Dreams of Californication - Cap 02

Um conto erótico de Edgar
Categoria: Homossexual
Contém 1219 palavras
Data: 28/06/2013 21:41:34
Assuntos: Gay, Homossexual

Pessoal, obrigado a quem leu o Cap01! Espero que gostem desse novo capitulo =)

================

Chateado e me sentindo culpado, desliguei o meu computador, fiz minha higiene e deitei no beliche de cima, a qual foi designada para dormir. Tom já havia deitado há muito e estava lendo um livro qualquer.

Uma vez deitado, comecei a lembrar de tudo o que eu havia deixado para traz e não consegui conter um choro. Tom, percebendo isso, deu uma batidinha de leve no fundo da minha cama e disse:

- Tudo certo, cara? – Ele perguntou amigavelmente.

- Ta sim cara. Só sentindo saudade do que eu deixei pra trás... – Tentei engolir o choro em vão.

- É.. Acho que parte do intercambio é isso. Saber separar o antes e o depois. Amanhã é primeiro dia de aula. Você vai ver como as coisas serão bem melhores – Tom estava certo. O problema é que as vezes o “Antes” é mais forte do que você, e uma parte sua sempre fica lá.

Mas resolvi tentar esquecer isso de fato. No outro dia minhas aulas dariam inicio e eu queria estar disposto. Virei para o lado e dormi.

Acordei com meu despertador as 6 da manhã. Por sorte não acordou Tom.

O clima estava frio. Coloquei uma blusa e fui para a cozinha tomar meu desjejum. Chegando lá, Sr. E Sra. Smith estavam sentados à mesa e me olharam assustado quando eu entrei.

- Não está conseguindo dormir querido? – Sua pergunta era um tanto quanto estranha.

- Com certeza consigo dormir mais... Mas temos aula hoje – Ela e Fred trocaram olhares risonhos e o Sr. Smith completou:

- Ah.. Edgar, não se comentei, as aulas essa época começam as 9 am. Eu li em algum lugar mesmo que no Brasil as aulas eram as 7am. Isso é tortura com os alunos. Volte a dormir – Nessa hora me senti aliviado! Eu tinha mais duas horas inteiras para dormir. E de fato fiz isso.

Quando eu voltei para o quarto, Tom estava acordado com seus cabelos negros bagunçados e olhos verdes me fitando com cara de sono.

- Perdi a hora?

- Não, não... Eu acordei cedo. Ainda são 6am – Antes de eu acabar de falar, ele já estava dormindo de novo.

Tentei dormir, mas não consegui. Estava ansioso demais para saber como seria minha nova escola.

A hora chegou, eu e Tom levantamos, tomamos café e nós aprontamos. Vi Tom sem camisa e é impossível não notar em seu belo corpo de atleta. Pelo que eu entendi, ele é do time de futebol americano da escola onde estuda. Ops.. Estudamos..

Fomos andando mesmo. Era bem perto.

Chegando lá tive uma surpresa agradável. Era essas típicas escola americanas. Um gramado verde na entrada. Um letreiro dizendo “Brockeneck High School”. Várias jovens chegando. Fiquei observando por um tempo até Tracy me acordar.

- Vamos Edgar. Vai se perder aqui em! – Ela deu uma risada gostosa e eu uma risada sem graça.

Tracy me apresentou para algumas amigas. Algumas me olharam com cara de interesse, outras curiosidade, outras apenas indiferença. Elas eram bonitas, gente boa, mas nenhuma me interessou. Entretanto, Tom também me apresentou para alguns amigos.

Esses sim eu me interessei. Eles eram três, além de Tom. Mark era o mais gato dos três. Tinha um corpo definido, pele branca, olhos verdes e cabelos caramelos. Rodrick era, dos três, o mais gente boa. Tinha os cabelos curtos, castanhos, da mesma cor dos olhos, pela clara também. Corpo também definido. Por ultimo, o Führer. É claro Führer era um apelido. Seu nome eu não sei, mas ele era alemão ariano, originando o apelido.

Todos eles estavam de calça jeans e moletom do time de futebol. Todos eles com corpasso, dava pra ver mesmo com moletom.

- Esse é o cara que você falo, Tom? – Mark perguntou me olhando de cima em baixo.

- É sim.

- Edgar, joga futebol americano? – Agora quem perguntou era o Rodrik.

- Nem jogo.. Lá no Brasil não tem isso... – Ele fizeram cara de estranhamento. Para eles, onde o futebol americano fazia parte do dia a dia, um lugar onde as pessoas nem sabem o que é, é estranho.

- A gente te ensina a jogar!

Nesse momento o sinal tocou e as pessoas começaram a ir para suas salas. Só então eu percebi que eu não sabia onde era minha sala.

- Qual a sua sala, Edgar? – Era a Tracy perguntando.

- Ãnh.. Nesse papel fala A-32. Onde é A? Onde é 32? – Perguntei confuso.

- “A” é o bloco. Na escola tem 4 blocos. 32 É a sala. Por sorte é a minha. Vamos lá!

Segui a Tracy com uma outra colega dela, a Jenny. Ela é uma das interessadas por mim. O tempo inteiro ela me dirigia “olhares 43” e perguntava sobre minha vida no Brasil.

Chegamos a sala. O professor me olhou com uma expressão diferente no rosto. Era aula de história.

- Edgar, bem vindo a classe. Espero que goste!

- Obrigado, professor!

Alguns alunos que me olharam com interesse, outro com indiferença, mas muitos foram amigáveis.

O primeiro dia na escola nova foi bem tranquilo. Fiz vários amigos. Expliquei 1000 vezes que: não, eu não durmo com macacos. Não é carnaval o ano inteiro. Sim, o Brasil ainda é bom em futebol. Não, nunca vi o Neymar. Sim, lá tem gente inteligente.

Mas dentre todas as pessoas que eu conheci, a mais interessante foi Jonh Goulart. Não só pelo nome parecer a de um ex-presidente brasileiro, mas por ele em si.

Na hora do intervalo, eu estava sentado em um banco conversando com duas garotas quando um cara, de altura mediana, expressão serena, cabelos ruivos e olhos castanhos se aproximou, com um violão dedilhando alguma canção.

- Você deve ser o famoso Edgar Santiago, brasileiro, abençoado por Deus e bonito por natureza... Jorge Ben Jor – A pessoa fez uma referencia com a cabeça e me deu um sorriso.

As meninas ao meu lado riram e trocaram dois olhares matreiros.

- Você conhece Jorge Ben Jor?

- Tropicalia e Bossa Nova brasileira são fantásticas. Aliás, Jonh Goulart – Nos cumprimentamos e ele saiu dedilhando uma outra musica.

- Esse cara é meio locão não é? – Perguntou.

- Sim.. É sim. Mas é um dos mais queridos da escola... – Uma das garotas completou.

O resto do dia foi bem tranquilo. Fred me buscou na escola, pois Tom ficaria até mais tarde no colégio treinando.

Uma vez em “casa”, coloquei uma música no meu notebook e fiquei revisando a matéria vista em sala. Quando eu estava em meus devaneios, pensando em como estaria o Brasil, Paloma entrou no quarto.

- Edgar... – Olhei assustado para ela. Com certeza era por causa da música.

- Desculpa, já desliguei a música...

- Na verdade, o Fred quer saber qual cantor é esse, só que ele não queria te interromper – Ela completou

- Ah.. Fala pra ele que é Engenheiros do Hawaii, umas das minhas bandas favoritas.

- Ele também quer saber se você pode colocar a musica mais alta – Ela deu um risinho e completou – Aqui a gente tem o costume de colocar uma musica a noite. E ele gostou do “Engenheiros do Hawaii”.

Emprestei meu pen drive para ela, e logo o som do EngHaw se espalhava pela casa. E assim ficou até a noite. Tom e Tracy chegaram e nós cinco, após o jantar ficamos na sala conversando sobre assuntos aleatórios.

Por fim, exausto devido ao primeiro dia, fiz minha higiene e dormi.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive leoaraujo a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Escrita fantástica, simplesmente viciante. Nota 10 é claro.!!

0 0
Foto de perfil genérica

Nossa simplesmente viciante e eu amando cada vez mais.

0 0