Antípoda - Apresentação e Parte 1

Um conto erótico de Hogu
Categoria: Homossexual
Contém 1770 palavras
Data: 07/05/2013 01:38:38

Bem, primeiramente boa noite! Acompanho a algum tempo os contos aqui na CdC, foi um site que me impressionou por ter uma proposta erótica, mas boa parte dos contos aqui publicados tem isso em segundo plano. Resultado disso que a mais de ano eu não acesso com o intuito do "fap fap" rsrs. Os temas envolvidos são tão variados que eu não consigo imaginar como possa ter ocorrido esse tipo de transição, de certo modo é inspirador... Não pensamos apenas em sexo XD. Sem falar da qualidade de algumas histórias que é tão alto, não só no português e gramática, mas na fluides e carisma.

A história que gostaria de contar envolve uma reunião das minhas preferencias (não só aqui no site) que são amor x ódio, ambiente escolar e sobrenatural/magia/irreal em geral, no contexto de um romance gay. Pensei em usar a sugestão do site sobre contos que fogem muito a temática erótica (sim o conto terá em seu devido momento) e postar no Romance Gay... Mas eu não entendi muito bem o objetivo do site sendo que as histórias que tem lá, são publicadas aqui também (quem puder explicar melhor agradeço, se não também rsrs). Parte do texto já está escrito e tentarei publicar com certa periodicidade. Espero que gostem ^^A luz do sol de verão adentrava mais cortinas do meu quarto, poucas coisas no mundo tem o poder de acordar uma pessoa completamente. O relógio marcava 6h da manhã, cubro meu rosto na tentativa de continuar dormindo. Minha cabeça estava dolorida ainda da festa do dia anterior, uma ressaca fraca insistia em me perturbar. Como que por ironia o despertador toca avisando as 6:05, me dou por vencido e levanto.

Passo diante do espelho do meu guarda-roupa e ele revela um rapaz no alto dos seus 17 anos, 1.80 de altura e 85 kg. Possuía cabelos negros lisos, mas ocultos pelo corte bem baixo, seus olhos eram verde-escuro, oliva pra ser mais exato. Corpo atlético com musculatura bem definida, orgulho do seu portador que os cultiva dedicando alguns dias da semana à academia. Dentre suas atividades incluía a prática de defesa pessoal e era curioso de algumas lutas. O mais importante de tudo, ele atende pelo nome de Erick.

Vou para o banheiro da suíte do meu quarto realizar minha higiene. Pensamentos sobre a festa do dia anterior transcorriam devido a "magia" da água quente na minha cabeça, apesar de aparentemente alegres por incluírem ter ficado com várias mulheres lindas, eu não conseguia me sentir feliz, esboçar um simples sorriso. Atribui a razão ao mau humor matinal e a maldição da segunda-feira. Logo que finalizo, visto o uniforme e desço para o café da manhã.

Chego a mesa da sala e encontro Sônia, a empregada da casa, servindo meu café da manhã (completo por sinal). Tudo estava com uma aparência ótima, logo o cheiro do café dissipou a fina dor de cabeça.

- Bom dia Sônia, onde estão meus pais?

- Bom dia seu Marcelo, seu pai saiu mais cedo e sua mãe ainda está deitada.

Meus pais se chamam Alexandre e Mônica. Meu pai mais conhecido como Dr. Natanael, tem 54 e é um advogado bem-sucedido que nos proporcionava uma vida com certos luxos. Minha mãe tem 43 anos e é formada em Línguas, com especialização em português, inglês e até latim, mas atualmente tentava de todas as formas ser uma socialite... É raro ver a família reunida, o pai passa o dia fora e encontra-se brigado comigo devido a problemas que causei recentemente... Já a mãe está sempre ocupada com a sociedade que frequenta. Não reclamo apesar de tudo, sobra mais tempo pra fazer o que bem entendo, sem muitos limites.

No fim das contas a pessoa com quem mais passava o tempo em casa era a Sônia, sempre muito humilde, educada e solicita, era uma das poucas pessoas imunes ao meu lado natural... Ruim.

- Sônia estou indo para o colégio, até logo – Falo comendo a última torrada.

- Até mais tarde seu Erick, bons estudos – Retirando a louça da mesa.

Saio de casa levando minha mochila e tranco a porta. Sempre faço o trajeto a pé de casa para o colégio, a distancia era de algumas quadras dispensando o uso de transporte, apesar do colégio contar com um ônibus para os alunos. No caminho tranquilo eu exercito meu prazer natural: o de andar sem compromisso. Apesar do destino ser o colégio, o horário folgado me permitia ir sem pressa, com pensamentos leves ou simplesmente não pensando, apenas olhando a paisagem que era deveras muito bonita.

Cursava o inicio do 3º ano do ensino médio em um colégio bem-conceituado de minha cidade, não era um aluno esforçado, mas ao contrário do que possa imaginar não passava dificuldades em questão de notas. O colégio contava com cursos técnicos concomitantes (ensino técnico + médio) e apenas médio, o aluno escolhia qual desejava no ato da matrícula. Possuía um prédio principal, um anexo dedicado a laboratórios e o auditório, e um ginásio.

Minha vida escolar nos anos anteriores era um pouco turbulenta devido ao meu “mal comportamento”, colecionava punições variadas como suspensões e advertências. As razões (ou seriam acusações?) eram diversas, passando desde desrespeito para com os professores e funcionários, e claro bully contra os colegas.

Obviamente nunca faço o suficiente em um período para que me expulsem, ou que pudessem provar... Então qual o motivo de chegar no horário? Para manter o estoque de queixas na média, não valia a pena perder por tão pouco.

Chegando no portão as 7:15, encontro o pátio apinhado de alunos, procuro meus conhecidos e os avisto no fundo, vou em direção e cumprimento cada um. Não eram meus amigos, a pessoa precisa ter um vinculo mais forte pra tal cargo, por isso gosto de pensar apenas em conhecidos, ou colegas por assim dizer. A exceção de:

- Eae Erick, pegou todas ontem ein? hehe – Diego, meu melhor amigo. Nos conhecemos desde o jardim de infância, era meu companheiro pra todas as situações, capaz de lutar ao meu lado em uma briga e apanhar junto se necessário for, mas eu não era do tipo que me expunha muito a esse tipo de situação... Que não pudesse ganhar.

Não estou envolvido em nenhum relacionamento, tive algumas namoradas no passado, mas nada muito sério. Era difícil manter um vinculo duradouro, pois sou fugaz demais nos sentimentos. As garotas também não ajudavam muito, a maioria tem a profundidade de uma piscina pra crianças. Atualmente apenas fico sem compromisso.

- Nem foram tantas assim, como foi lá com a Sofia? - Referindo-me a garota com quem ele ficara na noite anterior.

- Tudo ótimo cara ela beija muito bem, quase rolou algo mais ontem...

A conversa estava interessante, mas logo o sinal de 7:30 toca. Dirijo-me a sala de aula, para a segunda aula de química do ano, na semana ocorreram as apresentações e reapresentações (fui apenas para perturbar os alunos novos). Sento-me na fileira da esquerda, da metade para o fundo da sala, Diego senta-se do meu lado. Não gostava do fundo por dificultar a atenção e como disse anteriormente, não gosto de atrair queixas bobas. A professora gordinha entra dando bom dia, acompanhado por um garoto moreno de cabelos enrolados. Ela deposita o material na mesa e cumprimenta a turma:

- Bom dia classe, antes de começarmos quero apresentar um aluno novo: o Thales. Deem as boas vindas para o seu novo colega!

“Bem-vindo Thales!” uni som em meio a algumas risadinhas abafadas, troquei olhares com Diego “estamos primário só pode”.

-Thales sente-se ali na frente do Erick – aponta na minha direção – Espero que todos sejam muito simpáticos com ele. Agora vamos começar a aula.

Ele vem, me olha brevemente com um sorrido do tipo: “oi tudo bem?” e se senta. Apenas o observo sem manifestar nenhuma reação, mas sabia de uma coisa: aluno novo não pode passar sem “batizar”. Olho novamente pra Diego e ele parece pensar o mesmo, volto minha atenção para o quadro.

A aula transcorreu de maneira normal, sobre introdução a química orgânica, finalizada a aula reúno minhas coisas para o intervalo. O colégio conta com armários para quem deseja depositar suas coisas, mas por hábito levo o material do dia seguinte no anterior pra casa, mesmo sem deveres de casa, pra evitar perda de tempo no caso de um atraso. Guardo minhas coisas e observo que Thales recebeu um armário no final do corredor. O vejo andar em direção a cantina, ele era um pouco baixo, mas parecia um pouco radiante e nervoso, típico de alunos novos e sua insegurança.

Encontro Diego e continuamos o assunto de mais cedo, até que a conversa abordou o garoto novo:

- O que você achou dele? Dizem que ele era um aluno “modelo” no outro colégio - fazendo aspas com os dedos - Aposto que é mais um nerd metido.

- Ainda é muito cedo pra tirar conclusões, mas você sabe que aluno novo mesmo no terceiro ano é um calouro disfarçado né? - respondo rindo.

- Pois é, o que você planeja para as “boas vindas”?

- Não sei ao certo, quando chegar o momento tiramos uma de leve com ele só pra descontrair.

O resto do dia transcorreu calmamente, planejei ir almoçar na casa de Diego e aproveitar para jogarmos um Xbox, ele foi na frente pois ainda tinha que resolver uns problemas pra mãe. Enquanto caminhava pra saída do colégio pelo anexo dos laboratórios, o João, um garoto esquisitão que adorávamos perturbar, esbarra comigo derramando um líquido estranho em minha camisa que ele carregava num copo.

- PORRA CARA OLHA O QUE VOCÊ FEZ!? NÃO OLHA POR ONDE ANDA NÃO BABACA?? - agitando minha camisa manchada.

- Des..Desculpa foi um acidente.. - João falava baixo gaguejava com seu nervosismo, visivelmente acuado.

- ACIDENTE O CARALHO, além de cego – ele usava óculos de graú forte – Agora deu pra destrambelhado? Que porra é essa que tu derramou em mim?!

- É.. é aci.. ci.. do – Tentava explicar

- ÁCIDO?! - Tirei a camisa imediatamente – QUE PORRA VOCÊ FAZIA CORRENDO COM ÁCIDO POR AÍ? - O empurrando e fazendo menção de ir ao banheiro me lavar o mais depressa possível.

- É ácido pra corroer placa, não é perigoso pra nós. - Tentou explicar rapidamente, paro e continuo brigando com ele.

- Não interessa, olha só minha camisa como está? Essa porra vai estragar o tecido! - Movimentava a camisa em frente a sua cara.

Começou a juntar gente no corredor, pra ver o que estava acontecendo. Eu prensava João com uma mão, quando escuto uma voz falar:

- Foi um acidente, não ouviu?

Me viro pra ver quem intercede pelo pobre coitado e me deparo com ThalesPerdoem qualquer erro, sou novato ainda D:

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Comentários

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hmmmmm vai ser legal se ele for o "aluno modelo" malvado hahaha. Gostei, você escreve muito bem, não tem erros aparentes, pontuações bem colocadas... E claro, o enredo é bom; Espero ancioso por esse lado sobrenatural/ mágico.

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Gostei e te ODIEI seu recalcado,aff o q eu ja vi de gente assim,odeio,quem sabe ao longo do conto eu mude minha opniao,neh?,enfim gostei N10

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