Chapeuzinho Vermelho e o Lobo (uma releitura) - Capítulo 6

Um conto erótico de RedCap
Categoria: Gay
Contém 1585 palavras
Data: 24/04/2013 22:52:06
Última revisão: 30/05/2020 15:30:58

- Bom já que estão todos aqui! Eu gostaria de falar uma coisa! - disse tio Valter. - Todos sabem que agora temos inimigos, mas como não os conhecemos ainda, manteremos uma postura defensiva, ao mínimo sinal de perigo mandarei todos em direção ao pacífico, parece que reagimos de uma forma estranha quando estamos perto deles, sentimos um calor muito grande, como se fossemos nos transformar, isso é um alerta de perigo automático. - disse tio Valter.

Aquilo me fez lembrar da vez em que estava saindo da casa do Adriano, o calor que estava sentindo, se era perigo então provavelmente devia ter alguém me seguindo desde a hora em que eu sai de casa, ou foi um acaso mesmo eu ter encontrado com o Nicolas, mas pouco provável, e além do mais todo calor se esvaiu quando estive perto dele, bom pelo menos esse sim.

- De qualquer forma todos fiquem alertas, faltam ainda duas horas pra lua cheia, será às 21h em que ela estará totalmente cheia, enquanto isso esperemos. - disse tio Valter por fim.

- Eric vem cá! - chamou-me Vanessa pra um lugar mais reservado.

- Oi! Fala! - perguntei.

- E aí onde foi que você se enfiou? Não perde a mania de chegar atrasado né? - disse carrancuda.

- Ah qual é! Eu estava… trepando… quero dizer, enfim você sabe! - disse pra ela revirando os olhos. - E você heim? Vai dizer que não…

- É claro que… sim… afinal… - disse ela meio encabulada, rimos.

Ficamos atoa e jogando papo fora, de vez em quando alguém ouvia alguma coisa vinda da floresta, mas na maioria das vezes eram os pássaros ou morcegos que estavam por ali. Chegando perto da lua cheia, uma coisa muito engraçada começou acontecer, geralmente eu já chegava bem depois e nunca via os detalhes, mas hoje pude ver.

Como nos transformamos em lobos nossas roupas viram quase que pó, por isso nós tiramos algumas peças e ficamos com o menos possível de roupa, pra tentar minimizar o prejuízo, eu ainda achava que era meio desnecessário. Assim que todos estavam com quase sem roupa nenhuma, inclusive eu infelizmente, nos reunimos no meio da clareira para ver melhor a lua.

A noite estava meio nublada, mas assim que deu a hora em ponto, a lua apareceu completa e refletindo a luz do sol sobre a clareira que ficou iluminada. Todos olhamos para ela e seu reflexo em nossos olhos tornou-se amarelado, a transformação é rápida, quase instantânea e indolor, olhei em volta e via corpos que eram humanos darem saltos e no ar virarem lobos grandes e com expressões ferozes, estaria assim dentro de segundos.

[VALTER]

Todos transformados, chequei em volta se não faltava ninguém, era de suma importância que todos ficassem juntos, e esses novos lobos eram muito impulsivos, refiz uma lista em minha cabeça revendo todos que estavam ali, podia identificá-los mesmo sendo lobos. Eric, Lucas, Vanessa e Alex estavam perto de umas árvores. Otávio e seus filhos, Gustavo e Sonia estavam mais perto do meio da clareira.

Ricardo estava junto de seus filhos também, Fernando, Bruno e Gilberto. As gêmeas Maria e Cristina estavam juntas com Mariana outra irmã minha e seus filhos, Igor, Nataniel e Carlos. Por fim estavam perto de mim Eduardo e Flávia, com isso terminei minha lista mental e deixei que eles ficassem se adaptando a transformação, tem um tempo em que eles ficam paralisados, mas logo em seguida voltam ao normal.

Fiquei de guarda sempre alerta em tudo que acontecia em volta, os lobos já tinham desaparecido na floresta, às vezes via alguns borrões passarem rápidos pela clareira, eram os mais velhos vasculhando todos os lugares. Decidi então correr um pouco também, mas um movimento estranho me chamou atenção perto de algumas árvores e voltei por uma trilha, chegando lá avistei um homem entre duas árvores com um telefone no ouvido falando.

- Eles estão pela floresta correndo agora, cuidado! - ele desligou.

Percebi que usava uma faixa vermelha no braço direito, como temia os lenhadores estavam tramando alguma coisa contra nós. Corri de volta pra clareia, como não tinha uma forma de chamá-los que fosse menos obvia possível, uivei o mais alto que pude e esperei. Depois de algum tempo começaram a chegar todos, e esse foi meu erro, todos reunidos na clareira.

Por reflexo desviei de alguma coisa que veio em minha direção de dentro das árvores, quando me aproximei, era um machado pequeno, cerca de 30cm e era próprio para ser arremessado. Percebi que alguém saía de trás das árvores, eram homens e mulheres que estavam nos cercando, alguns com machados grandes outros com pequenos, nenhuma armava de fogo e todos com uma peça vermelha no corpo.

Um homem que estava perto de uma das Gêmeas avançou com machado em punho, mas antes que a acertasse avancei sobre ele que caiu. Com um uivo de Mariana, todos acordaram pra realidade e foram lutar, ou tentar pelo menos se defender. Uma vantagem que tínhamos sobre eles era a rapidez e força superiores, mais eles tinham mais destreza, um golpe bastava para acabar com algum de nós.

Como a situação estava ficando cada vez mais perigosa decidi por mandar todos em direção ao pacífico, usei minha autoridade de alfa e disse mentalmente para eles irem correndo o mais rápido possível e que usassem as trilhas, cavernas e fendas que todos conheciam para atravessar a cordilheira dos Andes sem ter que subi-la, e assim todos foram.

Esperei o último sair e fui logo atrás. Estávamos chegando perto da fronteira quando fomos surpreendidos por um grupo destacado que parecia que nos esperava, eram quatro. Quatro garotos, e deviam ter seus 20 a 25 anos, arremessavam machados contra nós, porém como estávamos correndo podíamos nos desviar facilmente, teriam que nos parar para poder conseguir atingir alguém, e foi o que aconteceu.

Um deles entrou em um carro que parecia ser um jipe e foi em direção a Flávia que não conseguiu desviar e teve que parar abruptamente, quando ela parou um deles surgiu de um lado e com uma patada ela conseguiu deixa-lo imóvel, porém desprevenida do outro iria receber um golpe fatal, mas eu consegui chegar antes e a lâmina do machado veio sobre as minhas costas de lobo e ficou ali presa, mesmo ensanguentado ordenei novamente como alfa que ela saísse dali.

Despedi-me com um último uivo de lamento, e tudo a minha volta ficou escuro e mergulhei em um torpor, pensando em minha família por fim.

[ERIC]

Acordei em uma praia meio zonzo e entorpecido, encontrei Nessa encolhida perto da água e Alex ao seu lado, me juntei a eles.

- Calma maninha! Tudo vai dar certo! - disse tentando confortá-la.

- Aqueles… eles mataram nosso tio, Eric, merecem ser punidos! - disse ela com a voz meio chorosa meio raivosa.

- Eu sei, o melhor que podemos fazer é voltar e tentar encontrar o corpo do tio Valter e dar um enterro digno pra ele. - disse.

Olhei em volta e todos estavam reunidos em pequenos grupos sentados pela costa da pequena praia onde fomos parar, tio Valter disse que éramos pra correr em direção ao pacífico, só pararíamos de fato quando estivéssemos aqui.

Meu pai chamou todos e pude reparar que estávamos nus, senti meu rosto queimar de vergonha, me mantive sentado enquanto meu pai falava que éramos pra nos transformar e voltar para casa. Assim fizemos e voltamos pelo mesmo caminho que usamos para vir parar aqui.

O dia seguiu de luto, conseguimos encontrar o corpo de tio Valter, uma característica dos lobos é que se nós morrêssemos transformados em lobisomens assim continuaríamos, o mesmo se estivéssemos em forma normal. Por causa deste motivo, o caixão de tio Valter era completamente fechado, e sem possibilidade de ser aberto, o que algumas pessoas estranharam no enterro, mas não foi questionado isso.

Deu um pouco de trabalho para os coveiros enterrarem o caixão, por que era mais pesado que o normal, e um pouco maior também, e com certeza aquilo seria alimento pra fofocas alheias o que poderiam causar alguns problemas mais tarde.

Depois do enterro fomos todos para casa do tio Valter, chegando todos lá meu pai nos reuniu na sala para colocarmos as coisas a limpo.

- Bom pessoal, infelizmente meu irmão se foi, mas não é por isso que teremos que ficar pra baixo e depressivos, agora mais do que nunca teremos que redobrar o cuidado com esses lenhadores, passaremos a partir de hoje investigar mais sobre eles e saber como combatê-los. - falou.

- Mas tio e agora quem será o alfa? - perguntou Flávia.

- Então isso que eu quero falar agora com vocês. Tecnicamente era pra ser a tia de vocês, Mariana, por que ela vem logo depois do Valter, mas ela me pediu pra assumir esse lugar, acha que estou muito mais apto do que ela, é meio estranho eu sei, mas vamos procurar saber como faremos isso depois. Por hora pessoal fiquem atentos e alertas sempre. - respondeu meu pai.

As coisas com certeza iriam ficar mais perigosas, começaria eu mesmo investigar sobre os Bragança, eles não poderiam ter vantagem sobre nós, e espero que minha paixão pelo Nicolas seja passageira, se eu me envolver de mais poderei acabar perdendo tudo que mais presoOi pessoinhas, desculpaa a demoraa! ain u.ú eu respondo todos os coments no próximo capítulo sem falta, espero que não comam meu figado mal passado com limãozinho... KKK' tipo neste capítulo tem uma parte que o tio do Eric narra, já que os lobisomens jovens perdem a consciência na lua cheia... beijãos espero que gostem, vou tentar ser mais rápido! I promise

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Comentários

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Huum Demora Nao. Se O Tio Valter Pode Se Comunicar Telepaticamente Porque Ele nao Falow Ao Inves De uivar?? #DemoraNao

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Coitado do tio Valter,tomara q os que o matara morram comidos muahahahahah

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uhhhh finalmente ação \o/ mas que pena que um lobo morreu. Só não entendi o motico dessa rincha de família, afinal, se lá no começo um lobisomen matou um humano, mas foi morto depois, tecnicamente estão quites certo? (mas vai explicar isso pros caçadores... Ou pros lobos)

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