Encanto - Família Siren 1 - Capítulo 2

Um conto erótico de Silver Sunlight
Categoria: Homossexual
Contém 1164 palavras
Data: 29/03/2013 19:42:59

Tudo aquilo foi um choque muito grande. O investigador nos deu alguns detalhes sobre a morte de minha mãe, mas nada que pudesse nos deixar piores do que estávamos. Assim que ele saiu, fui começar a comunicar os parentes. Eu estava em pedaços, mas minhas irmãs precisavam de mim. Karen estava inconsolável e Danica não sabia o que fazer.

Ver o corpo da pessoa que você mais ama ser depositado no fundo de uma cova é muito triste. Alguns parentes vieram, incluindo minha avó Tricia Siren e um dos meus primos favoritos, Jeremy Siren. Não consegui falar com o Jeremy, mas vovó ficou conosco por uma semana.

Os primeiros dias foram horríveis. Danica não saia do quarto, não se alimentava direito, e Karen precisou de um acompanhamento psicológico rigoroso. Minha família estava ruindo e poderíamos acabar perdendo Karen por ser menor de idade. Como o único filho homem, assumi meu papel e fiz o que deveria ser feito: tranquei minha faculdade e fui cuidar das minhas irmãs.

Três meses se passaram desde a morte e finalmente as coisas pareciam engrenar novamente. Danica estava começando a voltar ao que era, embora permanecesse muito calada. Karen já estava recuperada, estava mais madura, responsável. Fiquei com orgulho das minhas irmãs e não poderia decepciona-las. Continuei cuidando da loja dia e noite, fazendo o possível para não deixar que nada de ruim acontecesse. Afinal, essa era nossa fonte de renda. As economias que mamãe havia deixado não durariam para sempre.

Os ventos estavam a meu favor. Tudo estava indo relativamente bem. Isso era o que eu achava.

Em um domingo, próximo do anoitecer, decidi fazer uma corrida. Vesti-me, avisei minhas irmãs e fui me exercitar. Após uns trinta minutos de corrida, sou surpreendido por um homem alto, encapuzado e empunhando uma faca. Ele avançou com tudo em minha direção e fez um corte no meu braço.

_ O diário! Eu quero o diário! – Gritava como louco.

Ele não me deu chance de responder e partiu pra cima de mim. Nunca pensei que fosse lutar tanto na minha vida e pela minha vida. Foi nesse momento que agradeci os estranhos verões com vovó. Ela nos ensinava defesa pessoal e outras coisas que ainda não posso contar. Por fim, consegui me livrar do bandido e voltei correndo para casa.

_ Danica? Karen? – Gritei entrando rapidamente pela porta.

_ O que aconteceu com você? Que corte é esse? – Disse Danica desesperada ao ver o corte no meu braço esquerdo.

_ Não dá pra explicar agora. Karen, tranque todas as portas e janelas rapidamente e me traga uma maleta de primeiros socorros. Danica ligue para a polícia e chame o investigador Albaron imediatamente. – Falei extremamente ofegante.

Elas tentaram me questionar, mas desistiram ao ver o meu estado. Danica estava falando no telefone e Karen estava vindo. Dei as instruções para fazer o curativo e em pouco tempo o ferimento já não estava doendo tanto.

Por medo, fui à cozinha procurar uma faca. Peguei a maior e mais afiada que tínhamos em casa e a posicionei atrás de um jarro. Se alguém tentasse entrar em casa, eu teria como defender as minhas irmãs.

Em pouco tempo, Albaron entrou pela porta com um olhar furioso e extremamente irritado.

_ Eu espero que seja algo realmente importante!

_ Investigador, me diga uma coisa. O carro de minha mãe parecia ter sido revistado? - Perguntei tentando manter a calma e a respiração sobre controle.

_ Sim. Ele apresentava sinais de ter sido revistado. Você me tirou da delegacia para perguntar apenas isso?! Vocês acham que eu tenho o tempo todo para correr atrás de vocês?! – Começou a gritar e eu acabei me exaltando.

_ Um momento! Você é investigador de polícia. Seu trabalho é defender as pessoas. Nossa mãe foi brutalmente assassinada e seu carro foi revistado. Eu acabei de sofrer um atentado e o cara dizia que queria o diário. Só pode ser algum diário que minha mãe tem guardado. Por isso chamei o senhor. Ainda estamos em perigo e o senhor é pago para nos proteger. – Falei rapidamente e em tom bastante alterado.

Notei que Albaron fez uma expressão de desapontamento. Talvez ele tenha lembrado-se de sua missão e se sentiu chateado por ter se deixado levar por sentimentos sem importância. Com um suspiro fundo, o investigador sentou-se em uma das cadeiras da cozinha para me ouvir com calma.

_ Quando isso aconteceu? – Perguntou calmamente.

_ Há alguns minutos, talvez uma hora. Eu fui atacado e fugi o máximo que pude. – Disse recobrando a serenidade.

_ Bem, se há um diário ou o que for que eles estão atrás, onde poderia estar? – Começou a questionar a todos.

_ Dani, você por acaso arrumou o quarto de nossa mãe? – Perguntei.

_ Não. Não tive coragem. Ele está como ela deixou. – Confessou-me.

_ Bom, vamos subir e ver o que encontramos no quarto. Quem sabe o que o bandido procurava esteja lá? – Falou Karen.

Começamos a subir a escada calmamente. Ao abrir a porta do quarto, tivemos uma amarga surpresa. O quarto estava todo revirado, a janela estava aberta. Roupas espalhadas, papéis soltos por todos os lado, tudo estava fora do lugar.

_ Como isso aconteceu? – Perguntei-me – Karen, você fechou essa janela?

_ Não, mano. Achei que estivesse fechada, por isso nem me preocupei em conferir.

_ E agora? Será que reviraram o quarto hoje ou há algum tempo? – Disse Danica segurando um porta retrato com a foto de nossa mãe.

Assim que minha irmã terminou a frase, ouvi um estalo baixo atrás de nós. Olhei de repente e vi um homem encapuzado com a arma apontada pra nós. Minha respiração profunda fez com os demais se virassem e fitassem a porta. O homem não pensou duas vezes e disparou.

Todos foram parar no chão, mas percebi que a bala atingiu o braço esquerdo do investigador.

_ Dani e Karen, ajudem o investigador Albaron. Eu vou ver se pego o bandido. – Disse levantando-me e correndo em direção às escadas.

Alcancei o térreo e o vi correndo em direção à porta. Puxei a faca que estava escondida e a atirei contra o ladrão. Infelizmente ele foi mais rápido e a faca ficou presa na porta de madeira. Não havia como saber o que era ou se ele havia conseguido encontrar algo. A única certeza que tínhamos era que a caça ainda não havia acabado. O jogo ficava cada vez mais perigoso. Em nenhum momento de nossas vidas o treinamento nos dado por vovó seria tão útil quanto agora.

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Espero que tenham gostado capítulo de hoje.... Um grande abraço e meus sinceros agradecimentos a todos os que lêem/comentam/votam ou fazem os 3... rs... Quero dedicar este conto a uma grande amiga, Mô... Estar na CdC só me fez ganhar amigos e mais amigos... hehehe

Obrigado ao novos leitores que tem acompanhado... Espero atender às expectativas de todos... Tenham um bom fim de semana, seus lindos...

críticas e sugestões, com classe por favor: silver.sunlight@live.com

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Comentários

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Nossa hein, cheio de emoçoes, mas quem atropelou o policial? Fale mais detalhes da morte de da mãe do Marcel, e o que tem nesse diário, o que a avó ensinavam a eles?

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Maravilhoso! O família do borogodó... Parece a minha. Muito bom!

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Nossa o conto está divino, adoro mistério e estou louco para descobrir os segredos da família siren.

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