ENTRE HOMENS - Capitulo 3- O PRIMEIRO ENCONTRO

Um conto erótico de Antunes Fagner
Categoria: Homossexual
Contém 3325 palavras
Data: 30/06/2013 17:03:55

ENTRES HOMENS

Capitulo III – O Primeiro Encontro

Ele me tomou em seus braços fortes, sentia o seu cheiro de homem. Que cheiro! Quanta virilidade num ser que apenas estava conhecendo naquele momento. Sentia sua respiração forte e ofegante próximo de mim. De fato queria acarinhar o seu rosto mais procurava me conter diante daquele homenzarrão. Aquele peão era muito robusto, mas ao mesmo tempo solicito em me ajudar depois da queda que tive do meu cavalo de estimação. O que pensar sobre tudo isso que estava acontecendo comigo. Será que Deus estava me testando? Se realmente era a minha vocação ser padre? Ou realmente teria que repensar todos os meus valores e sonhar quem sabe viver um grande amor? No entanto, em meio as minhas indagações não parava de contemplar tal beleza masculina. Como um homem pode ser tão bonito e ao mesmo tempo ser a segurança pra qualquer pessoa que se encontre ao seu lado.

Nossa o seu cheiro de macho era inebriante um convite a tentação de sucumbir em seus braços num ato sexual mesmo que fosse casual. Sentia-me indefeso diante daquela situação. Por mim lhe tascaria um beijo tendo em vista a proximidade dos meus lábios com os seus. Contudo, tinha que me manter na minha, pois éramos estranhos. Mesmo também não poderia saber qual era a dele. Imagina eu beijá-lo e ele me jogar no chão e ainda rasgar o verbo comigo pela minha ousadia. Nem pensar. Apenas tive que contentar em está sendo carregado por ele até o carro. Bem que poderia ser para vida todaDurante a madrugada fiquei meio que acordado ou sei lá sonhando com o Miguel. Como ele é bonito, forte e másculo. Vim pra cá refletir sobre a minha vocação mais agora tenho medo de está interessado por ele. O que mais me inculca é ele ter me chamado de anjo. Achei muito amoroso da parte dele afinal como um cara como ele foi tão terno comigo. E além do mais cuidou de mim. Acho que devo me afastar dele, de tais pensamentos, afinal ele deve ser hetero. Não há possibilidade de nos envolvermos sexualmente e tão pouco mesmo namorar, rs. Bom acho que vou conversar com Deus sobre isso.

Então, Taumaturgo se retirou para uma gruta que existe nos jardins da fazendo, em meio um lugar cercado de rosas de todas as cores. Um local que fora cultivado pela sua mãe. O senhor Fernando fez questão de manter tal espaço zelado na fazendo, talvez uma bela lembrança de quem fora seu grande amor aqui nesta terra. Taumaturgo se aproximado da gruta onde tem uma imagem de Nossa Senhora, se pôs a orar assim:

“Minha mãe Maria, Virgem e companheira de caminhada eu te imploro uma luz. Pois, me sinto um pouco perturbado com tudo que vem acontecendo comigo nesses tempos, afinal vim pra casa pra sentir minha fé crescer cada vez maior em seu Filho, Nosso Senhor. No entanto, sinto-me atraído por Miguel de uma forma que não convém. A senhora sabe de minhas fraquezas, de minhas falhas e dos meus pecados. Mais preciso de uma ajuda sua, minha mãe. Tenho medo de ceder a tal sentimento e sofrer. Ajuda-me minha mãe a não pensar em Miguel como homem e sim como um irmão. Ave Maria cheia de graça...”Na sede da fazenda

Senhor Fernando está tomando café da manhã com Miguel. De repente Taumaturgo adentra a sala de jantar pra tomar café.

“Oi filho, acordou cedo hoje?”

“Sim pai, fui espairecer um pouco, é um costume que tenho desde sempre. A manhã é um momento que temos pra entrar em contato com Deus.”

“Bom dia, patrãozinho,” disse Miguel.

“Bom dia Miguel.”

Então Taumaturgo se sentou a mesa do outro lado da mesa olhando fixamente Miguel, sem que o mesmo notasse que estava sendo observado.

“Filho está na hora de você ir assumindo o seu lugar aqui na fazendo. Seu Pai está velho e preciso que você comece a tomar noção de tudo aqui na fazenda. Miguel pode ser o teu orientador. Não é Miguel?”

“Claro senhor Fernando,” disse Miguel.

“Então eu tenho uma proposta filho, que tal hoje à tarde você viajar até a cidade pra comprar os mantimentos necessários para a fazenda com o Miguel?”

“Tranquilo, pai, vou fazer tudo isso afinal tenho que saber tudo mesmo, rs.”

Os três continuaram tomando café e Miguel quebra o silêncio dizendo: “Vou ter que sair, pois tenho que ir preparando a viagem seu Fernando.”

“Ok meu filho, vou providenciar o que falta por aqui e após o almoço vocês podem viajar pra não pegar a estrada à noite.”

“Tudo certo seu Fernando, com licença.”

Taumaturgo se levanta para arrumar suas coisas e malas pra viagem até a cidadeÀ tarde como combinado pegamos a estrada rumo à cidade pra não chegarmos muito tarde por lá.

A viagem estava tranquila. A paisagem era maravilhosa. O cheiro da mata, as árvores se alternavam em seus tamanhos e variedades. O canto dos pássaros. Podíamos ver alguns animais pequenos tanto a beira da estrada como também cruzando ao longe a estrada. O vento na nossa cara. Tudo era um convite pra contemplar as obras do Senhor. Talvez o poeta tivesse razão ao declarar: “Ao sentir o vento passar pela gente. Já bastaria ter vivido.” (Fernando Pessoa).

Aproveitava a situação em que Miguel ficava atento na estrada pra ficar admirando-o. Às vezes me percebia olhando pra ele fixamente. Ele por sua vez ficava com olho na estrada e em mim. Quando o via me olhando tentava rapidamente tirar meus olhos dele. Chegava até mesmo ficar corado de vergonha. Em dado momento rompendo o silencio da viagem, ele me diz:

“Tudo bem patrãozinho? O senhor não está cansado da viagem?”

Não me contive e comecei a ri.

“Por que o senhor está rindo?”

Respondi-lhe: “Estou rindo por causa da maneira que você me trata. Posso te pedir um favor?”

“Pode patrãozinho!”

“Não me chame mais de patrãozinho. Pode me chamar de Taumaturgo mesmo.”

“Não sei... posso mesmo?”

“Por que você me pergunta isso?” respondi-lhe com sorriso nos lábios.

“Sei lá o senhor é o filho do patrão e também tem outro detalhe...”

“Que detalhe?”

“E daí?” Disse-lhe com certa apreensão.

“O senhor é padre, e sempre tenho respeito por quem é padre.”

“Hum... Relaxa Miguel, ainda não sou padre, estou perto de me torna padre. Sou apenas um franciscano. Tento ser apenas um franciscano.” Ri e continuei olhando para Miguel tentando convencê-lo a me tratar como qualquer pessoa.

“Ok Taumaturgo se você quer assim, assim será.”

De repente Miguel passa sua mão direita na minha cabeça. Senti algo novo dentro de mim. Como um homem tão grande, um armário pode ser ao mesmo tempo tão terno. Sentia-me acariciado por ele, mesmo nesse pequeno gesto. Por outro seu jeito tranqüilo e próximo também iam sem querer alimentando esperanças dentro de mim. E sempre me pegava, indagando-me sobre o porquê dele me chamar de anjo naquele incidente na fazenda.

A viagem ia transcorrendo na mais perfeita harmonia, provavelmente a noite iríamos chegar a Barretos. Lá Miguel iria participar de rodeios e também iríamos comprar produtos agrícolas e alimentação para suprir as necessidades da fazenda.

“Sabe Taumaturgo sou um cara muito sozinho. Quase nem tenho amigos, ou melhor, não tenho nenhum amigo. Procuro apenas me dedicar as atividades da fazenda. Sou do tipo muito comprometido, talvez com isso, eu tento preencher o tempo. Sabe como é mente vazia, oficina do diabo.”

“Entendo Miguel, mais o que depender de mim você nunca mais estará sozinho. A partir de hoje quero ser o teu melhor amigo.”

“Valeu Taumaturgo, mais sou muito respeitoso.” Falou-me olhando em direção ao horizonte.

Na verdade quando lhe falei isso queria dizer que iria ser mais que seu amigo, seria o amor de sua vida. Faltou-me coragem. Afinal nem o conheço direito. Não tenho tanta intimidade com ele. Mais meu coração pula ao escutar a sua voz. O meu ser treme quando sinto o seu cheiro. Parece que fico sem chão. Na verdade ainda não estava entendo o que se passava comigo. Por que estava sentindo tudo isso por ele. Afinal ele é hetero. Como posso gosto de cara que não curte homem?

Como estava tudo calmo sem muito papo, afinal Miguel procurava ficar atento à estrada. Resolvi colocar um sonzinho pra animar um pouco a nossa viagem, peguei no porta-luvas e encontrei o cd da dupla: Victor e Léo. Coloquei o cd pra tocar e fiquei encantado com a música que escutava da dupla...

‘Lareira pra acender,

Um céu pra se olhar

E tudo está tranquilo por aqui

Você vai me vencer,

Eu vou me apaixonar.

Não há mais o que decidir.

Dos nossos lábios todas as palavras

Nada dizem

Aos nossos olhos tudo que já vimos

Foi vertigem

E é tudo tão real

Mas nada normal

Te lembro e já me sinto ao seu lado,

No seu mundo

Me identifico com você de um jeito

Tão profundo

E é tudo tão real

Mas nada normal

Você vai me vencer,

Eu vou me apaixonar.

Não há mais o que decidir.

Dos nossos lábios todas as palavras

Nada dizem

Aos nossos olhos tudo que já vimos

Foi vertigem

E é tudo tão real

Mas nada normal

Te lembro e já me sinto ao seu lado,

No seu mundo

Me identifico com você de um jeito

Tão profundo

E é tudo tão real

Mas nada normal.’

Como estava meio sonolento cai no sono enquanto Miguel ficava de olho na estrada. Em dado momento Miguel passa a mão na minha cabeça e me acordo com isso.

“Hei! Moço acorda, dorminhoco!”

“O que houve Miguel?”

“Estamos em Barretos, você dormiu durante o restante a viagem.”

“Foi mesmo?”

“Sim talvez a minha companhia não fosse tão animadora, risos.”

“Para com isso Miguel, sempre você será a melhor companhia.”

“Vou parar o carro aqui e vamos ficar aqui nesse hotel.”

“Tranquilo mano.”

Entramos no hotel para verificarmos os quartos claro, cada um ficaria no seu quarto tendo em vista que não temos nada em comum. No entanto na recepção fomos avisados que todos os quartos estavam com hóspedes, sobrando apenas um com duas camas. Miguel olhou pra mim e eu disse que estava tudo bem, fazer o que né. Afinal a cidade estava tomada de gente de fora, pois todas às vezes que se tem rodeio na cidade, a mesma fica pequena pra tal mundaréu. Fomos pro quarto e começamos a fazer os planos daquela noite.

“Hoje a noite tem rodeio podemos ver o que acontece lá. Mais amanha vou participar de uma competição, sempre procuro participar.”

“Então você um competidor?”

“Tento fazer o possível, risos. Mais sou tranqüilo. Gosto mesmo de participar. Você vai me ver em cima de um touro amanha? Quem passar maior tempo sobre leve ganha o torneio.”

“Hum vou sim, claro. Mais você não tem medo? Sei lá não é perigoso?”

“É sim mais tudo nessa vida é perigoso não é verdade. Viver já é um grande perigo. Afinal podemos passar por ele sem ter experimentado muitas coisas.”

“Você fala isso por experiência própria né?”

“Procuro ser um cara que faço da vida minha professora. Todos os dias aprendo alguma coisa com ela e com as experiências que acontecem comigo.”

“Interessante, além de ser o melhor peão da região, você também é homem sábio.”

“Dá pro gasto meu amigo.”

“Bom vamos para de conversa fiada e vamos nos arrumar afinal hoje e a noite promete.”

Então fiquei no quarto enquanto Miguel foi tomar banho. Enquanto caia a água do chuveiro, fiquei na cama apenas imaginando-o pelado. Não resisti à tentação e fiquei meio que escondido o vendo tomando banho. Nossa passei mal. Que corpo espetacular ele tinha. Um belo homem pra ninguém botar defeito. E também não podia deixar de nota a sua rola. Que rola. Na hora que o vi tomando banho fiquei cheio de tesão na hora e logo o meu corpo começou a sentir algo especial e o meu pau ficou duro. Como não sentir tesão vendo aquele deus grego tomando banho diante de você. O chato era o meu medo. Como eu queria está no boxe do banheiro com ele. Deixando-me envolver naquele corpão de macho. Não podia esconder que ele me deixa com água na boca, meu cuzinho está piscando com desejo na benga do macho em questão. Queria ser cada gota de água escorrendo pelo seu corpo. Que peitoral. Se pudesse ficaria mamando nele que nem um bezerrinho. Suas coxas grossas, nelas eu iria ficar no seu colo todos os dias. Sem falar de sua bunda, bem carnuda. Não sou ativo, sou passivo. Mais o que é bonito é pra ser admirado. Perfeito em tudo. Quando percebi que ele estava terminando seu banho voltei rapidamente para a cama.

Fiquei de bunda para cima; lógico pra dá aquela provocada no macho. Afinal se não temos papo, vamos apelar pra outros predicativos, e, diga-se de passagem, sou um cara que tem uma bunda fenomenal. Ela é grande, branquinha e redondinha. Qual macho não iria dá uma olhadela nem que seja por alguns instantes. Mas depois que ele saiu do banho senti que ele ficou certo tempo na porta do banheiro olhando na minha direção. Logo ele quebrou o silencio.

“E aí macho, não vai tomar banho?”

“Vou sim mano, estava apenas esperando você sair, afinal não dá pra tomarmos banho juntos, risos.”

“Por que não! Por mim estou de boa mano. Não tenho problema com a minha sexualidade, risos.”

“Hum!”

“Claro afinal acredito que seria banho entre dois amigos.”

“Ok! Vou tomar meu banho.”

Depois que nos arrumamos. Fomos para o local de rodeios. Afinal aquele ambiente era novo pra mim. Mesmo sendo da região poucas vezes tive contato. Sempre fui caseiro e nestes tempos estava no convento. Não posso me esquecer que ainda sou franciscano, apenas pedi um tempo para refletir sobre a minha vida. Miguel foi sempre solicito me mostrando cada parte do rodeio. Como eram as competições. Eu me mostrava sempre atento as suas colocações. Nem poderia ser diferente. Quem na vida não teve um amor platônico por um cara, em que se contentava apenas em ficar admirando, sem ao menos expor seus sentimentos e tão pouco tentar algo mais ousado, até mesmo um sexo, nem que fosse uma rapidinha? Tocar o macho dos seus sonhos, beijá-lo, sentir o seu cheiro, hum. Vamos parar por aqui, porque estou à flor da pele por causa do Miguel.

“Taumaturgo vou até aos outros peões para ver como estão as coisas por aqui. E também saber um pouco da competição de amanha.”

“Tudo bem Miguel, eu te aguardo aqui, ok.”

“Procure não se afastar muito afinal não quero perder você de vista.”No outro ponto do rodeio

Sem percebermos estávamos sendo observado de longe por um peão. Ele chama alguém que já conhecia Miguel e indagou:

“Você sabe quem é o cara que está junto com o Miguel?”

“Dizem que o rapaz se chama Taumaturgo, o filho de seu Fernando, o dono da Fazenda Paraíso.”

“Valeu ai mano pela informação.”

“De nada mano. Vou indo...”

Depois que o rapaz que informara sobre quem seria o tal moço em questão... o estranho ficou ali somente de olho em Taumaturgo e MiguelEnquanto Miguel se afastou de mim. Fiquei encostado no cercado próximo a mim pra continuar apreciando tudo o que acontecia em minha volta. Passou um moço que vendia algodão doce e resolvi comprar. Escolhi a cor azul, minha preferida. Estava distraído vendo a gurizada brincar na roda gigante quando alguém toca no meu ombro direito.

“Olá! Estava aqui passeando e notei que você está sozinho.”

“Oi, mas não estou sozinho, apenas meu amigo está de conversa com conhecidos dele.”

“Entendo.”

“Sim qual o seu nome?”

“Ops, como fui mal educado, sou André, um dos peões da fazenda dos Silvas!”

“Prazer!” respondi-lhe dando umas engolidas no meu algodão doce.

“O que traz o senhor por essas bandas daqui?”

“Vim acompanhar o Miguel pra umas compras de mantimentos e também para o rodeio.”

“Sei, o Miguel?” Falou-me com certa tristeza e continuou: “Espero que você goste de tudo aqui. Amanha vou participar também do rodeio.”

“Que bom espero que você tenha sorte na sua apresentação!”

“Espero que sim, mas o Miguel é o melhor peão da região. Quando se concorre com ele sempre se fica em segundo lugar.”

“Então você é bom na montaria, André?”

“Tento sempre me superar quem sabe um dia não vença do Miguel, risos.”

Nesse momento chega o Miguel. E noto que os dois não se bicam. Percebi que André ficou calado com a aproximação de Miguel. Então André diz: “Vou nessa!”

“Por que a pressa André?” Disse Miguel a André.

“Tenho que resolver umas coisas.”

“Tudo bem. Amanha vou participar do torneio.”

“Sei disso, vê se não vai cair da montaria, risos.” Quem sabe eu não consiga o primeiro lugar. Dizendo isso André se foi em meio à multidão.

“Taumaturgo, o que o André queria com você?”

“Nada apenas veio ter um dedo de prosa comigo. Por quê?”

“Por nada apenas não gosto muito dele, sempre o achei meio arrogante. Quer ganhar a qualquer custo. Sempre se mostrou combativo em tudo.”

“Pensava que vocês fossem amigos?”

“Sou amigo de todos em qualquer lugar, sou da paz. Violência pra mim somente em última instancia. Mais sei que o André não vai com a minha cara. Principalmente depois que me tornei o braço direito do teu pai. Sinto nele um pouco de inveja. Mais não tive culpa apenas procurei mostrar serviço. Não tenho culpa se o seu Fernando gostou de mim... e também por outra coisa que aconteceu no passado, mais deixa pra lá...

“Você sentiu de ciúmes de mim, Miguel?”

“Um pouco, afinal tenho ciúmes de tudo que é meu, até dos meus amigos, risos. E você é meu amigo agora. Bom, vamos continuar o nosso passeio. Quero te mostrar algumas coisas.”

“Tudo bem peão, o senhor que manda, risos.”

“Esse meu anjo é muito engraçadinho... percebi que você estava de olho na roda gigante. Vamos brincar um pouco nela?”

“Miguel tenho que te confessar uma coisa tenho medo de altura.”

“Sério?” Perguntou Miguel coçando a cabeça.

“Sim”, respondi-lhe meio aflito com a proposta.

“Não se preocupe, Taumaturgo, vou cuidar de você.”

“Jura mesmo, olha lá, hein!!!”

Chegamos à bilheteria e Miguel comprou nossos ingressos para a roda gigante. Ficamos na fila esperando, na próxima rodada iríamos ser os próximos, senti um frio na barriga. Mais como Miguel disse que iria me proteger, confiei. Não sei o porquê mais tenho uma grande confiança no Miguel. Finalmente chegou a nossa vez. Assentamo-nos no banco. Tive vontade de pegar na mão do Miguel, mais não podia. De fato não estávamos sozinhos. Quando chegamos ao topo a roda parou. Ufa! Que medo. Miguel apenas ria de mim. Continuamos descendo, mesmo com medo não podia deixar de notar o quanto é boa a sensação da queda daquela altura. Quando foi na segunda volta não aguentei e comecei a gritar que nem um louco. Logo Miguel tomou a minha mão. Olhei-o atentamente e percebi que realmente podia confiar nele. Após isso não senti mais medo. E brincamos até terminar as ultimas voltas. Quando saímos da roda gigante, senti um pouco de tontura afinal nunca tinha brincado numa.

“Taumaturgo, o que você acha da gente beber um pouco, tem um barzinho aqui próximo.”

“Tudo bem!”

“Esqueci de uma coisa?”

“O que?”

“Você é padre! E padre não bebe, risos.”

“Deixa de tolice homem. Padre é como qualquer outra pessoa. Come, bebe, dorme, ama.”

“Ama? É.”

“Sim claro todo ser humano tem um coração e esse coração busca amar e ser amado.”

“Bom saber disso meu anjo. Quem sabe eu não encontre alguém para amar.”

“Quem sabe esta pessoa não esteja mais perto de você que nem mesmo imagina.”

“Mais vamos parar de conversar e vamos beber um pouco.”

“A noite promete né Miguel?”

“Quando se está bem acompanhado sim.”

“Hum...”

Continua...

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Comentários

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Está esquentando e o clima de romance está no ar!!!! Nota máxima!!!!

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Muito bom! E essa de anjo eu ja manjei! Rsrs :p

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Ja comentei na primeira parte e gostei da narrativa. Espero ansioso a continuação rsrsrs

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