Uma Droga Chamada Amor — Parte 10

Um conto erótico de Hibrubs
Categoria: Homossexual
Contém 1486 palavras
Data: 06/06/2013 14:21:31

NO FIM DO CAPÍTULO ANTERIOR:

Putz, eram três homofóbicos. Não tinha hora pior para eles aparecerem: rua escura e vazia, com dois garotos gays e indefesos na rua. Os caras nos empurraram pra dentro de um beco sem saída e nos derrubaram ali mesmo:

— Deixa a gente ir embora! — eu gritei

— Embora é o caralho, vocês vão é apanhar!

Reconciliação.

Eu e Lucas fomos jogados pros fundos desse beco imundo e úmido, eu só conseguia ouvir coisas do tipo: "Bichinhas, viadinhos, filhos da puta, vocês tem que morrer, gente que nem você vai pro inferno etc". Até hoje eu não entendo o que esse tipo de gente sente quando agride um gay. Poxa, será que é errado você amar alguém de verdade? Lucas estava aterrorizado, com lágrimas escorrendo do rosto, começou a ser espancado pelos outros dois, os 'subordinados' do cara do meio. Ele levou chutes sem parar, ele gritava de dor, mas um deles tapou a boca dele pra ninguém ouvir. O líder tratou de me destruir, me deu um chutão na barriga e depois um soco na cara. Mesmo sendo bem resistente, aquela porrada doeu demais. Ele me deu um puxão no meu cabelo, me levantou e deu uma joelhada na minha barriga. Eu fingi que desmaiei, arquitetando meu plano. Mesmo com a adrenalina lá em cima, consegui ter uma ideia. O ouvi cochichar: "Viado frouxo, já apagou." Ele se direcionou pra onde os outros dois estavam e começou a se divertir vendo Lucas apanhando. Doía muito ver ele ser agredido, e uma das causas era eu ter parado e beijado ele na rua, eu tinha que resolver isso.

Sorrateiramente, peguei uma garrafa vazia que estava jogada por ali, me levantei como num golpe surpresa e atingi a cabeça do líder com a garrafa, que se quebrou. Ele caiu no chão e levou as mãos à cabeça, gritando de dor. Os outros notaram, e viraram pra mim. Um deles tentou me dar um soco, deixando Lucas sozinho ali no chão. Eu desviei mas ainda fui atingido de raspão. Enquanto ele se equilibrava, bati com a garrafa quebrada na cara dele, a arranhando toda, que ficou repleta de sangue. Ele saiu correndo e foi arrastando o líder pra fora do beco, que ainda estava meio zonzo da pancada. O último cara que sobrou estava meio que assustado, e nem precisei de muito pra espantar ele dali:

— TÔ COM ESSA GARRAFA AQUI E POSSO TE FURAR TODINHO, VAI QUERER?

Ele se assustou mais ainda, mas continuou com a guarda fechada, como se estivéssemos numa briga. Apontei a garrafa pra ele e gritei:

— SOME DAQUI!

Dito e feito, sem os outros dois, ele se tornava um nada. Saiu correndo. Eu fiquei feliz: consegui livrar a pessoa que eu amo de uma situação dessas, mas o que me deixava triste era a dúvida se ele ia me perdoar (pela milésima vez). Me aproximei dele, que estava chorando muito, chegava a soluçar. O rosto dele estava muito feio: nariz e boca sangrando, mal conseguia se mexer, aqueles caras acabaram com ele e ver Lucas naquele estado mexeu muito comigo:

— L-Lucas?

— Olha só... o que você... me fez passar. — disse bem baixinho, não tinha forças nem pra falar

— Eu te salvei deles, vai saber o que teria acontecido se eu não tivesse feito nada.

— Se você não tivesse... feito o que fez, eu... não teria passado por isso.

Ele foi super mal-agradecido, mesmo depois de tirar ele das mãos daqueles idiotas. Isso me enfureceu, quase que eu saí de lá de tanta raiva que eu estava. Mas não podia fazer isso, continuei lá:

— Você vai pra minha casa, e eu vou cuidar dos teus ferimentos. — eu disse, sentando no chão perto dele

— Nem morto que eu piso lá. — ele demonstrou ter mais facilidade pra falar

— É lógico que você vai, não é nem louco de voltar pra casa nesse estado.

— E o que eu vou falar pra minha mãe?

— Eu dou um jeito. Vamos, levanta.

— Eu tô muito fudido, eles me destruíram. — limpa o sangue da boca — Olha isso: sangue.

— Por isso que eu não vou te deixar ir. Eu vou cuidar de você.

— Tudo bem, então.

Inventei uma desculpa sem pé nem cabeça e mandei o Lucas falar com a mãe dele por telefone, que acreditou na mentira mais tosca que eu inventei. Por fim, eu liguei pra minha mãe, pedi pra ela não se preocupar, eu estava bem e levando um amigo, pedi pra ela dormir que eu estava chegando. Fiz isso pra ela não nos ver chegando todos sujos e machucados.

Chegando em casa, subimos no maior silêncio. Fui no guarda-roupa e peguei uma blusa e um short de dormir pro Lucas, que só tinha lá as roupas com que ele chegou (que por sinal estavam imundas). Dei uma toalha pra ele, e foi tomar banho. Tirei minhas roupas e fiquei só de cueca, fui procurar hematomas pelo corpo. Quando Lucas chegou, percebi que ele ficou meio espantado e curioso ao mesmo tempo por me ver ali, só de cueca. Não que ele nunca tenha me visto assim, mas essa foi a primeira vez desde que tudo aconteceu. Entrei no banheiro, a água estava geladíssima pra variar, tomei um bom banho pra levar embora essa sensação ruim de ter sido agredido na rua por três caras que eu nem conhecia. A pressão sobre mim é mais imensa do que eu pensava.

Voltei pro quarto, e Lucas estava olhando as fotos nos porta-retratos que estavam sob minha estante. Uma delas era nós dois: eu na frente segurando a câmera, e ele atrás, fazendo uma careta. Esse dia foi muito engraçado. Ele olhava fixamente, e chegou a dar um sorrisinho, acho que lembrou desse dia:

— Lembra do que aconteceu nesse dia? — ele riu

— Sim, como posso esquecer? — ele disse com uma voz calma, parecia querer reviver os momentos da foto

— Foram três semanas depois de nos conhecermos.

— Nós viramos melhores amigos num piscar de olhos. — eu sentei na cama

— Sabe... É esquisito, sabe? De uma hora pra outra... nós... você sabe.

— Acho que, com o tempo, fomos nos apegando mais. Estamos nos descobrindo a cada dia, e eu acho que essa foi uma das minhas melhores descobertas. — a meia-luz da lua que entrava no quarto pela janela o deixava lindo

— Sério?

— Bruno, nunca imaginei amar outro garoto, mas é um sentimento muito mais forte que eu. Você é o que eu mais quero, só que decepção atrás de decepção me fez repensar sobre isso.

— Não precisa mais repensar, eu tô disposto a ir firme agora.

Ele sorriu. Parecia bem feliz por eu ter dito aquilo.

Minhas roupas não eram tãaaaaaaao enormes nele, mas a roupa ficou um pouco maior, deixando ele muito mais bonito do que já é. Peguei uns curativos e pomadas pra colocar no rosto e no corpo dele. Pedi pra ele tirar a blusa pra eu ver onde tinham hematomas. Putz, em vários lugares eu achava um. Peguei o gel e passei no corpo dele, admito, eu adorei passar o gel naquele corpo branquinho e lisinho que eu tanto adorava e conhecia:

— Tá gelado! — resmungou

— Pelo menos vai te fazer bem, Lu.

— Mas por que tão gelado?!

— Hahaha! Deixa disso.

Continuei massageando ele e o medicando com todo o cuidado, afinal, eu me senti muito mal por deixar ele daquele jeito. Já era tarde da noite, madrugada, quando enfim resolvemos dormir. Deitei na cama enquanto ele foi pro banheiro, quando voltou, fez uma cara de desentedido e perguntou:

— Aonde eu vou dormir? Quando eu vinha pra cá, pelo menos, tinha um beliche.

— Vai dormir comigo, ué.

— Nessa cama de solteiro? — deu uma risadinha

— Vem.

Ele foi deitando com toda a calma e cuidado, não sei se por medo ou cuidado com o corpo. Sentou de pernas cruzadas na cama e disse:

— Obrigado.

— Pelo quê, já que eu 'que te fiz passar por isso'?

— Deixa de ironias, bobo. Obrigado por me proteger e me abrigar, mesmo depois de eu ter sido malvado com você. Por que fez isso?

— Porque mesmo com você não querendo nem que eu chegasse perto de você, eu continuei te amando.

Um silêncio profundo tomou o quarto. A luz da lua que invadia o quarto deixou a cena mil vezes mais romântica do que já estava. Fui inclinando meu corpo até o dele, chegando perto do seu rosto com toda a cautela e calma, e disse:

— Eu te quero.

Dito isso, eu agarrei ele e começamos a nos beijar e nos acariciar de um jeito muito excitante, sentir aqueles lábios macios junto aos meus foi uma sensação maravilhosa. Notei ele tentando tirar a minha blusa, e deixei. Ele tirou ela toda e mordeu os lábios quando me viu sem camisa. Acho que é a hora de acontecer, bom, vou deixar fluir.

~~~~CONTINUA~~~~

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Comentários

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Que lindo . vou confessar no começoeu não tava gostava muito mas agora tou amando e Lucas ? fofura extrema rsrsrs. amo mais e mais .

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Muiiito Fofo' ... Só achei meio clichê a parte da agressão mais gostii muito adoreii ... Lucas é muiito fofo ... KAWAII ... >.< ganhou 10

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Agr sim, vai na fé. Muito lindo voce cuidando do lucas, mais vao com clma ai pq o coitadinho ta machucado. Hehe

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