Paixão Escandalosa - Parte 17

Um conto erótico de Alê12
Categoria: Homossexual
Contém 1504 palavras
Data: 20/12/2012 10:13:23

Oi gente, tô adorando a hiistória e fico muito feliz por saber que vocês também estão curtindo. Mais um post pra vocês. Comentem muito, e boa leitura...

Fizemos amor debaixo do chuveiro. Não foi tão romântico, mas pouco me importava. Eu estava adorando o seu jeito selvagem e bruto, a pegada estava mais firme. Me virei pra ele, e com os olhos em lágrimas disse:

- Volta pra mim.

- Sai daqui agora!

- Hã? Mas...

- Você tá pensando que só porque acabamos de transar, isso vai pesar na minha decisão? Eu não quero mais saber de você, o que eu sentia por ti, acabou.

- Isso não é verdade Vini,você me ama, e a prova disso é o que acabou de rolar entre a gente. Não seja durão consigo mesmo vai, eu já te pedi perdão cara, já assumi o meu erro, sei que fraquejei, mas só agora, sentindo a tua falta, sei que nenhum outro cara é comparável a você. Eu te amo Vini, vamos voltar a namorar, por favor?

- Qualquer coisa Lucca, mesmo traição, isso eu não aceito nunca! Ainda mais sabendo que foi com aquele idiota. Mas eu ainda vou acertar contas com ele, você vai ver.

- Para com isso Vinicius. Esquece o Hugo e vamos pensar em nós dois, no nosso amor.

- Não existe mais nós dois; agora por favor, queira se retirar da minha casa.

- Vini, eu...

- Sai daqui porra! - ele deu um grito tão forte, que o eco da sua voz, percorreu a minha espinha. Sem dar mais uma palavra, me vesti, com as minhas roupas ainda molhadas e parti. Não tinha mais volta, dessa vez estava tudo acabado entre nós.

Cheguei em casa, e por sorte, todos ainda dormiam. Segui para o quarto, na aceitação de que agora sim, eu estava sozinho novamente. Tomei um banho quente, demorado e disse a mim mesmo que não iria mais procurá-lo. Se é assim que ele quer, vou respeitar a sua decisão.

Sai de toalha na cintura e vi que o meu celular não parava de tocar. O Leo? A esta hora?

- Oi amigo, e aí que você manda?

- Nada de muito importante Leo. Nem te conto as últimas. - falei com a voz meio triste.

- Jura? - percebi a perplexidade dele, quando eu contei do Hugo e do fim do meu relacionamento. - Amigo, conte comigo pra tudo tá. Poxa, eu te liguei pra convidá-lo a irmos numa night GLS hoje a noite, mas pelo visto né? Acho que...

- Eu vou sim, assim que eu chegar da faculdade eu me arrumo e te ligo. Estou mesmo precisando espairecer a cabeça.

- Fechou então. Nos encontramos a noite tá?

- Ok Leo, beijos. - Eu precisava sair, ver os amigos, isso me faria bem.

Ouvi umas batidas em minha porta.

- Pode entrar, está aberta.

- Com licença Lucca...

- Oi lindão, tá melhorzinho? Vem cá pro seu mano te dar um beijo.

- Eu tô bem sim.

- Tô vendo lindão. Que cara de sapeca é essa hein?

- Nada, é que a mamãe pediu pra eu te chamar para tomar café.

- Diga a ela que já tomei, e que daqui a pouco eu desço tá bom? - dei um sorriso pra ele, e o Caio saiu feito um furacão pelas escadas.

- Ai Lucca, a vida continua... respirei fundo e já ia saindo quando o meu celular toca novamente.

- Não é possível, esse cara de novo? - Fala Hugo, mas seja breve por favor!

- Lucca, eu... queria muito conversar com você, pode ser?

- Conversar o quê cara. Não temos nada pra falar um com outro.

- Só uma conversa, por favor? Depois não te procuro mais, prometo!

- Ok Hugo. Aonde?

- Pode ser, sei lá, numa lanchonete? Aquela de esquina, na rua Machado de Assis.

- Ok. Mas vou ser rápido.

O que ele queria comigo dessa vez? Já não é o bastante ter estragado a minha vida? Poxa! Será que eu não posso ter um pouco de paz? Desci, falei com os meu pais e nem tinha percebido que a Fernanda, a namorada do Breno dormiu aqui em casa.

- Oi Fernanda, tudo bem? - ela acenou pra mim, eu não ia muito com a cara dela mas tinha que suportá-la.

- Meu filho, mas você já vai sair?

- Vou mãe, tenho que ajeitar umas coisas da faculdade, daqui a pouco tô de volta.

- A essa hora da manhã hein Lucca? - Aff! Meu pai enxia o meu saco com tanta pergunta.

- É pai. Bom, deixa eu ir lá. Tchau pra vocês.

Como se não bastasse, o idiota ainda me fez ficar esperando meia hora na lanchonete. Minha sorte é que levei a carteira comigo, pude ao menos tomar um suco.

- Poxa! Até que enfim.

- Desculpa Lucca, foi o trânsito, cê sabe como é né? Cidade grande é assim mesmo.

- Pois bem, o que você quer falar comigo Hugo? - fui direto ao ponto.

- Eu posso pedir um café pelo menos?

- Não, não pode, eu quero chegar logo em casa. Seja breve.

- A minha presença te faz tão mal assim cara?

- Hugo, vamos deixar de enrolação. - ele percebeu pela minha cara, que eu não estava pra muito papo furado.

- Lucca... eu estou apaixonado por você.

- Cara...

- Não me interrompa, por favor! Deixa eu falar tudo que eu tenho pra te dizer.

- Tudo bem.

- Desde o dia em que você me acolheu em sua casa, já havia pintado uma atração forte por ti, ai eu fui percebendo o seu jeito alegre e nervoso de ser. Rsrsrsrs... mas que confesso, te deixa mais lindo. Foi pelo seu jeito amoroso de cuidar do seu irmão, pela sua sinceridade, por tudo isso Lucca, eu me apaixonei por você. Sei que fui precipitado, mas imagina o meu lado; está num mesmo quarto, ao lado do cara que amo, sentindo o seu cheiro, vendo o teu corpo, vendo o jeito como você dorme... Eu não tenho culpa do que eu estou sentindo. Só queria que você soubesse o quanto está sendo difícil pra mim, estar longe de você. Eu me sinto mais forte, mais alegre, mais seguro do seu lado... eu sei que só tivemos um único momento juntos, mas foi o suficiente pra alimentar o meu coração de amor.

- Hugo eu... - confesso, que depois de ouvir aquela declaração, eu fiquei sem palavras. Tinha que dar o braço a torcer, eu vi total sinceridade dentro dos olhos dele. Eu não sabia o que fazer, o que dizer, apenas o observei profundamente, processando no meu subconsciente as suas palavras.

- Eu te amo muito cara - ele começou a chorar. Não me deixa sozinho não, por favor. Eu não tenho ninguém na vida.

- Hã? Como assim? Mas e os seus pais?

- Se o Breno não de disse ainda, eu vou te contar tudo... Os meus pais morreram num acidente de carro no ano passado, como eu não trabalhava, era sustentado por eles, mas um tio meu, passou a perna no meu pai, numa sociedade que eles fizeram, e nos deixou sem nada. Tinha vezes, que nem comida tínhamos em casa. - nesse momento ele desabou a chorar, e eu tive que abraçá-lo, era muito forte o que ele estava dizendo. - Sempre íamos comer na casa da minha avó, foi ela quem me ajudou na faculdade, aí quando os meus pais morreram, a minha vida desmoronou. Foi quando eu conheci o Bruno, e nos tornamos muito amigos, e ele ofereceu sua casa, para que eu ficasse um tempo.

- Hugo... Eu sinto muito pelos seus pais, mas porque você mentiu?

- Era muito doloroso pra mim, dizer que eu passei fome, que fui roubado pelo meu próprio tio, que era a minha avó que bancava tudo por mim. Desculpa.

- Não precisa pedi desculpas, sei o quanto isso é difícil, mas porque vocês não colocaram esse teu tio na justiça?

- Tá rolando um processo, mas não temos provas. Eu me sinto muito sozinho Lucca... Ter conhecido você, foi a melhor coisa da minha vida. Por isso que eu tinha que te dizer tudo isso. Não quero que sinta pena de mim, aliás, sofrimento todos nos passamos na vida... eu só queria que você entendesse o quanto eu amo você.

Meu Deus, como eu fui deixá-lo sair de casa? Ele já não tinha muita grana, pagando aluguel numa cidade como o Rio... agora eu entendo a revolta do Breno, quando não viu o Hugo mais lá em casa. Eu tinha que chamá-lo de volta, era o mínimo que eu pudia fazer.

- Hugo, eu queria que você voltasse a ficar lá em casa, mas enquanto a ficarmos juntos, confesso que eu no momento quero um tempo sozinho. Eu ainda amo o Vinicius, mas depois de tudo, prefiro ficar só.

- Eu entendo... Não quero te incomodar de novo.

- Nem pense uma coisa dessas. Ei, olha pra mim... Eu quero que você volte entendeu? Pelo Breno que gosta muito de você e por mim também. Por favor?

- Ok. Lucca, obrigado por tudo. Prometo que não forçarei a barra com você.

- Então? Vamos? - sorri pra ele, para tentar fazê-lo sorrir também, não sei se era o certo o que eu estava fazendo, mas naquele momento, eu ouvi o meu coração.

CONTINUA...

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 3 estrelas.
Incentive Alê12 a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Então o Breno não é um monstro insensível como pensei, na verdade ele é um amigo generoso que sabe separar amizade de amigo da "amizade" de seu irmão! Agora, sinceramente, percebo sinceridade no amor de Vinicius e Hugo, então quero que Lucca fique com os dois!

0 0
Foto de perfil genérica

era o mais correto a se fazer... quem sabe o Lucca não está dando uma chance para amar de novo... o Hugo parece ser um cara legal...

0 0
Foto de perfil genérica

Foi o mais sensato a se fazer e agora tá explicada a atitude do Breno. Bom, nota, como sempre. Muito bacana.

0 0
Foto de perfil genérica

(Continuano) Mais ele ainda guarda um sentimento pelo Vinicius, que esta confuso em relaçao ao Lucca e com razão, mais o melhor que o Lucca faz e ficar um tempo sozinho e pensar em realmente em quem ele ama de verdade.

0 0
Foto de perfil genérica

Nossa a história do hugo tocou meu coração e realmente ele te ama muito o Lucca eu senti muita sinceridade nas palavras dele

0 0
Foto de perfil genérica

Ai coitado do hugo eu nao tenho nem palavras pra descrever oque to sentindo.ai o vini foi muito arrogante em tratar o lucca daquela forma eu pensei que eles ian voltar mais vejo que isso e impossivel no momento

0 0