OVERDOSE - Parte 18

Um conto erótico de Alê12
Categoria: Homossexual
Contém 1875 palavras
Data: 14/02/2013 13:28:24

Olá meus queridos! Como foram de Carnaval? Caíram na folia? Pois bem, a minha ausência é justamente essa: curtir muitoooo os blocos de rua e não tive tempo de postar nada. Mas estou de volta meus lindos. Beijosssssssss e Boa Leitura...

O Bernardo ria pra si mesmo. Parecia ter ganhado uma competição criando toda aquela mentira para ela. Queria de qualquer forma estragar o relacionamento do primo, e foi ao baixo escalão para conseguir isso.

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Era um dia de sábado, com um sol brilhando do lado de fora. Aos poucos, o Guilherme ia conquistando o coração de sua sogra. Mesmo sendo evangélica e muito religiosa, admitia pra si mesmo que tanto ele, quanto o próprio filho, eram homens de bem e não faziam mal a ninguém. A única coisa que ela sempre pedia para ambos era a discrição. O pequeno André, irmãozinho do Andrey, dava super bem com o Gui.

Guilherme se encantava pela família do seu amado. Mesmo sendo tão humildes, ele via a verdadeira expressão do amor, da união, do companheirismo... Coisas que jamais pudesse ver em sua família; muito pelo contrário, na verdade eles eram um bando de cobras querendo engolir uns aos outros. Tinha certeza dentro de si, que fez a escolha certa. O Andrey definitivamente mudara a sua vida. Ele por diversas vezes olhava-se no espelho e não acreditava no novo homem que transformara-se. Mais maduro, mais responsável, mais carinhoso, mais equilibrado. Por mais que estivesse longe de todo o luxo e conforto que sempre tivera, o mais importante era estar ao lado do seu Deus de Ébano.

- Anda pilantrinha, eu quero chegar cedo a praia. – dizia Guilherme impaciente com a amiga.

- Pronto apressadinho, vamos. Já ligou para o Dinho e o Andrey?

- Eles já estão nos esperando na praia há muito tempo.

- Nossa! Pelo visto me atrasei mesmo hein? Vamos, vamos. – era a vez de ela dar pressa.

Eles combinaram de ir à praia naquele Sábado maravilhoso de sol. Em poucos minutos, o grupo estava reunido e sentado na areia, apreciando a brisa gostosa do mar. Andrey passava protetor solar no seu branquinho, enquanto o Dinho fazia o meso na amiga.

- Vamos cair na água amor? – perguntou Andrey.

- Agora não nego. Daqui a pouquinho.

- Eu vou contigo Andrey. – o Dinho se levantou e foi junto com o amigo para o mar, enquanto Lívia e Guilherme ficaram na areia conversando.

- O Andrey é um cara muito bacana. A cada dia que passa gosto ainda mais dele. – disse Lívia olhando para ele.

- Ele é o homem mais especial que eu já conheci na vida. Às vezes tenho medo de perdê-lo amiga.

- Para de bobagem amoré, o Andrey é louco por você e jamais iria te deixar.

- Não sei... E esse silêncio da minha família me incomoda. Desde o dia em que eu sair de casa, os meus pais não falaram nada, não armaram nenhum escândalo. Será que eles se conformaram com o meu romance?

- Acho meio difícil Guilherme, mais vai ver caíram à ficha deles, de que não podem fazer muita coisa.

- Quer saber? Melhor esquecer esta história.

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- Eu vou ter que ligar para o Alberto. Ele tem que tomar uma providência. – dizia dona Sandra nervosa.

- Calma tia. Talvez tudo isso possa ser mentira. Eu só fiquei sabendo dessas coisas, porque um amigo meu, tem um funcionário que mora na mesma rua desse tal Andrey, e contou que ele era bandido e usuário de drogas.

- E você acha que tudo isso possa ser mentira? Claro que é verdade. É só olhar na cara daquele negrinho e vê que ele não presta.

- Quê isso dona Sandra? – disse assustada a empregada.

- Vou acabar com esse relacionamento. O meu filho não pode ficar com este rapaz. Vocês já pensaram que ele pode inclusive estar correndo perigo?

A cada palavra de aflição da tia, o Bernardo se gloriava por dentro. Tudo estava saindo como ele planejava. Colocar a família contra o Andrey e de certa forma contra o primo também.

Dona Sandra já discava o número do telefone do marido.

- Isso mesmo que você ouviu: ele é um marginal Alberto. E pode influenciar o Guilherme a usar drogas também.

- Eu sabia! – exclamou ele do outro lado da linha. – O seu filhinho só se mete com gente que não presta Sandra. E no final das contas, sou eu o errado para ele. Além de aquele homem ser... Negro, ainda é um traficante. Mas pode deixar que desta vez eu mesmo vou cuidar deste caso.

- Faça alguma coisa. Tire nosso filho o mais rápido possível de perto deste rapaz. – ela falava nervosa.

- Fique calma. Eu já disse que vou dar um jeito. Tchau.

Ele desligou o telefone e ela chorava no sofá.

- Tia não fique assim. Tudo vai acabar bem. Olha, eu só peço que a senhora não conte nada para o Guilherme que foi eu quem disse tudo isso. Eu gosto tanto do meu primo e só estou fazendo isso pelo bem dele.

- Eu sei meu filho, eu sei. Você é um rapaz maravilhoso. Pode deixar que eu não irei contar nada.

Eles se abraçaram e o Bernardo sentia-se mais orgulhoso do que nunca.

Enquanto isso, na praia todos se divertiam, tomando uma cerveja bem gelada e comendo deliciosos petiscos.

- Olha só esse bofe gente. O que é isso meu Deus! – Dinho suspirava, ao passar um belo rapaz perto deles.

- Você não deixa escapar um né seu safado? – Lívia ria do amigo que nem parecia ligar para o que ela dizia.

- Este daí sai passando o rodo no homem que ele vê pela frente. – disse Guilherme arrancando risos de todos.

- Acho que o seu celular está tocando amor. – falou Andrey para ele.

- Hã? Não pode ser. É o meu pai.

- Seu pai? – perguntou Lívia também surpresa.

- Eu não vou atender!

- Claro que vai. Veja o que ele quer meu amor.

- Com certeza, estragar o meu dia. – disse ele firme.

- Atende amigo.

- Tudo bem. – Alô!

- Oi Guilherme. Eu preciso conversar com você ainda hoje, pode ser?

- O que você que falar comigo? Ao que eu me lembre, não temos nada para falar um com outro.

- É um assunto urgente e do seu interesse.

Guilherme ficou tentando imaginar o que poderia ser, e por fim, sua curiosidade falou mais alto, resolvendo aceitar a conversa.

- Tudo bem então.

Marcaram de se encontrar na casa da mãe dele, às sete da noite.

- O que ele queria? – perguntou Andrey.

- Conversar.

- Talvez ele esteja querendo fazer as pazes com você meu amor.

- Como se eu acreditasse em milagres e quisesse me reconciliar com ele. – Guilherme foi bem cético em sua afirmação.

Passaram mais algumas horas ali, até o cair à tarde. Voltaram para casa e Guilherme foi para o banheiro tomar um banho e depois ir ao encontro do Sr. Alberto.

- Toma cuidado ta? – disse Lívia, vendo que ele estava pronto para batalha. Sim, era esse o nome certo a ser dado para todas as conversas entre os dois. Pois parecia mais um campo de guerra do que um ambiente com um diálogo saudável.

Guilherme parou seu carro em frente à casa da mãe, jogou o resto do seu cigarro no lixo, respirou fundo e entrou. A pedido do Sr. Alberto, dona Sandra saiu de casa, deixando-os a sós.

- Como vai Guilherme? – disse ele sério.

- Muito bem, obrigado. Então? O que você quer conversar comigo?

- Sente-se. – ordenou ele.

- Seja breve, pois eu estou muito ocupado. – Guilherme não demonstrava nenhuma cordialidade.

- Vou ser direto meu filho. Eu quero que você largue o marginal que está com você?

- O quê? Você está ficando louco? O marginal aqui é...

- Veja bem o que você vai dizer.

- E você veja bem como trata as pessoas. Se for para dizer isso. Tchau. – ele virou as costas.

- Espere Guilherme! Aquele rapaz... Bem... Eu descobri que ele usa drogas e está envolvido com bandidos.

Guilherme começou a rir da cara dele.

- E você espera que eu acredite nisso? O Andrey é o homem mais íntegro e honesto que eu conheço e eu um idiota que estou aqui ouvindo isso.

- Será que você não é capaz de enxergar que aquele negrinho não presta.

- Não fale assim dele! – Guilherme gritou, e gritou muito alto. – Vocês não vão conseguir me separar dele. Não vão.

- É uma ordem. Vai largar este homem sim. Eu ainda sou o teu pai seu muleque.

- Isso não pode ter vindo de você nem da minha mãe. Quem te falou estas loucuras hein? – ele estava possesso.

- Isso não vem ao caso.

- Fala seu monstro, quem te falou isso do Andrey? Quer saber uma coisa, mesmo se ele fosse tudo isso, ainda sim, eu ficaria com ele, só pra ter o gostinho de te provocar.

- Eu não sei o que eu faço com você.

- Mais do que você já fez? Estragando a minha vida durante todo esse tempo?

Nesse momento eles foram interrompidos com a chegada surpresa do Bernardo que sempre ia visitar a tia.

- Tio, eu...

- Agora o circo está completo. – dizia Guilherme com ironia.

- Eu vou indo, depois eu volto.

- Você não vai a lugar algum seu filho da puta! – o Gui ordenou.

- Pare com isso Guilherme!

- Parar? Ta com medinho que eu conte toda a verdade sobre o que vocês fizeram comigo? – disse Guilherme.

O clima estava ficando cada vez mais pesado. Guilherme já havia se transformado num verdadeiro bicho. Ofender o seu amor, justo ele que é tão adorável e correto. Aquilo foi como se enfiassem uma faca no seu peito e não deixaria barato até descobrir a verdade.

- Você não sabe o que está falando primo.

- Não me chama de primo. Me dá até nojo saber que eu pertenço a mesma família de vocês. Se eu tivesse direito a um pedido na vida, com certeza seria o de nunca ter nascido nesta família.

- O assunto aqui é o teu namoradinho negro. Você é branco Guilherme. Todos da família são brancos, descendentes de europeus. Aquele cara não combina com você. – disse seu pai inconformado.

- Pois é daquele negro que eu gosto e é ao lado dele que eu vou ficar.

- Ouça o tio primo. – Bernardo o provocava.

- Tá com ciúmes imbecil? Só porque ele é mais homem que você? Só porque todos tem pena de um ser podre e sujo como você? – Guilherme conseguiu atingir a ferida dele.

- Eu não preciso que ninguém tenha pena de mim, pois posso ter que eu quiser. – o Bernardo já estava com os olhos cheios de raiva.

- Parem vocês dois. Eu vou mandar a policia investigar a vida desse Andrey e se ele estiver metido em alguma coisa errada, ele vai pra cadeia.

- Pois tente importunar a vida dele e a minha, que você vai ver do que eu sou capaz de fazer. – Guilherme ameaçou o pai e saiu dali quase arrombando a porta.

Do lado de fora, o seu celular toca.

- Alô!

- Oi meu anjo. Como você está? – perguntou aquela voz do outro lado da linha.

- Não muito bem. Pode me ligar mais tarde?

- Te ligo sim. Mas vou adiantar o assunto. A minha loja está pronta, e eu preciso de alguém para administrá-la ao meu lado, se você quiser... O emprego é seu. – disse o Igor.

- Depois te ligo. – ele não queria pensar em nada naquele momento. Estava com muita raiva do pai e do Bernardo.

CONTINUA...

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Comentários

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O Bernardo e o Pai abusaram do Gui? E esse Igor, tenho quase certeza que esta aliado ao Bernanrdo, pra estragar a relação dele com o Andrey, ou será que estou viajando demais? Mais uma vez, o Andrey é o cara!!!!!!!

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Desculpa Alê meu amigo, às vezes eu me esqueço dos contos que acompanho e não entro na cdc. Obrigado por ler meu conto "Feridas..." Amei seu comentário =) Também amei seu conto, é maravilhoso. Só você mesmo pra me fazer lembrar kkkkkkk. Não me xingue assim ='( kkkkkkkkkkkk Não precisa mandar o Guh brigar comigo. Já brigamos o bastante, todos os dias. Todo dia brigamos por algo fútil ou um por mal entendido, mas sempre nos reconciliamos <3 Não gosto de carnaval, mas ainda bem que voltou. Que família é essa gente, hein!? Rsrs. O que o Ber e pai do Gui fizeram??? Curiosissimo. Eu aqui só na expectativa rsrs 10 amigo. Adoro seu conto. Prometo acompanhar sempre que eu me lembrar ou alguém me lembrar kkkkkk.

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Muito bom, que bom que voltou, chega de folia kkkkkkk... to curioso demais pra saber do que o bernardo e o pai fizeram com guilherme. continua

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muito bom/lindo conte logo o que o primo e o pai dele fizeram com ele nota 10

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Nossa. Bem pesada essa relação do Gui com a família hein... Muito bom. 10 Parabéns!

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q sdds do seu conto, continua tá marvilhoso bjos! s2

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Muito bom,já estava com saudades do conto.

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