Divergência Ato 2: A cova do leão

Um conto erótico de Noct
Categoria: Homossexual
Contém 1686 palavras
Data: 27/07/2013 00:02:45
Última revisão: 27/07/2013 00:05:08

No ultimo capitulo de divergência....

“Senhor Gabriel Medeiros, aqui é FMRP a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, com enorme prazer estamos lhe informando que o senhor ganhou uma bolsa integral para o curso de fisioterapia.”

“O senhor foi aceito.” – Repetiu afirmantemente aquelas palavras de esperança pela sua doce voz.

Enfim havia me livrado daquela pequena cidade do interior e me direcionava a uma cidade grande...

“Olha por onde anda tampinha.” – Esbravejou o homem .

“A culpa não é minha de certas pessoas serem cegas e acharem que são donas do mundo!” – Retruquei, chamando atenção de todos ao redor.

“Que foi que você disse o tampinha” – Bufou o gigante vindo em minha direção...

“Gabriel, Gabriel, Gabriel, a achei!” – disse a mulher – “Senhor Gabriel Medeiros, houve um problemas durante o tempo que o senhor manteve-se internado.” – respondeu a mulher entrelaçando os dedos.

“Durante o período de sua internação parece que a vaga do seu quarto foi preenchida não sobrando nenhuma vaga no alojamento estudantil.”

“O-Oque! Não pode ser eu havia confirmado que havia uma vaga para mim!” – respondi desolado.

“E de fato tem, só que é no alojamento dos atletas.”

“Parece que hoje não é seu dia de sorte... tampinha” – Respondeu ele com um olhar malicioso.

To ferradoAto 2: A cova do leão

“Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.”

Clarice LispectorSó podia estar sonhando e esse não era um bom sonho, quando que eu ia imaginar que aquele brutamontes da estação de trem seria o meu colega de quarto. A minha primeira reação foi dar meia volta e tentar fugir, ação que não deu muito certo pelo fato do gigante ter segurado o meu braço em algum momento do meu devaneio e me jogar na cama mais próxima. Ele pôs sua cabeça para fora olhou para os dois lados e por fim esbanjou um sorriso maldoso de satisfação.

“É tampinha, tá na hora do troco!”

Já podia imaginar o que iria acontecer comigo, no meu primeiro dia de faculdade seria espancado por um gigante que tinha o mais belo peitoral e bumbum... epa, perai oque é isso, e-eu elogiei um homem, o que é isso Gabriel Medeiros, recomponha-se, você gosta de mulheres entendeu, MULHERES, e não de um Brutamontes sem cérebro que só sabe levantar peso.

“Ei!!” – Disse o gigante me acordando do transe – “O que vocês estava fazendo?” – Perguntou – “A, já sei, devia estar fazendo seus últimos pedidos, mas fica tranquilo, vai ser rápido e como posso dizer DOLOROSO a surra que você vai levar” – Afirmou demonstrando o seu sorriso de maldade.

Que saber, que se foda, exatamente que se foda, tive um dia péssimo, escutei um sermão por cerca de 30 minutos, aturei um projeto de gente me encher o saco durante a viagem, esbarrei num murro que quase me espancou e ainda tive que me humilhar para aquela senhora pra conseguir uma moradia, esse brutamontes acha que vai fazer o que quer, mas não vai mesmo.

“Então tá bate!”

“O-O que, foi que você disse?” – perguntou confuso.

“Você não entendeu, eu falei para VOCÊ ME BATER, anda me mostra a DOLOROSA SURRA que eu vou levar, anda logo tenho mais coisas para fazer” – Disse impaciente.

“Você tá brincando né?” - Perguntou.

“Eu pareço estar brincando, na minha cara ta escrito PALHAÇO para eu estar brincando, não está, anda logo com isso, tive um dia péssimo e a única coisa que eu quero e tomar um banho e dormir, só isso, então se for para levar a surra , que ande logo!” – Afirmei a ele, sinceramente eu não sabia da onde estava vindo tanto vigor para encarar aquele brutamontes, o cara era uns 25 cm mais alto que eu e sua mão era do tamanho da minha cabeça, um soco dele me garantiria um passe livre para a UTI do hospital mais próximo.

“T-Tá beleza então!” – Disse ele me levantando pelo colarinho e preparando o seu braço para acertar o seu punho na minha face. Seus olhos miravam ao chão, sua mão suava frio e sua respiração, completamente alterada, em poucos segundos seus olhos atingiram a minha face, eram dois grande oceanos azuis gravados no seus glóbulos oculares, mas naquele momento os oceanos estavam em fúria. Fechou os olhos e lançou o braço para trás para pegar impulso, minha ultima reação foi fechar os olhos e esperar o pior. Passou-se alguns segundo e nada do impacto atingir a minha cara, e assim permaneceu por mais alguns segundo até eu abrir os olhos e ver o braço que me atingiria certeiro começar a se desarmar e a descer, em seguida o braço que me segurava me desceu ao chão. O que raios estava acontecendo ele mudou de ideia.

“E-Eu não posso... na verdade eu... é que .... não...HAAAAAA” – Gritou.

O gigante simplesmente deu meia volta pegou uma camisa e jaqueta e saiu do quarto batendo com força a porta. Eu havia escapado de uma surra, no entanto o que mais me preocupou foi o aplicador da surra, sair desnorteado do quarto. O que havia dado nele? Bom deixa pra lá Gabriel, desfaça suas malas e vá tomar o seu tão merecido banho. E foi isso que fiz, desfiz minhas malas, arrumei meus livros, roupas e outras coisas na estando e no armário vazio do lado esquerdo do quarto e após isso fui relaxar num delicioso banho de agua quente. Terminado o banho pus uma roupa confortável e sentei naquela que seria minha cama pelos próximos cinco anos. Não tinha nada o que fazer naquele quarto, e não era nem 9 horas. “O que fazer?” – Perguntei-me mentalmente, até avistar no outro lado do quarto, no armário do gigante um cd do Coldplay. Quem imaginaria que Brutamontes sem cérebro tinham bom gosto, sei de minha cama e fui dar uma olhada no cd e acabei percebendo que não era só um cd, mas sim toda a discografia da banda Coldplay e da banda Greenday. Fiquei surpreso com tamanho bom gosto, será que o dono dessas coisas é o mesmo gigante briguento que estava aqui a alguns minutos atrás? Bom isso não importava agora, afinal lá estava a chance única para curioso de plantão, vasculhar os pertences do parceiro de quarto, afinal o gigante dava impressões de não voltar tão cedo. A primeira coisa que eu fiz foi abrir o armário dele e ver todas as roupas pertencentes a ele, e olha não eram roupas baratas mas sim roupas caras, de grife, continuei vasculhando até achar algo que me chamou atenção, seu uniforme do time de basquetebol, era preto com umas listras vermelhas e brancas e atrás tinha um nome “GREGG”, então esse era o nome do brutamontes, até que não é tão ruim, imagina se fosse Waldisney, seria bem pior. Abaixo do seu nome havia o numero 10, bom se ele fosse do time de futebol poderia dizer que era bom de bola já que os camisas 10 em futebol são famosos por serem bons goleadores, mas como o assunto é basquetebol, sou leigo nessa área. Inusitadamente meu cérebro mandou uma reação ao meu corpo e eu sem nem mesmo perceber estava atendendo a essa ordem, estava cheirando a camisa dele, quando me dei conta lancei o objeto longe e enfiei minha cabeça embaixo do meu travesseiro, o que estava comigo, eu não sou assim, nunca tive atração por homens e, tarde de mais, a cabeça de baixo começou a pensar antes de eu perceber, pronto a merda estava feita, eu tinha tesão por aquele brutamontes. Há jamais, nunca que eu iria me apaixonar por alguém como ele nunca, NUNCA. Por fim resolvi arrumar a minha bagunça e me deitar, afinal o dia seguinte seria longo.

Não me lembro por quanto tempo adormeci, só me lembro de ser acordado pelo som da porta sendo aberta violentamente e ver o meu querido parceiro entrar meio tonto pelo quarto, foi somente ele entrar para um forte cheiro de bebida perpetuar o quarto, pronto agora teria que aturar um gigante bêbado, pelo menos eu ele deve ser sensato e ir direto para a cama correto, errado ele foi direto para a minha cama e me balançou uma, duas, três, quatros vezes até ele me acordar.

“Ei, tampinha acorda, quero bater um papo sério contigo.” – disse sério.

“O-Oi, fala.” – disse sonolento.

“Foi mal ai tudo que eu fiz com você hoje, é que tipo... eu não ando muito bem, eu tipo que... tive uns problemas ai por isso ando meio cabeça quente, e quando eu ti vi naquela rodoviária eu meio que tive raiva não sei por que, mas hoje quando você me enfrentou, foi meio que estranho sabe, ninguém havia me peitado como tu, dai se entendeu, né?!”

“Aham entendi” – respondi levantando minha cabeça para cima e para baixo num gesto de concordância.

“Foi mau ai beleza, eu sou o Greggory, mas o pessoal me chama de Gregg, e tu?” – perguntou.

“Gabriel.”

“Gabriel, nome bacana.” – respondeu ele emanando um forte cheiro de álcool pelo seu hálito.

“Brigado, agora deixa eu dormir, tenho varias coisas para fazer amanhã” – disse sonolento deitando minha cabeça no travesseiro.

“Perai tenho só mais uma coisa para falar.” – disse ele segurando meu braço.

“O que?” – Perguntei me levantando

“Isso!” – Respondeu ele me puxando ao seu encontrou, onde nossos lábios se encontraram, iniciando um beijo extremamente molhadoContinua ...

E ai pessoal td bom, bom desculpa a demora tive alguns problemas e essa é a minha ultima semana de férias dai já sabe corre de um lado, corre de outro, mas vou pedir a vocês um pouco de paciência, por que é meio que difícil para mim colocar a historia no papel, na mente ela ta toda montada mas dai tem como vai ser posto como eu quero que entendam, enfim. Gostaria de agradecer ao Geomatheus, Lucas M. e ao Theusrecifense pelos comentários, vocês são ótimos e espero que continuem a ler o conto, afinal o que é de um escritor sem os seus leitores, muito obrigado msm, onde estão o crazy nerd e o ru/ruanito hein? enfim terça-feira tem mais, bye-bye.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Noct a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Hehehe eeeuuu que agradeço. Estouu aaamando! Seeeriooo! Esse beiiijo... Ihhh... Vai complicar tuudo. Aguardando o proximo caplitulo.

0 0
Foto de perfil genérica

Fudeu! Agora a porra ficou séria. Lascô-se. Muito legal! Fiquei maravilhada com o conto.

0 0