Vagalumes 02

Um conto erótico de Orlando2711'
Categoria: Homossexual
Contém 1216 palavras
Data: 27/06/2013 02:07:21

A minha vida nem foi fácil e nem difícil. Posso dizer que tive tudo o que quis e nunca passei nenhuma dificuldade financeira, sempre estudei em colégios particulares isso porque meu pai não gostava do modo de ensino da instituição pública. Se fosse pela minha mãe eu teria estudado desde o princípio em colégio público. Mas essa minha condição não me fez tornar uma pessoa fútil, besta ou interesseira. Ao contrário sempre fui na minha, nunca me misturei muito com os meus vizinhos, o que me fez ganhar a fama de besta ou de filho da dona da rua por não gostar de certas coisas que se fazia por ali.

O ponto é que, estudando em colégio particular você querendo ou não tem acesso a outro mundo, outra realidade, que era totalmente diferente a minha. Meus amigos sempre foram financeiramente melhores que eu e isso nunca me incomodou. Sempre sai com eles para os cantos mais badalados de Fortaleza, bares , boates ou até mesmo privês. Conheci muitas pessoas de boas e más índoles, ricas e pobres e confesso que com meus amigos fiz de tudo que possam imaginar. Bebi, fumei e usei drogas, isso mesmo, admito que isso não é uma coisa bonita de se falar ou escrever mas já que to aqui porque esconder né?

Lembro muito bem de uma festa que fui com meus amigos, usei umas coisas que nem recordo mais o nome, uhaushauhsuahshauhsuahsuhaushuahsuahsuahsu, fiquei LOST. Não sabia onde eu estava e nem muito bem com quem, e foi nessa mesma festa que o Vinicius me contou que era gay. Nunca, até então, tinha desconfiado dele. O Vinicius e o tipo comum de playboy que vocês podem imaginar: alto 1,84 branco, loiro dos olhos claros, não malhava mas sempre teve um corpo bom e andava numa BMW que o pai dele tinha dado a ele ao completar seus 18 anos. Enfim... rico era pouco pra ele, e isso nunca o fez menosprezar os desfavorecidos ou humilhar alguém, o que fazia com que eu gostasse dele.

Mas uma coisa me importunou durante aquele meu sono. Aquele babaca lá da boate, falar das minhas roupas como eu deixei alguém falar assim comigo? Quem era ele pra sair por ai tratando as pessoas assim? Sério gente odeio pessoas que se acham melhores que outras só porque tem algo, sinceramente isso é ridículo. Acabei acordando com o Vinicius me chamando pra tomar banho e café.

- Vem acorda logo se não a Rita, empregada da casa, tira o café e você fica mais magro ainda.

-Pera man, deixa eu dormi mais um pouco.

- Não macho, não da mais. Levanta que tá todo mundo ai embaixo.

Ele sabe que quando seus pais tão em casa, eu sou o 1º a acordar. Nunca fui um folgado a ponto de estar na casa dos outros e ficar dormindo até tarde, ao contrário dele que quando vai lá pra minha casa dorme até o outro dia se deixar. Parei pra notar o volume que ele tinha na cueca e ele percebeu.

- Quando quiser, sabe que ele é seu. Falando isso pegando no seu pau.

- Deixa de frescura man.

-Ei, falou isso me puxando pelo braço, o que eu disse ontem é verdade viu.

- Tu tava bebo man, não falava coisa com coisa e acabou falando isso.

- Victor (esse é meu nome hehe), nunca falei algo tão serio na minha vida. Nunca ouviu falar que o que se fala bêbado e verdade, que a pessoa não tem coragem de falar sóbria?

-Man, o que tu viu em mim? Não sou nem um pouco parecido com os caras que tu pega, ou namora as encondidas, pelo contrário sou magro, feio, alto, sem jeito e tu veio se apaixonar justo por mim?

-Não to afim de corpo, rosto... Se fosse assim não teria falado aquilo tudo pra você. Eu to afim do cara que me faz rir das besteiras que diz, que me encantou pelo sorriso sem graça que deu assim que entrou no colégio após levar uma senhora queda na frente de todos, to afim do cara que passou madrugadas em claro comigo me ensinando a matéria da prova, do cara simples e honesto que eu sei que é.

Isso ele falando e acariciando o meu rosto quando de repente a mãe dele entra no quarto sem se anunciar.

- Meninos, vocês não vão mesmo tomar café? Olha que saco vazio não para em pé.

Na mesma hora ele disfarça e eu viro pro outro lado, dizendo que já ia fazer isso, dei um bom dia a ela que me parabenizou por ter passado no vestibular. Foi até bom ela ter chegado, porque eu sei no que ia dar, nós íamos nos beijar, talvez transar e depois eu não teria coragem de olhar mais na cara dele, acabando assim com a nossa amizade.

- Da próxima tu não me escapa Vic.

- Não vai ter outra próxima vez vini.

- Oxe, por que não? Você tava querendo, eu vi e percebi isso.

- E depois man? Como a gente fica? Eu não teria mais coragem de olhar pra tua cara.

- Ah man, desencana. A gente dá um jeito.

- Jeito? Que tipo de jeito? O teu erro é sempre fazer as coisas no impulso e isso acaba fazendo com que se ferre depois.

- Não fala assim, tu sabe que isso não e verdade.

- Como não? Me diz ai, quantos relacionamentos seus duraram mais que duas semanas? Quantas vezes eu fui contigo a joalheria comprar uma aliança pro cara da vez? Nós sabemos que isso não vai dar certo, e eu não quero estragar a nossa amizade.

- Para com isso man,

- Não man, para você.... quer saber? Vou embora, mais tarde a gente se fala beleza?

- Pera ai, vai ao menos tomar café?

- Não, vou pra casa, almoço lá.

- Oxe então te levo pra casa, bora.

-Melhor não, pego um ônibus ou vou a pé.

- Tá louco? Ir a pé?

- Man é minha casa e bem ai, e fim de papo já vou.

Me virei e fui em direção a porta, quando sinto sua mão me puxando, e sua boca encostando na minha, sua língua invadindo o espaço da minha seu beijo era afoito, parecia que seria o ultimo que ele ia dar em alguém e confesso que me entreguei a ele, mas, acordei do transe e fui embora, dei tchau aos seus pais e chamei o elevador. Quando entro nele, encontro o cara da boate, ele fica surpreso comigo ali e logo puxa assunto.

- Veio visitar a mãe no emprego?

- Tu poderia ficar calado man, serio mesmo. Eu achava que conhecia alguém que falasse tanta merda assim mas tu superou. E pra sua informação to indo pra casa, dormi na casa de um amigo.

-Sei, não sabia que gente assim como você tinha amigos aqui.

-Pois eu tenho e faz um favor vê se me erra man.

Cheguei no térreo desci e ele ficou, ia pro subsolo do edifício, falo com o porteiro e vou pra parada, esperar meu ônibus afinal ir a pé pra casa com o sol daqui não e pra qualquer um, fico esperando quando dou por mim uma camionete para e abaixa o vidro, sim era ele, o cara que discuti duas vezes...

Mais um capítulo... to escrevendo sem parar rs

Espero que gostem. (vic-papicu19)

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