Me apaixonei pelo garçom (parte 9)

Um conto erótico de Felipe
Categoria: Homossexual
Contém 1490 palavras
Data: 23/12/2012 00:23:35
Assuntos: Amor gay, Gay, Homossexual

Bem, bem, bem... Naquele fim de semana eu provei pra mim mesmo que o Léo era o amor da minha vida, e que eu não desistiria dele tão fácil. Na verdade, a convivência com o Matheus fortificou meus sentimentos pelo Léo.

Naquele domingo, depois de tomarmos banho, eu levei o Léo de volta ao meu quarto, sentei ele na cama e eu sentei de frente com ele. Eu decidi que devia contar pra ele sobre o Matheus. Só achei melhor não contar sobre o que tinha acontecido entre nós dois antes dele ir morar em outra cidade.

Felipe: Léo, preciso conversar com você.

A expressão dele ficou séria, meio preocupada e com um pouco de dúvida.

Léo: O que aconteceu?

Felipe: Esse meu primo, o Matheus. Eu tive uma conversa com ele ontem de noite, e ele me disse é gay e que gosta muito de mim. E também que quer ficar comigo.

Léo: Aai, você não vai fazer o que eu acho que vai fazer né?

Felipe: O que você acha que eu vou fazer?

Léo: Terminar comigo pra ficar com ele.

Isso mexeu comigo. Ele realmente achava que eu seria capaz de larga-lo tão facilmente? Ou ele era apenas muito inseguro?

Felipe: Não é isso. Eu nunca vou te deixar...

O rosto dele pareceu se aliviar de uma grande pressão. Antes que ele falasse algo, eu continuei:

Felipe: Eu só to te contanto isso porque acho importante você saber. Ele tentou ficar comigo, eu contei que já tinha namorado. Mesmo assim ele insistiu uma vez, mas eu disse que não ia trair você.

Léo: E ele?

Felipe: Ficou meio triste, acho que ele não esperava ser rejeitado. Mas aceitou e nós conversamos mais um pouco, como amigos.

Ele ficou me olhando. E depois de um tempo, ele sorriu e disse:

Léo: Tive muita sorte quando te conheci.

Devo ter feito uma cara engraçada, pois ele deu uma risadinha e falou novamente:

Léo: Você faz com que eu me sinta seguro, e sei lá... Quando eu olho você, parece que você é capaz de fazer qualquer coisa por mim.

Eu sorri, passei a mão nos seus cabelos, bagunçando tudo e falei:

Felipe: Eu sou capaz de tudo por você!

Quase no mesmo segundo que eu disse isso, a porta do quarto se abriu, eu olhei e vi o Matheus nos encarando com cara de cão perdido.

Léo: Ele é seu primo?

Felipe: É.

Meu primo entrou no quarto devagar, estendeu a mão pro Léo, que a apertou. Nenhum dos dois disse nada. Quando soltaram as mãos, o Léo falou:

Léo: Eu acho que vou falar oi pra sua mãe.

Fiz que sim com a cabeça e ele saiu rapidamente do quarto. Tão rápido quanto eu fui pra perceber que deveria ter organizado o quarto antes do Léo chegar. Tinha camisa jogada no chão e as camas todas reviradas. Era óbvio o que tinha acontecido ali.

Matheus: Ele é o Leonardo?

Felipe: Isso.

Matheus: Ele é bonito.

Felipe: Eu sei. É o mais lindo pra mim.

Matheus: Bom, eu acho que vou arrumar minhas coisas, to indo embora já já.

Felipe: Precisa de ajuda?

Matheus: Não.

Ele parecia triste, mas tentando esconder a tristeza.

Felipe: Matheus, eu me sinto mal por isso. Eu não queria te deixar triste, só que eu sei que você supera isso. Só que eu já não sei se o Léo ia superar. E eu gosto de você, só que eu amo ele! Não é só por atração ou prazer. Eu fico meses sem transar com ele se for necessário. Desde que ele fique feliz! Eu me afasto dele, dou um tempo, enfim, faço o que ele me pedir.

O Matheus sorriu e disse:

Matheus: Cara, eu te amo. Eu te amava antes de ir embora, eu só era imaturo o suficiente pra não saber demonstrar. Não quero estragar a relação de vocês dois. Mas eu to indo embora sabendo que você tem alguém que te faz feliz. E esse cara é sua motivação.

Ele já tinha amassado tudo dentro da mala, meio com pressa.

Matheus: Eu vo tá te esperando se você precisar de mim pra alguma coisa.

Felipe: Valeu, cara.

Matheus: Eu sei que isso é soa como aqueles diálogos ridículos de filmes e animes japoneses. Só que, você ama ele, e tem que dedicar sua vida para ele. Tem que viver, estudar, se especializar, se tornar um profissional exemplar pra poder viver por aquele garoto. Só não se esquece: o dinheiro e o trabalho não são tudo na vida.

Felipe: Não soa ridículo.

Ele pois a mala no ombro e fechou o punho na minha direção. Eu dei um soquinho de volta, ele sorriu e falou:

Matheus: To indo. Até mais.

Eu dei um abraço dele e falei: Até logo.

Ele se afastou e saiu do quarto, eu não sei se ele foi de ônibus, ou se alguém veio busca-lo, pois não sai do meu quarto por um bom tempo. Até o Léo voltar e falar:

Léo: É. Tá escurecendo, eu acho que vou pra casa.

Nos abraçamos e eu falei: Por favor, não fica muito tempo sem dar notícia. Eu me preocupo.

Léo: Eu sei. Preciso perder o medo de mandar uma mensagem na frente dos meus pais. Eles não estão me "monitorando" mais. E acho que também não é legal aparecer quando eu quero.

Felipe: Você pode vir aqui quando quiser. Mas tenta manter contato enquanto não tá aqui.

Léo: Tá, eu prometo!

Demos um longo beijo, em seguida ele sorriu, me soltou do abraço e saiu do meu quarto. Tudo o que eu fiz foi me jogar na minha cama e ficar ali, de boca fechada, ouvindo lá longe ele se despedindo da minha mãe e a porta da sala se fechando.

Não sei explicar, mas me deu vontade de chorar ou sei lá o que. Mas levantei e comecei a organizar meu quarto. Arrumei minha cama (mesmo estando quase na hora de dormir) e guardei o colchão que o Matheus tinha dormido.

Depois de deixar meu quarto limpinho, fui pra cozinha com minha mãe. Ela estava fazendo macarrão pra janta.

Sentei na mesa, quieto, e ela falou:

Valéria: Tudo bem?

Felipe: To meio cansado, com vontade de deitar dentro de um freezer.

Valéria: Tá calor mesmo.

Eu já estava sem camisa, e não gostava da ideia de ficar só de cueca, ainda mais na frente da minha mãe. Então, tinha que aguentar daquele jeito.

Valéria: O Léo me contou uma coisa hoje.

Felipe: O que?

Ela me olhou, tinha um olhar sério no rosto.

Valéria: Os pais dele vão viajar depois de amanhã. Ficar uma semana fora.

Felipe: Ele vai junto?

Valéria: Ele não sabe. Ele disse que os pais dele deixaram ele ficar se ele quisesse.

Felipe: Nossa...

Valéria: O que?

Felipe: Que frieza. Até parece que eles não se importam se o filho vai estar presente ou não.

Valéria: Eu acho que não se importam. Nem todos aceitam tão bem quanto eu aceitei. Eles só estão dando abrigo para o filho enquanto ele é menor de idade.

Fiquei sem saber o que responder.

Felipe: Por que ele não me contou isso?

Valéria: Não sei. Acho que ele quer decidir sozinho.

Felipe: Não sei porque. Se ele for, é só um tempo de distância.

Valéria: Você ainda não entendeu que ele é mais sensível que você?

Fiquei quieto. Já tínhamos começado a comer e eu estava no meu segundo prato de macarrão (adooro, kkkkk).

Quando terminamos, eu coloquei meu prato na pia, me acomodei no sofá da sala e fiquei assistindo TV junto com minha mãe. Quase não conversamos mais, ela só fazia comentários sobre o programa e eu respondia ou dava uma risadinha.

Com o tempo, ela se levantou, seus olhos estavam inchados, eu não sabia se era choro ou muito sono.

Valéria: Vou pra minha cama, filho. Boa noite!

Felipe: Boa noite!

Ela passou ao meu lado e deu um beijo no meu rosto. Eu queria saber se a mãe do Léo fazia o mesmo com ele. Provavelmente, não.

Não se passou muito tempo e eu desliguei a TV e fui pro meu quarto. O calor era tanto que eu resolvi arrancar a bermuda e dormir de cueca mesmo. E assim fiz. Tirei a bermuda e guardei, eu estava usando uma cueca preta bem justa ao meu corpo, me olhei no espelho uma vez antes de apagar a luz, deitar na cama e apagar.

Acordei alguns minutos depois com meu celular vibrando. Era uma mensagem do Léo, que dizia: "espero que você ainda não tenha dormido! boa noite! te amo muito!". Eu estava com tanto sono que não pensei na possibilidade de responder. Joguei meu celular de lado e dormi de novo.

Fim dessa parte.

Eu ia deixar salvo como rascunho e escrever mais amanhã, assim o conto não fica muito curto, mas resolvi publicar isso aqui e escrever mais amanhã, rs.

Obrigado por tudo, pessoal. ^^

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Comentários

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Amei e estou com muita peninha do léo ai os pais dele sao um monstro

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Pelo sumiço esta devendo mais contos pea gente! rsrsrssrsr....

bj bj blue

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mttooooooo loolll adorando

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Apareceu hein! Sabe você não precisa se preocupar com o Matheus afinal você já tem o Léo, então quem tem qe entender é ele e ficar com cara de bunda sem lavar por que a pessoa que ama já tem outra, não adianta nada. Ótimo como sempre, só está curto. Calma gente ele também tem mais o que fazer né! Seus fominhas de conto hahahahaha

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O sumido voltou rsrs meu senti a falta de ti e do conto, e tadinho do Léo ninguém merece ter pais tão frios assim.

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Faz muito bem postar mesmo, é semore bom ler ótimas e excelentes histórias. Abraços

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Olá. Muito bom seu conto, tente ficar menos tempo sem postar. Nota 10, parabéns.

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