Mais que perfeito - Segunda Parte

Um conto erótico de Aaron
Categoria: Homossexual
Contém 1844 palavras
Data: 12/02/2013 14:21:05

Bom, continuando. Depois de um tempinho né. Mas agora é pra valer, gente. Comentem, se não acho que não estão gostando e a vontade de continuar diminui.

- Amor, já estamos tempo suficiente juntos pra isso.

E meteu tudo. Sem camisinha. E eu amei. Nossa, ele que era sempre tao desconfiado, agora tava me comendo no seco, como eu gosto. E foi ai que minha puta se apresentou. E eu pedi pra cavalgar nele, e o fiz se sentir o macho mais foda do mundo de tanto que eu gemi e fiz juras de amor no pau dele. Era uma delicia, aquela pauzão preenchendo meu cu todo, e eu continuava gemendo pro meu amor. Até que ele me colocou de frango assado, e me beijando, gozou com força no meu cuzinho, me melando todinho.

Isso havia sido um deslize, não deveria ter acontecido, por que eu não gosto, não curto. Mas ainda nos caprichos de um bom sexo, o deixei terminar, e me arrastar num beijo longo até o banheiro. É claro, eu precisava de um banho. Misteriosamente não repetimos a dose no banho, acho que eu já tava um pouco cansado. E dormir era o melhor que eu podia fazer, já que no dia seguinte deveria estar cedo na faculdade. Mas aquela noite eu não dormi, eu fiquei jogado na cama observando meu amado dormir, e respirar, é claro. Um sono embargado, parecia, conturbado, e uma respiração um tanto chata, mas eu gostava, aquele tinha sido pelo menos pra mim o momento mais romântico da nossa noite.

Quando finalmente peguei no sono já devia ser cinco da manhã. Horas mais tarde eu me desperto. E ele ainda dormindo. Ora ora, eu penso, deve ter sido de veras cansativa nossa pequena noite. Kkk. No melhor dos meus humores, levantei. E já era comum eu ter que mandar mais um trilhão de mensagens de bom dia a todos. Antes que começasse a vibrar eu fui pra cozinha preparar um café pra a gente. E é claro, como bom menino mimado eu não tomava café, mas mesmo assim tive que agradar alguém, passei o insuportável café e o deixei sobre a bancadinha, e fui fazer um Nescau pra mim. Nesse meio tempo Igor acorda, eu acho. Escuto ruídos vindos do quarto. E não, ele não estava acordado, parecia que ele estava sentindo alguma dor. Contorcia-se na cama, e me lembrei dos filmes onde os personagens têm aqueles pesadelos horrorosos, era mais ou menos assim. Comecei a chama-lo. E ele não me atendia, como bom estudante de medicina o sacudiu. Kkk, isso estava fora dos meus estudos, mas era o meu amor que estava ali e precisava acordar. Consigo despertá-lo. E seu rosto me mostra um semblante horroroso. Prefiro não comentar do fato ocorrido, lhe dou um bom dia e o beijo preocupado. Estava um pouco atrasado, aliás muito atrasado. Não tinha como ficar ali com ele, ou perderia o dia na faculdade. Eu tinha Anatomia na faculdade. Ain que indecisão. Continuo a fazer o Nescau, enquanto ele toma um banho um tanto demorado.

- Igor ! – eu grito – Tá na minha hora, benhe. Tenho que sair. – eu falo, dessa vez mais calmo.

E ele não me responde do banheiro. Vou até lá então. E ele estava só de toalha sentado no puff, parecia que com dor, mas quando eu chego ele simplesmente disfarça, pega o gel e começa a se arrumar me dizendo que eu já podia ir pra faculdade, e que jajá ele estava saindo também. O beijei, e sai. Mesmo preocupado eu tinha mais o que fazer, infelizmente. E na faculdade, já atrasadérrimo, tenho uma surpresa. Matheus, um menino que eu namorei há dois anos, mais ou menos, estava na minha aula de Anatomia. Procuro por Gil, e ela está fazendo alguma coisa na mesa do professor. Que merda. Eu queria falar com ela, pra ver se ela tinha alguma explicação pra aquilo. Quando consigo chamar sua atenção, ela vem correndo até a porta pra me receber, bem diferente do resto que nem me olha e continua prestando atenção na aula do Maurício, o carrasco do pedaço. E eu entro. Sem entender ainda o que aquele menino superficialmente lindo estava fazendo ali. Após um sermão do professor sobre horários, o qual eu sabia que era pra mim, eu me dirijo até a lista de presença e assino. Tudo muito mecanicamente calculado. Sento-me no meu lugar de sempre e fico absorto nas palavras do professor. Só me distraio quando um papelzinho voa pra minha mesa. Ai que infantil, pois é, mas foi assim.

“Lembra-se de mim, Caio?”

Ele sabia que eu lembrava, ou melhor, ele tinha certeza de que eu nunca ia esquecer.

E pra completar o meu infortúnio daquele dia, ele senta do meu lado lá pelo meio da quinta aula.

- O que foi, hein ? – ele pergunta, vendo que eu estou incomodado perto dele.

- AH , VOCÊ AINDA ME PERGUNTA ? – Eu falo alto, mas alto demais, o suficiente pra todo mundo prestar atenção. E eu continuo – VOCE SABE MUITO BEM O PORQUÊ DE EU ESTAR IRRITADO. SAI DAQUI, SOME DA MINHA VIDA. ESSE ERA O COMBINADO. E eu saio da sala, simplesmente assim, levando apenas meu celular e meu caderno. Pulo na moto, e conduzo direto pra minha casa.

Bom, acho que vocês não entenderam né. Vou ter que explicar.

Nós namorávamos. E eu era completa e irredutivelmente apaixonado por ele. Mas simplesmente ele não podia assumir e eu queria que aquilo terminasse logo de uma vez. E depois de me fazer sofrer demais, nós combinamos jamais cruzarmos um a vida do outro. E agora, esse combinado havia se quebrado. Já que pelo visto não foi atoa que esse menino pairou de paraquedas na minha turma. E é sério, eu tinha sofrido muito por esse infeliz. E não soube, naquela hora, se eu estava disposto a encarar tudo aquilo novamente.

Voltando a minha casa, me deparo com Igor deitado, com uma carinha de bebe, que me dava até pena.

- Porque você está em casa tão cedo?

- Ah, problemas na faculdade. Não quis ficar pra assistir as ultimas aulas.

- Ei Caio, é importante pra você, não deveria ter vindo embora… - ai ele discorreu como sempre faz toda vez que eu mato uma aula. Era um terror. E eu fiquei ali escutando aquele HOMEM se importar com meus estudos, claro tudo à meia atenção apenas. Minha mente ainda não esquecera o Matheus. E foi assim pelo resto da tarde, e começo da noite, quando pedimos uma pizza. Não demorou pra chegar, e o assunto foi ficando genérico. E eu esqueci de perguntar o que ELE estava fazendo em casa desde cedo. Mas, pensei comigo que deviam tê-lo liberado do trabalho um pouco mais cedo. E fomos dormir sem mais. No meio da noite eu acordo, como sempre pra fumar. E vejo que Igor não está na cama. Vou devagar até a cozinha, ainda dormindo, eu acho. E escuto ele falando com alguém. Procuro. O encontro na varanda falando ao telefone. Espero pra ver com quem ele está falando. E ele fala a palavra mãe. Acho estranho, Igor nunca falava da família, muito menos da mãe. Continuo ouvindo a conversa.

- Então mãe… Mas como assim?... Ah entendi. Em março mãe… - faço uma conta mental, estávamos em Novembro, o que teria em março? E porque ele estava falando com sua mãe? Quando ele me vê, rapidamente dá um tchau torto a mãe e desliga o telefone.

- O que temos em Março? E porque estava falando com sua mãe?

Percebo que ele fica perplexo e atônito ao mesmo tempo. Não sabia o que me dizer.

- Anda, fala Igor.

- Todos por aqui guardam segredos ultimamente, não é mesmo Caio? E o tal do Matheus, seu ex? Está mexendo com sua cabeça?

Fico mais perplexo ainda, de onde ele tirara aquilo? Ele toma a palavra antes mesmo que ela pudesse ser minha.

-Portanto, vamos nos respeitar. Você com seus segredinhos e eu com os meus.

Com uma voz sinceramente ainda desconhecida pra mim, ele segue pro quarto e bate a porta. E eu dano a fumar feito um louco ali naquela brisa calorosa da madrugada, sem ainda entender o que acabara de acontecer. Fico ali até as seis da manhã. Mesmo sabendo que eu chegaria muito cedo a faculdade, e sem vontade nenhuma de ir, me arrumo, e saio fora o mais rápido que posso, não iria espera-lo acordar, não era da minha estirpe brigar. No caminho um cara esbarra na minha moto, quase me fazendo cair. E acelera no pouco de escuro que ainda existia na estrada. Resolvo segui-lo, e após perceber que o nosso destino era o mesmo, o deixo ir. Tínhamos que chegar ao mesmo lugar, afinal de contas. E chegamos. E pra meu não espanto, era o Matheus. Desço da moto já com vontade de mata-lo.

- VOCÊ TÁ LOUCO? QUERENDO ME MATAR?

- Não, apenas chamando a tua atenção. – mal sabia ele que simplesmente pelo fato de existir já estava chamando minha atenção. Ain Deus, eu não podia me deixar levar por esses pensamentos. Tinha era que saber como o meu namorado ficou sabendo da existência dele. Mas não precisei nem perguntar.

- Gostou da surpresinha com o seu namoradinho?

E eu o encosto na parede de perto da cantina, em tom de ameaça.

- Nem pense em acabar com meu namoro, seu idiota.

- E o que você vai fazer? Vai me bater? Kkk – ele, naquele ritimozinho sarcástico. E eu nem ligando.

- Ah Matheus, não somos mais crianças. E não estamos mais na nossa vilinha de casas perfeitas no interior. E afinal, o que você faz aqui? E porque dessa perseguição repentina?

- Porque eu te amo, só por isso. E não consegui manter nossa pactozinho. Eu preciso de você menino.

- E porque você não disse isso antes de acabar com a minha vida? Ou antes de me trair? Ou antes de acabar com a minha harmonia com a minha família? Ou antes de me fazer ficar de quatro por você e me abandonar como se eu fosse um nada?

- Você sabe que eu tive meus motivos. – ele tenta rebater, e a essa altura nem raciocino mais. E só penso em querer beijá-lo, mas a NE súbita de mata-lo fala mais alto.

- NADA NEM NENHUM MOTIVO PODIA SER SUFICIENTE PRA VOCÊ TENTAR ACABAR COM A MINHA VIDA. TENTAR NÃO, NÉ, CONSEGUIR.

- Eu não tive a intenção.

- MAS AGORA, PELO QUE PERCEBO, TEM NÉ. TODA INTENÇÃO DO MUNDO.

E eu já estava gritando, e o pátio vazio da faculdade já ecoava meus gritos.

- Eu, se fosse você , falaria um pouco mais baixo.

- E DESDE QUANDO VOCÊ SABE O QUE É OU NÃO BOM PRA MIM?

- Tá viajando já, hein.

E realmente eu tava, viajando naquela olhar cafajeste e sedutor. Viajando naquelas bracinhos desenhados por Deus, no azul daquele olhar, na força que aqueles lábios tanto exerciam sobre os meus. AFF, eu tava viajando, e muito! Até que ele me beija, ali mesmo. E eu tento expulsá-lo de mim, sem êxito.

- Para, por favor. – eu realmente peço.

E ele realmente não obedece. E eu estava divido...

CONTINUA...

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Comentários

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Obg gente, pelos comentários. Jajá tá saindo mais uma parte fresquinha pra vocês ! Aguardem e continuem comentando, please. ! Assim continuo postando!

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Cara show de conto, quero a continuaçao hein, muito bom.

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