Contos de Escola - Cap 3

Um conto erótico de leoaraújo
Categoria: Homossexual
Contém 1282 palavras
Data: 16/04/2013 11:34:07
Assuntos: Gay, Homossexual

Pessoa! Muito obrigado pelos comentário! Se quiserem, opinem nos comentários! Deem idéias! Eu gosto de saber o que vocês pensam sobre o conto, como acham que deveria acabar, o que deveria acontecer e etc! Muito obrigado mesmo! Att Leonardo Araújo"

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“Só existem dois motivos para alguém se preocupar com você: ou ela te ama muito ou você tem algo que ela quer muito” – Jack Sparrow.

Enfim o tão esperado sábado chegou. Me aprontei. Coloquei uma bermuda jeans, um tênis, uma camiseta e fui andando mesmo, era bem perto da minha casa. Ele havia marcado para eu chegar 12h. Considerando o contrato social brasileiro, cheguei um pouco mais tarde: 12:30.

A fachada de sua casa era bem legal. Tinha um pequeno jardim. Toquei o interfone. Uma voz feminina, doce, igual a do Edu, atendeu.

- Pronto!

- Ah sim! Um instante! – Ela falou em um tom animado. Ela abriu o portão, mas resolvi esperar na porta mesmo. Eu considerava uma falta de educação entrar na casa das pessoas, principalmente pela primeira vez, sem ser convidado.

Passado alguns instantes, Edu abriu a porta. Ele estava sem camisa, somente com uma bermuda de praia, deixando a barra da cueca a mostra. Pelo visto não era só seu rosto que era perfeito.

Seu corpo não era dos mais malhados mas ele claramente fazia academia. Seus braços eram musculosos. Pude reparar claramente em suas pernas saradas. Seu peito era lisinho, sem pelos. Sua barriga possuía apenas o caminho da felicidade, que sumia na barra da cueca. Fiquei sem palavras, até ele dizer algo.

- Oi, bom? – Sua voz era doce e calma.

- Oi. Trouxe refrigerante. – Disse, evidenciando uma sacola com um litro de coca-cola.

- Precisava não! Entra ai. – Por fim, entrei em sua casa.

Entrei. Sua casa era muito legal e aconchegante. Passamos pela sala de TV, pela cozinha e entramos na “área de festas”. Pra mim era a parte mais legal.

Tinha uma área coberta. Nessa área tinha alguns pufs, uma mesa de sinuca, uma grande mesa de madeira, uma churrasqueira e um banheiro.

A área não coberta era toda gramada, salvo em torno da piscina. Em um canto tinha um canil, com um Golden Retrivier – Minha raça de cachorro favorita.

- Fique a vontade! – Assim que Edu disse isso, uma pessoa, mais velha um pouco, com o mesmo tom negro no cabelo, o mesmo tom verde nos olhos se aproximou de mim.

- Tudo bem! Você é o Leonardo? Edu comentou que você viria! Sou a mãe do duduzinho. Prazer, Carmem! – Sua voz era doce igual a do Edu, mas agitada.

- Prazer dona Carmem. Pode me chamar de Leo ou Araújo. Alías, bela casa a sua! – Tentei ser o mais simpático possível.

- Fique a vontade. Edu, serve seu amigo! – Assim que ela disse isso, se virou e foi de encontro as pessoas sentadas na mesa. Foi então que eu reparei. Não havia ninguém da minha idade, muito menos da escola.

- Quem mai você chamou? – Perguntei curioso.

- Ninguém. Só você. – Fiquei sem reação, sem saber o que pensar. Sempre que eu o via na escola ele estava acompanhado com várias pessoas. – Vamos lá pra área, eu to ganhando do meu pai e do meu tio na sinuca. Sabe jogar? – Eu havia jogado algumas vezes, mas nada sério.

- Joguei só uma vez.

- Sem problemas! Eu te ensino! – Ele disse animado e saiu em direção à mesa de sinuca.

Eu o segui. Pelo pouco que joguei de sinuca e vi de regras, ele estava ganhando por pouco do pai dele. Seu pai, Carlos, me explicou as regras rapidamente, me explicou como dá a tacada e recomeçamos.

Foi menos pior do que eu achei que seria. No fim, eu e Edu ganhamos. Matei até a bola 8 (Até hoje não sei como fiz isso, mas matei).

Esse dia, foi um dos dias mais divertidos de minha vida. Jogamos sinuca, truco, xadrez. Descobri que a família de Edu era muito culta e legal. Mas não eram fechados e sossegados como muitas famílias cultas. Eram muito animados tudo era motivo pra festa. Era uma grande bagunça.

Na hora que foi ficando tarde, Edu me levou ao seu quarto. Era o quarto mais legal que eu já havia visto. Era simples, mas legal. Era todo branco, com pisos de madeira. Seus móveis eram branco com mogno. Em um canto tinha uma escrivaninha em “L”. No alto haviam prateleiras com muitos livros legais. Os meus favoritos estavam lá. A janela do seu quarto dava para a área de festas. E, perto da janela, tinha um teclado.

Nós conversamos muito. Eu nunca o havia visto porque ele havia se mudado de São Paulo há pouco tempo. O pai dele havia sido transferido pra cá. O fato dele ter me convidado somente me intrigava, até que eu perguntei.

- Edu, na escola você sempre tem tantos amigos. Por que você chamou somente a mim pra vim hoje? Digo, eu somente te expliquei um exercício! – Perguntei intrigado. Ele deu uma risadinha.

- Não sei. Minha mãe disse pra eu chamar alguns amigos. Eu ia chamar dois da minha sala. Até aquele dia que você me procurou antes da aula pra saber o que eu queria. Eles me viram falando com você e me alertaram “Cara, num meche com aquele Leo Araújo não, ele doido!”. Eles me contaram sobre você. Então, eu peguei a questão mais difícil que eu já havia feito, demorei 2 horas pra resolve-la. E você resolveu em 5 minutos. Achei legal seu jeito de “Foda-se o mundo”. É isso. – Ele me contou isso com uma tranqüilidade surpreendente!

- Here i am... rock you like a hurricane... – Nós rimos da minha frase.

Continuamos conversando, até que o telefone toca. Ele vai atender eu fico em frente ao teclado. Não resisti. Liguei e comecei a tocar uma das minhas musicas clássicas preferidas: Four Elise [http://www.youtube.com/watch?v=o0VwTw1eZ1k].

Como eu disse, toco piano/teclado muito bem, assim que eu acabei de tocar. Todos os familiares de Edu estavam na janela me observando tocar. Eles começaram a aplaudir. A julgar pelo meu antecedente de ficar vermelho quando fico com vergonha, devo ter estourado. Até Edu estava aplaudindo da porta do quarto.

- Não sabia que você tocava tão bem! – Ele exclamou.

- Eu arranho um pouco. – Tentei parecer modesto.

Ficamos conversando sobre composições famosas e músicos famosos quando meu celular toca. Era o Biel.

- Late. – Atendi dessa maneira, brincando.

- Cade você viado! Você não vem não? – Ele parecia um pouco estressado.

- Não. Eu disse que não iria.

- Aff! Chega ai!

- Não cara! Eu to na casa de um amigo... Semana que vem, se der, eu vo! – Estava começando a ficar irritado com Biel.

- Larga de viadagem e vem logo. Tchau! – Ele falou isso e desligou o telefone na minha cara.

- Namorada...? Peguete...? – Edu questionou.

- Antes fosse! Amigo chato...

- Se é chato, porque é seu amigo?

- Por que se não fosse ele, eu não teria amigos. – Falei, junto com um suspiro. Acho que ele percebeu que eu não queria falar sobre isso. E mudamos de assunto. Continuamos conversando até dar a hora de ir embora pra minha casa.

Despedi de sua família legal, despedi de Edu e fui pra casa.

Em casa, após tomar banho, jantar e conversar com meus pais, fui logo deitar em minha cama. Lá, fiz um pequeno resumo mental de tudo o que aconteceu no dia mais perfeito, até agora, do ano. Fiquei assim, até cair no sono.

“Só existem dois motivos para alguém se preocupar com você: ou ela te ama muito ou você tem algo que ela quer muito”. A partir disso surge uma ótima pergunta. Quem me ama muito e que tem algo que ela quer? A resposta é muito mais simples do que você pensa...

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Comentários

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cara é muito bom este conto to adorando pós estou me identificando mais ainda

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Pra mim, se é simples, Biel quer algo que você tem e Edu pode te amar, não te ama ainda, mas pode vir a te amar.

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Esse conto foi profundo.... Até eu suspirei no "se não fosse ele, não teria amigos"..

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Muito bom. Esse Eduardo parece, pelo menos, bem legal também. Quanto a sugestões, não sei, estou gostando como está.

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PERFECT...Continua logo por favor....rs ansiosidade bate forte aqui....rs

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Imagino a cena do teclado/piano,deve ter sido muito engraçada hahahaha

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Pq que todo conto bom a gente lê como se fosse uma frase?

Ta muito legal.

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Muito bom. Não é por que esse Biel é seu melhor amigo, que tu deves deixar ele te tratar feito um lixo, manda uma real pra ele. E seu conto está incrível. 10.

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Nossa, vc só explica um execício pra ele e já é convidado para um churrasco U.U... Sei ñ, to com a impressão que o Gabriel vai aprontar ><. Amooo mt Beethoven (Sou apaixonada por música clássica ^^), apesar de ñ saber tocar piano, nem teclado, amo ouvir me irmão tocar :)... Esse Eduardo promete (pelo menos eu espero kkkk). Seu conto é 100[...]000 haha, estou aguardando o próximo capitulo. BJS :3

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