Como Chamas 2x11: CHOCANTES MEIAS-VERDADES!!!

Um conto erótico de Danny-13
Categoria: Homossexual
Contém 1517 palavras
Data: 22/07/2013 15:08:23

Como Chamas 2x11: CHOCANTES MEIAS-VERDADES!!!

- Vou me atrasar um pouco, mas pode ficar tranquilo que eu vou ficar ate mais tarde. Falei a Joaquim no telefone.

Ele bufou, estressado como sempre. Ja esperava que ele reagisse assim, todo dia de manha, antes dele comer, ele esta de mal humor.

- Posso saber pelo menos o motivo?

- Vou visitar um amigo no hospital. Aquilo não era exatamente mentira.

- Hum, melhoras. Tchau. Ele desligou na minha cara.

Se fosse outro dia qualquer, eu ate poderia me importar com isso, mas eu estava com pressa. Iria encontrar Violet no hospital. Estávamos indo visitar o garoto que foi jogado da escada naquela festa.

Peguei minhas coisas e quando joguei o telefone no bolso notei Nick entrando no meu quarto e fechando a porta. Sim, aquele cara super gostoso estava de cueca.

- Garoto, você precisa aprender a usar roupas. Falei.

- Isso não é nada demais. Na minha casa nem cueca eu usava. Respondeu ele normalmente.

Acho que Nick sabia que era bem dotado e fazia questão de exibir isso. Gosto de pessoas que amam a si mesmos, eu sou uma delas, mas precisa esfregar esse amor na minha cara?

- Eu não precisava saber disso. Enfim, estou atrasado então...

- Aquele garoto gosta de você, não é? O nosso vizinho.

Mordi o lábio sem olhar para ele. Pensei em realmente contar mais uma mentira, mas acho que estou ficando cheio disso.

- Gosta.

- E você gosta dele?

- Não sei, talvez, um pouco.

Nick se sentou na minha cama, olhando fixamente para o meu rosto que com certeza estava corado.

- Mas cara, você sabe que gostar de outro homem te torna gay, ne?

Eu deveria dizer a ele? Bem, porque não. Ja que estava contando algumas verdades, eu poderia continuar.

- É o que eu sou.

- Dan você ta dizendo...

- É isso mesmo sou gay. Vai lá, pode voltar correndo pro seu quarto ou começar a me ignorar.

Nick se levantou e se aproximou, segurando minhas mãos. Seu olhar sincero era algo que eu literalmente estava começando a amar.

- Eu não iria ignorar você, cara, você é meu irmãozinho ta lembrado?

- To, mas meus pais não pensam assim.

- Verdade, notei que são um pouco frios com você. Quando falo pra eles?

- O que? Que sou gay? Nunca. Acho que no fundo sempre souberam e já me tratam assim desde criança. Aquela coisa de chamar os pais na escola para resolver problemas? Nunca aconteceu. Me virei sozinho sempre. Acho que apanhei muito ate o quinto ano, quando decide que iria parar.

Antes que eu pudesse evitar, as lagrimas escapavam do meu rosto. Apesar de tudo, eu gostava de meus pais. Queria o bem deles. Mas porque eles não podiam ao menos me amar de volta? Algumas vezes, eu gostaria de ser o filho que queriam só para ver como era se sentir amado por eles.

Nick me apertava em seu abraço de urso e eu estava desabando. Quando que eu iria imaginar que a essa altura eu ganharia um irmão que ama e que é um gato?

- Por isso você parece se achar durão.

- Ah, cala a boca. Falei quando começamos a rir.

- Você tem que ir mesmo? Podemos conversar com seus pais hoje ainda. Aposto que iria ajudar. Ele disse.

Me soltei de seu abraço.

- Não obrigado. Preciso ir sim, tchau. Falei passando por ele e saindo do quarto. Havia tanta coisa que eu queria contar a ele. Que fiquei metido com traficantes perigosos que tentaram fazer churrasquinho de mim e que agora alguém estava tentando arruinar a minha vida. Mas como dizer isso sem falar sobre coisas ruins que fiz como as mentiras e Jeremiah?

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Cheguei correndo ao asfalto para esperar o taxi que chamei. Para variar estava atrasado também. Ouvi um barulho de portão em algum lugar ali perto e vi Jordan sair de sua casa.

Como sempre, ele olhou diretamente para mim, como se soubesse ou simplesmente sentisse minha presença. Mas desta vez ele se virou de costas e saiu andando.

- Jordan, espera. Chamei.

Felizmente, ele se virou para mim, mas sem se aproximar.

- O que é?

- Desculpa. Foi a única coisa que falei.

Ele me encarou por um tempo, com a expressão seria no rosto, mas por fim desistiu e se aproximou com a expressão mais suave no rosto.

- Só quero saber porque você surtou naquela noite. Não estava fazendo nada demais! Ele se defendeu.

- Bom, você estava agindo como se fossemos um casal. Eu sussurrei.

- Nossa, me desculpe por ficar empolgado por finalmente conseguir algo que quero a tanto tempo.

Tudo bem, aquela frase pareceu acertar meu coração em cheio. Sabia que Jordan era afim de mim, mas parece que esse sentimento estava crescendo. Porque eu achava isso bonitinho?

- Você me assuntou. Não sei se estou pronto...

- Pra namorar outra pessoa? Dan, vai querer sofrer ate quando pra poder seguir em frente? Não to querendo aparecer, mas um dia você finalmente vai ficar com essa pessoa ou vai esquece-lá, e posso não estar disponível pra você.

- Você fala como se fosse minha segunda opção.

- Eu sou e não me importo. Gosto de você e isso não vai mudar. O pouco que você gosta de mim já é o bastante.

- Como assim? Quem te disse que eu gosto? Posso estar sendo educado.

Ele sorriu e deu um leve aperto no meu braço. Acabei sorrindo também.

- Primeiro que você nunca disse que não gostava e segundo que poderia ter me dispensado bem antes. Ou você gosta de mim ou me acha gostoso!

O taxi parou alguns metros de nos dois. Eu nem havia cisto ele chegando. Sem responder, soprei um beijo pra ele e fui andando ate o carro.

Estava um pouco mais feliz por ter resolvido mais esse problema. Pena que havia vários outros.

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- Vocês são da família? Perguntou a enfermeira que guiava eu e Violet ate o quarto do garoto que havia sido jogado da escada naquela festa.

Olhei para Violet receoso.

- Ela é a namorada dele. Falei rápido demais.

Violet me olhou surpresa e cutuquei suas costelas com meu cotovelo. Lancei a ela um olhar Quer-Entrar-Ou-Não e ela começou a disfarçar. Pelo menos meu perseguidor havia encontrado uma garota tão esperta quanto eu.

A enfermeira olhava um pouco desconfiada, mas mesmo assim levou a gente ate o quarto do garoto. Quando entramos, a primeira coisa que notei foi o peitoral liso e definido do garoto. Todos os caras que eu conheço ultimamente precisam mesmo ser gostosos e bonitos? Isso devia ser algum tipo de castigo. Quando olhei para o rosto dele foi quando me assustei.

O garoto bonito na cama do hospital era o garçom bonitinho da cafeteria que vivia carregando meu cappuccino com creme a mais.

Violet o olhava como quem encara um completo estranho.

- Conhece ele? Ela perguntou.

- Sim, ele trabalha naquela cafeteria de frente para meu serviço. Eu sussurrei.

A enfermeira ainda estava atras de nos, então Violet começou a improvisar.

- Meu amor, que saudades! Ela disse alto demais para o garoto abrir os olhos. Violet se aproximou e abraçou ele.

Satisfeita, a enfermeira finalmente saiu do quarto e nos deixou sozinhos. O garoto olhava espantado para nos.

- Posso ter batido a cabeça, mas não esqueci ninguem. Não tenho namorada - disse ele olhando para Violet e depois olhando para mim - e você nunca falou comigo no meu trabalho. O que querem aqui?

Violet se afastou, um pouco envergonhada e também olhou para mim.

- Você viu quem empurrou você? Perguntei logo.

- Não. Estava escuro e a pessoa usava um mascara.

- Que mascara?

- Sei lá, parecia um palhaço do inferno. Não vi direito. Porque? Sabem quem foi o desgraçado que fez isso?

Balancei a cabeça que não. Isso era serio? Aquele garoto havia sido jogado para a morte por nada? Não podia ser.

Tirei o recorte de jornal do bolso e mostrei a ele.

- Conheci esse garoto?

Ele examinou a foto por alguns minutos. Violet roía a unha, nervosa. Aquilo tudo estava tomando um rumo completamente insano. Se eu não morrer, vou acabar ficando louco. Precisa urgente de respostas.

- Eu vi ele. Ficava toda manha na ultima mesa da cafeteria, espiando as pessoas que entravam e saiam do seu prédio. Especificamente você. Mas no dia que notamos ele tirando fotos, meu chefe o pediu que ficasse longe.

Memórias dos meses anteriores me atingiram. Os traficantes de capuz negro. John. Todas as vezes que quase morri. Tudo se encaixou de repente. Eles ainda não haviam desistido, estavam atras de mim.

- Não acredito que ele esta morto. Disse o garoto me trazendo de volta para o presente.

Tomei o recorte de suas mãos.

- Precisamos ir.

Puxei Violet pela mão e saímos do hospital. Do lado de fora, contei tudo sobre eles a ela.

- Era isso que eu queria dizer quando falei que ele estava mexendo com coisas erradas. Ela disse.

- Então agora só precisamos saber o porque deles estarem atras de nos e esclarecer tudo. Não sei você, mais eu to cansado de estar em perigo.

- Nem me fale.

Agora estava tudo mudando novamente. Mas desta vez, eu sabia onde estava me metendo, e não deixaria ninguém me machucar de novo. Nunca mais.

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Comentários

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Na minha cabeça deu um nó total. Qual é a ligação de um com o outro? ... Não entendi mais nada :-s

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ótimo, mas se for pro Dan ficar com o Jordan por pena antes não ficar

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