A História de Caio – Parte 26

Um conto erótico de Kahzim
Categoria: Homossexual
Contém 1589 palavras
Data: 15/07/2013 22:59:43
Última revisão: 14/08/2013 00:49:12
Assuntos: Gay, Homossexual, Romance

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A História de Caio, completa e revisada para leitura on line e download e contos inéditos no meu blog:

http://romancesecontosgays.blogspot.com.br/a-historia-de-caio-leitura-on-line-e.html

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Desde que ouvi pela primeira vez a música faroeste caboclo, do Legião Urbana, eu sabia o que o Renato quis dizer quando falava que o João do Santo Cristo tinha ido para o inferno. O inferno era uma coisa familiar para mim na época, eu ia para o inferno a cada dia meu corpo era tomado, a cada dia que era obrigado a saciar o meu irmão sexualmente. A cada dia que minha inocência de criança era profanada para satisfazer os desejos imundos do Carlos.

Naquela noite, eu descobri o que era ir para o inferno pela segunda vez. Era uma sensação pior ainda que a primeira, quando você pensa que nunca mais vai viver aquele terror e ele simplesmente aparece novamente diante de você e te rasga por dentro novamente te deixando em retalhos.

Meus olhos aterrorizados olhando aquelas fotos em cima da mesa não deixavam margem à dúvidas de que eram autênticas. Ele finalmente tinha conseguido o que buscara há anos. A confirmação da minha homossexualidade. O que devia fazer? Implorar, tomar as fotos?

- O que diabos é isso? - Falei me jogando furiosamente sobre as fotos e rasgando algumas.

- Isso se chama poder do dinheiro. Paguei o preço certo e o trouxa do Flávio me concedeu as fotos que ele tirou de você para tocar punheta lembrando das vezes que te enrabou. Seu viadinho. É tão gostoso te chamar de viadinho tendo certeza que você é. Viadinho, bicha. Mal posso esperar para ver a cara do papai. Rasga, pode rasgar essas, acha que eu sou trouxa de não ter uma cópia virtual? - Perguntou ele às gargalhadas.

- Cara, poxa, você não pode destruir minha vida assim.

- Na verdade. Caio, eu posso sim. Eu posso fazer com você o que quiser. Seu viadinho. Está vendo? Você nem reage ao meu xingamento, você sabe que o poder está comigo agora não é? Sabe quem é que manda. Não é? - Perguntou furioso me dando um tapa na cara.

Não reagi.

- NÃO É? - Gritou furioso me dando outro tapa. - Responde essa pergunta sua bicha ou eu mando essas fotos agora mesmo para a internet compartilhando com todos os seus amigos do colégio e ainda mando para a família.

- É, Carlos, tudo bem cara, você ganhou. - Comecei a chorar. - Cara. Eu sei que a gente nunca se deu bem, mas não precisa fazer isso comigo. Eu nunca faria algo do tipo contigo?

- Não faria? Não faria sua putinha. Não faria mesmo não. E sabe porque? Porque eu sou macho, eu dou fodedor, não sou um chupador de piroca como você. Um mordedor de fronha de merda.

- Cara, se você não mandou isso para nenhum lugar, tem alguma coisa que você quer. Eu faço qualquer coisa, ninguém pode saber de mim, não dessa forma.

- O que eu quero? Gargalhou ele. - e se eu quiser apenas te ver chorar e implorar? Se eu quiser apenas que você se humilhe e beije os meus pés? Apenas para depois mostrar essa putaria para todo mundo da mesma forma? E se eu quiser apenas que o papai não tenha tempo para se chatear por eu não ter te impedido de entrar na casa, ocupado demais vendo como o filhinho dele mais novo sabe mamar num cacete de outro macho.

- Cara, o papai vai ter um troço.

- Desde quando você se importa com a saúde dele. Seu arrombado? Gritou ele me dando outro tapa. - Hein? - Outro tapa. - Você quer que ele morra, que eu sei. Quer eu e ele mortos. Você detesta toda a sua família. Como tem a audácia de chamar a vovó para te defender? Ela devia era ter mandado te dar uma surra também. Acho que ela vai fazer isso quando ver essas fotos.

Eu estava completamente fora de mim. Apenas chorava desesperado enquanto levava tapas e ouvia gritos.

- Sabe o que é mais engraçado, sua putinha estúpida? - Perguntou ele me puxando pelos cabelos e me levando até a sala. - O mais engraçado era você dizendo que foi abusado por mim. Você sempre gostou de pica, seu fodido. Ai vinha com dengo pro meu lado, chorando quando eu te comia. Aquela tua cara falsa para o papai. Adorava levar rola. Eu sempre soube, eu só fazia o que você curtia. - Concluiu ele me jogando em um sofá.

Eu me voltei para ele e cai ajoelhado no chão. O agarrei pelas pernas:

- Carlos, cara, por favor. Eu nem sei mais o que fazer pra você me ouvir.

- Não sabe, não sabe? Pois eu sei putinha. Eu sei muito bem. Falou ele tirando o cinto. Eu me fastei para trás assustado.

- Não cara, você não pode querer isso.

- Eu posso tudo putinha, esqueceu. - Falou ele colocando o pênis para fora. - Me chupa, chupa bem gostoso, sem choro, chupa como tu chupa a pica desses teus machos por aí, é tua única chance de eu não acabar com a tua vida.

Eu confesso que nunca deveria ter feito aquilo, não consigo sequer pensar no assunto sem me correrem lágrimas. Mas eu estava em choque, eu estava completamente desesperado. Me ajoelhei diante dele e pus o pênis dele na boca, enquanto meu rosto era completamente banhado de lágrimas.

Eu me tremia muito e não conseguia fazer nada que desse prazer a ele. Acho que o máximo que fiz foi machucar ele com os dentes. Mas nem disso tenho certeza porque essa memória é muito confusa. Ele odiou o que eu fiz, me empurrou para trás e me deu uma cintada na cara.

- É assim que você chupa? Não presta nem para chupar um cacete. Acho que você não tem solução.

Eu só soluçava caído no chão. Percebi que apesar de não ter feito oral direito o pênis dele estava extremamente duro. Aquele doente estava se excitando muito com aquela situação.

Desde que ele mostrou aquelas fotos, eu sabia que aquele momento chegaria. Eu sabia que iria ao inferno novamente. E eu não tive forças para fugir dele. Ele colocou seu cinto ao redor do meu pescoço, como quem me enforca e, me puxando por ele, me forçou a ficar de quatro apoiado no sofá. Ele desceu minhas roupas e me possuiu, lubrificando apenas com saliva. Rasgou meu corpo e minha alma, eu desfaleci.

Quando acordei apenas ouvi silêncio ao redor. Parecia que aquele terror havia sido um sonho. Mas as dores no meu corpo não me deixavam me enganar. Eu estava completamente nu, ele tinha tirado até minha camisa enquanto eu estava desmaiado. Pus a mão no meu bumbum e senti que havia uma mistura de sangue e esperma seco. Eu queria morrer. Não teria coragem de olhar para mim mesmo depois de ter deixado o Carlos fazer aquilo comigo. Podiam colocar minhas fotos com o Flávio em outdoor's pela cidade. Podiam espalhar a história para quem quisesse, nada seria jamais tão terrível quanto o foi ser estuprado novamente depois de tanto tempo.

Eu precisava morrer, precisava me livrar daquela sensação horrivel. Me senti destroçado por dentro e por fora. Estava completamente mergulhado nas trevas novamente e não via nenhuma luz para sair daquilo. A sala do apartamento dava para uma enorme varanda, eu dificilmente ia até lá, eu tinha medo de altura. Naquela noite, porém, a altura era minha amiga. Ela tiraria aquele vazio que me corroía, ela teria que me aliviar daquela dor que me impedia de continuar respirando. Eu caminhei lentamente. Nu e ensaguentado.

Ouvi meu celular tocar entre minhas roupas arrancadas. Não importava mais. O que quer que alguém tivesse para me falar não faria sentido naquele momento. Nada mais fazia sentido, a única coisa que faria sentido em toda aquela bagunça que o Carlos deixou em minha vida para saciar os desejos doentios dele era por um fim em tudo. O telefone continuava tocando insistentemente. Havia uma janela de vidro fechada. Precisava abrir ela. Abri um dos lados da janela. 16º andar. Com certeza eram suficientes. Jamais sobreviveria. O telefone toca, alguém tem algo muito importante para me falar, ao que parece. Importante, mas não para mim. Nada mais me é importante. Então quando eu vou abrir o segundo lado da janela eu vejo ela. Refletida no vidro frio. Me chamando para voltar para dentro do apartamento. Está minha mãe.

Começo a chorar. E o telefone ainda toca. Eu aceno e digo que não posso voltar. Me volto para trás e não vejo nada. Volto a olhar para o vidro e novamente não vejo ela. Faço menção de entrar e então eu a vejo novamente no vidro. Dessa vez ao me voltar eu a vejo. Está em pé no meio do apartamento e me chama. Me chama da mesma forma que me chamava quando eu era criança e sofria algum machucado. Aquele olhar de mão que promete consolar todas as suas dores. Durou um milésimo de segundo. Pensando hoje, como cético eu poderia dizer que foi uma ilusão. Mas meu coração sabe a verdade. Eu voltei, voltei para onde ela estava e o telefone ainda tocava. Era o Yoh. Eu me abaixo e atendo.

- Caio?

- Yoh?

- Sim, sou eu. Não faça isso. Não vai aliviar dor nenhuma. Só vai piorar as coisas. Está mesmo aí em cima ?

- Estou.

- Se afaste de qualquer janela e autorize minha subida. Estou aqui embaixo.

Continua....

P.S: Essa é a última parte de hoje, amanha por volta das 17 eu posto um capítulo novo. Obrigado a todos que estão acompanhando.

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Comentários

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Eu ia comentar so no ultimo capitulo do seu conto pq n adiantaria de nada o meu comentario neste, mas n consegui, to chorando, to com raiva, amei o seu conto

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Olha! eu to com tanto ódio do Carlos e do pai dele que eu seria preso,mais eu ia triturar,arrancar,esfolar cada parte do cordo dos dois,eu ia catar uma metralhadora e enfiar no rabo deles até nao sair mais sangue,eu ia atirar nos pés,enfiar a faca nas nadegas,cortar o naris,enfiar uma chave de fenda nas orelhas,jogar agua fervendo neles,ia ligar o ventilador e ia lascar agua congelada,depois eu ia pegar um esqueiro e ia queimar o penis do irmao e decepar o do pai,EU ODEIO ELES 2,VOU TOMAR UM CALMANTE MINHA MAE FICOU PREOCUPADA EU ESTOU VERMELHAO DE RAIVA

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Nossa nunca comentei um conto, apesar de acompanhar a tempos o site.... Preciso falar que seu conto eh excelente nao somente pela a história complexa, onde nao temos mais do mesmo, mas tbm pelo seu respeito ao leitores... Muitas vezes acompanho contos que param pela metade, ou contos onde o autor demora muito tempo para postar e entao perdemos o fio da meada.... Vc ao contrario da maioria posta sempre novos capítulos e isso mostra um respeito pelo leitor... Parabéns pela história e pelo respeito conosco ... Esse vai ser o primeiro conto que comento e dou notas ... E gostaria de dar mais que 10 pela serie... Obrigado ....

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D+ coitado do caio, o carlos é um maldito, tomara que ele morra da maneira mais lenta e dolorosa possivel

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vc foi fraco isso sim

se seu "irmão" frustrado,hipócrita,gay e encubado não se aceita,vc deveria ter reagido.

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Seu irmão nem a morte merece, morte pra ele é lucro

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Meu coração ta tão apertado agora , cara nao consigo parar de chorar aqui , 10 10 10 PE PE PE PERFEITO MANO

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Se você tivesse conseguido manter a calma bastaria dizer "o que acha que a vovó iria fazer quando visse que você sujou a imagem da família?"o problema dessas situações é exatamente o choque que impede um raciocinio rapido. Estou amando o conto, ansioso por amanhã. Um abraço =)

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Cara, tá bom mesmo! Puxa... Aguardando ansiosamente até as 17

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Nem sei que digitar, estou em choque... O que o dinheiro não faz com as pessoas. E a falta de diálogo entre vocês desde pequenos só piorou as coisas. Ainda bem que Yoh (não sei como ficou sabendo) apareceu e você não resolveu suicidar. Creio que vai dar a volta por cima e que Carlos seja preso! Foi corajoso e forte em lembrar de tudo isso! Abraço

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ai Caio tá bom demais seu conto rapaz... #MortedeCarlosJá

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