Aprendendo a amar - parte I

Um conto erótico de Alessa
Categoria: Homossexual
Contém 1677 palavras
Data: 23/04/2013 11:56:29
Última revisão: 24/04/2013 11:27:19

Meu nome é Manuella, tenho 17, faço o terceiro ano. Vivo me mudando por conta do trabalho do meu pai, mas espero que esse seja a ultima mudança.

Hoje é meu primeiro dia na escola nova, já estamos no segundo semestre, “Legal, vai ser bem difícil me enturmar” pensei. Quando encontrei minha sala os alunos estavam conversando nos seus grupinhos, suspirei, já tinha visto aquela cena tantas e tantas vezes. Olhei pro fundo e tinha um garoto sentado na última cadeira rabiscando o caderno, sem ninguém a frente ou do lado. Sentei ao seu lado e fiquei esperando que a aula começasse.

O primeiro tempo foi física, eu já tinha visto aquele conteúdo, estava realmente entediante. No meio do segundo tempo entrou uma garota linda, ela tinha cabelos pretos longos que batiam no meio das costas com duas mechas roxas, um sorriso lindo e um corpo de deixar qualquer um de queixo caído.

Ela me olhou fixamente e sorriu, que sorriso lindo... Sentou-se a minha frente e enquanto organizava seu material sussurrou:

– Você está no meu lugar, novata.

Eu fiquei sem graça, mas não respondi. Então ela disse:

– Oi, meu nome é Luna.

– Desculpa, quer trocar?

– Não, tudo bem, mas geralmente é nessa parte em que você diz como se chama.

– Ah, sim, claro... Meu nome é Manuella.

– Muito longo, é só Manu.

O professor nos lançou um olhar que já dizia tudo, apontei pra ele e então ela virou pra frente e ficou prestando atenção na aula. Eu já não consegui mais, fiquei apenas encarando suas costas, seus cabelos eram tão lindos que dava vontade de tocá-los, mas não o fiz.

Quando o intervalo começou ela levantou e me deu a mão dizendo:

– Ei ladra de lugares, vamos comer?

– Não estou com fome, mas talvez eu te dê um relógio pra ver se você chega a tempo da primeira aula.

Ela riu da minha piadinha idiota e insistiu para que eu fosse com ela. Acabei aceitando com muito custo. Vieram várias garotas falar com ela no caminho até a cantina e aquilo me incomodou, mas resolvi ignorar o fato. Sentamos em uma das mesas que estavam vazias e ela começou a me perguntar diversas coisas enquanto eu tomava um suco, a conversa entre nós simplesmente fluía e eu me sentia realmente bem em estar ali, até que o sinal tocou e a gente teve que voltar pra aula.

Na sala, o garoto que estava sentado ao meu lado me deu um papel dobrado ao meio sem me olhar nos olhos. Quando abri tinha um desenho lindo de mim e em baixo estava escrito “Bem vinda” numa letra forte. Olhei pra ele sorrindo e disse:

– Uau, você desenha muito bem. Qual seu nome?

– E-e-e-ric...

Luna virou e ficou encarando ele com a maior cara de susto.

– Você fala? – Disse ela surpresa. – Desde o começo do ano você só fica sentado aí desenhando, nunca te ouvi dizer uma palavra.

Ele voltou sua atenção pro caderno e pareceu ter se perdido em seu mundo particular novamente. Fiquei um bom tempo fitando o desenho que Eric havia me dado, se ele realmente nunca falava com ninguém, talvez ele tenha gostado de mim pra fazer algo assim.

No fim da aula Luna se ofereceu pra me acompanhar até em casa, eu de pronto aceitei. Não era tão longe, mas andar sozinha era muito chato. Enquanto caminhávamos ela esbarrou a mão na minha algumas vezes, eu já estava achando graça daquilo, até que surgiram as perguntas:

– Manu, você tem namorado?

– Não, eu me mudo bastante, não conseguiria levar um relacionamento sério à distância, embora eu já tenha tentado e você?

– Hm... Não, ainda, mas e com mulheres? Você já ficou?

– Já, algumas vezes. Na verdade não gosto de ficar com garotos.

O sorriso cúmplice que ela deu ao ouvir isso deixou claro que eu não precisava perguntar o mesmo. Não deu tempo de discutir mais nada, chegamos a minha casa e eu queria muito convida-la pra entrar, mas ainda estava tudo uma bagunça. Fui me despedir com um abraço e ela me deu um beijo no canto da boca e foi embora.

Passamos vários dias trocando mensagens, comendo juntas e sentando ao lado uma da outra. Estava fazendo nascer um sentimento muito incomum em mim, eu precisava estar com ela, gostava quando arrumava qualquer desculpa pra me fazer um carinho ou quando dava aquele sorriso que me prendia. Em uma dessas tardes em que fomos juntas até minha casa resolvi chama-la pra passar à tarde comigo.

Fomos direto pro meu quarto, avisei que ia tomar um banho rápido e que ela devia ficar a vontade. Comecei a tirar a roupa ainda no quarto, já era um costume meu, então me dei conta de que ela estava me olhando e mordendo o lábio, nunca a tinha visto tão sexy, nunca tinha sentido tanta vontade de beijá-la.

Resolvi me controlar e fui pro banho, enquanto a água quente caia sobre mim fui passando a mão pelo meu corpo imaginando que fosse a dela, toquei meus seios e os apertei soltando um gemido baixo. Passei a mão sobre meu sexo e comecei a colocar dois dedos em mim. Meus movimentos cada vez mais rápidos me provocaram arrepios e os gemidos foram ficando mais altos. Mal lembrava que Luna estava no cômodo ao lado, apenas provocava meu próprio prazer imaginando ela tocar meu corpo, fiquei nisso até sentir meu corpo explodir num gozo muito bom que escorreu com a água nas minhas pernas.

Terminei o banho e saí do banheiro ainda de toalha, me joguei na cama. Ela sentou do meu lado e começou a me fazer carinho.

– Quer que eu penteie seus cabelos meu anjo?

– Quero sim – sorri e sentei na cama.

Ela pegou um pente e começou a passar suavemente em meus cabelos, depois de um tempo senti que ela chegou mais perto e começou a beijar meu ombro, subiu pro meu pescoço e depois deu leves mordidas em minha orelha. Meu corpo todo arrepiou, virei o rosto em direção ao dela e começamos a nos beijar. Sentei em seu colo e passei os braços em volta do seu pescoço. O beijo dela era muito bom, calmo, suave. Não sei quanto tempo ficamos nos beijando, ela me fazia perder a noção do tempo.

Quando paramos de nos beijar eu fiquei olhando pra ela que estava com aquele sorriso que eu tanto gostava, mas agora parecia ainda mais belo.

– Eu queria fazer isso desde o primeiro dia em que te vi – disse ela fazendo carinho no meu rosto – você chamou minha atenção como ninguém mais e veio se mostrando uma garota incrível Manu, eu gosto muito de você...

A interrompi com outro beijo, mais intenso, mais urgente. Eu não estava pronta pra ouvir esse tipo de declaração de novo, a gente estava indo muito bem, não precisávamos começar com isso. Eu havia namorado uma garota em uma das cidades em que estive. No começo foi bem parecido com o que eu tenho com Luna, até eu descobrir que todas aquelas declarações eram falsas, que eu era só mais uma em sua coleção. Agora as poucas garotas com quem eu ficava era mais por diversão, queria evitar sentir algo mais por qualquer uma delas.

Levantei da cama, me vesti ali mesmo, na frente de uma Luna que me encarava com um misto de susto e admiração. Dei a mão pra ela e a chamei pra almoçar. Resolvi falar sobre qualquer coisa que não envolvesse nós duas, mas infelizmente ela notou.

– Manu, eu fiz algo errado? – perguntou segurando minha mão sobre a mesa.

– Não, é que... – minha irmã e minha mãe entraram em casa gritando uma com a outra, suspirei, eu odiava aquelas brigas diárias das duas, mas nunca tinha ficado tão grata por uma delas estar acontecendo. Olhei pra Luna com cara de quem se desculpa e minha irmã irrompeu pela cozinha ainda aos berros, ignorou nossa presença, pegou algo pra beber e saiu batendo a porta da geladeira.

– Vamos pra minha casa, vem. – disse levantando e me dando a mão.

Saí com ela pela porta dos fundos evitando ter que responder qualquer pergunta da minha mãe que certamente também não estava muito amigável.

Enquanto caminhávamos pude perceber o quanto a casa dela era longe da minha, na verdade ficavam em direções completamente opostas. Ela me levou pra uma rua vazia, me puxou pra um beijo longo, senti suas mãos passearem pelo meu corpo, mas não me afastei. Até que passou um casal e ficou olhando assustado em nossa direção, Luna riu e escondeu o rosto no meu ombro me dando leves mordidas.

Resolvemos chegar logo, a casa dela era bem grande e imponente. Ela disse pra ficar a vontade, que ia só terminar de fazer uma coisa e correu pras escadas. Fiquei andando pela sala, olhando várias fotos, algumas dela quando pequena. Não mudara muita coisa, sempre teve aquele sorriso encantador. Haviam algumas fotos de um garotinho também, com os mesmos olhos, o mesmo sorriso...

– Oi!? – disse uma voz masculina atrás de mim.

Me virei e vi um garoto que era idêntico a Luna, mas um pouco mais alto e com músculos bem definidos nos braços, mas não muito exagerados. Ele tinha um embrulho nas mãos e um envelope de carta.

– Ah... É... Oi... – que droga! Eu mal conseguia falar, que coisa idiota, nunca tinha acontecido comigo, com certeza ele notou.

– Você deve ser a Luna né? Minha irmã fala muito de você – disse ele estendendo a mão – prazer, eu sou o Gabriel.

Segurei a mão dele, ele segurou suavemente e deu um beijo no meu rosto. Eu podia sentir meu rosto ficando quente, certamente estava vermelha de vergonha daquele garoto.

– Teria como você entregar isso pra Luna? – disse me dando o pacote com um envelope – Aí você diz que o Serginho mandou pra ela e pediu pra falar que ela é a melhor namorada que alguém pode ter... Ah, é pra avisar também que talvez ele venha aqui hoje à noite. Eu entregaria, mas já estou muito atrasado pra natação.

Namorada!? Como assim namorada?

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Comentários

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Vou continuar sim, amanhã eu posto mais, obrigada pelos comentários.

Que sonho a Bruna Oliveira lendo, ela escreve tão bem *-*

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