CAMA, MESA E BANHO 5

Um conto erótico de csdoputão
Categoria: Homossexual
Contém 1406 palavras
Data: 14/03/2013 14:57:49
Última revisão: 17/03/2013 13:19:44

Fiquei sem ver Evandro por uns quinze dias, pois não cruzei com ele em casa. Mas através de Rubão fiquei sabendo que ele passara alguns dias meio complicados após aquela foda, talvez com a consciência latejando devido a seu casamento, talvez desorientado pelas novas descobertas. Cláudio nunca soube o que tinha rolado naquela fogosa tarde de sábado.

Ele, Rubão e eu seguíamos nossas vidas. Nossas fodas rolavam com naturalidade e nem sempre eles me comiam juntos, quase que num acordo mudo de alternância. Aos poucos fui fazendo amigos na faculdade, saía à noite, tinha minha vida pessoal. Umas três semanas depois do ocorrido com Evandro, cruzei com ele em casa após a aula. Ele tinha vindo resolver umas questões do curso junto com Rubão. Do sofá onde fiquei eu o via sentado na mesa com o amigo e percebi que seus olhos muitas vezes estavam dirigidos para mim. Depois de um longo tempo fui à cozinha e ele colou a meu lado. Olha... eu queria te agradecer por aquele dia... você foi muito bacana... eu nunca pensei que um homem pudesse ser tão ... tão... gostoso, ele comentou. Conversamos um pouco e ficou nisso.

Uns três dias depois eu o encontrei na faculdade e fiquei surpreso, pois ele não trabalhava ali. Explicou-me que me procurara, queria conversar. Acabamos almoçando no restaurante universitário e ele não se abriu, evidentemente, cercado por aquela turba de gente. Quando saímos, ele me perguntou se eu podia sair com ele em seguida; que iria enforcar o turno da tarde de seu emprego e se eu poderia matar minhas aulas. Eu tinha uma aula importante mas, diante da insistência dele, da curiosidade em ouvi-lo e da lembrança de seu magnífico pau dentro de mim resolvi acompanha-lo num motel.

Durante quase uma hora, dentro do carro, Evandro me explicou seus problemas, suas angústias conjugais, suas dúvidas se estava virando gay, pois ele sonhara várias noites comigo. Eu argumentava que tudo aquilo era bobagem, tentando minimizar as consequências, mas percebi que para ele a coisa era séria. Até que finalmente, ele soltou a bomba: tô louco pra te comer de novo! Pegou minha mão e a colocou sobre seu pau, túrgido, e eu o apertei de leve. Sorri e disse vamos.

Entramos no banheiro juntos e, entre brincadeiras, fomos dando banho um no outro. Ele era bem desajeitado, mas consegui, aos poucos, ir dobrando suas resistências, fazendo-o pegar no meu pau e me acariciar todo o corpo. Na cama, comecei sugando a enorme cabeça de seu caralho, suas bolas e tive o cuidado de não fazê-lo gozar por mais de duas vezes. Segundo ele mesmo, tinha certa dificuldade em controlar. Num segundo momento, achei que a melhor maneira de prosseguir era com ele deitado e eu sentando por cima. Demorou um pouco para entrar, mesmo bem lubrificado, devido à espessura do tarugo, mas fui vencendo minhas resistências, sofrendo um pouco pela dor, mas envolvido no clima quente daquele momento. Ao contrário de nossa foda anterior, inteiramente muda, agora falávamos muito e, a todo instante, comentários ajudavam a regular o intercurso.

Passamos, depois, para outra posição, com eu deitado de barriga para baixo; o que lhe permitiu deitar sobre mim e passar a controlar a metida. Teu cu é bom demais cara, que tesão que é te fuder, ele declarou, movimentando-se com desenvoltura e me lambendo os ombros e o pescoço, a nuca e as orelhas, me estreitando entre os braços. No auge de sua excitação cravou os dentes em meu ombro e senti suas investidas profundas, seu jorro generoso esvair-se. Sem que saísse de dentro de mim, escorregou de lado me permitindo, numa vigorosa punheta, também eu molhar o lençol, repetidamente contraindo meu ânus e pressionando seu pau, em espasmos de prazer que foram morrendo à medida que nosso cansaço se instalava e nos transportava ao langor do sono. Não quero sair daqui de dentro, foi a última frase que ouvi.

Quando acordei, estava só. Evandro estava debruçado na janela, fumando um cigarro, dando as últimas baforadas. Já tomei banho, disse ele jogando a bituca, vindo até a cama. Sonolento perguntei as horas. Você está bem.... tá doendo?, ele respondeu. Teu pau é grande cara, tá latejando... sorri. Ele levantou minhas pernas para examinar. Puta cuzinho lindo... tá inchadinho mas tá tudo bem, você tá acostumado... tá dando todo dia?, ele queria saber. Eu disse que não, variava muito. Ah, se fosse eu, te comia todo dia... pena que não posso, completou. Afagou meus cabelos, olhou-me nos olhos e desceu a boca em direção à minha, enroscando a língua ávida em meus lábios. Foi o primeiro beijo trocado entre nós. Foi o início de outro mergulho na volúpia, foi o inicio de uma nova penetração, lenta e langorosa, que conduziu o grande pau de Evandro ao interior de minhas mucosas. Tá sem camisinha, só vou deixar latejando, ele falou.... queria te sentir na pele. Ele fervia por dentro, eu sentia a temperatura de seu pau me incendiando, o vigor de seus beijos me lambuzando o rosto.

Alcançando um preservativo e envolvendo seu pau, Evandro voltou à carga, desta vez dando estocadas firmes, controladas a cada vez que seu prazer exigia consumar-se; enquanto eu, numa punheta lenta, pedia para ele me comer cada vez mais. Só vou gozar depois que você se melar, ele comentou, o que tornou essa foda uma perfeita sincronia de tempos, uma ensaiada coreografia de corpos entregues aos improvisos tórridos da lascívia.

Consegui chegar em casa em meu horário normal, esquentar a comida e esperar meus dois machos chegarem do trabalho. Cláudio ameaçou me comer de noite, mas o evitei, pois sabia que poderia ser descoberto. Fui eu quem entrou em parafuso nos dias posteriores, até compreender que era o dono exclusivo de minha vida, transava com que eu queria, e que Evandro tinha sido apenas uma aventura, muito gostosa, mas uma simples aventura. Numa conversa que tivemos mais à frente, esclareci a ele que não queria prosseguir com encontros clandestinos. Ele relutou no início, mas acabamos concluindo que, nem para mim nem para ele, prosseguir seria o melhor.

Hoje, quando olho para trás, fico surpreendido com toda aquela fase do ap. Eu ali vivi algumas das experiências mais importantes de minha vida, não apenas sexuais, mas principalmente no conhecimento das pessoas, na percepção das atitudes, no entendimento de como as coisas funcionam na convivência social. Cometi algumas burradas, mas quem não comete? Mas tenho certeza de que dei muito de mim, fui generoso e recebi também muita generosidade em troca.

O ano acabou e viajei para minha cidade para as festas de final de ano. Eu achei minha pequena cidade um ninho, uma geografia de infância, uma aquarela difusa no tempo em relação a São Paulo, em sua magnitude, mistérios e surpresas. Eu tinha vinte anos, e a av. Paulista me parecia o início de um caminho que eu queria cheio de luz.

No segundo semestre do novo ano acadêmico conheci Augusto num congresso de engenharia, estudante de outra universidade. Nossa amizade começou discreta, com um encontro aqui outro ali, um cinema um dia uma balada em outro, até que um dia nos surpreendemos frente a frente, olhando um nos olhos do outro. Tô apaixonado por você, Tuca, ele declarou, antes de pousar seus lábios sobre os meus. Era doce, quase ingênuo, emotivo. Aquilo me surpreendeu, pois foi inesperado e eu não sentia por ele uma atração maior. Augusto morava sozinho em Pinheiros, segundo filho de bem posicionada família que lhe proporcionava conforto para fazer a universidade, tinha carro e vida independente.

Em encontros seguintes fui me surpreendo cada vez mais com ele. Me trazia pequenos mimos – chocolates, coisinhas miúdas -, sempre entregues com um sorriso encantador e um pedido para que dormisse com ele. Talvez minha relutância tenha servido de gás nessa história, pois ele me parecia verdadeiramente apaixonado e eu, de minha parte, solidificando, pouco a apouco, um novo sentimento que fui descobrindo e construindo: o amor. Uma vez falamos que estávamos parecendo dois adolescentes tímidos e bobocas. Augusto não era bonito como Cláudio nem um macho poderoso como Rubão – mas queria ser meu namorado, coisa que os dois nunca cogitaram.

Numa noite suave de outubro, entre lençóis brancos e vinho tinto, me entreguei a Augusto, selando um pacto entre nós que começou com a mudança de casa e dura até hoje.

FIM

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