Senti uma pessoa me abraçando até então eu estava olhando pra minhas mãos, e quando olhei pro espelho vi o Miguel.
- Que isso me solta. – eu disse me afastando e ele começou a rir.
- Calma cara, eu só tava brincando. – ele disse rindo.
Respirei um pouco, fiquei decepcionado, eu esperava ser outra pessoa, mais em fim não foi o que aconteceu, fiquei em silencio perdido em meus pensamentos.
- Ei cara acorda, vamos sair daqui o sinal já tocou e eu vim te chamar por que o Guto me pediu.
- ta. – foi o que eu me limitei a falar.
As aulas foram normais, chatas, e eu não dava à mínima, a única coisa que me passava pela cabeça era ir logo para minha casa. O sinal tocou avisando o termino da aula, e na saída mais uma vez eu cruzei co o Julio que não me deu nem atenção, passou por mim como se nem me conhecesse, a cada vez que ele fazia isso era como se um faca fosse fincada no meu peito, sei que é muito dramático mais eras como eu estava me sentindo naquele momento. Comecei a pensar que eu não poderia mais guardar aquilo só pra mim, eu tinha que dividir aquela dor com alguém, já tinha perdido o meu namorado, não queria mais sofrer, e não tinha melhor pessoa pra me ajudar que o meu amigo Guto, pedi pra que ele fosse em casa comigo, e ele aceitou.
- Você viu que gato aquele Miguel. – disse o Guto
- Nem reparei. – disse sem animo.
- Ah, vai me dizer que você não viu isso, é pois realmente não te conheço mais. – ele disse rindo.
Quando chegamos em minha casa, segui direto pro meu quarto e o Guto logo veio atrás de mim.
- Vai, eu sei que você quer me contar algo. – disse ele.
- Sim eu quero, senta aqui. – eu disse o chamando para minha cama.
- Pode contar pra mim, eu sou seu amigo.
Apenas acenei com a cabeça de um modo afirmativo, comecei a contar cada detalhe pra ele e por fim ele me abraçou.
- Nossa amigo, podia ter contado pra ele e...
Não deixei ele prosseguir.
- Não, eu não vou contar nada pra ele, ele vai achar que eu quis e...e... – eu comecei a chorar de novo e o Guto me abraçou.
- Tá, tudo bem, não contamos, hoje a tarde vou te levar a um lugar e você vai comigo e não vai questionar.
O Guto me forçou a almoçar, eu não queria mais ele insistiu, eu sempre agradecia por ter ele, pois ele era mais que um amigo, era um irmão, um anjo na minha vida. Eram mais ou menos 15h30min ele mandou eu ir me arrumar, avisou pro motorista que iríamos sair. Quando já estávamos prontos descemos e fomos de encontro ao carro que já se encontrava em frente minha casa. No caminho ele ia conversando comigo, coisas da escola, e tudo mais.
- o Miguel me pediu teu numero, acho que ele ta interessado em ti. – disse ele rindo. – não sei o que eles vêem em ti tu é tão sem graça.
- Ta é com inveja. – dessa vez eu sorri com sinceridade. – pode ficar com ele pra ti eu não quero, e além do mais ele deve ser hetero, só ta com a gente porque não tem amigos.
- Eu não acredito que ele seja, meu sexto sentido me fala isso. – disse ele colocando o dedo indicador no meio da testa.
- Ta bom seu para normal. – começamos a rir mais logo eu parei. – Guto pra onde você ta me levando.
- Você já vai saber, vem desce que a gente já chegou.
Quando desci vi um prédio, era daqueles prédios que em cada andar funciona uma coisa, mais o que mais tinha era consultórios, chegamos no 8º andar e o Guto foi me puxando até chegarmos em uma sala que tinha escrito na porta: Psicologia Dr. Carlos.
Olhei pra ele e ele acenou positivamente pra mim, entramos e ele cumprimentou o homem que aparentava ter no mínimo quarenta anos.
- Oi tio, esse aqui é o meu amigo Pedro.
- Hum, tudo bem com você Pedro? – indagou ele com um sorriso no rosto, eu estava um pouco apreensivo e limitei-me a um simples aceno com a cabeça. – não precisa ficar nervoso, nós só vamos conversar, como dois amido. – ele matinha o sorriso no rosto e a voz calma.
O Guto saiu nos deixando sozinho.
- Então, eu me chamo Carlos tenho 41 anos, sou casado, tenho 1 filha de 9 anos, minha esposa é advogada, por enquanto ainda não tenho meu escritório do jeito que planejei mais estou quase com todo dinheiro que preciso para montar ele. – após isso ele riu pra mim. – agora é a sua vez, me conte de você.
Certo aquilo era um pouco estranho, talvez eu realmente seja estranho, mais se eu estava ali, resolvi que iria me abrir.
Meia hora depois havíamos terminado e o Guto entrou pela porta, confesso que eu estava muito aliviado, estava começando a me sentir melhor, como uma simples conversa com um estranho havia me deixado assim.
- E então tio, como foi? – perguntou Guto.
- Bom, acho que ele viu que eu não mordo,não é mesmo Pedro?
- É sim. – eu disse rindo.
- Nos encontramos amanhã então. – disse ele.
Fora dali já no caminho de casa eu conversei co o Guto sobre o tio dele, e ele me disse que as consultas ele tinha conseguido porque ele disse para o tio dele que cuidaria da filha dele sempre que ele e sua tia precisassem sair, ele seria baba, iriam ser uma semana, eu não falei nada pro Guto, adorei a iniciativa dele, só provava cada vez mais que ele sim sempre seria o meu melhor amigo, eu iria pagar as consultas, alias o Carlos precisava do dinheiro pra montar seu próprio consultório, e eu havia gostado muito de conversar com ele.
A semana transcorreu normalmente era sexta-feira, eu estava voltando da sessão com o Guto quando recebo uma mensagem.
“oi Pedro, queria saber se você quer sair comigo hoje?”
Olhei pro Guto ele fez que sim com a cabeça, eu aceitei.
Meus pais haviam viajado como sempre, o Guto ficaria me esperando, eu já estava pronto pra sair, já eram 18h35min.
- Ah Guto eu acho que não vou mais sair pra lugar nenhum, olha só o tempo vai chover.
- Não senhor, você vai sim, eu sei que sua mãe passou açúcar em você mais se chover é bom que esse açúcar sai e os homens dão atenção pra mim também. – disse ele rindo.
- Ta seu palhaço, eu bem que tentei te arranjar aquele menino que aq=gora não me recordo o nome, e você não quis.
- Você é louco, ele tinha mal hálito.
- Como você sabe? – perguntei.
- Porque me disseram. – ele disse rindo.
Miguel já estava na frente da minha casa e me ligou quando eu estava saindo o Guto ainda disse um “use camisinha” não teve como não rir. O Miguel foi muito legal comigo, me levou em um restaurante, e por fim me levou em uma sorveteria, por coincidência ficava perto do condomínio do Julio, estávamos sentado em uma pracinha conversando.
- Sabe, você ficou muito calado essa noite. – disse ele. – ta acontecendo algo.
- Não. – respondi.
Ele ficou me olhando e segurou no meu queixo e tentou me beijar, isso mesmo, tentou, porque eu não o beijei.
- O que foi? – perguntou
- Eu não quero te enganar, não quero ficar com você.
- Eu já, deve ser por causa do babaca do seu ex. – ele disse alterado.
- Quem te disse isso? – indaguei.
- O Guto e a escola toda, acorda, ele não te quer mais, e do jeito que anda sua imagem acho meio difícil alguém querer algo serio com você. – ele disse indo em direção ao carro dele, entrou deu a partida e arrancou.
Fiquei ali parado olhando pro tempo pensando em tudo que ele havia dito,essa não foi a pior parte, começou a chover, eu me sentei no banco e fiquei pensando, como tava a minha vida,será que eu ainda iria ter um pouco de paz, ser feliz, decidi ir até a casa do Julio, comecei a caminhar, quando cheguei no condomínio consegui que o porteiro liberasse a minha entrada. Fui direto para frente da casa dele, pensei bem até que toquei a campainha. Não demorou muito escutei um “já vai” era a voz dele, quando ele abriu a porta sua feição mudou.
- O que você faz aqui? – ele perguntou. Nesse momento me passou pela cabeça o quanto a vida é engraçada, a um tempo atrás essa situação aconteceu, só que agora os papeis estavam invertidos.
- Eu precisava vim falar com você.
- Entra. Ele disse. Quando eu entrei ele me mandou esperar e logo voltou com um roupão falou pra mim tirar a roupa, tirei e fiquei só de cueca, eu estava tremendo de frio, coloquei o roupão.
- Então o que te fez vir aqui nessa chuva. – ele disse próximo de mim.
Fechei meus olhos e baixei minha cabeça, ele se aproximou mais de mim, nossos corpos estavam muito pertos um do outro ele segurou no meu queixo erguendo minha cabeça fazendo olhar nos olhos dele, suspirei ao olhar praqueles olhos da distancia que eu estava, pensei que nunca mais isso se repetiria, ele também me olhava e ia aproximando seus lábios cada vez mais para perto dos meus, minha respiração assim como a dele estava pesadaNarração de GutoA meu Deus onde será que o Pedro ta nessa chuva, porque ele não me liga, eu estava preocupado com ele, pensei em ligar, mais fiquei com medo de atrapalhar algo, não sei, fui interrompido de meus pensamentos por um barulhos de pisadas, mais eu pensei que estava sozinho em casa, fiquei com medo de ser um ladrão, até que escuto uma voz chamando pelo nome do Pedro, ele veio direto para quarto dele.
- Cadê o Pedro. – disse olhando para mim.
- O que você ta fazendo aqui?Pra compensar os dias que eu passei sem publicar eu decidi publicar os meus dois contos hoje, um capitulo de cada, quase que eu acabo os últimos neurônios que me restam, e olha que são poucos.kkk, se estiver ruim não me julguem eu dei o Maximo de mim pra fazer os dois e eu escrevi tudo hoje. Beijos, comentem não esqueçam, espero que gostem...
Rafaah: Obrigado por sempre comentar lindo,beijos..
rb_pr: obrigado.
Learsi*-*: também te amoooo seu lindo, espero que já esteja melhor, beijos lindo...
Guto: obrigado lindo é você, beijos...
Feh.X:Obrigado fofo, você ta sumido lindo, to esperando você.beijos
Goez_Lukas:Obrigado, bom saber que gostou.
:obrigado.
