A DOMINAÇÃO INESPERADA

Um conto erótico de O BEM AMADO
Categoria: Sadomasoquismo
Contém 6948 palavras
Data: 17/07/2013 22:51:18

Antes de mais nada, se alguém pensa que este conto não sobre sexo está redondamente enganado! É sobre sexo sim, mas não apenas sobre isso. Afinal, sexo alimenta-se de três coisas essenciais: um homem, uma mulher, e desejo! Nada mais! Com esses “ingredientes” temos sabores, cores, texturas, sons e imagens que constituem um universo em si mesmo, próprio e repleto de renovação.

Mas, porque digo tudo isso? Porque é necessário. Aliás, é fundamental. Especialmente quando estamos falando dos dois primeiros “ingredientes”. Tenho certeza que a maioria dos leitores e escritores aqui sabe que quando há desejo entre um homem e uma mulher, esse sentimento instintivo e atávico da existência humana não se prende a qualquer espécie de limitação, quer seja estética, quer seja por um estamento “socialmente correto”, … parece fácil? Mas não é, acreditem. Tenho cultivado a experiência (baseada na pura observação do que me rodeia) de que esse instinto fala mais alto que qualquer outra coisa, razão pela qual se o sujeito é barrigudo, careca, alto, baixo, atarracado ou desproporcional, mesmo assim, ele será capaz de atrair a atenção de uma fêmea com a qual fará o melhor dos sexos, proporcionando tanto e ele próprio, mas também e principalmente a ela, prazeres indescritíveis e repletos de “renovação”.

Da mesma forma, não importa se ela é gordinha (fofinha, e demais sinônimos politicamente corretos), com celulite, sem celulite, de peitos grandes ou de peitos pequenos, ninfeta, balzaquiana, madura, mãezona ou ainda pertencente à terceira idade, … o que importa é a “química” que rola, a troca de olhares, o toque sutil e repleto de sensualidade, a imaginação correndo solta, … enfim, o que importa é se entre quatro paredes haverá plena entrega, total troca e eterna realização. É, de fato, uma comunicação pura e inocente entre duas almas, ao mesmo tempo que encerra um ciclo de busca pelo prazer.

E para comprovar minha constatação que não é apenas mais uma teoria absurda, vou contar três estórias aqui que comprovam o que estou afirmando. Estórias sobre pessoas, … pessoas comuns (como eu e você), e de como essas pessoas, ao encontrarem-se, obedecem à uma lei cega do destino que afirma que quando você quer alguma coisa com muito ardor, o universo conspira ao seu favor. Depois de lê-las, comentem, critiquem, mas não deixem de pensar sobre elas e sobre o que expus aqui.

Seguindo a linha capitular deste tema, segue o terceiro conto, ansiando por proporcionar-lhes uma boa, agradável e excitante leitura. Aproveitem e como diziam os gregos “Carpem Die”.

Antes de começarmos, destaco que os personagens são verdadeiros, porém parte de estória é fruto de uma imaginação fértil (a minha, é claro!). E sempre iniciarei com o prólogo acima que quando li simplesmente fiquei fascinado (aliás, é um livro que recomendo a todos).

“O SUBMISSO ADORMECIDO E A DOMINADORA APAIXONADA”

(“O que nos espera atrás da porta?”)

Robson era um daqueles sujeitos que adorava conhecer coisas novas, … especialmente quando elas diziam respeito a sexo e prazer! Seu entusiasmo não se resumia apenas em informar-se sobre novas “técnicas” de aprimoramento do prazer entre um homem e uma mulher, como também (senão, principalmente), gostava demasiadamente das incríveis possibilidades existentes no universo “BDSM”, muito embora – e a bem da verdade – ele jamais tivera a oportunidade de exercitar qualquer uma das “práticas” relacionadas com o tema.

Fato era que ele já havia participado de algumas “baladas alternativas” onde várias “tribos” reuniam-se com o objetivo de exibir aquilo que elas tinham de melhor, … todavia, Robson não queria apenas ver, mas sim sentir, participar e, porque não, realizar-se. Era algo que calava fundo em sua alma, como se algo muito importante lhe faltasse causando um enorme angústia ante sua incapacidade de compreender o que se passava com ele. E foi em uma dessas baladas que ele conheceu Letícia uma linda mulher de corpo de formas generosas e bem dotadas que lhe conferiam um ar de extravagante sensualidade que parecia pulsar de forma obscenamente provocante. E os olhos, então! Os olhos eram algo de sedutor, de profano, de labaredas que pareciam querer consumir tudo à sua volta. Robson imediatamente sentiu-se arrebatado por aquela mulher de olhar cativante e corpo convidativo ao pecado sem limites.

Aos poucos tornaram-se amigos, compartilhando segredos íntimos e muito pessoais e encontrando-se regularmente, quer seja para um “happy hour”, quer seja para irem ao cinema ou ao teatro, jantarem ou mesmo ficarem a toa conversando sobre tudo que lhes vinha a cabeça. Robson supunha ter encontrado sua alma gêmea, pois Letícia possuía diversas afinidades que os aproximava ainda mais. E o primeiro sexo rolou tão naturalmente que eles sequer deram conta.

Estavam no apartamento de Robson. Era final de uma noite de sexta-feira regada a um bom vinho após um delicioso jantar e o casal estava esparramado sobre o sofá, assistindo velhos filmes em preto e branco. E tudo aconteceu de maneira tão doce e suave denunciando que era apenas uma questão de tempo para que eles se entregassem um ao outro. Letícia, sem qualquer sobreaviso, deu um beijo na boca de Robson que correspondeu imediatamente. O beijo era apenas um prenúncio do que estava por vir, pois Robson não demorou muito em deixar claro que seu desejo já estava reprimido havia tempo demais! Ele deslizou suas mãos hábeis pelo corpo de Letícia tirando-lhe a blusa e o sutiã e deixando seus seios grandes e oferecidos à disposição de sua boca e de sua língua que não perderam tempo em fazer o que sabiam fazer de melhor: chuparam e lamberam os mamilos que estavam tão entumescidos que chegavam a repuxar o tecido das auréolas, provocando espasmos acompanhados de gemidos longos de Letícia, que, ao seu turno, acariciava a rola dura de seu parceiro ainda escondida dentro das calças.

Poucos minutos foram suficientes para que ambos estivessem completamente nus deitados sobre o tapete da sala do apartamento, rolando um por cima do outro em um sufocamento de beijos sôfregos e mãos correndo a pele arrepiada que correspondia ao apelo demonstrando que algo precisava ser feito. Robson ficou fora de si quando Letícia apanhou seu cacete com uma das mãos e puxou-o na direção de sua vagina que estava tão molhada que mais parecia uma pequena cachoeira de líquidos corporais. A penetração deu-se de forma tão natural e perfeita que ambos consentiram com a constatação de que o pênis dele havia sido projetado para a vagina dela. Robson, inicialmente, passou a estocar com movimentos longos e profundos, querendo proporcionar o máximo de satisfação à sua parceira. Mas o desejo reprimido e a louca vontade de sentir aquela mulher sendo possuída por ele, fizeram com que os movimentos fossem se intensificando vindo a tornaram-se insanos e despudoradamente vigorosos.

Letícia retribuía cada movimento do seu parceiro com uma recepção cada vez mais intensa e cujo controle demonstrava que era ela, e não ele, que estava no controle da situação. E com uma espantosa rapidez quase felina, Letícia empurrou seu parceiro contra o chão subindo sobre ele passando de fera domada a líder amazona, cavalgando seu garanhão com a destreza de uma mulher experiente e conhecedora das formas mais excitantes de extrair de seu parceiro o máximo prazer que ele pudesse lhe proporcionar. Robson sentiu-se usado tal qual um objeto de prazer colocado à disposição daquela mulher cujo olhar era, ao mesmo tempo, fogo e gelo, proximidade e distanciamento, desejo e dominação! Algo que, mesmo sem entender bem o porque, deixava Robson ainda mais excitado, revelando uma ereção pujante e vigorosa como jamais ele sentira com outra mulher. E houve um momento em que ele ensaiou reverter aquela “situação” impondo-se como o macho dominante, tomando Letícia pelos braços e forçando-a e ceder sob seu assédio físico.

Mas a surpresa que estava reservada foi ainda mais impressionante do que o imaginável; Letícia não apenas desvencilhou-se dos braços de seu parceiro como imediatamente desferiu-lhe um vigoroso tapa no rosto censurando-o com uma voz poderosa e cuja sensualidade impressionaria qualquer um. “Não, meu putinho! Você fica aí mesmo onde está! Continue o que está fazendo e não pare a não ser que eu mande! Entendeu?”; Robson, por um breve momento sentiu-se literalmente “usado” por aquela mulher, … algo que ele jamais experimentara em toda a sua vida, … mas, a sensação que seguiu-se ao golpe e às palavras proferidas por sua parceira, foi de uma excitação descontrolada e imensamente poderosa que surgiu em seu interior e explodiu por toda a superfície de seu corpo, fazendo-o sentir arrepios descontrolados seguidos de uma ereção ainda mais potente e cujo inchaço podia ser sentido no interior da vagina de Letícia que gemia a cada vibração daquela rola em suas entranhas, causando-lhe um tesão indescritível seguido de espasmos que expandiam-se provocando pequenas ondas de prazer e que acabaram por anunciar a chegada de um orgasmo sem par.

Letícia gemeu, emitiu gritinhos ensandecidos, e, por fim, gemeu tão alto que sua voz parecia ter desaparecido, sendo substituída por um som animalesco, orgânico que projetava seu ser para além das fronteiras do prazer, fazendo-a curvar-se sobre o corpo de seu garanhão ficando-lhe as unhas em seus ombros e apertando com tanta força que Robson sentiu-se muito mais excitado do que antes, ignorando a dor das garras de sua parceira e retesando todos os seus músculos como se pudesse apreciar um único e longo espasmo percorrer-lhe cada centímetro de pele findando em um arrepio deliciosamente provocante que seria imediatamente saboreado por uma ereção que não dava sinais de cansaço e cuja dureza provocava em sua parceira ainda mais sensações que permaneciam na zona além do prazer fazendo com que ela usufruísse outros pequenos orgasmos que se sucediam inexoráveis e saborosos.

Por fim, Robson deu-se conta que seu tesão não havia arrefecido, não havia cedido um milímetro sequer e que ele ainda estava no auge daquela trepada simplesmente inenarrável, e certamente Letícia ainda iria apreciar vários orgasmos que ele tencionava impingir-lhe sem dó nem piedade. Ela continuava cavalgando seu macho rebolando seu enorme traseiro por sobre aquele pinto grosso e duro como uma rocha e que, vez por outra, parecia crescer dentro dela. As frases autoritárias e de comando seguiam-se causando em Robson um sentimento de submissão que inexplicavelmente ele apreciava cada vez mais, sentindo-se dominado e submisso a uma mulher deliciosamente obscena, mas também dona de um poder sexual que o deixava em estado de êxtase, excitado e desejando que aquilo jamais terminasse.

E eles treparam por tanto tempo que a noção de hora, minuto ou segundo perdeu-se em um verdadeiro mar de gozo e êxtase que repetia-se e se sucedia em orgasmos experimentados por Letícia e também saboreados por Robson cuja sensação de macho somada à dominação imposta por sua parceira propiciavam-lhe uma doce sensação de prazer e arrebatamento que parecia um estado de transe onde ele não mais se pertencia, mas era apenas um objeto, um ser a serviço do prazer de sua parceira e senhora, … algo tão profundo e tão doce que o prazer tornava-se uma consequência dessa sensação inexplicavelmente obscena, proibida, desviante, mas, sinceramente poderosa e repleta de dor e prazer em uma única sincronia. Era um clima quase etéreo que perpassava seus corpos tornando-os apenas objetos a serviço do prazer e do tesão. Robson queria do fundo de sua alma que aquilo jamais terminasse e que Letícia permanecesse sobre ele para o resto de suas vidas.

Todavia, como tudo que é bom acaba, um gemido surdo seguido de um urro descontrolado emitido por Robson sinalizava que aquele idílio estava chegando ao seu clímax, não tardando para que os primeiros estertores musculares do macho anunciassem o inevitável: um orgasmo poderoso estava por vir, seguindo-se de movimentos cada vez mais intensos e vigorosos, terminando em uma ejaculação cuja rebeldia inundou o interior de Letícia com uma onda quente e viscosa, fazendo com que ela, por sua vez, correspondesse àquela onda quase vulcânica, desprendendo-se em uma sucessão de pequenos orgasmos que ao chocarem-se com o sêmen do macho ocasionaram algo semelhante à uma erupção de líquidos quentes que transbordaram os limites da vagina da fêmea extravasando-se por toda a região das pélvis unidas de uma casal que encontrara naquela noite algo que eles jamais sabiam existir. E ao final, eles foram tomados por uma enorme onda de cansaço e, completamente extenuados, adormeceram, com Letícia deitada por sobre o corpo quente de seu parceiro.

Os primeiros raios solares da manhã inundaram o apartamento de Robson, acariciando os corpos ainda adormecidos dos parceiros que pareciam envolvidos por uma doce onda de prazer que aquecia seus corpos e que os tornava mais próximos indo além dos limites da pele em contato íntimo, e aprofundando-se em seres imiscuídos um dentro do outro. Letícia foi a primeira a despertar sentindo a carícia doce da pele de seu parceiro que ressonava baixinho envolvendo-a com seus braços fortes e másculos com as mãos pousadas sobre suas nádegas deliciosamente roliças e firmes. Ela beijou o peito de seu parceiro e foi subindo até encontrar seus lábios mordiscando-os suavemente até que eles se tornassem receptivos a um beijo mais profundo e passional. Ela sentiu os braços de Robson apertarem seu corpo enquanto suas mãos acariciavam suas nádegas sentindo sua forma a consistência. Quedaram-se assim por algum tempo até que o brilho do sol anunciasse que o dia estava por se iniciar e que eles precisavam retornar à realidade de sua vidas.

Tomaram banho juntos, ensaboando-se um ao outro e depois de vestirem-se ganharam a rua a procura de um lugar aconchegante para servirem-se de um café da manhã capaz de reanimar-lhes com novas energias. Encontraram o lugar perfeito em uma pequena lanchonete próxima do edifício onde Robson residia e refestelaram-se em torno de uma mesa servida com café, leite, pão francês, manteiga e outros acepipes dignos de uma refeição matutina. Em dado momento Robson não resistiu e perguntou para Letícia se tudo o que havia acontecido naquela noite entre eles tratava-se de alguma espécie de realidade alternativa, ou algo relacionado com o desejo de dominar e ser dominado. Letícia não conseguiu conter uma risada discreta, explicando-lhe que aquilo era BDSM e que se tratava de uma experiência que proporcionava aos seus participantes a obtenção do máximo prazer por meio de técnicas de dominação e submissão onde o submisso tornava-se o objeto de prazer do dominador, e que, juntos passavam a explorar todas as possibilidades do jogo do prazer e da sedução.

Robson – contrariamente ao que Letícia imaginava – ficou muito interessado no assunto carreando uma sequência interminável de perguntas sobre o mundo BDSM; a jovem respondia a todas da melhor forma possível, mas houve um momento que ela mesma ficando muito intrigada com a curiosidade “abusiva” e instigante de seu parceiro, interrompeu o questionário para perguntar-lhe a queima-roupa se o seu interesse inesperado restringia-se apenas a perguntas, ou ele estaria a fim de “algo mais”. Robson emudeceu repentinamente, … não sabia o que dizer – o tema e a noite passada haviam incitado uma série de ideias em sua mente – aliás, sabia sim o que dizer, porém não sabia como fazê-lo. E foi Letícia quem quebrou aquele silêncio glacial momentâneo, convidando-o para conhecer um clube que ela costumava frequentar.

O rapaz ficou meio sem jeito, pensando que se aceitasse estaria estrando em uma estrada sem volta, e, caso recusasse, talvez isso custasse aquela linda e deliciosa mulher – algo que sequer passava por sua mente – e depois de alguns cruciantes minutos ele balançou afirmativamente a cabeça ainda com certa hesitação. Letícia sorriu alegremente, pois era exatamente isso que ela queria, … queria muito que Robson compartilhasse aquela experiência com ela (muito embora ela tenha lhe omitido que aquele “universo” não lhe era de todo desconhecido!). A garota propôs que eles fossem naquela mesma noite ao tal clube, … mas Robson ponderou que precisava de algum tempo para preparar-se para aquela “experiência”, … Letícia concordou meio que desapontada com a falta de ousadia do parceiro, ao mesmo tempo que sua mente viajou pelas possibilidades que o convite poderia proporcionar ao dois. Era manhã de sábado e o casal decidiu passar o resto do dia juntos. Foram ao Shopping e abusaram de seus cartões de crédito (ou melhor, Robson abusou muito do seu cartão, pois, afinal, ainda era um cavalheiro).

Enquanto aproveitavam a tarde de sábado, Letícia arquitetou um plano que, caso desse certo, tornaria aquele dia simplesmente inesquecível para ambos. Abraçada por Robson ela propôs que ambos fossem jantar em um lugar diferente, e o rapaz não titubeou em aceitar perguntando-lhe o que ela tinha em mente. Letícia anunciou que sempre tivera desejos de servir-se em um restaurante sofisticado que havia na cidade, mas que jamais tivera oportunidade, pois além de distante do centro, seus preços eram exorbitantes. Robson pensou por um minuto, (apenas o suficiente para consultar suas finanças pessoais) e, em seguida, concordou com a proposta. Letícia adorou a aceitação dele e disse que precisava ir até sua casa para vestir alguma coisa mais adequada para a noite. Robson concordou e disse que a apanharia por volta das nove horas. Despediram-se com um beijo caloroso que parecia prometer muito mais! Ele sentia algo especial por Letícia, e também sabia que este sentimento era recíproco, … esse sentimento aliado à ideia de conhecer o universo BDSM pelas mãos dela era algo por demais excitante!

Robson estacionou o carro na frente do edifício onde Letícia residia e mal teve tempo de tocar o interfone, posto que a garota surgira no corredor interno caminhando em sua direção; e ela estava simplesmente deslumbrante! Letícia estava usando um vestido preto justíssimo, mas que, ao mesmo tempo, realçava suas formas generosas e bem distribuídas (afinal, Robson jamais gostara das chamadas “garotas anoréxicas”). Os joelhos estavam à mostra com uma insinuação instigante e as finas alças na parte superior serviam perfeitamente para realçar o busto bem feito dela. Os cabelos negros longos e sedosos estavam soltos emoldurando um rosto quase angelical que desde a primeira vez havia hipnotizado o rapaz que jamais quisera dele afastar-se. Ela desceu as escadas com uma sensualidade quase obscena, dando passos medidos e firmes sobre a plataforma de saltos altíssimos que destacavam ainda mais suas pernas bem modeladas.

Abraçaram-se e beijaram-se calorosamente por mais de uma vez antes de entrarem no carro e partirem em direção ao tal restaurante. No caminho, Robson questionou acerca da necessidade de terem feito reservas para aquela noite, ao que Letícia respondeu exibindo-lhe um cartão de reservas. Robson sorriu pensando como a providência feminina era algo muitas vezes surpreendente (e como!). Dirigiram por algum tempo e depois de terem saído dos limites da cidade, adentraram ao município próximo seguindo por uma estrada vicinal que a certa altura dividia-se em duas rotas alternativas. Letícia orientou seu companheiro para que tomasse a aquela mais à esquerda que seguia por uma pequena rodovia muito bem pavimentada e sinalizada e que terminava ante um enorme portão de ferro protegido por uma guarita discretamente posicionada em um ponto cego em recuo de onde um indivíduo uniformizado saiu dirigindo-se até o veículo.

Robson exibiu o cartão de reserva e o segurança sinalizou-lhe para que seguisse em frente. Adentraram percorrendo uma alameda larga e frondosa que terminava em um amplo estacionamento de onde se podia avistar o restaurante; tratava-se de uma construção majestosa, reproduzindo um castelo medieval do século IV iluminado externamente por holofotes de tom azulado que lhe concediam uma atmosfera etérea e quase mágica. Robson desceu do carro e, em seguida, ajudou Letícia a saltar. Ambos olharam para a edificação imponente e calcularam que a distância que os separava dela devia ser vencida a pé (algo um tanto quanto cansativo!), mas quando ensaiaram os primeiros passos foram surpreendidos pelo surgimento de uma carruagem sem teto que parecia ter saído de algum conto de fadas dos irmãos Grimm. O condutor, um homem simpático de meia-idade trajando uma roupa de época convidou-os a entrarem na carruagem, pois ele os levaria até a entrada do restaurante.

Em alguns minutos, o casal estava na soleira da magnífica entrada cujo pórtico feito de pedra rústica e madeira separava a pequena antessala onde ficava a recepção do enorme salão onde os convivas desfrutavam das suas refeições. Robson exibiu mais uma vez o cartão de reserva e o matrie imediatamente acenou para um garçom que os conduziu para a mesa que lhes fora reservada. Devidamente acomodado, o casal foi submetido à uma experiência gastronômica que continha o ineditismo de oferecer pratos exóticos e afrodisíacos, cujo visual, textura e sabor revelavam-se com uma carga erótica única e inexplicavelmente excitante. Robson parecia estar fora de si, sentindo que aqueles pratos causavam-lhe uma sensação até então jamais experimentada. Os sabores e o aromas eram capazes de ativar sensações que ele pressentia por todo o corpo e mente, preenchendo-lhe o ser com uma energia desconhecida, mas muito deliciosa.

Logo após a sobremesa, o garçom aproximou-se da mesa questionando-lhes se estavam satisfeitos, ao que eles responderam quase em uníssono afirmativamente. Abrindo um sorriso de quem recebera uma recompensa, ele perguntou em seguida se eles desejavam experimentar o “próximo cardápio”. Robson olhou para Letícia que deu um risinho maroto – quase sapeca – respondendo em concordância com um aceno de cabeça que foi imediatamente captado pelo criado que afastou-se em busca do referido cardápio. Robson aproximou-se de Letícia perguntando que loucura era aquela, posto que, afinal, ele supunha estarem completamente satisfeitos com a refeição que haviam acabado de consumir. Letícia sorriu enigmática, dizendo apenas que ele esperasse mais alguns segundos até que sua curiosidade fosse satisfeita.

Não demorou para que o garçom retornasse trazendo um cardápio acondicionado em uma pasta de couro escuro tendo estampado em seu parte frontal o símbolo do BDSM. Ofereceu-o para o rapaz que tomou aquela pasta nas mãos ávidas, abrindo-o imediatamente. Seus olhos faiscaram ao conferir seu conteúdo; tratava-se de um rol de objetos, roupagens, instrumentos e outros itens relacionados ao tema, que por sua natureza erotizante haviam feito exsurgir no rapaz uma enorme e repentina excitação que parecia crescer a cada imagem e a ideia a ela associada. Letícia olhava para o parceiro e divertia-se em ver seu semblante repleto de desejo e de tesão. Na segunda parte do “cardápio” havia a indicação de vários ambientes que podiam ser usufruídos pelos convivas, como parte integrante do “pacote” contido no convite. Robson ficou ainda mais descontrolado com as imagens que descreviam quartos com decorações e temas simplesmente “mirabolantes”, todos eles concebidos apenas e tão somente para propiciarem o máximo de prazer àqueles que viessem a compartilhá-los.

Desnorteado pela miríade de possibilidades, o rapaz olhou meio encabulado para a parceira, denunciando seu total despreparo para fazer qualquer escolha sem a ajuda dela. Letícia puxou a cadeira para perto do amante e depois de fitá-lo afetuosamente, aproximou seus lábios do ouvido dele sussurrando que eles deviam começar por algo mais apropriado a “iniciantes”. Robson corou pelo comentário da parceira, mas acenou afirmativamente para ela, declinando-lhe o direito de escolha. Letícia olhou para o garçom, dizendo que ficariam com o “quarto azul atlântico”, opção que foi plena e sutilmente aprovada pelo criado que tomou de volta o “cardápio” e pediu alguns momentos para que os preparativos fossem feitos.

Robson olhava para Letícia como um garoto que olha para a sua professora, aquela que será responsável por introduzi-lo em um universo novo, desconhecido e provocante, expondo-lhe as sutilezas e meandros de um ambiente que, ao mesmo tempo, provoca e atemoriza, excita e intimida, mas que, mesmo assim, exterioriza sensações primitivas cujo desejo de conhecer supera qualquer barreira construída pelos sentidos ou pela alma.

Em poucos minutos o garçom retornou dizendo que os preparativos haviam sido feitos e que o referido quarto estava pronto para ser usado por eles. Em seguida, ele convidou-os a levantar-se de suas cadeiras e acompanhá-lo ao seu destino. Robson abraçou Letícia com um abraço forte e másculo, querendo deixar evidente que mesmo estando nas mãos dela quanto ao que estava por vir, ele ainda era o macho que a desejava sobre todas as coisas. Percorreram, assim, um longo corredor cuja iluminação era insuficiente exigindo que eles caminhassem com certo cuidado, até chegarem a uma parede que se abria em dois outros corredores laterais. O garçom estancou sua caminhada, voltando-se para eles e mostrando-lhe a direção à sua direita com o braço estendido e dizendo que eles deviam seguir até o final do corredor onde se situava o “quarto azul atlântico”, frisando que esse “ambiente” estar-lhes-ia disponível pelo tempo que fosse necessário e que a intimidade e privacidade seriam assegurados acima de qualquer outra coisa. “O que se faz no quarto azul atlântico”, permanece em suas memórias e nas profundezas dele, para sempre, ...”, terminou ele dizendo enquanto afastava-se do casal.

Robson e Letícia caminharam pelo corredor que lhe fora indicado e após alguns minutos atingiram a porta de madeira maciça encimada por dizeres em letras douradas, indicando que eles haviam chegado ao tal quarto. Abriram a porta e vislumbraram um ambiente exótico e finamente ornamentado. Era um quarto relativamente amplo com todos os móveis em seu interior pintados em um tom de azul claro, imitando a cor do Oceano Atlântico. As paredes eram revestidas por uma espécie de tecido da mesma tonalidade e o sistema de ventilação exalava uma brisa que em muito se assemelhava a brisa do mar. Havia algo de mágico naquele ambiente, algo de exótico, algo de excitante que, imediatamente, tomou conta dos corpos e mentes de Robson e Letícia. No centro do quarto havia uma enorme cama também ornada com finos lençóis de cetim azul celeste, com uma cabeceira de madeira cuja tela consistia na reprodução de uma praia paradisíaca. A iluminação do ambiente reproduzia tons azulados de um céu estrelado e bastante claro, concedendo mais veracidade ao ambiente.

Ao lado da cama via-se uma pequena comoda alta com três gavetas que os dois imediatamente trataram de explorar seu conteúdo. Descobriram géis, algumas velas aromáticas na primeira gaveta, algemas, coleiras, chicotes e vendas, todas finamente fabricadas apenas com o intuito de propiciar um clima mais adequado ao BDSM. Já na segunda gaveta havia uma infinidade de máscaras sofisticadíssimas e com um ar vintage muito excitante. Finalmente, na terceira encontraram peles de arminho, sapatos de saltos altíssimos e algumas roupas de couro preto brilhante. Os dois divertiram-se com tudo aquilo, mas não demorou muito para que Letícia mostrasse ao seu parceiro o motivo pelo qual haviam vindo para aquele ambiente. Ela deu alguns passos para trás e depois de alguns instantes de pura provocação ela estalou os dedos e uma música suave e luxuriante tomou conta do ambiente, enquanto ela livrava-se do vestido, entreabrindo o zíper lateral e deixando que ele escorresse pelo seu corpo vindo a cair sob seus pés. Robson quase babou ao ver que sua parceira tinha, por baixo do vestido, uma lingerie de couro preto cuja sensualidade tornava-a ainda mais desejável.

Ela caminhou na direção de Robson e antes que esse tivesse tempo de esboçar qualquer reação, empurrou-o para que ele caísse sentado sobre a cama. Com um puxão firme ela arrancou os botões de sua camisa exibindo seu peito desnudo. Puxou para si fazendo com que ele se livrasse da camisa, e obrigando-o novamente a ficar de pé e impondo que se desvencilhasse de suas calças e cueca. Em poucos instantes Robson estava completamente despido e exposto aos desejos de sua parceira. Letícia não perdeu tempo com explicações muito alongadas, justificando que a melhor forma de conhecer o universo BDSM era através de uma “imersão” e sem qualquer delonga tratou de inserir seu namorado naquele universo curioso e excitante.

Em pouco minutos, Robson estava algemado e vendado, de joelhos no chão ao lado da enorme cama com Letícia esfregando a ponta de um chicotinho em sua pele arrepiada. Ela percorria toda a superfície da pele do parceiro, detendo-se aqui e ali a fim de provocar uma reação inesperada. Repentinamente, ela golpeou as costas de Robson com um estalo do chicote causando-lhe um vergão avermelhado e tirando dele apenas um gemido contido de quem mais gostara do golpe do que sofrera com ele. Letícia para estar transfigurada, … parecia ser outra pessoa, … uma dominadora – ou simplesmente Domme – comandando aquela “sessão” com a experiência de quem sabia muito bem quanto prazer ela poderia proporcionar a ambos. Alternava pequenos golpes do chicote com a maciez da pele de arminho esfregando-a no corpo do amante, especialmente em sua genitália cujo pênis estava tão duro que pulsava enlouquecido parecendo ter vida própria.

Robson não era capaz de controlar-se, pois gemia,emitia gritos abafados, balbuciava palavras de fiel e eterna obediência à sua Domme, jurando que faria tudo que ela quisesse. Letícia ordenou que ele se levantasse e passou a esfregar seu corpo no dele permitindo que ele sentisse apenas o calor de seu corpo e a formas voluptuosas represadas na fina lingerie que pouco escondia de suas curvas generosas. Com uma simplicidade digna de um escravo sexual habituado àquele universo, Robson rogou que sua Domme tirasse suas algemas apenas para que ele pudesse beijar-lhe os pés.

Letícia, mesmo demonstrando larga experiência no assunto, não percebeu qualquer estratégia oculta no pedido do parceiro e concordou com o pedido. Todavia, assim que ele viu-se livre das algemas a situação deu uma guinada radical. Robson agarrou sua parceira e arrancou-lhe a lingerie rasgando-a com mãos fortes e determinadas, deixando Letícia completamente nua e dominada pelo desejo incontrolável do macho que sussurrava em seu ouvido frases duras e repletas de dominação que, embora ela não compreendesse bem o porque, estavam lhe causando uma excitação que jamais sentira antes. Letícia era uma Domme experiente e desde o início imaginou que inserir Robson no universo BDSM seria algo extremamente divertido e prazeroso, sorvendo a obediência de seu parceiro e fazendo dele seu objeto de satisfação sexual, disponível e servil.

Agora, na situação em que se encontrava – dominada e submetida ao macho revelado – Letícia sentia-se ainda mais excitada, pois jamais experimentara uma posição subserviente em que ela era o objeto e ele seu manipulador hábil e poderoso. Ela sentiu todo o seu corpo fremir de desejo, querendo que ele fizesse com ela o que bem entendesse, sem medos, sem amarras, sem limites. “Vem aqui, sua putinha gostosa que eu vou te mostrar o que um macho é capaz de fazer, … você agora é minha e de mais ninguém ...”

Aquelas palavras operavam uma mágica no corpo de Letícia que sentiu a pele arrepiar-se os mamilos entumescerem-se a vagina tornar-se úmida e caudalosa como uma fêmea em pleno cio, louca para ser possuída por um macho forte e dominador. Com os braços da moça presos por uma chave muscular, Robson acariciava sua pele sentindo aqueles arrepios que sucediam-se incontroláveis fazendo com que ela gemesse de tesão, implorando para ser possuída imediatamente. E era exatamente o que ele pretendia fazer, … porém de um forma pouco convencional. Sem perda de tempo, Robson amarrou Letícia sobre a cama abrindo seus braços e pernas de tal forma que ela reproduzisse a imagem do “Homem Vitruviano” de Leonardo Da Vinci, ao mesmo tempo em que mostrava a ela como encontrava-se submetida à força e tesão do seu parceiro. Robson penetrou-a com um vigor ensandecido, fazendo com que seu pênis rolasse para dentro de sua vagina em um único golpe cuja intensidade fora tão pujante que Letícia temeu perder os sentidos com tanta voracidade.

E enquanto ela gemia e pedia mais, Robson estocava com força e rapidez inexplicavelmente cadenciada, impondo a ela uma sucessão de orgasmos sucessivos cuja onda reverberava por todo o corpo, deixando-a úmida e disponível como uma prostituta ninfomaníaca. E a cada novo orgasmo, Robson estocava com mais força deixando que a selvageria quase atávica do macho dominante se fizesse sentir por todo o ambiente. Letícia não conseguia compreender como seu parceiro – repentinamente – tornara-se aquele homem que estava ali, penetrando-a com a força de dez homens e com a disposição de quem parecia estar esfomeado por sexo há muito tempo. Era uma sensação inesperada, mas também, de uma energia vital tão poderosa, que fazia com ela desfrutasse além dos orgasmos que ele lhe proporcionava, de todas outras sensações que outros homens não foram capazes de lhe conceder, mesmo esforçando-se muito para isso.

Cada estocada daquele membro poderoso e duro como pedra tinha a capacidade de ir além dos limites anatômicos e fisiológicos da fêmea, parecendo que penetrava em sua alma, deflorando-a e submetendo-a ao delírio insano e deliciosamente obsceno do culto ao BDSM; Letícia não era apenas uma fêmea dominada por uma macho alfa, … ela era a fêmea dominada pelo único macho alfa existente sobre a face da terra, … todos os homens que ela conhecera em sua vida não eram suficientes para resumir a experiência a que ela estava sendo submetida naquele momento. E os orgasmos – cada vez mais intensos e demorados – deixavam-na sem forças, sentindo a doce contradição de quem almejava que o suplício que lhe era imposto terminasse, mas também que ele jamais tivesse fim.

No momento em que ela supôs que seu Dom estivesse próximo do fim, Letícia incentivou-o a continuar até o clímax, … Robson, entretanto, sorriu ironicamente para ela dizendo que o clímax ainda estava distante demais para que ela pedisse, pois no momento certo ela iria implorar que ele chegasse. Aquelas palavras operaram uma excitação ainda maior na mulher que sentiu a deliciosa obscenidade implícita nas palavras de seu macho alfa, cujo olhar parecia flamejar em uma labareda de luxúria e de insaciedade quase infinita. Assim como ele havia invadido a vagina de Letícia, Robson retirou-se sem qualquer delicadeza ou aviso, levantando-se e soltando cuidadosamente apenas as pernas de sua parceira. E foi com o mesmo cuidado de um algoz em relação à sua vítima que ele soltou as mãos dela da cabeceira da cama para novamente prendê-las por meio das algemas metálicas, apertando-as até que ela sentisse o desconforto que elas podiam causar.

Ele a tomou nos braços e saiu da cama caminhando na direção da soleira próxima à porta e retornando com ela até a pezeira da cama, onde Robson a colocou no chão prendendo suas mãos no pequeno baluarte erguido em dos lados da parte inferior da cama, obrigando-a a permanecer em pé com as mãos presas. Ele se posicionou atrás de sua parceira para logo em seguida aplicar-lhe uma sequência de palmadas em suas nádegas até deixá-las avermelhadas e quentes. E cada palmada fazia Letícia gritar um grito muito mais carregado de tesão do que de dor. Ela estava adorando ser dominada e mesmo jamais tendo agido como submissa em uma sessão de BDSM, Letícia considerava aquela a melhor experiência de toda a sua vida. Robson interrompeu a sequência de palmadas para apropriar-se daquelas nádegas roliças e sensuais afastando-as com as mãos e denunciar sua intenção de romper com a virgindade daquele cuzinho que parecia piscar para ele.

Letícia sentiu um espasmo percorrer suas entranhas, pois além da possibilidade de ser “enrabada”, havia o medo associado à excitação em um misto de sensações inexplicavelmente ambíguas que revelavam-se muito mais provocantes que qualquer outro sentimento semelhante. Robson mais uma vez causou-lhe surpresa, pois antes de qualquer coisa mergulhou sua boca naquele delicioso vale lambendo e chupando o ânus de sua parceira, ao mesmo tempo em que, vez por outra, enrijecia sua língua em um simulacro peniano que forçava a “entrada” obrigando Letícia a gemer e balançar seu traseiro quase que implorando por uma penetração de verdade. E, finalmente, quando o rapaz percebeu que aquele orifício estava devidamente “lubrificado”, ele posicionou-se apontando seu membro rijo na direção dele enfiando sua glande em uma única estocada.

Letícia gritou, sentindo uma dor lancinante que parecia rasgá-la de fora para dentro, queimando e ardendo intensamente, invadindo-a sem qualquer sutileza. Achou que, em algum momento, iria desmaiar ante a dor que olhe impingida, e no momento em que Robson prosseguiu com sua penetração, ousou implorar-lhe com uma humildade submissa que não continuasse, pois a dor era insuportavelmente crescente, causando-lhe muito mais sofrimento que prazer. O macho, desfrutando daquela manipulação selvagem, simplesmente ignorou os pedidos de sua escrava dilacerada pela dor e continuou com a penetração, avançando ainda com mais vigor e determinação.

Letícia sentia aquele músculo duro e pulsante invadir-lhe as entranhas como um ferro em brasa que rasgava e cortava sua carne com dor e muito sofrimento, suplicando baixinho que aquele suplício tivesse fim o mais breve possível. E não demorou muito para que o tormento da jovem chegasse ao seu final quando ela sentiu as bolas de seu parceiro roçarem a parte interior de suas nádegas culminando com a inteira e total dominação de seu ânus. Letícia estava submetida por inteiro ao seu macho, ao seu Dom que agora quedava-se inerte saboreando o prazer de sentir sua “espada de Sansão” acomodar-se no interior do orifício deflorado de sua escrava, ocupando todo o espaço disponível e encaixando-se com uma mão dentro da luva. Era uma sensação única e obscenamente estimulante, algo que faz com que um homem sinta-se mais homem, e que um mulher sinta-se mais fêmea. O que ele não esperava era que houvesse qualquer reação de sua parceira, … isto era o que ele esperava, pois, com a sutileza de uma fêmea que conhecesse os poderes da sua sedução, Letícia contraiu os músculos esfincterianos transformando seu ânus em uma boca capaz de “morder” aquele instrumento endurecido, provocando espasmos incontroláveis em seu parceiro que saboreava aquela deliciosa sensação como a mais extasiante experiência a que fora submetido em toda a sua vida.

Repentinamente a situação invertera-se e a partir daquele momento, mesmo ainda sob os efeitos de uma dolorosa sensação de rompimento físico, era Letícia quem comandava seu macho, mostrando para ele que nem sempre o vigor do sexo resumia-se apenas ao coito sob todas as suas formas. Seu ânus, antes submisso e humilhado, transformara-se em uma boca capaz de morder, engolir e expelir aquele “invasor” que não era de todo indesejado e que ainda poderia causar mais prazer que dor. Robson saboreou aquela sensação por alguns momentos, mas não se deteve inerte, iniciando movimentos frenéticos de vai e vem com a firme intenção de mostrar para sua parceira quem estava no controle da situação.

E a medida em que o macho estocava o ânus colocado em sacrifício, Letícia experimentava a doce sensação de sentir – paulatinamente – a dor sendo substituída pelo prazer, … um prazer que crescia lentamente, … um prazer que oferecia despudoradamente uma troca doce de líquidos corporais, tornando a região bastante lubrificada e apta a permitir que ela usufruísse uma excitação nova e desconhecida. Os movimentos de Robson, vigorosos e rítmicos, operavam sensações de prazer que extrapolavam os limites do corpo, fazendo com que a mente e a alma também pudessem sentir-se recompensadas, concedendo à Letícia a possibilidade de antegozar pequenos orgasmos que se sucediam uns aos outros, tão sutis e doces que ela pôs a questionar-se porque jamais houvera ousado uma experiência como aquela.

Os movimentos intensificaram-se até o ponto em que Robson não tinha mais qualquer controle sobre seu corpo, gingando e balançando para frente e para trás com tanto vigor que pensou se seria ele mesmo o condutor daquela trepada, ou se havia alguma “força exterior” comandando tudo o que estava acontecendo.

E foi nesse clima quase que etéreo e onírico, que ambos – Robson e Letícia – chegaram ao orgasmo mais intenso de toda as suas vidas. Foi um gozo intenso, repleto de gemidos, espasmos, sussurros e juras de amor eterno que sempre escapam pela boca de amantes arrebatados por um momento único e conspirado pelas forças do universo. Letícia sentia-se um cachoeira de líquidos que pareciam jorrar de seu interior querendo criar uma onda crescente e incontrolável, molhando o pênis de seu parceiro e deixando-a em total estado de prostração e prazer, enquanto que Robson experimentava a sensação de uma ejaculação que era, ao mesmo tempo intensa, quente e viscosa, preenchendo todo o espaço do pequenino ânus de sua parceira e extravasando em uma torrente que viria a vazar para fora das entranhas dela escorrendo pela parte interior de suas coxas e proporcionando um sentimento de ter cumprido com seu papel e sendo regiamente recompensado por ele.

Quando finalmente eles terminaram, Robson sentiu seu membro ficar flácido, escorregando para fora do orifício vencido de sua parceira, ao mesmo tempo em que sentia suas pernas ficarem bambas, ameaçando pô-lo ao chão em uma posição de guerreiro vencido após a doce batalha do sexo. Letícia, por sua vez, apoiava-se no baluarte da cama temendo também vir ao chão como seu parceiro e foi com imensa dificuldade que ela pediu a ajuda dele para libertar-se das algemas engatinhando até a cama e desabando sobre ela, vencida, mas satisfeita. Robson deitou-se ao lado dela e os dois adormeceram abraçados como amantes que encontraram o caminho secreto do Nirvana, sendo premiados pela imensa satisfação de sentirem-se recompensados mutuamente.

EPÍLOGO

O casal foi acordado pelo toque de uma campainha discreta que anunciava que o dia já havia raiado. Robson caminhou até a porta e abrindo-a viu uma pequena mesa com rodízios fartamente guarnecida por um café matinal digno de reis e rainhas. Esfomeados como dois arautos que acabavam de chegar do deserto, o casal saboreou aquele repasto com a avidez comparável apenas aos prazeres que haviam usufruído na noite anterior, para depois de um breve descanso, banharem-se e saírem para fora, retirando-se do quarto azul e do restaurante que ficaria para sempre em suas memórias.

No caminho Robson olhou para Letícia com um olhar meigo e afável, perguntando-lhe gentilmente se ela estava arrependida por ter se submetido à experiência da noite anterior. Letícia olhou languidamente para o rapaz e confessou que mesmo que eles jamais viessem a ver-se novamente, ela jamais se esqueceria daquela noite e que nenhum homem seria capaz de causar-lhe um impacto tão másculo, doce e sensual como o que ele propiciara a ela. Robson sorriu dizendo que não havia a mínima possibilidade de que eles jamais tornassem a reencontrar-se, pois ele havia encontrado a sua alma gêmea e dela não se separaria jamais!

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