Mystic Falls - Capítulo 7 - The Second Plan

Um conto erótico de Frost
Categoria: Homossexual
Contém 1256 palavras
Data: 19/07/2013 22:20:25

Recomendo junto com a leitura a música: Breath No More - Evanescence

-Não sei do que você está falando – Eu disse ainda com a cabeça abaixada, tentando fingir uma falsa concentração que ele me roubara, seus olhos azuis cristalinos davam um contraste mágico com a neve atrás de si. Por um segundo pensei que era um anjo. – O que quer aqui?- Eu perguntei.

-Nada. - ele disse olhando para o horizonte. – Apenas estava passando por Pagford antes de ir para casa. Eu sei que você sentiu minha presença, porém não disse nada nem pro seu amigo e nem para seu namorado lobo.

-Blake não é meu namorado... Não ainda.

Ele se aproximou de mim e sentou em minha cama, eu pude sentir sua pele branca cristalina perto de mim, exposta naquela camiseta regata. Será que ele não sente frio?

Ele tirou uma rosa, que estava atrás de suas costas em uma das mãos, ela estava gélida com cristais transparentes em sua volta, não tinha espinhos porque os mesmos foram arrancados por ele.

-Pra você- Ele disse me entregando- É a última rosa que sobrou de Yarvil depois que começou a nevasca, eu tirei os espinhos para você não se machucar.

-Obrigado- Eu disse, não sabia o motivo desta aparição repentina, ele simplesmente apareceu em minha janela. Não tinha muito que dizer a ele. Ele estava me olhando com aqueles olhos cristalinos e azuis, eu me senti calmo e tranquilo.

-Eu queria poder viver mais para te visitar com frequência.

-Hã? –Perguntei confuso.

-Acho que provavelmente já te contaram sobre as relíquias, certo? Bem, eu sou o guardião de uma delas que está dentro de mim. – Ele fechou os punhos. – E umas pessoas a querem, e precisam do meu sangue pra isso.

-Eu sinto muito, sei pelo o que você está passando, eu sou o guardião de uma relíquia também. –Eu contei. De certa forma eu confiava no Renan, e não acho que ele é do jeito que as pessoas falam, e se ele é um guardião a pior coisa que eu poderia fazer agora seria esconder esse segredo.

-Eu sei disso. – Ele disse em um tom calmo.

-Como?

-Eu posso sentir Sam, há anos venho sido torturado por minha relíquia, ela queima dentro de mim, me dá poderes extraordinários, porém incompletos, às vezes não consigo controla-los e acabo saindo do controle... – Ele deu um suspiro longo. - Eu te vigio a um tempo, desde que você era uma criança e eu também, eu nunca criei coragem para falar com você quando você passeava com os seus pais por Yarvil. Eu era tímido. Hoje sou um monstro.

- Você não é um monstro- Eu falei pousando minha mão em cima das suas. – Você, assim como eu não escolheu ser guardião, as pessoas deveriam entender isso. Mas elas não sabem enxergar o interior de outras pessoas. – Dei um suspiro- Meu pai sempre me dizia que eu podia ver a essência das pessoas, quem elas são de verdade e eu te vejo como uma pessoa boa.

-Você não pode me enxergar como uma pessoa boa, eu só sei que você tem uma relíquia porque toda vez que eu estou perto de você, é como se ela perdesse seus poderes, o ódio e a agonia dentro de mim diminuem toda vez que você está presente. – Ele se aproximou de mim, perto do meu rosto, seus dentes afiados arranharam de leve meu pescoço, eu pude sentir que ele era quente. Quente como Blake. – Você não tem medo de mim?- Ele sussurrou em meu ouvido. – Eu deveria? – Eu toquei no rosto dele, era macio e quente como ele. – Eu poderia te matar agora- Ele deu mais um sussurro- Então o faça. –Eu o desafiei.

Ele encostou sua testa na minha, de algum jeito eu pude sentir as batidas do seu coração, eram suaves e compassadas. Ele se levantou, se virou para a janela e disse – Bom, parece que eu e Blake não somos tão diferentes afinal.

-Como assim?

-Nós temos o mesmo propósito.

-Qual?

Ele virou a cabeça e eu pude ver seus olhos azuis brilharem.

-Proteger você.

Ele andou, pulou da janela até o chão e saiu andando na nevasca. Eu desci na cozinha, peguei um copo com água e deixei a rosa dentro. Ele estava naquela rosa. Eu pude sentir sua essência.

Eu dormi com o barulho da nevasca e imaginei se aqueles dois estariam bem, se estavam seguros e se estavam bem. Eu dormi profundamente, muito profundamente. Até que cheguei ao nível em que eu não poderia mais dormir.

-OH MEU DEUS O QUE HOUVE? – Eu acordei desesperado em um lugar desconhecido. O lugar era lindo, tinha vários jardins, flores paz e vida. Parecia com o “Elíssios” da Mitologia Grega, eu via vários tipos de pessoas e também via cores. Sim cores, em várias tonalidades emanando daquelas pessoas, umas mais escuras, outras mais claras e assim sucessivamente.

-Eu...Eu morri?

-Não exatamente.

Eu reconheço essa voz, é a mesma voz do conselho. A mesma voz que matou Morlock e a mesma voz que vai me matar.

-Você? – Eu disse assustado, olhando amedrontado para ela. Aquela mesma figura daquele dia parada em minha frente.

-Vamos garoto saia daí, aqui infelizmente eu não posso te machucar. – Ela estendeu a mão para mim, relutei por alguns segundos e peguei sua mão.

-Que lugar é esse?

-Bem vindo ao Plano Astral, ou Segundo Plano, Pré Falecimento ou como você quiser chamar.

-Como eu vim parar aqui?

-Enquanto dormia você deve ter entrado em um estado meditativo e veio parar aqui, não sabia que você tinha acesso ao Astral, já que suas habilidades são tão limitadas.

-Não me subestime, sou tão bom Bruxo quanto você.

-Você não sabe o que fala garoto.

Vyvianne me mostrou tudo sobre o Plano Astral, disse que ainda não sou evoluído o bastante para ir ao outro nível e encontrar meus pais, me disse que aquelas cores que eu estava enxergando era a essência que a pessoa tem depois de morta, os mais claros representavam os mais evoluídos, e os mais escuros os ainda não redimidos de suas culpas, crimes e traições. Ela disse que, quando se está no Astral você tem muito mais paz do que na Terra, devido a não ter mortes, dor e sofrimento. Disse-me ainda que o espírito da pessoa após a morte fica um tempo preso no corpo, e que antigamente os Feiticeiros mais evoluídos se conectavam ao Astral para deixar o espirito sofrendo mais tempo no corpo do inimigo. Poderia vigiar qualquer pessoa que acabava de morrer em todo lugar do mundo a qualquer hora. Ela ainda irá ser minha inimiga quando voltarmos a Terra, porém no Astral não tem mágoas, dor ou remorso.

Eu acordei na minha cama no dia seguinte, tudo parecia ter sido um sonho, uma mera lembrança. Mas eu sabia que não era. Ainda estava pensando nos acontecimentos do meu sonho quando ouço o barulho de passos apressados na escada, quando Tomas abre a porta dizendo.

-Levante, se vista e se prepare. Fields foi atacada e os Alfa’s estão sendo exterminados um por um.

Está aí mais 1 episódio pessoal, espero que vocês tenham gostado, de tudo, se ficou meio fraco e curto é porque o foi basicamente para explicar o Mundo Astral que é uma coisa meio complexa de ser explicada, mas eu dei uma máxima resumida para vocês. Espero que tenham gostado da atitude de Renan em relação ao Sam. E torçam para que Blake e Krystal não seja um destes Alfa’s que foram exterminados.

Até mais. :)

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Comentários

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Muito bom 10! Espero que o Blake esteja bem :)

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Eles não podem ser exterminados!!! Lindo seu conto!! Continua!!!

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