Triste Realidade - 6° Capítulo - Revelações

Um conto erótico de Lukinha (:
Categoria: Homossexual
Contém 963 palavras
Data: 21/07/2013 09:54:11

O resto da aula foi extremamente tedioso, o Fernando já tinha voltado, e por ironia do destino, a gente continuava sentados um do lado do outro, mais não trocávamos nenhuma palavra, nem olhares, ao contrario da Mi, ela me encarava, mas sabia que eu não iria contar tão já, então adiou a conversa..

Fomos para o intervalo e ficamos sentados em um canto perto da quadra, e conversando, e acabou que ela tocou no assunto.

- Por que você não entrou nas primeiras aulas hoje?

- Tava conversando com o Fernando e fui ao banheiro, e não vi que estava atrasado e a professora não deixou eu entrar, e o inspetor ficou me atrasando mais ainda — Não ia entrar em detalhes, ainda.

— E por que, do nada, você parou de falar com o Fernando? Vocês nem sequer se olharam!

— A gente só tava prestando atenção na aula, nada demais!

Antes dela perguntar mais algo ou querer detalhes, o abençoado sinal bate o/

Me livrei, por enquanto.. As últimas aulas passaram rápidas, na hora de ir embora, não pensei duas vezes, me despedi da Mi e peguei minhas coisas e fugi de lá, evitando diálogos.

Chegando na saída da escola, trombo com o Bruno

— E ai, você ainda não me disse seu nome oficialmente nem nos apresentamos! — Disse ele.

— É, e olha o que fizemos mesmo sem nos conhecermos — disse rindo.

Ele sorriu e se apresentou

— Me chamo Bruno, e qual é seu nome?

— Lucas, prazer..

— O prazer foi a algumas horas, quando estávamos no banheiro — ele disse no meu ouvido.

— ... — ri, morrendo de vergonha.

— Então, aceita uma carona? — Ele disse, estava com um ar de sacanagem aquilo.

— Não precisa, eu gosto de andar — Eu disse coçando o cabelos, encabulado.

— Nem vem, é um jeito de te agradecer por hoje — sorriu — e pra eu saber onde você mora, também

— Ta bom, vou aceitar.

Ele me levou até em casa, conversando, nenhuma sacanagem, até eu me despedir..

— Obrigado pela carona, valeu mesmo.

— Não foi nada — Ele respondeu.

Quando ia me sair, ele me segurou pelo braço, eu virei e encarei ele, por alguns segundos nada dissemos, até ele tomar uma atitude, me beijar.

Eu não sabia o que fazer, então me entreguei a aquele beijo quente, sai do carro de orelha a orelha até...

— O que você tava fazendo com aquele homem Lucas? — Meu pai :O

— Na...nadaa, pai — Disse gaguejando.

— Acha que não vi a pouca vergonha dentro daquele carro? — Por que pergunta então né? -.-

Uma sensação estranha me dominou, eu não sabia o que era, só sei que não aguentei e desabei em choro. Meu pai, igual a mim, coração mole, me abraçou.

E sussurrava: "Por que não nos disse antes?" "Por que isso só agora?"

Eu não respondia, ele me levou para dentro e ficamos sem trocar uma palavra sequer.. Depois de um bom tempo tomando água e sentado na mesa da cozinha ele disse

— Vai lá pro seu quarto, toma uma ducha, e depois vem comer algo, de noite, quando sua mãe chegar, a gente conversa.

Não respondi, só fiz que "sim" com a cabeça e subi, eu não queria ter me "assumido" assim, mas já tinha passado o pior, ou não, conversar com meu pai e minha mãe juntos, sobre essa assunto, ficava pensando em o que falar, como reagir.

Tomei meu banho, almocei e voltei pro meu quarto, fiquei lendo e lendo a tarde toda, até chegar o anoitecer. Meu pai bateu na porta e falou para eu descer.

Desci e vi minha mãe no sofá, sentada.

— Filho, seu pai falou que a gente precisava conversar sério, nós 3, o que aconteceu? — Minha mãe disse.

Olhei para meu pai, ele fez sinal pra eu seguir em frente e disse

— Eu não disse nada pra ela, você que vai dizer. — Ele disse. Tortura né gente? haha

Criei coragem e soltei tudo.

— Mãe, pai, eu descobri isso a alguns anos e foi errado esconder de vocês, mas nem eu sabia o que eu tinha, o que esta a sentindo, era tudo novo, passei por coisas que a sociedade julga como errada — Disse querendo chorar, mais continuei firme — Eu sou gay.

Na hora achei que minha mãe ia pegar o salto dela e enfiar na minha garganta, mas logo ela disse..

— Lucas, no fundo, eu sabia, eu sabia que você namorava aquelas meninas raquíticas pra ter a nossa aceitação, e só tive certeza quando você trouxe aquele menino, o Renan (Ele foi o primeiro garoto que fique, namorei, descobri minha sexualidade com ele), e depois, com essa tal de Fernando... — deu uma longa respirada e disse — eu te amo do jeito que você é, e não quero ter um filho que esconde quem ele realmente é, e sua opção sexual não influência no meu amor por você.

Chorei horrores, e a abracei, meu pai também veio e me abraçou

— Eu amo vocês! — Eu disse, chorando..

— Também te amamos filho.. Eu sei que não vai querer falar, mais quem era aquele homem que estava com você ? — Disse meu pai.

— Aah, não quero falar nisso mesmo, depois a gente conversa, por favor — Respondi

— Sem pressão !

Depois de tudo isso, me sentia melhor, me sentia livre, uma das melhores sensações que já tive, subi para meu quarto, assisti um filme e na hora de ir dormir, recebo um SMS do Fernando:

"Vi vcs 2 saindo da escola juntos hj, não vou desistir de você assim tão fácil"

Respondi :

"Já devia ter desistido. Sou só o seu amigo, e nem sei se continuo a ser..."

"EU nn quero a sua amizade, quero seu AMOR!"

Nem fiz questão de responder deitei a cabeça no travesseiro e fiquei pensando no que havia acontecido nessas últimas semanas, foi tanta coisa para minha cabeça que peguei no sono rapidinho.

Continua

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Comentários

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Amei seus pais,se todos os pais do mundo fossem assim!

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antes queria seus amiguinhos, mas agora quero seus pais kkkk

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