Ao Bater das Asas - Parte 2

Um conto erótico de Benjo
Categoria: Homossexual
Contém 902 palavras
Data: 24/12/2012 08:25:55

- Bem na hora - digo retribuindo o sorriso - então? Pra onde vamos?

- Pensei em ir ao Shopping. Depois poderíamos ir ao parque. O que acha?

- Por mim tudo bem.

Fomos caminhando até o estabelecimento comercial. Onde humanos consumistas eufóricos gastavam até o que não podia.

Esse tipo de lugar atrai as mais terríveis criaturas. Não podia demonstrar o meu tremendo desgosto de estar ali.

Caio me olha intrigado.

- Está tudo bem?

- Hã?

- Você está... Tenso...

Percebo que cada músculo de meu corpo estava retesado.

- Estou bem.

- Não está não. Vem comigo.

Segura minha mão me puxando. Ao chegar na praça de alimentação me sento com ele a meu lado

Coloca sua mão direita em minha testa levantando uma sobrancelha.

- Estou bem Caio - repito, mas a verdade era que meu instinto me obrigava a sair dali o mais depressa possível.

- Você está pálido - sua mão escorrega até minha face. Sinto um arrepio percorrendo a espinha indo diretamente ao lado esquerdo do peito. Seu toque era macio. Sua pele era quente.

Seus olhos me fitavam como se pudesse ver alem do meu corpo.

Após alguns segundos perdidos em sentimento desperto de meu tranze.

- Não quer assistir a um filme Chris?

- Filme?

- Sim. Vem. Levanta dai.

Caio vai até uma loja e compra dois copos de milk shake. Uma das coisas proibidas para anjos era o prazer da comida humano. Somos proibidos experimentar tudo e qualquer prazer.

Aquela bebida cremosa adocicada desce por minhas entranhas.

- Muito bom. Qual o sabor disso?

- Morango. Nunca tomou milk shake de morango?

- Não. Muito bom mesmo. Meu pai adoraria experimentar desse prazer.

- Me fala um pouco mais da sua família Chris. Se vamos ser amigos acho que preciso te conhecer melhor. Onde está morando?

- Sério Caio - digo tentando não demonstrar expressão alguma - quanto menos tu souber sobre mim melhor.

Hum...

- Porque? Está sendo procurado?

- Na verdade estou procurando. Mas... Acho que o filme já vai começar.

Realmente estávamos um tanto atrasados para a seção das 7:30.

Não conseguimos bons lugares, na verdade o que importava era estar com ele.

Não conseguia prestar atenção no filme. Ficava o tempo todo olhando para sua face. O cheiro dos humanos nem estava me incomodando. Digo... Não estava me incomodando muito.

Caio tinha um cheiro diferente. Como uma brisa de uma manhã na praia.

- O que tanto me olha? - pergunta em certo momento - estou com o nariz sujo?

Sorrio passando a mão em seu rosto.

- Você é lindo.

- O que? - pergunta se levantando.

Várias pessoas resmungaram nos mandando calar a boca.

- Eu falei que pra um humano...

- Você está me assustando Chris.

Caio passa pelas outras pessoas em direção a saída. Seguro em seu braço.

- O filme não acabou ainda.

- Preciso ir embora cara. Sério. Me solta.

As pessoas ainda resmungavam. Olho em direção a elas.

Estava sentindo outro sentimento totalmente proibido para minha espécie. Perdi alguns irmãos para esse sentimento.

Estava com ódio dos humanos.

- Calem a boca - grito liberando uma rajada de poder que explode o projetor e todas as caixas de som.

Caio se joga no chão para se proteger dos estilhaços.

Quando me dou conta do que tinha feito me posto de joelhos a seu lado.

- Caio. Está bem?

- O... O que você é?

- Hum - levanto uma sobrancelha e estendo minha mão - precisamos ter uma conversa...

- Enfim - digo ao sentarmos em um banco da praça. O clima estava sinistramente frio - agora pode perguntar o que quiser. Prometo não omitir nenhuma informação. Por mais irrelevante que eu considere.

- Quem é você?

- Christiel. Já te disse antes.

- Ta. isso já entendi. Mas é Christiel de que?

- Bom. Alguns dos meus irmãos usam Angel, ou Angelis. Mas eu particularmente prefiro apenas Christiel.

- Seus irmãos... Quantos são?

- Está de brincadeira? - sorrio, mas percebo que ele está falando sério.

"Ninguém sabe quantos somos ao todo. Nem nós mesmo sabemos. Creio que só meu pai saiba. Mas somos em muitos. Muitos mesmo, eu nem conheço todos."

- Onde é sua casa? E de onde você veio?

- Devo dizer que estamos em um empasse. Eu bem... Não me mudei nescessariamente. A minha casa fica em todo lugar e/ou em lugar algum. Você pode entrar nela por qualquer porta. Ou subir a escadaria

- Já chega - diz se levantando - você está brincando comigo.

- Eu... - sinto a fúria subindo para a cabeça. Mas tento me controlar - Caio, não estou brincando contigo. Não tenho permissão de brincar com humanos. Meus irmãos que fizeram isso se deram mal.

- O que você é? - pergunta temendo a resposta.

- Sou um anjo. Primeiro escalão de Uriel.

- Anjo? - repete se deixando cair sentado a meu lado - Não acredito que você é um anjo.

Me levanto e me posto em sua frente.

- Observe.

Abro minhas asas brancas com contornos dourados. Ele coloca a mão frente aos olhos. Seguro em sua mão e o puxo levitando alguns centímetros do chão.

- Está preparado? - pergunto o envolvendo em meu braço.

Voo para longe dali.

- Não me deixe cair - diz enquanto sobrevoávamos uma pista com um engarrafamento enorme.

- Nem que minhas asas quebrem - digo encostando meu rosto ao dele.

Paro no relógio de uma igreja o colocando sentado. Me sento a seu lado.

- Você é mesmo um anjo.

- Foi o que tentei dizer.

- O que fazia se matriculando na escola?

- Bom... Eu estava caçando. Até conhecer você.

Ele sorri. Passo minha mão em seu cabelo retirando o do olho.

Ele me olha aproximando seu rosto unindo sua boca a minha.

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Comentários

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Adorei seu conto, Fantástico, lindo perfeito, tudo de bom mesmo, só iria te pedir pra não demorar muito pra postar os próximos sei que é complicado mais entenda nossa agonia por ler mais, mais e mais!

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Cara muito bom seu conto continua logo ok

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