Brian & Alex CAPÍTULO CINCO – Bem-Vindo?/CAPITULO SEIS – Lugar Errado

Um conto erótico de Bruno
Categoria: Homossexual
Contém 2935 palavras
Data: 24/06/2013 19:11:41
Assuntos: Aviso, Gay, Homossexual

Então gente aqui esta o aviso: Eu rê-li minha história e acabei não gostando tanto. Eu tinha 12 ANOS quando escrevi ela e, como vocês sabem, passar por desilusões amorosas é fod@. Por isto, vou postar dois capítulos por vez para acabar mais rápido e assim postar outro conto mais "maduro" ok? Bjos!

CAPÍTULO CINCO – Bem-Vindo?

- Por que você não me contou antes? – perguntava Caroline.

- Porque eu pensava que você iria achar estranho. – respondia Brian.

Esta foi a conversa mais curta que os dois tiveram na amizade. Depois disso, Caroline bateu a porta com tanta força que parecia que ela queria derrubar a casa.

- Você esta bem? – perguntou Alex quando Brian entrou novamente no carro.

- Eu estou.

Alex olhou para ele mais uma vez.

- Ela vai contar pra alguém? – perguntou ele.

- Não, ela não vai! – respondeu Brian rudemente, até mais do que o necessário.

Os dois não trocaram uma palavra se quer até chegarem à escola. Brian ficava de cabeça baixa e Alex olhando pra frente.

Quando chegaram, Alex já não suportava mais o silêncio que o incomodava tanto.

- Só estava preocupado... Com você. – disse ele para Brian.

- Você se preocupa demais não acha?

Não disse nada em resposta. Era impossível de se acreditar que um garoto com um rosto tão agradável era capaz de soltar os cachorros desta forma.

- Você acha que eu me preocupo demais?

- Sim, acho.

- Então vou parar de ser idiota, fico me preocupando demais com alguém que não merece. Adeus. – Deu meia volta e entrou no carro novamente, mais só ficou lá, parado.

Brian parecia realmente não se importar. Não moveu um centímetro para ver para onde Alex foi, continuou olhando para o chão. Colocou os fones e começou a ouvir musica, ignorando os comentários alheios.

Estava acabando o primeiro tempo quando Alex saiu de dentro do carro e foi para a aula. Não estava chorando, muito menos triste. Tudo o que sentia era raiva. Entrou sem nem se apresentar ao diretor explicando o motivo do atraso.

Conhecia Brian menos de uma semana e já estavam brigando. Quando chegou à sala todos o olharam como se fosse uma pessoa nojenta – ou era apenas coisa da cabeça dele. Para seu alivio não tinha aula junto com seu “namorado”.

- Sente-se. – disse um velhote que todos eram obrigados a chamar de Professor.

Todos os olhares foram seguindo-o até chegar a sua mesa.

- O que foi?! – gritou ele em tom suficiente para todos o olharem mais estranho ainda.

Rapidamente os olhares sumiram e agora a única coisa que podia fazer era ficar quieto e não fazer nada.

Terceiro tempo. Momento de Caroline e Brian se encontrarem. Bem, era assim antes de terem brigado. Do mesmo jeito ele desceu e foi para o pátio.

Estava tudo uma completa solidão agora sem Caroline ou Alex. Sem vontade alguma de ficar parado começou a andar dando voltas. Sem perceber estava pensando em ninguém mais que Alex. O que deu em mim pra poder gritar com ele daquele jeito? Por que fui tão rude? – pensava.

- Cuidado pra não bater a cabeça. – disse uma voz.

Olhou para cima e viu um garoto, não se lembrava de conhecê-lo.

- Te conheço? – perguntou sem a menos ter vontade de ser legal. O garoto tinha olhos azuis, tão azuis quanto o céu, tinha a pele clara sem imperfeição alguma, os lábios rosados mais não ao extremo. Ele era... Perfeito.

- Não, eu acho. A não ser que nós já bebemos juntos. Nós bebemos? – perguntou sorrindo.

- Não que eu me lembre. – e sorriu de volta.

Parecia que o garoto estava analisando também.

- Eu sou Denis Scott, aluno novo aqui. Mudei-me faz pouco tempo.

- Brian. Brian Smith. – disse em resposta querendo causar uma boa impressão desta vez.

O nome deste garoto não era estranho para Brian, pensava e pensava mais nada de se lembrar. Então resolveu deixar de lado.

- Prazer em conhecê-lo. – e estendeu a mão para Brian. - Estou feliz porque você é a primeira pessoa que tenho contato nesta escola, que, aliás, é enorme.

- Você se acostuma. – e estendeu também. Deram um rápido aperto e soltaram-se.

- Espero que sim. – disse Denis. - Você sabe onde fica a sala dez?

- Segundo andar.

- Obrigado. – e saiu.

Denis até que é bonito. – pensou Brian por um segundo, ou dois, ou três.

Percebendo que não veria Caroline por ali, voltou para a sala sem se preocupar com nada. Foi até seu armário e guardou seu Ipod antes ir.

Alex continuava olhando para frente sem expressão alguma no rosto. Continuava com raiva. Estava cansado de mais para responder a alguma pergunta se quer. Estava nervoso, mesmo não se importando, queria saber como Brian estava.

- Expliquem em detalhes sobre a segunda guerra. – dizia o professor.

Todos – menos Alex – fizeram um som de desgosto. Ele não precisaria de esforço para fazer a redação. Seu celular vibrou dentro do bolso de sua calça e ele pressionou Abrir.

Eu voltei! – D’.

Quem era D’? Alex definitivamente não se lembrava de quem era.

- Novo? – ele ouviu o professor falando.

- Sim. – respondeu a voz de um garoto que Alex reconheceu de imediato. Não precisou nem das informações do professor para saber quem era.

- Pessoal esse é Denis Scott, ele é novo, espero que sejam gentis com ele.

E todos da sala riram.

Lindo!- disse uma garota perto dele.

Atreveu-se a olhar para cima só para ter certeza de que não era apenas mais algum engano, mais pelo seu azar era totalmente o que ele pensava.

Será que o dia pode piorar? –pensou. - Já não teve o suficiente por hoje?

Só depois que Brian entrou na sala se deu conta de que ainda era cedo demais, e que os encontros entre ele e Caroline eram apenas pelo fim do terceiro tempo.

- Não me importo. – disse ele.

- Com o que o senhor não se importa? – perguntou a Sra. Sutts.

Brian ficou constrangido quando notou que falou em voz alta.

- Nada. Desculpe.

Voltou para sua mesa e ficou quieto mais uma vez. Não tinha nada o que dizer de qualquer maneira.

Denis é lindo - pensou ele. – Talvez mais perfeito que Alex, ou qualquer um por aí. Que droga, o que eu estou pensando?!

Mesmo que não quisesse não tinha outro jeito. Denis é lindo sim, mais ninguém poderia substituir aquilo que sentia por Alex.

Droga, Droga, Droga- ficava repetindo Alex em sua cabeça.

Ele ficou preocupado com Denis – o garoto novo – Que pra ele não era nada de novo. Pra sua felicidade Denis sentou-se do outro lado da sala, mais mesmo assim era incapaz de evitar os olhares que vinham e iam de um lado para o outro.

Parecia que ele estava provocando Alex. Mais uma vez sentiu o celular vibrar no seu bolso.

Vai ficar só olhando Alex?

Antes vc era divertido, o que aconteceu? – D’

- Denis? – ele se perguntou cochichando.

Olhou para o lado mais uma vez e no rosto de Denis tinha um belo sorriso capaz de seduzir qualquer um, e reparou também que seu celular não estava no bolso, esava em suas mãos.

Escola finalmente tinha acabado. Brian não viu Caroline durante o intervalo e nem sinal de onde Alex estava, e muito menos do garoto Denis. Ficou sozinho o tempo inteiro sem se importar.

Andou até o estacionamento, seu braço ainda estava quebrado por isso dependia de Alex para voltar. Para ele ainda estavam brigados ate que se prove o contrário, então decidiu ir andando mesmo. Seria uma longa caminhada de no mínimo vinte minutos, mais se estivesse ouvindo musica poderia ser um pouco menos demorado.

- Droga! Esqueci o Ipod no armário! – disse para si mesmo.

Voltou para buscá-lo.

- Serão mais dez minutos depois desta. – disse de novo.

No caminho encontrou Caroline sozinha, felizmente, e estava chorando de uma maneira incontrolável, parecia que só faltava ela pra sair da escola, o corredor estava vazio por completo, e quando ela percebeu onde Brian estava indo o bloqueou.

- Acho melhor você não ir pra lá. – disse ela enxugando as lágrimas.

- Pensei que você estava brava comigo. E por que você está chorando?

- Pois é, até estava no começo, mais era só por que você não tinha me contado nada antes. – disse ela sem responder a pergunta que ele fez.

- Desculpe-me, mais de qualquer maneira tenho que pegar meu Ipod.

- É serio Brian, não é que estou querendo ser chata ou coisa assim, só não quero que você vá pra lá.

Ele não resistiu e passou pelo lado dela sem dificuldade alguma e começou a correr só por precaução. Faltavam poucos metros para chegar até seu armário, quando enfim chegou não tinha nada demais por lá, e Caroline ainda não tinha o alcançado.

Ouviu um barulho vindo do laboratório de química, que era ao lado do seu armário.

- Sabia que você não ia resistir. Você sempre gostou de mim. – ele ouviu.

Não houve respostas. Brian com curiosidade espiou pelo pequeno vidro da porta e teve vontade de se matar quando percebeu o que estava acontecendo.

Entrou na sala e empurrou a porta com muita delicadeza e tirou uma foto. Sem fazer barulho algum, não queria demonstrar que estava chorando. Quando salvou a imagem saiu e bateu a porta com força suficiente para chamar atenção.

Alguém bateu a porta com força. Alex tinha certeza de que alguém os viu.

- Me largue! – berrou ele afastando ele de perto.

- Não. – disse o garoto.

Alex mordeu os lábios dele que rapidamente se afastou, e começou berrar de dor.

- Seu... - começou a dizer ele mais parou quando percebeu que besteira ia falar.

Denis começou a se contorcer, parecia que Alex tinha cortado a boca dele. Sem demorar muito, pegou suas coisas e saiu correndo para fora da salaCAPITULO SEIS – Lugar Errado

Tudo bem que chorar de vez em quando é bom, mais Brian já estava passando dos limites. Ficou em seu quarto desde que chegou da escola e não saiu mais de lá, chorando tanto que estava com uma dor de cabeça infernal.

Horas depois caiu em um sono profundo esquecendo completamente da dor que estava sentindo no coração.

Acordou completamente tonto, algumas horas depois. Sua cabeça estava latejando e sentindo muito cansaço, mas mesmo assim teve a coragem de descer as escadas para beber algo.

Estava muito escuro para ele poder enxergar algo, piscou várias vezes até seus olhos se acostumarem. Acendeu a luz da cozinha e notou um papel colado na geladeira e na frente estava escrito Brian. Pegou o papel e o abriu.

Não volto para casa hoje,

Tenho muita coisa para resolver no trabalho.

Desculpe-me. – Mãe.

Foi quando se deu conta de que aquele bilhete estava lá antes mesmo de voltar da escola. Ele estava tão depressivo que nem pode ver um mísero papel colado na geladeira?

- Deveria fechar a porta antes de ir dormir sabia? – disse alguém atrás de Brian.

No mesmo momento ele derrubou copos e talheres no chão tomando um grande susto, voou cacos de vidro para todo lado.

- O que diabos você esta fazendo aqui Alex?! – disse gritando.

- Vindo ver se você está bem já que não responde minhas mensagens e nem atende minhas ligações. O que está acontecendo?

Brian não teve coragem de respondeu. O medo consumiu todo o corpo dele fazendo as palavras não saírem.

- Esqueça. – disse Alex.

Que ótimo momento para o medo aparecer. - pensou Brian. Olhou para o relógio e viu que eram dez horas.

- Você não deveria estar aqui há esta hora.

- Sua mãe não vai voltar hoje para casa.

- E como é que você sabe disto?

Alex ficou pensativo e falou:

- Estou aqui desde as oito. Vi você dormindo e não quis acordá-lo.

- Mais agora estou acordado e você já viu que estou bem, agora saia. – disse Brian num tom de autoridade.

Mesmo dizendo isso, Alex não moveu um musculo, ao invés de se afastar chegou mais perto. Pegou a mão de Brian e colocou sobre seu peito. Seu coração estava batendo muito rápido de uma maneira descontrolável.

- Você sente o que eu estou sentindo? – perguntou ele.

Brian tirou sua mão fingindo não perceber nada.

- Sentir o que? – Ele sabia muito bem do que ele estava falando. Falava do jeito que ficava quando estava perto dele, como seu coração parecia que iria sair pela boca, era uma sensação de estar seguro.

- Que diabos deu em você?

- Saia. – disse ele apontando a porta.

- Já que é o que você quer, eu vou. – e saiu.

Com cara de choro Brian o acompanhou até a porta, mas só para saber se ele entraria no carro e iria embora.

Sem nem perceber Alex virou-se e lhe deu um abraço apertado, o mais apertado de todos os abraços que já lhe dera antes. Brian tentou resistir mais não conseguiu, os braços dele estavam o apertando tanto que doía.

- Está me machucando! – gritou e rapidamente Alex o largou.

- Só estou fazendo isto porque pode ser a ultima coisa que eu e você fazemos isto.

- Provavelmente a história seria outra se...

- Se? – repetiu Alex o interrompendo.

Ficou sem jeito para terminar a frase, ele sabia exatamente o que falar, mas não encontrava as palavras certas.

- Eu vi você... - conseguiu dizer até esta parte, Alex o olhava estranho cada vez mais e então Brian lembrou-se da foto que tirou da terrível cena. – Espere.

Subiu as escadas o mais rápido que pode e pegou o seu celular. Ignorou todas as mensagens que tinham chegado e procurou pela imagem, e entregou o celular nas mãos dele.

Ele parecia muito horrorizado com o que estava vendo.

- Me desculpe. – disse – Não queria que você tivesse visto isso.

- Para que? Continuar me traindo mais vezes?! – berrou.

Sem nem pensar Alex fechou a porta com muita força.

- Você não vai entender o que aconteceu.

- Me explique, já não estou entendendo nada de qualquer forma. Diga-me, o que você e Denis estavam fazendo que eu não entenda.

- Então vocês já se conhecem? – perguntou.

- O conheci hoje. Não me enrole quem deve explicações aqui é você!

- Ele é meu ex-namorado.

Brian olhou para Alex, estava pálido, chocado com a resposta.

- Como é que é?

- Você entendeu muito bem. Não se faça de besta.

- Então você me acha besta?

- É o que você está sendo agora.

O celular de Alex começou a vibrar em cima da escrivaninha da sala. Brian praticamente correu para alcança-lo e conseguiu.

- Seu ex-namorado Alex? O que um antigo namorado faz ligando pra você há esta hora? – e clicou em ATENDER, e logo em seguida colocou aumentou o volume no máximo.

- Alex! Onde você está meu amor? – dizia ele do outro lado da linha, enquanto Alex tentava pegar o telefone de volta. – Estou esperando você, aproveita que a praça está vazia hoje.

Brian desligou o telefone e colocou-o onde estava. Se não estava enganado havia uma praça não muito longe dali.

Pegou as chaves da casa e seguiu seus pensamentos.

Nem se importava com Alex o seguindo pedindo para que parasse.

O braço tinha que estar quebrado agora? Justamente agora? – pensava ele enquanto andava (ou corria).

Alex não aguentava mais andar atrás de Brian, sabia que ele sabia exatamente aonde ir e isto o estava preocupando. Pelo menos com o braço quebrado dele o daria vantagem, já que não poderia mexer muito.

Pensou muitas vezes antes de tomar a decisão. Quando achou a esquina desviou. Pegou um atalho para poder chegar antes e avisar Denis para sair de lá antes que ele chegue.

Quando finalmente chegou viu o sorriso se formando no rosto de Denis. Sem folego disse:

- Saia, rápido!

- Mais por que Alex? A diversão vai ser boa agora.

- É sério. Brian está vindo por aí. Saia antes que ele chega aqui.

Sem reclamar se levantou e saiu. Alex voltou por aonde veio.

Brian estava cansado. Seu braço estava doendo. Não deve estar mais quebrado. – disse e retirou a grande tala. Provavelmente ele estava certo, já que a dor começou a diminuir.

Faltavam poucos metros para chegar. Decidiu ir mais lento quando percebeu que Alex não estava mais atrás dele. A decepção veio quando chegou e viu que não havia ninguém, estava um completo vazio.

- Brian! – dizia Alex. – Brian volte!

Não respondeu. Sentou-se e ficou parado, apenas tomando folego e quando reparou Alex chegando levantou-se.

- Sente-se. – ordenou, sentando-se do lado dele. – você nunca deixa eu me explicar.

- Você não merece.

- Ele não está aqui. Não está em lugar algum.

- Então por que ele te ligou?

- Como eu disse, ele é um antigo namorado. Um antigo namorado que não aceita a separação.

Brian sentiu como se fosse o lugar errado de estar. Estava sentindo remorso por não ter dado ouvidos para ele.

- Ainda não entendi o motivo de vocês estarem se beijando.

- Ele esta na mesma sala que eu em algumas aulas, na última aula eu voltei para pegar meus livros que tinha esquecido e ele estava lá.

- Não sabe mais se defender?

Alex brincando, fez um gesto com as mãos de quem está ofendido disse:

- Ele é mais forte do que parece.

- Esse seu gesto foi tão...

- Gay?

- Isso. – e sorriu sendo gentil.

Alex o pegou pela cintura puxando mais para perto. Brian agora sabia que ele o amava de verdade, não é? Fechou os olhos e esperou pelo beijo.

- Vai ser sempre você. Sempre...

- Então é assim Alex? – disse Denis saindo do meio de duas arvores.

Brian olhou para Alex incrédulo. Ao contrário de Denis (que estava com um sorriso no rosto), ele levantou-se com os olhos enchendo de lágrimas.

- Você tem certeza de que vai ser sempre eu? – disse ele sabendo que a resposta de que ele o amava de verdade era um grande e enorme NÃO.

Está aí, acho que há apenas mais dois capítulos e acaba (finalmente) o conto.

Até o próximo/próximos conto/contos!

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Brun'' a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Vixxi que duresa, desse a porrada nesse Denis... Hehehe

0 0