Revanche - Cap. 6 (A)

Um conto erótico de Emmet Thorne
Categoria: Homossexual
Contém 1755 palavras
Data: 10/02/2013 05:50:10
Última revisão: 10/02/2013 05:59:03

Previously on Revenge…

— Me estranha você, defender aquele que te desmascarou e quase te levou pra forca!

— Estou ao seu lado, no que precisar, para derrubar esse Emmet.

Nathan havia postado na rede algumas consultas que Michele fazia para algumas pessoas em Capeside.

— Uma boa esposa sempre apoia e esconde os erros do marido. Lídia, infelizmente, você nos deixará.

Lídia foi deportada. Victória foi sequestrada e indiciada. Ellen não gostou nenhum pouco do meu zelo exagerado com o Daniel.

— Porra, eu só vacilo com você brother!

— É. E esse vício já ta começando a me magoar.

Somos verdadeiros com nós mesmo?

— Você me assusta.

— Good.

_________________________________________

As ondas revoltadas já prenunciavam o fim. O eco dos disparos cessou por um instante a ira de uma multidão. Porém já era tarde. Sua condenação foi decretada. O corpo daquela mulher, lançado na areia com um pedregulho ao lado de sua cabeça ensanguentada, não deixava dúvida: A sua sentença foi a morte.

TRÊS DIAS ATRÁS

O silêncio imperava. Trocávamos curtos diálogos seguidos do silêncio. Outro curto diálogo. Mais silêncio. Era óbvio para Victória, que eu e Daniel estávamos ali por cordialidade. E para nós, era óbvio que Victória apenas me convidou para passar uma boa imagem. Então arrisquei por um diálogo mais constrangedor que um silêncio.

— So Victória... Como anda o seu julgamento a respeito do centro de cura gay?

Daniel me olhou assustado pela minha ousadia. E Victória deu um gole no seu vinho.

— Ótimo, meu querido Emmet — respondeu irônica — Meu advogado está encaminhando tudo e provavelmente responderei ao processo em liberdade. Você sabe...

Um trono jamais deixa que uma Rainha seja atingida por raios difamatórios.

— E a justiça, que um culpado tenha a absolvição. Mas seja lá qual for a sentença, saiba que você tem o meu perdão. Mesmo sendo a patrocinadora da tortura da minha vida.

Victória sorriu, forçadamente. Ellen surgiu e parecia apreensiva. Chamou Victória num canto e elas cochichavam. Depois a Rainha lhe deu uma ordem e Ellen se foi.

— Bando de corja! — exclamou vindo até a gente — Só porque foram lesados por Michele, quando ela expôs aqueles vídeos ridículos, acham que tenho obrigação de compensá-los. E agora, vejam só, se amontilharam em frente a minha mansão. Mas esquecemos tais assuntos desgostosos. Vamos almoçar com seu pai, meu querido filho?

Daniel coçou a cabeça e olhou pra mim. Apenas abaixei a cabeça.

— Pô, na verdade minha coroa, é que eu e o Emmet já marcamos de fazer uma parada.

— Parada? Parece que certas presenças só me fazem receber assuntos indesejáveis.

— Lá vem você! Quer saber, eu vou pegar o meu violão e a gente mete o pé, Emmet.

Assenti e Daniel subiu. Victória me olhava furiosa e apenas a encarava, quase sorrindo.

— Você devia resolver seus assuntos indesejáveis. — arrisquei — Um bom exemplo seria convidando aquelas pessoas lá fora para um chá íntimo. Eles fariam de tudo por momentos afetuosos e cordiais com sua Rainha. Devemos manter bajuladores por perto.

— Tão quanto os inimigos. Os familiarizar! Sinta-se convidado pra este chá.

— Então a Lídia foi uma exceção? Ou um ímpeto de seus descontroles? Falo nisso, pois recebi um vídeo no meu e-mail e o encaminhei pra você. Parece que sua amiga anda mais perto e íntima do que você desejava. I’m sorry. Por mais um assunto indesejável.

Victória ia me questionar, porém Daniel desceu as escadas com o violão, me abraçando e dando um beijo no meu rosto, no canto da minha boca, certamente pra provocar a mãe. Peguei suas mãos e saímos.

Chegando em casa, pedi pra que Daniel comprasse determinados alimentos para fazermos o almoço. Aproveitei e vi nas cenas gravadas, Victória em choque ao abrir o e-mail e ver uma transa de Conrado e Lídia de dois dias atrás. O vídeo tinha data e horário. A verdade foi que quando Victória ameaçou me deportar, aliei-me a Conrado, sugerindo e fazendo com que Lídia voltasse à Capeside, clandestinamente, encobrindo seu caso extraconjugal. Por isso, ele foi contra minha deportação. Mas tudo isso era apenas uma corda, e agora, Victória daria o laço do enforcamento. Pois ela ligou, desesperada, para o faz-tudo Frank e ordenou que ele encontrasse Lídia e a matasse.

Assim que Daniel voltou, fomos cozinhar juntos. Era bom tê-lo por perto. Não ficar focado apenas em vingança. Ele era um desastre na cozinha! Mas era divertido. Ríamos, papeávamos, cantarolávamos e acabamos estragando a comida.

— Shit! Pedir pizza again? Não, não! Eu quero comida de verdade, seu hétero idiota!

— Ué, quem manda você não ser uma bicha prendada o suficiente pro gostosão aqui!

Ele riu e pegou o telefone. Quando ia discar, avancei em cima dele tomando o telefone. Ele tentou me agarrar, mas corri pra sala e ele veio atrás de mim, me jogando no sofá de bruços. Coloquei o telefone embaixo da barriga e ele tentava pegar, me abraçando e roçando involuntariamente seu pau em minha bunda. Riamos, mas comecei a ficar excitado, achando estranho, pois parecia que ele também estava. Resolvi parar.

— Ok, ok! You win, you win, baby! Eu desisto!

Ele saiu de cima de mim. Virei-me, escondendo minha ereção e lhe entreguei o telefone.

— Nossas dúvidas são tão traidoras que nos fazem desistir do que poderíamos ganhar por simples medo de arriscar. — filosofou me encarando nos olhos.

— Eu não desisti, apenas não insisto maisMas enfim, depois eu que sou a bichinha não é? Seu Shakespeariano filho da puta!

— Ih, rapá, eu me garanto! Não é porque curto poesia que não me amarro numa boa buceta, seu viadinho do caralho! — brincou, rindo e subindo de novo em cima de mim.

Ele me dava socos me incitando para uma lutinha. Shit! Se ele soubesse como ele em mim me excitava. Ou ele sabia? Fui salvo por Ellen, que entrou, me salvando.

— Vocês não se cansam disso? — perguntou rindo e Daniel saiu em cima de mim indo ao seu encontro e a beijando — Hum... Meu lindão! Já está pronto pra gente ir almoçar?

— Caralho! — exclamou coçando a cabeça — O que deu em mim hoje? Pô, esqueci de te avisar, é que tenho uma parada pra fazer com o Emmet. Mas fica ai pô, bora curtir!

Ellen deu um meio sorriso e ele veio até mim, me dando seus tradicionais cascudos.

— Ô mané, vou ligar lá pra pizzaria e depois a gente tira umas na corda, beleza?

Assenti e ele ligou para pizzaria. Ele não percebeu, mas ao olhar pra Ellen, ela desviou, e percebi incômodo e ciúme. Até a entendia. Afinal eu e Daniel faríamos o de sempre, mas ele insistia pela minha companhia. E passamos como todos os dias, lutando, brincando, criando e recitando poemas, e tocando violão. E Ellen bastante excluída.

Anoiteceu. Como Ellen e Daniel foram pra casa, decidindo não dormir lá, fui para cama, pois de manhã cedo o acompanharia na aula de hipismo. Logo bateram na minha porta violentamente. Ouvi mesmo estando no segundo andar. Desci, caminhei cauteloso e ao abrir a porta, uma surpresa: Era Lídia, toda ensanguentada e com vários hematomas.

— Eu estou marcada pra morrer! Por favor, me salva!

Ela me abraçou, chorando, e retribui fingindo compaixão. Depois sentou-se, tomou um chá e mais calma, me contou toda história: Frank havia invadido o apartamento onde estava e tentou matá-la a mando de Victória. Porém ela o distraiu, lutando com ele e se ferindo bastante, mas conseguindo fugir. E então resolveu vir ao meu encontro.

— Eu não tinha pra onde ir! E foi você quem me trouxa de volta! E eu adorei, mas agora eu preciso fugir... Sair de Capeside senão a Victória...

— Lídia! Calm down, please. A Victória ultrapassou os limites. Subjugou você. Você não pode se acovardar. E o Conrado... Naquele dia eu liguei pra você, te alertando, pois notei a proximidade dele com ela. Aposto que ela o persuadiu e fez com que ele…

— Não, não! O Conrado ele me ama! Ele só está com a Victória por conveniência, ele...

— Raciocina, Lídia. O Frank. O Frank ele é segurança de ambos. E não havia como ninguém descobrir seu paradeiro. A não ser que... — hesitei propositalmente.

— A não ser que o que?

— Que sua volta tenha sido arquitetada pelos dois. — ela me olhou sem entender — Of course! Quando propus que você voltasse ao Conrado, para eu não ser deportado, ele hesitou. Bastante até. Porém do nada ele resolveu aceitar. Me solicitou o contato de um amigo que é dono de loja de câmeras de segurança e me pediu sigilo. Ele manteve você lá, lhe usando para que Victória a monitorasse.

— Desgraçado! As juras... Nada disso... Ele me trouxe pra minha morte! O que eu faço?

— Usar o mesmo ataque do inimigo. Esse meu amigo é muito íntimo a mim, se é que você entende. E se ele realmente prestou serviço aos Grayson, teremos as imagens do Frank tentando matá-la. E então... Será a sua vez de acabar de vez com os Grayson.

Sorri e ela me olhou ainda assustada. Acertamos todo o plano e a deixei no quarto reserva ordenando que ela não saísse de lá. Pobrezinha. Tão assustada que obedeceria a quaisquer palavras proferidas por mim. Não queria me vingar mais dela, mas precisava usá-la contra os Grayson. E já estava com as imagens do ataque do Frank, afinal, a câmera escondida pertencia a mim.

De manhã, deixei Lídia em casa e fui para o clube de equitação curtir com Daniel. Cavalgávamos, relembrávamos do clube em que treinamos em tempos separados. E é claro, disputávamos. Pois Daniel adorava disputar comigo. Tanto que do hipismo, partimos para o gramado batendo uma bolinha. E Ellen, assistindo tudo, entediada.

— Ok meninos! Vocês já se divertiram demais! — disse intrometendo-se no jogo e pegando a bola — Eu não aguento mais! Daniel, você está roubando meu amigo de mim! E Emmet, você rouba a atenção do meu namorado! Eu quero curtir, Daniel. Sair um pouco... Só nós dois. Como antes. Fazendo nossas loucuras!

Ellen sorriu beijando Daniel, que estava todo suado. Ele a afastou, bruscamente.

— No antes, nós nunca fomos namorados. E nem no agora. A gente apenas se curte! E foi mal, se é melhor curtir com meus amigos do que estar curtindo você.

CONTINUA...

Meu mto obrigado a quem ta sempre acompanhando, votando ou comentando... Edu, Chato, e até msm alguns que acompanham sem se manifestar õ/ Valeu pelo comentário Filósofo, e li teu conto, té comentei lá e me amarrei. Já a relação do Daniel e Emmet ficará mais aflorada nos próximos capítulos. Resolvi tentar focar mais no romance, que desestabilizará a vingança do Emmet. Ou não... hahaha Vlw õ/

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Comentários

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aaah, de nd amigo *---* tua seriee ta otima, teeenho aconpanhando sempre viu?

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=) parece aquelas séries americanas adolescentes. Muito ansioso por vosso próximo capítulo.

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