Outras vidas - Parte XVIII

Um conto erótico de Valentina M.
Categoria: Homossexual
Contém 1599 palavras
Data: 26/07/2013 23:44:53

A olhei completamente assustada, meu coração disparou e eu podia sentir meu corpo gelar, tentei não mostrar nenhuma reação, mas não sei se ela percebeu algo, tentando ao maximo controlar minha voz eu perguntei:

- Porque, amor?

- Ela lhe mandou uma sms, seu celular estava sobre a cama e eu peguei... E pelo jeito vocês são bem intimas, né?! – senti seu tom de chateação.

- O que ela mandou? – Perguntei aproximando minha mão para pegar o celular...

“Boa noite, minha linda! Que situação chata aquela de hoje, hein?! Pelo jeito a Duda voltou e vocês estão muito bem... O Carlos esta indo embora amanha a noite, queria poder te encontrar, estou com saudades. “

- Realmente agora precisamos conversar, amor... – Eu disse olhando-a

- Então, quem é Bia, Daniela? – Ela perguntou firme.

- Lembra quando nós conversamos aquela vez, você foi embora, disse que não sabia quando voltava e nem se voltava, me disse pra não parar minha vida, porque eu sabia que você ia fazer o mesmo... Amor, você foi embora e eu fiquei completamente perdida, eu sabia que você não ia parar sua vida la e eu também não podia parar a minha por aqui. Não foi isso que você me disse? – Olhei apreensiva.

- Sim! Eu me lembro... – Disse olhando para o chão.

- Eu conheci Bia na universidade... – Eu não ia mentir, mas também não podia dizer TODA a verdade a Duda. - Nós ficamos amigas, e cada vez mais próxima, até que um dia acabei ficando com ela...

- E ainda estão se envolvendo? – Perguntou triste, e com olhar receoso.

- Não, de maneira nenhuma... Ficamos algumas vezes, mas depois descobri que ela tinha um namorado, e resolvi acabar logo com a confusão. – Eu não podia mentir, mas omitir algumas coisas não era de todo o mal.

- E de que situação ela esta falando?

- Ontem enquanto caminhávamos pelo centro eu a vi com o namorado sentados no banquinho... – Disse envergonhada.

- Porque não me disse nada? – Perguntou triste.

- Só tava esperando a hora certa, amor! Me perdoa? – Perguntei segurando em suas mãos.

Ela somente acenou com a cabeça e me puxou pra um abraço, segurou meu rosto e beijou, me olhou nos olhos e disse:

- Ta tudo bem! Vou tomar um banho agora, ta?

Eu sabia que Duda tinha uma mente aberta, e entendia as coisas com facilidade, mas ela nunca foi de aceitar algo tão facilmente, ainda mais se tratando disso. Apesar de ter terminado tudo bem eu fiquei desconfiada.

Os dias foram se passando, ignorei totalmente Bia esses 5 dias, minha relação com Duda estava bem melhor, aquela distância tinha feito bem pra gente. As aulas voltariam na segunda e Duda ainda não havia refeito sua matricula, ela ia perder aquele semestre e começar no próximo ano, contra a minha vontade, mas ela insistiu.

Exatamente como eu esperava encontrei Bia, passei ao seu lado e apenas acenei com a cabeça, ela me puxou pelo braço, e me levou para um corredor menos movimentado...

- O que esta acontecendo com você, Daniela? – Perguntou brava.

- Comigo? Nada... Porque? – Respondi assustada.

- Porque ta me ignorando, não responde minhas sms, não me liga e agora mal me olhou...

- A Duda viu sua sms, e eu contei tudo a ela... E bom, eu vi você e Carlos juntos, pensei que você já tinha feito sua escolha. – Disse firme.

- Acho que você já se esqueceu da ultima vez... Acho que você já esqueceu de tudo que passamos, se te interessa, eu não me esqueci, eu lembro da nossa ultima vez todas a noites, eu penso em você todas as noites antes de dormir. – Disse tudo muito rápido e com os olhos cheios de lagrimas.

- Ei, olha pra mim... – Disse pegando em seu rosto. – Eu não me esqueci de nada, foi contigo que eu tive a melhor experiência da minha vida. Apesar de amar Duda e só por você que meu coração bate assim... – Peguei sua mão pousando em meu peito. – É só você que faz eu me sentir mais viva. Bia, eu... eu...

- Você o que, Daniela... Fala! – Ela disse apreensivaEu gosto muito de você... Me faz bem a sua companhia!

Ela pegou minhas mãos, aproximou do meu rosto, e beijou lentamente, me olhou triste...

- Eu não gosto de você... Eu te amo, Daniela!

Afastou-se sem olhar pra trás pude vê-la sumir pelo corredor. Fui pra sala, e todos estavam agitados com a volta. Apesar de tentar disfarçar ao maximo, estava transtornada com o que acabara de acontecer. Duda me buscou depois da aula, e fomos pra sua casa. Ao chegar ela preparou algo pra gente comer, conversamos amenidades e logo fui tomar um banho, a noite tava quente, alguns minutos ela entrou no banheiro, se despiu e entrou comigo, me beijou demoradamente, acariciando minhas costas e apertando minha cintura, parei o beijo e olhei em seus olhos, segurando seu rosto entre minhas mãos...

- Eu te amo! – Repeti beijando seus lábios. – Eu te amo muito, meu amor...

Era tão fácil falar isso a ela, era verdadeiro, sincero . Eu tinha vontade de dizer o mesmo a Bia, mas não me saia, não conseguia, talvez eu ainda não estava preparada, talvez esse não era o sentimento certo. Duda me ajudou com o banho e saímos, me sequei e coloquei somente uma calcinha, ela colocou só uma camisa e nos deitamos. Me virei e não conseguia tirar Bia da cabeça...

“ – Eu não gosto de você... Eu te amo, Daniela!”

Senti Duda me abraçar por trás, acariciando minha barriga e meus seios, beijava minha nuca e passava a língua suavemente, roçando seu sexo no meu bumbum. Peguei sua mão e beijei...

- Amor, por favor... Só me abraça forte, e não me solta!

- Claro, meu amor! – Ela disse entendendo o que eu queria. – Ta tudo bem com você?

- Ta sim, eu só quero seu carinho!

Dessa forma adormecemos. O dia seguinte seguiu normalmente, fui trabalhar, depois fui para a faculdade, a mãe de Duda estava em casa então ficaríamos alguns dias sem nos ver, mas ligava pra ela todos os dias. Era uma sexta feira e eu havia saído mais cedo da aula, quando cheguei na porta de casa me assustei, Bia estava la, parada olhando para o tempo, ela me viu chegando, abri o portão e entrei com o carro, desci e fui ao seu encontro...

- Uai, o que houve, Bia? Ta tudo bem? – Perguntei assustada.

- Não! Eu estou ficando maluca, não consigo parar de pensar em você, e estou morrendo de saudades, eu já não sei dormir sem ouvir sua voz, e sem me lembrar dos seus beijos e...

Não a deixei falar mais nada, a interrompi com um beijo...

- Shiii... Não fala nada... Vem, vamos subir? – Disse a pegando pela mão.

Ela subiu em silêncio, e eu também não disse nada. Eu não tinha intenções, na minha cabeça passava um turbilhão de pensamentos, meu coração disparava, e meu corpo estava tenso.

Entramos e eu fui direto para o quarto, ela me acompanhou ainda em silencio, quando entramos eu fui direto para o armário de musicas e liguei o som...

Preciso Dizer Que Eu Te Amo - Cazuza

“Quando a gente conversa

Contando casos, besteiras

Tanta coisa em comum

Deixando escapar segredos

E eu não sei que hora dizer

Me dá um medo, que medo...”

Me dirigi até ela, Acariciei seu rosto, e segurei por entre minhas mãos, beijei seu lábio levemente e acompanhava a musica sussurrada, beijei seu rosto até encostar meus lábios em seu ouvindo, cantava baixinho, só pra ela ouvir...

“... É que eu preciso dizer que eu te amo

Te ganhar ou perder sem engano

É, eu preciso dizer que eu te amo tanto

E até o tempo passa arrastado

Só pra eu ficar do teu lado

Você me chora dores de outro amor

Se abre e acaba comigo

E nessa novela eu não quero

Ser teu amigo...”

Minhas mãos exploravam suas costas, eu pude sentir seu corpo arrepiado, enquanto cantava pedaços da musica, eu beijava e passava a língua levemente pelo pescoço e nuca. Como se meu corpo tivesse no automático eu tirei sua blusa lentamente. Beijava cada pedaçinho do seu pescoço como se aquele momento não tivesse fim, ela estava totalmente entregue, e naquele momento eu também estava completamente entorpecida pelo seu cheiro, por aquela visão...

“... É que eu preciso dizer que eu te amo

Te ganhar ou perder sem engano

É, eu preciso dizer que eu te amo tanto

Eu já nem sei se eu tô misturando

Eu perco o sono

Lembrando em cada riso teu

Qualquer bandeira

Fechando e abrindo a geladeira

A noite inteira

Eu preciso dizer que eu te amo

Te ganhar ou perder sem engano

Eu preciso dizer que eu te amo tanto.”

Por um instante eu pude esquecer-me de tudo, a despi por completo, beijando cada pedacinho daquele corpo, sentindo seu gosto, Sem se desgrudar por um só segundo dos meus lábios, ela se agarrou ao meu corpo, dando-me um forte abraço de pernas. A segurei firmemente pelo bumbum, brincando na entradinha de sua boceta com os dedos. Seu corpo respondeu imediatamente: Ela começou a cavalgar em meus dedos, seu corpo arfava, ela parecia estar fora de si. Eu podia sentir o ardor das marcas que ela deixava em minhas costas com as suas unhas, enquanto ela me beijava exigente, louca, intensa. Fui obrigada a encostá-la na parede para não perder o equilíbrio...

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Boa noite, meus amores! Esta aqui mais uma parte da nossa história, espero que curtam ;)

Pra quem quiser entrar em contato comigo e ser avisado quando sair as próximas partes, é só mandar um e-mail pra mim valentina.m-2013@hotmail.com. Espero por recados! Obrigado e até semana que vem.

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Comentários

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aiw ki bom ki voltouuuuu tava sumida uai rsrsr tive ki voltar algumas historia pra relembrar rsrrs mtuhhh ...Bjimmm cntnuaaaaa

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Até eu me pergunto, Fabio rsrs... É um pouco longo, e só vai até o capitulo XX, esta quase terminando, com algumas surpresinhas. Obrigado por estar sempre me acompanhando ;) Coitada da Duda, né, Liah?! Só que não vai ser tão coitadinha assim... Obrigado mais uma vez!

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Verdade que falta de vergonha, uma ainda sabe que faz parte de um triângulo e a outra é corna sem concentimento, enganada a pobre Duda. :-(

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