Um Amor 10

Um conto erótico de Matheus
Categoria: Homossexual
Contém 2326 palavras
Data: 20/01/2013 15:26:23

Eu não tinha mais forças para chorar, me lamentar nem para viver. Tudo em minha vida era um fracasso total, todos os meus amores foram horríveis, quase sempre fui traído pelos meus parceiros. Eu nunca entendi o porque eles me traíram, será que eu era feio? Ou já não era mais interessante? Tudo isso vinha em minha mente naquela prisão que havia feito em meu quarto que se encontrava completamente escuro. Logo um pensamento bem forte veio em minha mente era algo que eu não sabia explicar, eu olhei para o espelho e logo pensei.

"O que adianta ficar chorando sendo que nada mudara o que aconteceu, cuide de você mesmo"

Aqui que eu havia acabado de pensar foi como um choque que havia recebido da realidade. Nada adiantaria eu chorar pois o que foi feito não mudara mais, me olhei no espelho e vi que deveria cuidar de mim mesmo!

*3 meses e alguns dias depois*

Me encontrava na frente da escola, era o primeiro dia de aula. Fui andando confiante e logo ja via alguns olhares para mim. Andava sem olhar para ninguém, meu foco era achar a bendita lista das salas do 3 ano e ver em qual eu parei.

- 3 ano b - falei olhando o meu nome mas eu começo a ver os outros nomes que se encontravam. - Ana , Felipe e João todos juntos na minha sala.- e um sorriso de canto de boca meio maléfico saiu.

Subia as escadas e cada vez mais os olhares das pessoas caiam sobre mim. Fui em direção a sala e fiquei olhando as portas ate achar o bendito 3 ano b. A abri calmamente e agora todos da sala olhavam para mim completamente incrédulos por me ver tão diferente.

No dia após a traição de Igor eu acordei para vida e decidi que iria mudar. Então comecei a freqüentar a academia todos os dias e ficava mais que 2 horas e tomava bastantes suplementos ,todos o que vocês pensarem. O que me deu mais força de vontade foi querer mostrar para esses cretinos que eu não era mais aquele meninho fraco que parecia mais uma princesa indefesa. Havia cortado aquela bendita franja de JB e colocado um leve topete jogado para o lado. Agora me encontrava forte, bonito, com um tanquinho, pernas grossas , uma bunda maior (e ainda de olhos verdes que deus me deu *rs*) completamente confiante.

Andava em meios as fileiras e fui em direção ao fundo da sala. Todos não desviam o olhar de mim. Me sentei na ultima cadeira e coloquei a minha mochila na mesa e tirei meu celular e me pus a escutar musica mas logo alguém me interrompe.

- Matheus é você? - Falava João ainda incrédulo.

- Não! Sou seu pai. O que você acha- falei ironicamente.

- Desculpa, é que eu não o reconhecClaro, estou completamente diferente daquele menino que você gostava de brincar com o sentimentos dele! - falei olhando diretamente naqueles olhos castanhos- Agora será posse voltar a escutar minha musica. - nem o deixei responder e ja coloquei os fones de ouvido.

Ele voltou para o seu lugar e nem se pois a olhar para mim. Dava para fazer uma leitura labial das pessoas, quase todas falavam sobre mim. " nossa como ele mudou"," ele agora esta gatinho", " nem parece aquele menino franquinho".

O resto do dia foi a mesma coisa, algumas pessoas vieram falar comigo outras praticamente me abraçavam feito loucas e ficavam falando sobre o que fizeram no fim do ano como ter passar o ano novo na Europa e blablabla, para mim aquilo não me importava. Nunca liguei por ter dinheiro, sempre fui aquele menino que só comprava o que gostava não importando o preço se era 10 reais ou 300. Mas as pessoas da minha escola não, sempre gostavam de falar que o pai era não sei o que a mãe era rica, nunca fiquei falando isso para pessoas pelo menos alguma coisa puxei da minha avo.

Havia acabado de chegar da academia isso era umas 7 horas da noite ate que meu celular toca.

- Alo?- falei cansado

- Oi Matheus, aqui é o João. - Ele falava receoso - Antes de desligar queria saber se posso ir na sua casa para a gente conver......

Desliguei o celular na cara dele e coloquei ele na lista de bloqueio. Não estava afim de ouvir sua voz e mais ainda conversar com ele. Fui tomar um banho rápido e logo em seguida arrumar as minhas coisas para o dia seguinte, mas para minha surpresa alguém me esperava na sala.

- Filho seu amigo o João esta lá em baixo te esperando - fala minha mãe na minha porta.

- Ham? - falei assustado - Como assim?

- Seu melhor amigo. Agora não lembra que vocês brincavam juntos. - falava minha mãe confusa.

- Fala que já estou descendo. - falei colocando uma camisa.

Fui descendo as escadas e vejo João conversando com meu pai na maior intimidade, e minha mãe rindo do que ele falava. Cheguei na sala e dei um leve sorriso com os lábios.

- Vamos andar um pouco, o que acha? - falei lançando um olhar de ordem.

- Tudo bem. - Ele falava se levantando do sofá.- Ate mais Tio Roberto e Tia Paula - ele falava sorrindo.

- Volte sempre Joaozinho.- falava meu pai.

- Ate mais. - falei empurrando João para fora daquela sala.

Assim que fechei a porta da frente da minha casa fui andando pela calçada e João ao meu lado.

- Faz tempo que eu não via seus pais.- ele falava com as mãos no bolso de sua bermuda e virando seu rosto em minha direção e ao mesmo tempo com um sorriso no rosto.

- Fala logo o que você quer pois não estou com nenhuma vontade de falar como você. - Falei friamente ainda andando pela calçada e olhando para as casas dos vizinhos.

- Eu queria você - Ele falava com um leve sorriso no rosto e com a cabeça levemente para baixo mas seus olhos se encontravam olhando para mim.

- Se é isso que você tem para falar então ate mais. - falei me virando e voltando para minha casa.

- Espere - ele falava agora com uma mão em meu ombro. - Tudo que eu mais quero nesse mundo é apenas VOCÊ, por isso não tenho outra coisa para lhe falar.

- Se eu fosse a coisa que você mais quisesse neste mundo - Me virei em sua direção - Não teria me traído ou saído com uma outra pessoa de mãos dadas pelo shopping. Acho que você deveria rever o que mais quer neste mundo pois o meu NÃO é você.

Dei costas para ele e fui andando em direção a minha casa. Nem fiz questão de olhar para traz. Me joguei na minha cama e começo a mexer no meu celular e logo me encontrava dormindo.

Nas semanas seguintes João não falava mais comigo mas me olhava a todo momento. Eu ja tinha feito novas amizades mas nenhuma era igual a que eu tive com a Ana. Nossa amizade era tão forte, sempre nos encontrávamos rindo, abraçando e ate beijando a cara um do outro. Acho que ela deve sentir a mesma falta que eu pois só anda com Felipe e não falava com mais ninguém.

- Vamos sair hoje?- Perguntava um dos meus novos amigos.

- Não sei, vamos ver. - falei sem vontade alguma.

- Para Matheus vamos curti um pouco.- ele colocava a mão em meu ombro - Olha acho que vai ser na casa do Pedro, vai ser muito louco.

- Tudo bem velho. Que horas?

- La pelas 10, beleza. - agora eu dei um tapa fraco em suas costas e fui andando para o carro.

Ja era 10 horas e eu me encontrava em frente da casa desse tal Pedro, fui entrando e logo ja começo a ver as pessoas. Estava completamente lotado, deveria ter umas 90 pessoas naquela casa. Um povo na piscina uns outros na sala completamente bêbados. Estava sentado em um sofá que fica perto da piscina ate que João senta ao meu lado.

- Oi - ela falava timidamente mas não fiz questão de responder.

Me levantei e fui procurar algum banheiro, subi as escadas mas o banheiro no corredor estava ocupado então decidi entrar em algum quarto para ver se eu achava. Entrei ne um quarto que havia uma cama de casal no meio, deveria ser dos pais do tal Pedro. Assim que terminei fui em direção a porta do quarto para sair mas a porta se encontrava trancada. Ate alguém segurou a minha cintura e começou a beijar o meu pescoço. Logo o empurrei mas ele me pressionou contra a parede e agora tentava beijar a minha boca. Eu tentava de qualquer forma me soltar mas ele era mais forte. Seu cheiro era familiar e seus lábios também, me beijava com todo a ardência que ele continha. Mordia de leve o meu ouvido e dava chupões em meu pescoço que me levava as alturas.

- Me larga João - eu falava completamente envolvido em prazer.

- Não posso- ele falava beijando meu pescoço e logo em seguida a minha boca.

Sua língua entrava ferozmente na minha boca, seus lábios faziam enorme pressão contra os meus. Seu perfume exalava em todo o quarto que me deixava completamente embriagado e com mais vontade de senti-lo. Sua barba rala com alguns pelos crescendo arranhavam o meu rosto completamente liso. Meus braços ficam em cima de seu ombro e meus dedos se entrelaça atrás de sua nuca. Agora o beijo vai ficando cada vez mais calmo e cada um com pouca vontade de desgrudar os lábios um do outro. Mas logo o empurro estragando tudo novamente.

- Não posso fazer isso - Falei receoso e olhando para João que estava sem entender nada.

- O que foi? - ele falava tentando me abraçar.

- Você - falei desviando dos seus braços - sempre que me entrego você me faz sofrer. Sempre pensando no que seus amigos vão pensar. - Falei olhando diretamente em seu rosto que não se dava para vê muito bem.

- Matheus me desculpe. Eu lhe prometo que não vou fazer você sofrer novamente - ele falava tentando me abraçar novamente .

- Não vou me arriscar a sofrer mais uma vez. - falei serio - Agora abra essa porta por favor!

Ele pegou a chave que se encontrava no seu bolso e destrancou a porta mas antes de eu sair ele puxou meu braço e me deu um longo beijo.

- Não vou desistir de você tão cedo. - e logo me soltava.

Desci as escadas ainda zonzo pelo o ocorrido e liguei para um taxi vim me buscar.

Não entendia como João mexia tanto com meus sentimentos me deixando completamente confuso. Eu não sabia se deveria confiar novamente nele mas algo no meu coração batia forte quando o via ou quando falavam o seu nome. "João" só de escutar este nome eu sentia o seus lábios e o seu perfume. Como estou confuso mas prometi a mim mesmo que não iria mais me entregar a nenhum desses cretinos, eu deveria ser forte e tentar me controlar a cada momento mas algo me dizia que não conseguiria por muito tempo pois algo maior mandava dentro de mim e esse não era nem meu cérebro mas sim meu coração.

Quando estava para entrar no taxi João puxa o meu braço e dispensa o taxista.

- Você esta louco? Como vou para casa agora guri. - falei irritado.

- Eu te levo - ele falava com um sorriso cínico.

- Não quero sua carona mas sim o meu taxi.

- Você que sabe, todos os taxi que você chamar eu vou dispensar igual a esse. - ele falava ainda sorrindo.

- Filho da puta, vamos logo então - falei seguindo ele que me levava em direção ao seu carro que seu pai louco deu para ele mesmo não tendo 18 anos.

Assim que entrei no carro ele trancou a porta e veio tentar me beijar.

- Não - falei o empurrando.

- Por que? - ele falava sorrindo

- Por que não quero. Agora pode me levar para casa?

- Tudo bem- ele falava dando partida no carro e começava a ir em direção a minha casa.

No caminho ele sempre tentava colocar mão em cima da minha mas sempre a tirava, ele mordia os seus lábios inferiores e ficava me olhando feito louco.

- Da para parar de me olhar por favor. - falei serio.

- Não tem como. - ele falava ainda sorrindo.

- Não vejo nenhuma graça ate agora.- falei sem entender ao certo o porque que ele estava sorrindo tanto ultimamente.

- Estou sorrindo por que estou perto de você. - ele colocou a mão em cima da minha.

- Ja falei para você colocar a bosta dessa mão nesta merda desse volante porra. - falei tirando sua mão muito irritado - Se você bater essa merda deste carro ou a policia parar a gente você vai ver comigo. - falei agora pensando no que iria acontecer se a policia parece a gente com menino dirigindo que nem tinha 18 ainda e sem carteira.

- Calma estressadinho. - ele ainda falava com um sorriso na cara.

Fui ate minha casa com ele tentando colocar a sua mão em cima da minha e eu o xingando o caminho inteiro.

- Chegamos - ele falava parando o carro e olhando para mim.

- Abre logo essa porta - Falei tentando abrir.

- Não - ele falava soltando o seu sinto e vindo em minha direção- So abro depois que te beijar- ele jogava seu corpo em cima do meu.

- Sai menino - falei o empurrando mas ele era pesado, ate que o meu pé encantas em alguma coisa que abriu a porta e saio rapidamente daquele carro e fui andando em direção a porta de casa para abri mas João me puxou pela cintura. - Ai me solta merda.

Ele nem respondeu e foi me beijando em frente da porta da minha casa mesmo, eu fazendo de tudo para ele me soltar mais nada funcionava. Mas ate que alguém abre a porta.

- Matheus o que é isso aqui?

Oi gente, desculpe pela demora mais que estou viajando muito ultimamente e estou sem tempo para escrever. Espero que gostem e prometo que amanha posto a outra parte beijos.

Matheus.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Matheusmalouf a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Que medo de quem abriu a porta. Nota 10, parabéns!

0 0