Encanto - Família Siren 1 - Capítulo 1

Um conto erótico de Silver Sunlight
Categoria: Homossexual
Contém 1368 palavras
Data: 27/03/2013 20:53:15

O dia estava aparentemente normal. Nada estava anunciando mudanças na minha vida. Eu nunca entendi o motivo de minha mãe ter mandado minhas irmãs e eu passarmos alguns verões com nossa avó, que sempre acolhia diversos primos. Confesso que sinto saudades deles, mas nada que possa me deixar triste.

Acho que preciso dizer um pouco de mim. Marcel. Marcel Siren. Eu sei que meu sobrenome não é nada comum e chega a ser engraçado isso. Tenho duas irmãs, Danica, a mais velha, e Karen, a mais nova. Eu sou o filho do meio e o único homem da casa. Nós três somos frutos das aventuras mal sucedidas de nossa mãe, Agatha. Isso não significa que ela nos odeie ou guarde rancor. Pelo contrário, ela sempre nos defendeu.

Eu estava sentada no banco do lado de fora da loja de produtos naturais de minha mãe, observando o movimento do mar. Venice tem uma aparência muito agradável, mas confesso que já estava ficando enjoado da maresia de sempre. Mal sabia eu que tudo mudaria no dia em que decidi dar um mergulho em meio ao mal tempo.

ENCANTO

Atrás do balcão da loja estava eu, totalmente entediado. Minhas aulas na faculdade seriam apenas a noite e eu estava começando a me cansar de viver trancafiado naquela loja. O cheiro dos incensos da minha mãe me irritavam profundamente, mas confesso que alguns eram até bons.

_ Com todo esse ânimo você vai acabar desmaiando. – Comentou entre risos Danica, que entrava na loja trazendo uma caixa de diferentes tipos de ervas.

_ Eu não vou te responder em respeito à sua idade, venerável anciã! – Ri ao ver minha irmã vermelha de raiva.

_ Você só pode ter sido adotado! Leve essas ervas lá para dentro. Preciso fazer uma ligação. – Disse-me ao entregar a caixa.

_ Se você vai tentar falar com aquele cara da praia de novo desista. Ele deixou este bilhete aqui para você hoje de manhã. – Falei retirando o papel do bolso.

_ EU NÃO ACREDITO NISSO! Acredita que esse cretino terminou comigo? – Gritava histérica.

_ Dani, eu não digo mais nada. Eu já sabia disso e te avisei, mas você não me ouviu. Agora, deixe de chiliques porque eu quero dar um mergulho. Tome conta de tudo! – Disse jogando um beijinho para ela.

O tempo estava perigoso e eu amo um pouco de aventura. Sem pensar, tirei minhas roupas e corri para o mar. As ondas estavam muito fortes, então decidi sair já que havia me molhado um pouco. Avistei um homem muito bem afeiçoado parado à beira da areia. Alto, musculoso, careca e muito bonito.

Fiquei admirando-o algum tempo até que notei um carro se aproximando em alta velocidade dele. Minha única reação foi sair correndo em sua direção gritando “Cuidado!”. Infelizmente não deu muito certo. Ele foi arremessado na areia, juntamente com o carro e seu motorista.

Meu coração pareceu ter levado um golpe muito forte. Continuei correndo em sua direção. Precisava socorrê-lo, ver se estava bem. Enquanto me aproximava, notei pessoas parando, ligando para as autoridades e minha irmã vinda em minha direção.

_ Veja como o motorista do carro está. Eu cuido do rapaz caído na areia! – Disse e imediatamente fui ao encontro dele.

Vi que ele apresentava um pequeno corte sobre a testa. Aparentemente não estava ferido. Levei meus dedos próximos ao seu nariz para sentir sua respiração. Estava normal. Tentei sentir sua pressão sanguínea. Parecia normal. Levantei-me e fui à loja buscar um pouco de álcool.

Fiz com que ele cheirasse um pouco do álcool pra minha infelicidade. Ele acordou de repente desferindo um soco em meu rosto lançando-me na areia. Comecei a sentir o gosto de sangue. Passei meus dedos em meus lábios e notei um corte.

_ Você perdeu o juízo?! Ele estava tentando de ajudar seu idiota! – Gritava minha irmã, histérica, tentando me ajudar a levantar.

_ Não grite comigo garota. Sou policial e posso te prender por desacato à autoridade. Seu irmão nem está tão mal assim. Mas o motorista do carro vai ter muito que explicar. – Disse o desconhecido afastando-se de nós.

Danica me ajudou a sair da praia e entrar na loja. Ela desinfetou o corte e passou um pouco de uma mistura cicatrizante. Ela estava indignada com a atitude daquele policial. Acho que se ela fosse uma delegada, ela mesma faria questão de prendê-lo. Minha irmã sempre foi assim. Descontrolada.

A noite chegou e decidi não ir à faculdade. Fiquei deitado no sofá assistindo um filme com a Karen e a Danica estava terminando de se aprontar para ir a uma festa.

_ Crianças, comportem-se bem! – Disse jogando um beijinho.

_ Vai ao bingo, mana? – Perguntou Karen de forma muito debochada.

_ Talvez ela vá ao asilo procurar algum “coroa enxuto” que dê um caldo! – Completei rindo ao sentir que minha irmã me estrangularia.

_ Vão pro inferno e me deixem em paz! – Gritou batendo a porta da sala e em seguida o portão de casa.

Por mais que tudo isso pareça estranho, era muito divertido conviver naquela família. Minha mãe, Agatha, era uma mulher muito bonita e jovem. No auge dos seus 45 anos, era muito reservada e elegante, 1,80m, 78Kg, longos cabelos castanhos lisos, olhos castanhos escuros quase negros, formada em Biologia e especialista em botânica. Danica tem 25 anos, corpo esbelto, seios e quadril fartos, 1,76m, 68kg, longos cabelos castanhos claros, olhos azuis, pele levemente bronzeada e não quis ir para a faculdade. Karen tem 17 anos, a caçulinha da família, tem 1,70m, 70kg, cabelos loiros lisos, usa um corte na altura dos ombros, olhos castanhos como os meus e está prestes a concluir o segundo grau.

Talvez falar dos outros seja bem fácil. E de mim? Quem sou eu? Sempre me fiz essa pergunta e demorei a encontrar a resposta. Na verdade, essa resposta só pôde ser achada em companhia de certa pessoa que todos conhecerão no desenrolar da minha vida. Sou moreno, cabelos negros com corte estilo militar, pratico natação, por isso tenho um corpo bem formado, 1,78m, 75kg, olhos castanhos claros. Mas todas as minhas características físicas não são suficientes para me definir como pessoa. E eu não sabia bem o que eu era nem quem eu era.

O filme rolava na televisão e eu, perdido em meus pensamentos. A campainha soou e eu fui atender. Imaginem a surpresa que tive ao abrir a porta e dar de cara com o policial mal educado que havia me agredido mais cedo. Podendo vê-lo com calma pude notar detalhes que não havia visto antes.

Ele tinha algo em torno de 1,95m, corpo muito musculoso, careca, olhos escuros, cara de mau. O homem parecia um monstro. Estar diante dele uma segunda vez me fez estremecer e muito. Eu juro que não queria levar um segundo soco. O primeiro ainda doía.

_ Por gentileza, esta é a casa de Agatha Siren?

Eu não consegui disfarçar a minha cara de surpreso. Por gentileza? Será que era o mesmo ogro que me bateu mais cedo?

_ Sim. Em que posso ajuda-lo? – Retribui a cordialidade.

_ Eu sou o investigador Albaron e vim trazer uma notícia não muito agradável. Sinto muito, mas o corpo de Agatha Siren foi encontrado abandonado junto ao seu carro há 150Km de Venice. – Disse-me tentando manter a calma.

Eu não podia acreditar naquilo. Morta?! Minha mãe estava morta?! Eu fiquei como se houvesse perdido o ar, o chão e a noção de tudo. Tive vertigens e ameacei desmaiar. Albaron rapidamente me segurou.

_ Mãe?! – Disse iniciando um choro dolorido e acompanhado de um grito de desespero.

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Boa noite galerinha que eu amo!

Espero que tenham gostado do início da saga dos Siren. Farei o possível para criar algo emocionante para vocês e com muita safadeza também... kkkkkkk

Quero deixar registrado aqui que fui coagido a fazer um personagem careca... Meu querido amigo/irmão, José Otávio, espero que goste do Investigador Albaron...

Muito obrigado pelos comentários no preview do conto. Conto com a colaboração de vocês. Um grande abraço a todos!

E não se preocupem com os comentários pejorativos que postam nos contos... Eu não ligo pra isso... Aliás, Crowler 666, uma beijo pra tu "beesha"! kkkkkkkkkkkk

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Comentários

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Tadinho do Marcel, mas esquecendo a morte da mãe, pelo jeito que você descreveu o policial, ele deve ser uma Disneilandia, kkkkkkkkkkk

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Nossa estou amando o seu novo conto e espero que você poste a continuação logo.

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Gostei a discrissao do Albaron me fez lembrar do Dwaine Johnson/the rock hehe n10

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