Outras vidas - Parte IV

Um conto erótico de Valentina M.
Categoria: Homossexual
Contém 1218 palavras
Data: 23/01/2013 10:34:15
Última revisão: 30/01/2013 12:19:43

continuando...

Acordei bem de manhazinha, por volta das 7h30, olhei para o lado e vi Duda agarrada em mim, fechei os olhos e senti seu perfume, e inevitavelmente, pensei naquela garota, naqueles olhos, naquela boca e me lembrei do perfume que ela usava... Abri os olhos rapidamente, olhei pra Duda novamente, acaricie seu rosto e tirei seus braços lentamente de cima de mim, ela se mexeu, resmungou um pouco e voltou a dormir, se virando para o outro lado e revelando seu corpo completamente nu, fiquei por ali, lhe admirando por mais alguns segundos. E mas uma vez a garota surgiu na minha mente, a curiosidade de saber como seria o corpo dela, sua pele... “Que diabos, eu só posso estar ficando maluca...” Balancei a cabeça, e me levantei, fui tomar um banho, extremamente quente e relaxante, me troquei e fui até a cozinha, preparar um café, passei em frente ao quarto do tio Beto, e reparei que ele já tinha saído, ao chegar à cozinha, encontrei um bilhete na geladeira que dizia:

“Filha, tive que fazer uma viagem de ultima hora. Fiquei sem jeito de bater no seu quarto tão cedo, por isso deixei esse bilhete. Sua mãe ligou, e disse que passa pra te pegar as 16h, pra irem à cidade da sua avó. Tenham um bom dia, beijos. Amo você, princesa!”

Ri ao ler a ultima palavra, fui logo procurar algo para comer, e levar para Duda, eu estava faminta, arrumei uma bandeja cheia, tirei o bilhete da geladeira e levei até sua cama. Ela já estava me esperando com um sorriso estampado naquele rostinho lindo. Entreguei a bandeja e logo depois o bilhete e me sentei ao seu lado para comer também. Enquanto ela lia o bilhete, bebia uma xícara de café, quando terminou de ler, deu uma risada irônica e disse:

- Eu não vou!

-Como assim, não vai, amor? – Perguntei assustada

- Eu não vou, uai. Ela acha que pode me forçar a fazer tudo que quer, mas não é bem assim.

- Eu acho que vocês estão brigando demais ultimamente!

- Você a conhece, sabe bem como ela é...

Logo seu celular tocou, nos interrompendo, eu peguei e era a mãe dela, lhe entreguei e ela atendeu. As duas brigaram por um tempo, e Duda desligou na cara dela dizendo que não ia. Eu insisti pra ela ir, se a mãe dela sonhasse que eu estava la, ela surtaria. Seu celular tocou novamente, e ela atendeu, só que dessa vez ela ficou assustada, e só concordava com que a mãe dizia. Quando desligou disse que tinha que ir, e desculpou-se, eu disse que estava tudo bem e ficamos juntas até a hora dela ir, a deixei em frente a casa do padrasto, me despedi e fui pra casa. Seria mais um fim de semana sem ela.

Fui pra casa, chegando la encontro meu pai na sala, fui direto para a cozinha, e ele me seguiu, e foi logo perguntando com grosseria:

- Porque não foi trabalhar hoje, garota?

- Por favor, não começa, eu já estou cansada das suas grosserias. Você sabe muito bem que não vou aos sábados, e também, o Roberto da conta do trabalho. E quer saber? Já estou saindo...

- Volta aqui, Daniela...

Passei no meu quarto e peguei algumas coisas, peguei o carro e sai, andei por alguns minutos pela cidade, foi quando passei em frente a um pequeno prédio, próximo a universidade e vi uma garota sentada em frente, quando olhei, ela me sorriu, aquele sorriso, e aquela boca era bem familiar, retribui o sorriso e parei logo a frente, desci e ela se levantou da calçada vindo ao meu encontro, nos cumprimentamos e ela perguntou:

- O que faz por aqui?

- Só estava dando uma volta, mas e você, o que faz por aqui, sentada sozinha?

- Eu moro aqui, estou só vendo o movimento, a cidade é nova pra mim.

- Não conhece a cidade ainda?

- Não completamente!

- Então venha, vou levá-la pra conhecer. – disse indo até o carro.

Sem entender muito bem, ela me seguiu. Fomos em vários lugares, em que eu costumava ir , depois paramos pra almoçar.

- Ta com fome? – Perguntei a olhando.

- Muito, e o cheirinho ta ótimo.

Almoçamos e conversamos sobre tudo, ela me contou sobre sua vida, falei um pouco sobre a minha, cada momento me encantava mais com ela, uma garota inteligente, educada além de linda, num determinado momento, ela fez a pergunta que eu temia.

- E sua namorada, cadê?

Eu não sabia bem como reagir, e não me saia palavras.

- Ta tudo bem, eu sei que ela é sua companheira.

Comecei a rir, e contei um pouco sobre nós. Ficamos um bom tempo conversando, a conversa com ela fluía bem, mas sobre o namorado ela disse vagamente.

- Há quanto tempo vocês estão juntos? – Perguntei a olhando.

- Um pouco mais de um ano e vocês?

- A gente namora a quase 2 anos, mas nos conhecemos desde os 6 anos.

- Entendi!

- Bom, acho que ta na hora, né?

Ela concordou balançando a cabeça, e na hora de pagar foi aquela confusão e depois de muita discução de chantagem, ela me deixou pagar.

- Então ta combinado, você vai descer no meu AP, pra tomar um café comigo, foi esse o trato. – ela disse, toda serelepe andando em minha frente. Entramos no carro, andamos um pouco pela cidade, e depois a levei em casa.

- Vem, vamos descer? – Ela disse enquanto descia do carro. Eu desci, travei o carro e subimos para o seu AP, era no terceiro andar, ela pegou as chaves, abriu a porta e entramos, assim que entramos percebi que o AP era a cara dela, e exalava o seu cheiro, pequeno, mas muito bem organizado, colocou as chaves na mesinha n sala e disse:

-Senta ai, vou fazer um café.

Enquanto ela foi até a cozinha, eu olhei as fotos na estante, e ao lado dela, havia um violão bem antigo num suporte, eu o peguei e me sentei, tirei duas notas e estava totalmente desafinado, o afinei, e ela chegou à sala, se sentou no tapete, e meio envergonhada, pedi desculpas por mexer. Ela disse que tudo bem, e pediu pra que eu continuasse, se levantou e foi até a cozinha, eu acabei de afiná-lo, ela voltou com uma bandeja com duas xícaras, quando comecei a tocar, ela se sentou e serviu o café, comecei...

Olhos fechados

Prá te encontrar

Não estou ao seu lado

Mas posso sonhar

Aonde quer que eu vá

Levo você no olhar

Aonde quer que eu vá

Aonde quer que eu vá...

Não sei bem certo

Se é só ilusão

Se é você já perto

Se é intuição

E aonde quer que eu vá

Levo você no olhar

Aonde quer que eu vá

Aonde quer que eu vá...

Parei de tocar e peguei minha xícara, tomei um gole enquanto ela me olhava.

- Sua namorada é uma sortuda. – Ela disse baixinho.

- O que você disse? – Perguntei olhando diretamente em seus olhos.

- Disse que você é boa nisso... – Respondeu um pouco tímida.

Ignorando totalmente a desculpa que ela deu, continuei:

- Porque acha que minha namorada é uma sortuda?

- Se você entendeu, porque pediu pra eu repetir? – Ela disse desafiadoramente

Fiquei a encarando durante alguns segundos, olhando naqueles olhos hipnotizadores, e ela me encarava da mesma forma. Ela praticamente impossível sair daquele contato visual...

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Valentina M. a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Haha, Sempre você, né, Luh?! Mas logo a curiosidade se dissipa, e tu não deve reclamar, tu és a mais privilegiada :p kkkk

0 0
Foto de perfil genérica

Como sempre matando as pessoas de curiosidade, em Srta. M ?

0 0
Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

muito bom,continua assim,parabens otima narrativa....nota 10

0 0