doença de pele, mas eu vi hoje que isso não era real, na verdade, ele era absolutamente perfeito, pelo menos o mais belo ser que eu já vi. Resolvi quebrar o silencio mais uma vez.

Eu – Rafael, posso fazer uma pergunta – o inteligência eu já estava fazendo.

Rafael – claro que pode. Só não garanto ter a resposta – ele disse levantando o rosto com um leve sorriso.

Eu – por que você esta sempre todo coberto?

Rafael – é que as pessoas reparam muito em mim quando vêem meu rosto, eu não gosto disso. Não gosto de chamar muita atenção. Eu gosto de ficar na minha sabe, porque eu tenho medo que as pessoas que se aproximam de mim se machuquem, acho que é trauma de infância.

Nesse momento eu fiquei um pouco preocupado, mas relevei, pois a curiosidade é maior.

Eu – mais você não tem amigos?

Rafael –...

Eu – Por que você não conversa com ninguém na sala?

Rafael – eu já lhe disse, opto sempre pelo isolamento.

Eu parei com as perguntas por um tempo para analisar as respostas que eu já tinha, mas faltava um detalhe. Levantei e me aproximei dele, meu coração acelerava. Ele olhava para mim sem mexer um músculo, seu semblante era de espanto (era impressão ou ele estava tenso). Quando cheguei perto falei:

Eu – me deixe ver seus olhos – e, antes que ele pudesse protestar, eu tirei os óculos dele. Quando olhei diretamente em seus olhos vi algo que eu nunca havia visto na vida...

Comentem e critiquem, pois estes estimulam a publicação. Ofereçam dicas, pois elas auxiliaram no melhoramento da narrativa. Não esqueçam de atribuir uma nota, para que eu saiba como estou me saindo. Até a próxima!

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive H. C. a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Eu pensei em logo criar um capitulo e mostrar o ponto de vista do Rafael, mas isso revelaria muita coisa dele que ainda não está na hora, pois se for descoberto por vocês eu acho que perde a graça.

0 0
Foto de perfil genérica

O rafael foi muito gentil em ter tih ajudado:-* você podia fazer uma versão do rafael, só uma opinião minha:-*

0 0
Foto de perfil genérica

O rafael foi muito gentil em ter tih ajudado:-* você podia fazer uma versão do rafael, só uma opinião minha:-*

0 0