Querido Bruno

Um conto erótico de Tommy
Categoria: Homossexual
Contém 1229 palavras
Data: 28/12/2012 22:51:26
Assuntos: Gay, Homossexual

Bom meus amigos, a história que venho dividir com vocês, com o consentimento dos principais envolvidos, é totalmente verídica. Sou um grande fã do site e alguns contos, desde sempre, vem me ajudando a tomar decisões, a viver minha vida, então tenho muito a agradecer ao site e aos escritores, mas vamos a historia. Não é bem um conto erótico, é uma história de amor COM cenas eróticas e sexo.

Meu nome é Thomas, mas todos carinhosamente me chamam de Tommy, sempre achei esse apelido meio bobo, mas ao mesmo tempo é fofo.

Na época, eu tinha 17 anos e estava no terceiro ano do ensino médio, eu sempre fui um menino simples, tínhamos o básico pra sobrevivência na nossa casa, minha mãe Leni de 33 anos mãe muito cedo aos 16 anos, foi abandonada por meu pai durante a gravidez já que ele era casado e minha mãe era apenas uma amante. Logo que ele descobriu que ela estava esperando um filho dele, decidiu humilha-la, ameaçá-la pra que ele vivesse o falso casamento em paz. Minha mãe sofreu por muitos anos tentando fazer com que ele conhecesse o filho, ajudasse na criação e etc, mas ele nunca se interessou.

Fui criado na casa dos meus avós já que minha mãe era vendedora de roupas, feitas a mão por ela, de porta em porta. Não tínhamos condições de nos manter com a renda da minha mãe, que as vezes era razoável, e as vezes ficava meses sem uma venda sequer. Meus avós sempre fizeram questão de ressaltar que não era a nossa casa, que éramos agregados e vivamos de favores, que só não nos mandavam embora porque o pessoal da igreja ia falar deles e que aquilo não era cristão.

Cresci num quarto, dividido com a minha mãe, onde sempre ouvia o choro dela por estar naquela situação e sempre prometi a mim mesmo que nos tiraria daquela situação assim que pudesse. Eu era um garoto normal, com 17 anos, era magro, cerca de 1.80 de altura, olhos azuis que eram a única coisa bonita que eu achava em mim, cabelos raspados na maquina 2, meio esquisito. Esquisito pois não tinha muitos amigos, tinha vergonha da simplicidade da minha casa, dos meus avós que destratavam a todos e na frente do pessoal da igreja deles eram outras pessoas. Eu tinha notas muito altas, mas estudava em uma escola publica, então eu não sabia se era inteligente por mérito meu, ou pela qualidade não muito alta da escola publica, só sei que minhas notas eram as mais altas.

Na sala de aula, eu não tinha amigos, mas também não era zoado, nem vitima de bullying, era apenas eu na minha, os outros na deles. Naquele ano, meu foco era passar em algum vestibular bom para entrar na faculdade e melhorar minha vida.

Vendo que do jeito que estava não dava mais, arrumei um emprego, trabalhava em uma loja de roupas de bairro, onde aprendi muita coisa sobre os negócios, eu não ganhava um salário bom, ganhava um salário médio e comissões em cima das vendas, mas por não ser muito comunicativo, eu não fazia fortuna de comissões, eu trazia as roupas que as pessoas queriam, mas não as tentava fazer a cabeça pra que comprassem. Eu dava o meu melhor, pois precisava do dinheiro, mas simplesmente sofri muito na mão das pessoas durante toda a minha vida, então eu gostava de viver no meu mundinho.

Com meu salário eu comprava um luxo ou outro pra minha mãe e eu, e guardava sempre um pé de meia, porem meus avós direto faziam eu pagar contas, apenas para pirraçar já que eles eram comerciantes e não precisavam do meu dinheiro, era só pra eles terem o gosto de me ver implorando por meu dinheiro, mas eu não dava esse gosto a eles.

Mais um motivo para que não gostassem de mim era que eu não era igual aos meus primos, pegador, namorador das meninas da igreja, sequer ia a igreja, tinha minha crença e ponto final, logo que tive idade o suficiente para escolher entre ir ou não, optei por não ir.

Eu sempre fui gay, sempre soube disso, mas eu não tinha coragem, não tinha voz ativa pra dizer isso a ninguém, eu sofria comigo mesmo, vendo todos felizes, namorando ou até mesmo ficando, e eu lá, largado, admirando os garotos sem poder fazer nada por medo, medo de apanhar deles, medo de apanhar dos meus avós, do julgamento, da reação da minha mãe, então era bom deixar como estava.

Antes que eu me esqueça, quero dividir com vocês mais um motivo pra eu ser reservado como sempre fui, sei que não fui nem o primeiro, nem o ultimo caso, mas fui mais um, hoje em dia, podendo falar sobre o assunto sem entender, mas também sem sofrer. Quando eu era pequeno, meu avô que sempre bebeu muito, vivia numa época de brigas intensas com minha avó, não sei bem o motivo, minha memória era muito vaga. Resumidamente, eu era abusado, por crescer na casa dele, minha mãe passava o dia de porta em porta, eu era um alvo fácil, eu não falava nada, porque não sabia que aquilo era errado, só sabia que me machucava, mas só tinha medo. Ele colocava seu pau em minha boca quando queria, até eu engasgar e me penetrava, agora imaginem, uma penetração, em uma criança de 4 anos, se em homens feitos, é uma dor desconfortável, imagina em uma criança cujo corpo nem sequer é desenvolvido. Com o passar do tempo, minha mãe começou a notar, até o dia em que ela o pôs na parede e o ameaçou, porem com medo de ser jogada na rua comigo, ela hesitou, mas nunca mais aconteceu nada, só que era tarde demais, eu não fui capaz de esquecer aquilo.

Como consequência, eu tinha ausência de desejo sexual, eu não tinha ereções, por incrível que pareça, eu era quase assexuado, não sei bem a explicação pra homossexualidade, já vi varias teorias, acredito que nascemos assim, mas não posso negar que isso pode ter contribuído. Só sei que eu não me achava digno de amor, não conseguia me imaginar fazendo sexo e sentindo algo que não fosse aquela dor que meu avô me causava.

A verdade é que eu tinha tantos problemas que eu preferia implodi-los a contar a alguém, eu sobrevivi a tudo isso, porém, com sequelas.

Pelo fato da minha mãe ter sido mãe muito cedo, ela não teve escolaridade, não teve estudo, ou melhor, não pôde concluir os estudos, por isso, ela era muito exigente comigo em relação a estudo. Eu tinha pena dela por não namorar com ninguém, ela não era feia, éramos iguais, não éramos lindos, mas não éramos feios, acho que ela partilhava das magoas e dores comigo, aprendi a ser reservado com ela.

Eu não sabia bem como ia ser aquele ano, mas queria que fosse melhor ou pelo menos, menos pior que os demais.

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Fala meus queridos, então, queria agradecer a leitura e saber o que vocês acharam do conto.

Só quero lembra-los que essa primeira parte, pode ter sido meio chata, mas foi apenas uma introdução, tá ? Apenas pra dar uma geral, pra não ficar nada confuso mais pra frente, logo logo posto mais uma parte pra vocês, vou manter a melhor frequência possível, ok ?

Até mais !

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Comentários

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Cara simplesmente perfeito o teu conto! Parabéns

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Ninguem Nasce Hétero, Gay ou Bi. isso se Adquire com o tempo.

vc virou Possivelmente por sequelas do que seu avô fez.

Eu me tornei porque com 5 Anos vi numa Novela global um Cara de cueca Lindo! e ai foi..

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To gostando...todo começo é assim, eu já li um que começou a ficar interessante depois de uns 9 capítulos... 9 longos capítulos.. mesmo assim estava bom....tbm acho q fatores psicológicos contribuem pra homossexualidade......

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Ultimamente, estou tentando não ler contos novos, pois vou me prender a mais uma série. Mas com seu conto vou tentar acompanhar sim. Pois eu adorei, está muito bem escrito e me interessou bastante. Sei como é viver no seu próprio mundinho. Indetifiquei-me com vossa pessoa. Ah! És tão fascinante... Continue logo por favor!

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Adoreiiiiiiii kkkkkkkk liga não, sou doido mesmo. Olha eu chorei aqui com sua historia sinceramente seu avô é um monstro, vou acompanhar sua historia com certeza, adorei e quero ver como é o bruno em, tenho certeza que hoje você é uma pessoa feliz com certeza, beijos nota 10

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Bem, se escrever bem é sinal de inteligência (o que é fato na minha opinião, mas não na de outros), sim, você é muito inteligente. Além de me prender completamente. Estarei acompanhando.

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Eu gostei, realmente muito interessante o seu conto e a sua historia de vida, isso se passa com muitos meninos, gostei da sua coragem em falar sobre esse assunto que deve ser muito delicado pra vc, vou acompanhar seu conto e vou comentar sempre, você se mostra um bom escritor e relata muito bem os fatos, escreve bem e parece que seu conto é promissor, começou bem hein?! Vou acompanhar vc aqui na casa... Gostei!

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