Meu único amor! (Capítulo 1.2) - Descobrindo o amor

Um conto erótico de Bêeh
Categoria: Homossexual
Contém 1930 palavras
Data: 19/05/2013 16:53:13

Estou bonzinho, então vou continuar o conto hoje. Sem mais delongas...

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- Tudo oi Beto bom sou... – Disse rapidamente.

- Hã? – Falaram Duda e Carlos ao mesmo tempo.

Meu Deus, o que aconteceu? Porque eu falei daquele jeito?

Devo ter corado, afinal de contas, Duda e Carlos riam sem parar. Respirei fundo, me acalmei e disse:

- Oi, sou Beto, tudo bom? – Pausadamente.

- Ah, sim! Desculpa falar, mas achei que era um retardado! – Disse Carlos rindo. – Tudo bom sim, e com vocês? – Carlos disse mais calmo.

- Sim! – Respondeu Duda juntamente comigo.

Entreolhamos-nos e sabia que ele tinha me reconhecido, mas não disse nada. Ficou um silencio constrangedor entre nós. Olhei para a Duda e ela já sabia o que deveria fazer.

- Então, Carlos, como está sendo o primeiro dia? – Duda perguntou quebrando o silencio.

- Não muito bem! – Disse Carlos meio chateado.

- Por quê? – Perguntou Duda demonstrando interesse numa possível resposta.

- Sou novo, as únicas pessoas que eu conheço aqui, são vocês, conheço em parte. – Disse ele rindo. – Ainda não me adaptei com a escola, nem com o assunto. Estou meio atrasado. – Encerrou.

- Ah, mas se esse for o problema, eu e o Beto te explicamos algo! – Disse Duda me deixando sem jeito.

- Não creio que seja possível.

-Por quê? – Duda pareceu indignada, parecia que tinha sido xingada.

- É que estou no 2º ano, e os assuntos são meio complicados. Essa escola é mais puxada do que a minha antiga. – Disse ele meio triste.

- Ah, mas o que você estuda? – Duda pareceu realmente curiosa.

Quando se trata de estudos, Duda ta sempre envolvida. Gosta de coletar toda e qualquer informação que poder. Está sempre me auxiliando em coisas que não entendo, e é considerada uma CDF (Cabeça de Ferro) em praticamente todas as matérias, exceto Educação Física. (hahaha)

- Cálculos, muitos cálculos. – Disse Carlos decepcionado.

Carlos odeia cálculos, está sempre em aulas de reforço para tentar aprender mais. Alguns ele consegue dominar, mas têm outros que só Deus pode resolver (isso como ele diz).

- Ah, eu e Beto adoramos cálculos. – Disse Duda – Podemos te ajudar se você mostrar um exemplo.

Não estava entendo o porquê de ela me envolver em tudo com o Carlos, nós nem conhecíamos o garoto. Eu estava pensando que ela tinha se interessado pelo garoto. Isso seria muito estranho. Duda já dispensou meninos lindos, por não se interessar por nenhum, e se apaixonar um que de longe, parecia uma menina (sem ofensas!).

- Isso seria demais, claro, se o Beto concordar. – Disse Carlos com uma cara de sínico.

- Hã? – Disse eu confuso por fingir estar distraído.

Desde a vergonha que passei, fiquei olhando para todos os lados, menos para os dois. Queria passar a imagem de distraído, afinal, estava morrendo de vergonha.

- Você aceitaria me ajudar... Junto com a Duda? – Disse ele parando no meio da frase.

Fiquei sem jeito, afinal, notei o tom de interesse nessa frase.

- Não sei, acho que essa semana vou estar ocupado. – Disse, tentando fazer com que ele desista.

- Beto, não foi você mesmo quem disse que não faria nada amanhã. Comentou até que era horrível ficar em casa. – Disse Duda me deixando num mato sem cachorro.

- Amanhã acho que vou para casa de Emília.

- PRA CASA DA EMÍLIA? – Disse a Duda gritando. Galera, morri de vergonha naquela hora. – Ela está uma fera com você, e você sabe que ela passa uma semana longe de você quando esta assim, e quando esta de TPM também. Você mesmo quem disse. – Duda disse me deixando sem saída.

- Mas eu vou tentar fazer as pazes, não é legal ficar brigado com a NAMORADA. – Destaquei a palavra namorada quando falei, queria que ele soubesse que eu era “hétero”, ou pelo menos tentava passar a imagem.

- Qual é você não gosta tanto dela a esse ponto! – Disse Duda tentando me convencer. – Vamos! Vai ser legal!

- Não sei...

- Deixa Duda, eu me viro sozinho. Não quero atrapalhar o namoro de ninguém. Pode deixar que eu dou meu jeito com os professores. – Ele deu meia volta e saiu andando lentamente.

Confesso que fiquei aliviado, mas ao mesmo tempo decepcionado. Não queria admitir, mas tinha um sentimento por ele, um sentimento que nunca senti antes.

- Você ta louco? O cara ficou super afim de você e você da um fora nele assim?! – Duda disse me dando um soco de leve.

- Duda, eu não sei, sabe que sou confuso em relação a sentimentos por garotos. – Disse eu de cabeça baixa.

- Não falei em sentimentos! Ah Meu Deus! Você sentiu algo por ele! Beto, admite! – Disse a Duda com uma alegria na cara.

- Ta louca?! Não senti nada! Você quem ta inventando! – Disse eu, tentando tirar o meu da reta.

- Disse sim, eu sei que sentiu algo! Confessa!

Ah, eu tinha que admitir, estava sentindo algo que nunca senti e Duda me conhecia o suficiente para saber disso.

- Está bem, eu vou estudar com você e ele! – Eu disse tentando fazer com que ela me deixasse em paz.

- Ai que demais. Vai ser um máximo! – Duda disse entusiasmada.

Duda estava aprontando algo, eu conhecia pelo seu jeito, só não sabia o que era, mesmo assim, decidi aceitar e ficar atento em seus movimentos. Ela era acostumada a fazer tudo calmamente, sem que ninguém percebesse, mas eu já a conhecia e sabia como ela funcionava.

- CARLOS! – Ela deu um grito fazendo com que ele voltasse rapidamente.

- Oi, o que aconteceu? – Disse ele assustado.

- Nada, só quero confirmar para amanhã, eu, você e o Beto. – Disse ela com um sorriso suspeito no rosto.

- Sério?! Ai que bom! Vocês não sabem o quanto vão me ajudar! – Disse Carlos entusiasmado.

- Claro, só me passa seu endereço. – Disse Duda pegando um papel e uma caneta.

Enquanto Duda pegava um papel e caneta com uma amiga, Carlos me olhava maravilhado e com um sorriso maroto nos lábios. Não queria admitir, mas me derreti todo naquele momento, era simplesmente lindo.

Duda então anotou o endereço e passou o número de meu celular e o do dela, e ele repetiu o mesmo para avisarmos se nos perdesse.

- Carlos, não quer sentar conosco? Trouxe uns sanduíches naturais para lancharmos, você aceita um? – Duda pegou o sanduíche embalado e o entregou para Carlos.

- Eu já lanchei, mas vou aceitar por que eu adoro sanduíches naturais. – Disse ele realmente feliz em pegar o sanduíche.

Nossa, naquele momento me encantei mais ainda. Carlos amava sanduíches naturais e eu também. Estava me encantando por dentro, mas não demonstrava nada por fora.

Duda então começou a falar de músicas com Carlos, percebi algumas diferenças, mas tínhamos amores em comum, tipo, Evanescence, Simple Plan, algumas músicas do Linkin Park e Legião Urbana. Nossa, agora eu comecei a me apaixonar. Como um garoto poderia curtir as mesmas coisas que eu e ainda dar em cima de mim?

Estava maravilhado, então resolvi deixar de bancar o caladão e começar a puxar assunto com o Carlos. Só tinha um problema: Não tinha coragem. Iria esperar ele falar comigo para poder começar a me soltar mais.

- Então, Beto, cê tem uma namorada? – Disse ele meio curioso.

- É sim. – Disse eu tentando criar coragem.

- Qual o nome dela? – Carlos tinha uma voz melosa quando perguntou isso.

- Emília, estuda aqui na escola, daqui a pouco da às caras. – Disse isso tão rápido que ele se assustou.

- Olha, se minha pergunta foi inconveniente e não diz respeito a mim, me desculpe! – Disse ele mostrando certa decepção.

Pensei comigo mesmo: “Merda cagão! Já fez bosta!”

- Não é isso, é que às vezes eu falo rápido demais. Desculpe-me você! – Disse com um sorrisinho meio frio.

Nossa, tinha o primeiro garoto interessado por mim na minha frente e estava estragando tudo. Como poderia fazer isso? Estava nervoso demais! Deveria relaxar.

Infelizmente o sinal bateu e tivemos que nos despedir. Realmente fiquei decepcionado e fulo da vida. Queria ficar, mas Duda se despediu e me arrastou com ela.

Retornamos para sala de aula e percebi que Emília não disse uma palavra para mim. Nem me preocupei, ela era assim mesmo, depois cairia em si, voltaria, se desculparia e transaríamos (Nossa, que amor! Haha).

O resto das aulas seguiram sem nenhum animação. Eu estava ansioso pelo dia seguinte, mas não queria admitir. Passando-se mais ou menos três aulas, recebi uma mensagem dizendo: “Estou ansioso por amanhã ser o nosso dia de estudos. Espero que compareça, e a Duda também, claro. =)”, olhei a mensagem, ri e guardei o celular, o número não era conhecido, mas sabia que era dele.

Faltava uma aula para sermos liberados e finalmente irmos para casa, quando o professor de História anuncia: “A professora Lucélia não pode comparecer a escola, então vocês estão liberados por hoje.”, foi uma festa só, saímos eu e a Duda em disparada para a saída, queria ver mais uma vez o Carlos.

Chegando ao portão, notei que nós éramos a única turma liberada, então decidi ir para casa. Foi quando me dei conta de que me esqueci da Emília. Por mais que não nos falássemos, eu ainda era namorado dela e deveria deixar ela em casa.

Saímos eu, Duda e Emília em direção ao centro. Morávamos próximos uns dos outros, o que facilitava muito a nossa vida. Adorava o dia em que eu e Emília estávamos brigados, ela andava calada pela rua e não reclamava que estava cansada. Diferente de mim e da Duda, ela odiava caminhar e quando íamos juntos para casa, eu tinha que carregá-la nas costas.

Chegamos frente à casa de Emília, decidimos entrar e falar com seus pais. Entrei, vi seu pai assistindo um jogo na TV e sua mãe cozinhando. Nessa hora minha barriga roncou, percebi que estava com fome, mas não me ficaria para almoçar. Não gostava dos dias em que brigávamos e eu ia para sua casa, os pais dela percebiam e ficavam chateados comigo, mas também não se metiam em nosso relacionamento. Eles conheciam a filha que tinham e seu temperamento, então pra não defender ninguém, resolviam ficar de fora.

Na casa de Emília, dei somente um “Oi” rápido e segui para casa, só queria deixar os pais dela ciente que estava cumprindo meu papel de namorado. Chamei a Duda para almoçarmos em casa, ela prontamente aceitou. Amava a comida da minha mãe, por mais simples que fosse. Minha mãe adorava Duda por sempre elogiá-la.

Duda nunca falava mal de alguém, abominava quem falava, e odiava quem falava mal dela por suas costas, achava uma atitude covarde e mesquinha. Duda era bem simples, mas com um coração gigante.

Chegamos em casa e como de costume, Duda já foi paparicando a comida de minha mãe e eu subi direto para o quarto. Ainda bem que durante o dia, meu pai não estava em casa, assim evitava as brigar com ele na frente das pessoas. Cheguei no meu quarto, tomei um banho rápido, troquei de roupa e desci para almoçar.

Mamãe e Duda já estavam comendo (nessa casa ninguém espera ninguém), e eu prontamente me servi.

Terminamos o almoço e a Duda disse que precisava ir embora, se chegasse muito tarde, atrapalharia sua rotina e ela precisaria ficar até tarde fazendo os exercícios. Nos despedimos e eu subi novamente para meu quarto, precisava dormir.

Dormi durante a tarde inteira, acordei umas 8h da noite e vi que tinha um “Oi” do Carlos, mas resolvi não responder. Voltei a dormir...

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Gente, eu sei que essa parte terminou meio "nada a ver", mas se eu continuar o conto vai se prolongar e prolongar e eu escrevo até o anoitecer. Desculpem.

Preciso resolver uns exercicios agora, estou que nem o Carlos, atrasado na escola, culpa dos contos aqui da CDC. hahahaha

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Comentários

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Muito bom. Está super empolgante! Continua logo.

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