Outras vidas - Parte XII

Um conto erótico de Valentina M.
Categoria: Homossexual
Contém 1138 palavras
Data: 18/04/2013 01:36:24

ContinuaçãoAdormecemos daquela forma, acordei no meio da madrugada um pouco assustada, acho que tive um pesadelo, sem querer bati meu braço nela, ela se levantou rápido, segurou meus braços e me chamou... Quando acordei ela estava beijando meu rosto...

- Ta tudo bem, amor... Fica calma!

Não estava entendendo muito bem, só me deixei ser abraçada por ela. Acordei de manhã com os barulhos em casa, ainda deitada escutei a conversa dos meus pais, pelo jeito eles iam para o sitio do vovô, minha mãe foi até a porta do quarto e bateu algumas vezes me chamando, Bia acordou e me olhou com os olhos arregalados, eu acaricie o rosto dela e cochichei “Fica tranquila”. Mamãe queria saber se eu também iria, eu só respondi que não, e pedi pra ela trancar tudo. Só esperei o portão se fechar pra poder levantar, podia sentir os olhos daquela mulher maravilhosa me acompanhando pelo quarto, peguei uma toalha e fui tomar um banho, segundos depois, Bia abriu o Box e com um sorriso safado perguntou:

- Posso tomar um banho contigo, linda?

- Não sei por que demorou tanto! – Respondi pegando em sua mão.

Ela foi logo me beijando...

Os dias se passaram e nossos encontros foram ficando cada dia mais constante, ela me fazia bem, e me fazia esquecer Duda por horas, admito que Duda me fazia falta, mas ela mesmo escolheu assim e eu só estava tocando minha vida. Tudo ia bem até que certo dia algo imprevisível acontece. Recebi uma sms de Bia dizendo que não precisava passar em sua casa naquela noite, como de costume passava todos os dias pra irmos à universidade juntas, perguntei o porque, mas ela disse que explicava depois.

Não dei tanta importância, de qualquer forma ia encontrar ela la mesmo, cheguei um pouco antes das 19h , estava conversando com alguns amigos na entrada quando vejo um carro preto estacionar e descer um rapaz que me era familiar, mas não me recordava de quem era, ele deu a volta e abriu a porta do passageiro, vi Bia descendo, meu coração disparou, e meu sangue ferveu quando ela pulou no pescoço daquele sujeito e beijou sua boca, ele segurou-a pela cintura e puxou pra si, fechei os olhos e respirei fundo, os dois trocaram algumas palavras e ele a acompanhou, ela passou justamente ao meu lado de mãos dadas com ele acompanhei os dois com os olhos e eles seguiram pelo corredor. Tentei me manter calma, respirei fundo mais algumas vezes e segui para a minha sala. Assisti alguns minutos de aula, mas não consegui me concentrar, sai e caminhando pelo corredor e avistei-a entrando no banheiro, andei um pouco mais rápido E antes que ela entrasse em um reservado eu a puxei pelo braço e perguntei:

- O que significa isso?

- Isso o quê? – rebateu minha perguntar com um ar irônico...

Olhei nos seus olhos por alguns minutos sem dizer nada, meus olhos se encheram de água, me virei e só respondi enquanto saia:

- Esquece!

- Espera... Deixa eu explicar... – Disse me puxando pelo braço.

- Explicar o quê? Eu já entendi... A gente não tem nada mesmo. – Respondi me soltando dela.

- Ele chegou hoje de surpresa, eu também não sabia, e não sei como dizer a ele que não quero mais nada... – Ela disse quase numa suplica. Parei no meio do caminho e após pensar um pouco...

- Então esse é o Carlos, né?! Ele é seu namorado, e eu achando que vocês já haviam se separado... – Sorri enquanto colocava meus pensamentos em ordem, sorri de puro nervosismo. – Ok, Boa sorte!

Caminhei até a porta do banheiro, e ela me puxou novamente, dessa vez com força, me fazendo encostar na parede, chegou bem perto da minha boca e sussurrou...

- É você que eu quero... É só você que me deixa assim... – Puxou minha mão e pousou em seu peito, seu coração estava disparado. – Preciso da sua paciência!

Roubou-me um beijo, mas eu dei logo um jeito de sair...

- Resolve sua vida, quando se decidir você me procura!

- É, vou fazer isso... Afinal, não temos nada mesmo... – Disse me olhando com ódio e saiu na minha frente.

Ainda fiquei um tempo ali, digerindo a situação. Sai um pouco transtornada, peguei minhas coisas e fui para a casa. Passei quase toda a noite deitava ouvindo musica e pensando em Bia, no que eu ia fazer, acabei tomando uma decisão insana, eu tinha pensado muito, não sabia se aquilo era certo mas aquela frase ecoava na minha cabeça a todo momento “ É você que eu quero... É só você que me deixa assim...” ainda podia sentir o calor da sua pele. Passava das 3h da manhã quando peguei o celular e fui direto para a caixa de mensagens, escrevi rápido para não arrepender “Se puder me liga agora, preciso falar com vc...”

Assim que enviei, fechei os olhos tentando não pensar nas consequências... Não passou de dois minutinhos e meu celular tocou.

- Lhe acordei? – Perguntei uma pouco apreensiva.

- Não, eu estava acordada... Não consigo dormir! – Disse com a voz baixa.

- Ele ta perto?

- Esta dormindo no quarto, estou na sala ouvindo musica. Aconteceu alguma coisa, amor... quer dizer... Dani?

- Não... Eu só queria dizer que... Bom... Não consigo dormir, sinto falta da sua cama e do seu corpo. – Disse tudo muito enrolado, e só ouvi seu silencio do outro lado da linha. – Acho que foi um erro ter ligado... Nos falamos outra hora...

- Dani, espera... Não desliga... – Ela disse rapidamente e em silencio fiquei esperando pelo que ela tinha para falar. – Me perdoa por tudo isso, eu não esperava que ia ser assim.

- Tudo bem... Conversamos melhor amanhã pessoalmente, não quero te atrapalhar.- Disse me despedindo.

- Dani... Eu te amo!

Aquilo me pegou de surpresa, passou um filme na minha cabeça, tudo que passamos juntas, fazia pouco tempo eram só três meses, mas foi intenso, pensei em Duda, em toda minha vida desde que a conheci... Não me saia palavras.

- Boa noite, amor. Se cuida! – Só consegui dizer isso e desliguei logo em seguida. Foi ai que não dormi mesmo naquela noite, as horas se passavam e nada de conseguir dormir quando consegui cochilar um pouco, passava das 5h da manhã. O dia se passou arrastado, chegou a hora de ir para a universidade. A única hora que eu podia vê-la, mas naquela noite não nos vimos, e foi assim durante três dias, sem nos encontrar e sem noticias.

Vontade não faltava de ligar, mandar msg, ir atrás, mas eu não ia fazer isso, meu orgulho era maior. Era uma Quinta feira , cheguei na universidade e passei no banheiro, minha cabeça doía muito nesse dia, me apoiei no lavatório e baixei a cabeça, foi quando senti alguém me abraçando por trás, apertou forte e encostou a cabeça no meu ombro, quando me levantei e olhei no espelho não acreditei...

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Comentários

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Sera q é tao dificio encrota uma lesbica masculina ou gata,envie um email,pra mim gatinhas tenho 18 anos,lliviasantos0@gmail.com

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Será a Duda? :o hahaha Pode ser! Eu vou continuar sim, muito obrigado a todos pela paciencia e pelos elogios, vou tentar ao maximo não demorar tanto, Fabio... Amanhã acaba todas as minhas provas e vou tirar algumas semaninhas de folga do trabalho, vou ter mais tempo pra me dedicar aos contos ;)

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