Um amor por um fio.. De aço Cap10/2

Um conto erótico de M. R. Guimaraes
Categoria: Homossexual
Contém 1585 palavras
Data: 24/05/2013 14:07:54
Assuntos: Amor, Gay, Homossexual

Olá galerinha. Como disse, eu estava sem internet durante todo esse tempo. Mas enfim eu cheguei e essa será a penúltima parte da temporada. Dividi que vou começar um novo conto talvez. To muito ansioso para um novo conto, que acho que irão gostar, porém dependerá de vocês.

Bom conto...

* * *

#Flávia

Eu ia entrando quando uma maca quase tinha me atropelado.

Médicos: EEI! Cuidado moça! – disseram enquanto corriam para um quarto.

Ana: HAHAHA Ta tudo bem mãe?

Eu: Você ri não é gracinha? E se fosse com você, em?

Ana: Ta calma... – e ainda riu mais.

#Luan

Tudo estava escuro. Minha visão voltava lentamente assim como muito barulho. Era muita bagunça e tumulto na rua do ocorrido. Eduardo passa diante de mim gemendo com uma cara de sofreguidão. Eu começo a gritar por ele, correr quando sinto uma mão em meu rosto e acordo bruscamente.

Estava ofegante, desesperado.

Mãe: O que foi meu filho? Pesadelo?

Eu: Sim – pus a mão na cabeça e pedi água.

Terminei de beber e percebi uma agitação e barulheira de fora. Andei até a porta e abri-a para ver o que era. Como no sonho, Eduardo passou diante de mim em uma maca sendo levado por médicos. A emoção foi a mil. Corri gritando por ele atrás dos médicos que o levavam. Mas não obtive resposta. Fui segurado por Biel e Ana para não fazer qualquer loucura. Mas ainda gritei chorando por ele.

#Eduardo

Depois da explosão nem me lembro de nada. Estava acordado, deitado em alguma coisa em rápido movimento. Não conseguia me mexer bem, meu corpo se revirava por dentro, meu cérebro parecia querer pular da minha cabeça. Senti uma forte dor no rosto que estava queimado, acredito que gravemente, porque ardia pra burro. Ouvia sons abafados de sei la, me parecia gritos ou alguma coisa da cabeça.

Senti entrar em uma sala fria de ar condicionado. Mãos me colocaram em outra cama deitado. Era examinado de leve e minha consciência foi voltando. Notei o medico me deixando apenas de bermuda e foi examinando as queimaduras e meu corpo inteiro em busca de algo comprometedor à minha saúde. Até que ouvi gritos por meu nome de fora. Luan!

Levantei-me bruscamente da cama saindo meio tonto cambaleando de leve, alguns médicos tentaram me segurar, mas usei muita força fazendo até um cair. Abri a porta e logo abracei forte o loirinho desesperado.

Eu: aagh – gemi de dor com as feridas no corpo – Ta tudo bem eu estou aqui, Lu. Fica calmo

Ele me soltou pedindo desculpas pelo abraço doloroso a mim.

Luan: Você ta todo machucado Dudu! Vamos falar com o médico!

Eu: Ta tudo bem. Só algumas queimaduras.

Luan: Só?!! Olha como ta isso aqui! Ta praticamente horrível.

Eu: Ai ta bom, desespero!

Notei um cara igual a ele. Uma menina muito bonita por sinal que não parava de me olhar, afinal eu estava sem camisa, e uma mulher mais de idade.

Eu: Sua família?

Luan: Sim. Meu irmão gêmeo, Gabriel, minha amiga-irmã Ana e minha mãe Flávia. Esse é o Eduardo, meu amigo – ele falou enquanto cumprimentava-os.

Gabriel o olhou desconfiado e cumprimentaram-se.

Luan: Agora vai ver o médico!

Fui a contragosto e ao entrar fico com vergonha pelo show que eu dei ali dentro.

#Luan

Estava muito preocupado com as queimaduras do Dudu. Estavam bem feias. Mas tentei não pensar nisso tudo e procurei alguma coisa que me acalmasse.

Eu: Mãe antes de irmos pra casa, verei o Gui. Pode arrumar minhas coisas, por favor?

Mãe: Ta filho.

Olhei pro Gabriel e lembrei-me da nossa briga. Notei a raiva em seu olhar com as silenciosas palavras: você ta encrencado.

Saí rumo ao quarto de Gui com um semblante triste, pensando nas melhores formas de dizer sobre o beijo do Marcelo.

Cheguei ao quarto e a porta estava entreaberta. Ele estava lendo e passando os dedos no celular. Logo que ele me viu ao bater na porta, ele saiu e desligou o celular quase em desespero.

Eu: Nossa é tão perigoso o conteúdo aí?

Gui: É. Mas nem pense que é pornografia porque não é rsrs

Deitei na cama quase em cima dele sorrindo e dei-lhe um beijo.

Gui Hum... Que saudade dessa boca.

Eu: Devo ser apenas um objeto. E de mim?

Gui: Ih... De você eu apenas quase morri de saudade.

Ficamos beijando um tempo lá.

Gui: Como está o Eduardo?

Eu: Olha! Se preocupando com ele... – dei uma risadinha, o fazendo ficar de cara feia - Ele esta com umas queimaduras feias e está meio zonzo, mas fora isso ta bem.

Fiquei meio pensativo ali, e o beijo de Marcelo martelava em minha mente. Mas o pior é que não recusei. E se não contasse logo a ele, Biel contaria e seria pior.

Gui: Vejo alguem vagando por aí...

Eu: rsrs Gui... Quero dizer algo... – fiquei sério novamente.

Gui: Independente do que for, pode falar.

Eu hesitei um pouco, mas logo veio a coragem e falei.

Eu: O Marcelo me beijou – curto e direto.

Ele me olhou não vi muita raiva, mas sabia que ele estava desapontado.

Abaixei a cabeça e disse:

Eu: E eu não recusei. Não sei por quê. Só que o Gabriel me tirou do beijo.

Ele ficou calado pegou as muletas e foi ao banheiro. Ouvi o barulho da torneira da pia. Comecei a chorar silenciosamente me perguntando por que fui deixar Marcelo me beijar?

Ele voltou sentou na poltrona.

Gui: Eu não sei o que te dizer Luan. Mas te pergunto: você ainda me ama, não é?

Eu: Você sabe que sim.

Gui: Então porque você beijou ele? – Gui meio que esbravejou.

Eu: Não sei! Eu tava enfurecido, triste! Eu tinha sentado no chão! Estava precisando de carinho! Ele apenas me beijou! Mas não correspondi, apenas fiquei ali parado! – disse em meio a um choro.

Ele ficou pensativo. O que me admirava muito nele é que ele sabia se controlar da raiva em nossas brigas e deixava-me falar e explicar as situações, assim como eu.

Gui: Uma vez eu ouvi: “Perdoe pelas coisas boas que ele fez, não o deixe por causa de um simples erro”. Então eu te perdoo Luan, mas não repita isso outra vez, posso não perdoar novamente.

Corri até seus braços e ele me deu um abraço e um beijo na testa. Senti a proteção e seu calor. Senti o aconchego, seu carinho e seu amor.

Eu: Bom... Já vou, amor. Te amo.

Gui: Também te amo, meu anjinho – acariciou meus cabelos olhando em meus olhos– Se cuida em. Até mais tarde.

Recebi seu beijo e saí do quarto. Encontro com minha mãe nos corredores falando com Dr. Marcelo. Senti uma raiva, quase que bati nele, mas me conti. Ele me olhou com um sorrisinho que quis pegar uma faca e rasgá-lo.

Ele: Oi, Lu. Já ta melhor?

Eu: Oi. Já vou é embora. Ficar longe disso aqui – lancei-lhe uma indireta.

Ele fez uma cara de raiva, mas logo sorriu pra minha mãe e saí dali sendo seguido por ela.

Eu: Ah mãe esqueci meus fones e as chaves no quarto. Já volto.

Saí dali e fui à minha antiga prisão. Ao entrar no quarto e pra fechar a porta, ela é empurrada e fechada bruscamente. Era Marcelo que tinha me agarrado forte e me beijara.

Eu mordi seu lábio com força fazendo-o se afastar e soquei sua cara infeliz.

Eu: Nem tente me beijar outra vez. Poderia te denunciar por assédio, e ainda em local público, mas não vou..

Ele tinha porte muscular menor que o meu então se tentasse me machucar quem sairia pior seria ele. Então saí dali com minhas coisas e percebi seu choro.

Eu: Também não é pra tanto.

Ele ficou em silencio.

Eu: Certo, me desculpa, mas não me beije mais. Eu amo o Guilherme e não to afim de você dessa forma. Então só te peço que não complique minha vida. Está boa o bastante. E você pode fazer qualquer coisa, mas meu amor por Guilherme é mais forte que sua inveja.

Marcelo: Depois de tudo que fiz por você! Doei meu sangue, cuidei de você de seus problemas neurológicos, fui carinhoso e gentil. E assim que me agradece?

Eu: Olha estou muito grato pela sua ajuda e gentileza, mas o Gui fez muito mais que você. Ele me apoiou nas minhas escolhas, cuidou de mim em casa, teve a paciência de me levar a tudo que é canto da cidade, me deu forças depois de um trauma de seqüestro. Me entendeu, me ouviu e não me obrigou a ser quem eu não era. Eu amo ele e nem pense porque salvou a vida dele ou a minha que vai me fazer apaixonar por você. Eu não posso te corresponder e preciso embora. Está me irritando.

Marcelo: Então é assim? Não pense que vou deixar barato. Vou falar dos nossos beijos, talvez até algo mais.

Eu: Ótimo. Vai lá. Mas saiba que você só vai piorar sua vida. Alem de perder seu tempo. Bye.

Deixei-o sozinho com raiva dele, e segui rápido até a saída.

* * *

Bom galerinha, essa foi a penúltima parte da 2ª Temporada. A parte 11 será dividida em 2 e eu pretendo parar este conto por enquanto, para fazer um novo. Mas não vou deixar este conto acabar aqui. Há muita coisa a ser revelada, coisas boas e ruins a acontecer na vida do casal, enfim, essa historia ainda não acabou. Um beijo pra vocês e até a próxima parte, onde explicarei melhor sobre as coisas :*

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Comentários

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Gostei muito. Está realmente empolgante! Continua logo.

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