A HISTÓRIA DE NÓS TRÊS - 05X06 - "Apenas mais uma canção de amor"

Um conto erótico de My Way
Categoria: Homossexual
Contém 1788 palavras
Data: 19/12/2012 00:38:28
Última revisão: 21/12/2012 04:53:25

Estávamos todos prontos para a grande festa. Infelizmente tive que usar um tênis novo, detesto isso, mas queria deixa-los amaciados para o carnaval. Naquele dia andamos bastante para chegar ao local da festa. As coisas estavam realmente uma loucura lá. Sentemos em uma mesa reservada e começamos a conversar.

- Lembra aquele dia em que fomos presos? – perguntou Priscila rindo.

- Presos? – questionou meu marido assustado....

- Não fomos presos... quando éramos pequenos brigamos com uns moleques e acabamos sendo levados para a casa... esse dia foi tenso... – falei rindo.,

A bebida estava subindo a nossas cabeças de forma rápida. Olhei para o lado e vi alguns casais gays se beijando. Do nada Mauricio me deu um mega beijo na boca. Juro que fiquei sem ar. Priscila e Caleb foram para pista de dança e Carlos e Luciana decidiram ficar no bar. o

- É tão gostoso... – disse Mauricio.

- O que? – falei colocando os meus braços em volta de seu pescoço.

- Poder te beijar... ficar com você.. na frente de todosSabe... ainda acho que saímos pouco... deveríamos reservar um final de semana apenas para nós dois... eu e você... contra todos... – falei rindo.

- Seria ótimo... agora eu quero mais beijos... – ele falou me encostando contra a parede.

De repente, Mauricio sente um toque no seu ombro. Ele vira e é o rapaz da praia.

- E ai? Você está melhor? – perguntou Mauricio.

- Sim... eu...

- Ótimo... fico feliz... agora com licença... eu estou um pouco ocupado.

Quando o rapaz viu o Mauricio me abraçando, tentou disfarçar e ficou de longe observando.

- Devo perguntar? – falei olhando em seus olhos.

- Um moleque que levou uma bolada hoje mais cedo... quem precisa de pirralho quando tem um homem ao seu lado? – ele disse me beijando.

Todos começaram a pular na piscina. Era uma festa bacana. Deixei nossas coisas em uma cadeira e pulamos juntos na piscina. Entre risos, conversas e danças, nem percebemos que o rapaz pegou o celular de Mauricio e trocou com o dele.

- Caramba.. essa festa está da hora!! – disse Caleb fazendo algumas pessoas rirem.

- É... da hora... – falou Priscila arrumando o cabelo molhado.

Eu estava por trás de Mauricio ele estava em pé na água e eu segurado no “cangote” dele. Naquele dia mordi muito a orelha mais linda de São Paulo. Quando olhamos para o céu, os primeiros raios do dia brilhavam fervorosamente em nossa direção.

- Vamos? – disse Luciana um pouco bêbada.

- Claro... deixa eu pegar as nossas coisas. – falei também um pouco tonto.

- Já chamei um táxi. – disse Caleb.

Chegamos ao hotel e tomamos um banho. Mal deitei na cama e dormi. Acordei ao som da música “Abraça e me beija” estava tocando em um trio elétrico que passou em frente ao nosso hotel. Sem muita coragem de levantar fiquei deitado até o Mauricio acordar também. Ele pegou o celular para ver as horas e a senha dele não estava entrando. Ele me passou o telefone.

- Seria... seu... se fosse seu... – falei.

- Como assim? – ele perguntou.

- Alguém pegou seu Iphone enganado... esse é de outra pessoa... – disse.

- E agora?

- E agora... que eu disse para você... o que? Amor compra uma capa para o seu telefone... assim ninguém confunde... – falei mostrando a minha capa do Stich (etezinho azul do desenho Lilo & Stich).

- Eu sei... iria comprar... mas, estamos na Bahia...

- Vamos esperar uma ligação... ou melhor... vamos ligar para o seu... – falei apertando o número 3 do meu celular (sim... o Mauricio é o meu contato número 3... em primeiro está minha mãe e em segundo o meu pai... pronto... falei.).

- Ok.

- Alô? Bom dia... – falei.

- Não seria boa tarde? – disse um jovem no outro lado da linha.

- Sim... perdão... é você é o dono desse Iphone Preto? – perguntei.

- Sim... sou eu... estava na festa ontem... fiquei tão bêbado que acabei pegando esse telefone enganado... onde vocês estão? – ele perguntou.

- Bem... estamos... no Hotel Central...

- Conheço... estarei aí em 15 minutos... – ele disse.

- Perdão... qual é o seu nome? – perguntei.

- Geovandro.

- Ok... sou Pedro... amigo do Mauricio...dono do celular... – falei. – Estamos te aguardando. – disse desligando.

- Amigo? – disse Mauricio tirando a cueca e entrando no banheiro.

- Você entendeu... – falei colocando meu tapa olho (sim... eu durmo de tapa olho).

- E se essa pessoa for um bandido... – ele gritou do banheiro enquanto fazia xixi.

- Um ladrão rico né? – gritei.

- Sabe... precisamos ter mais cuidado!! – ele gritou.

- O que?!!!

- Precisamos ter mais cuidado... – ele disse colocando a cabeça para fora do banheiro.

- Quer... dizer... você precisa ter cuidado. – disse tirando só um lado do tapa olho e piscando para ele.

Em casa, as coisas estavam tranquilas também. Os menores estavam de folga da escola devido o carnaval, a Judith estava empenhada com uma apresentação de dança, Phelip e Ezequias estavam se tornando amigos próximos. O jovem estava ensinando ao meu irmão como tocar violão.

- Você toca apenas música gospel? – perguntou Phelip.

- Eu sei algumas seculares também...

- Me toca uma... quero ouvir. – ele disse passando o violão.

Meio desajeitado, Ezequias pegou o violão e começou a dedilhar a música “Apenas uma canção de amor”, do Rosas de Saron.

“Enquanto a chuva molha o meu rosto

Ela esconde a minha lágrima

Que insiste em encontrar o chão.

Enquanto o frio toma o meu corpo

Eu aprendi sem a gramática

Que saudade não tem tradução.

Eu preciso tanto de Você

O seu amor é o que me faz crescer

E conhece como a própria mão

Cada medo do meu coração.

Hoje pensei tanto em nós dois

Que não podia deixar pra depois

E eu vim aqui só pra dizer

Que eu sou louco por Você

Enquanto a chuva molha o meu rosto

Ela esconde a minha lágrima

Que insiste em encontrar o chão.

Enquanto o frio toma o meu corpo

Eu aprendi sem a gramática

Que saudade não tem tradução.

Eu preciso tanto de Você

O seu amor é o que me faz crescer

E conhece como a própria mão

Cada medo do meu coração.

Hoje pensei tanto em nós dois

Que não podia deixar pra depois

E eu vim aqui só pra dizer

Que eu sou louco por Você”

- Nossa... você... você... canta muito bem... – disse Phelip impressionado.

- Para com isso... – disse ele sem graça.

- Mas, essa música não é secular... ela é católica.. deveria respeitar...

- Eu respeito, mas os pastores da nossa igreja não pensam dessa forma... quer dizer... não vou generalizar, mas alguns são antiquados. – ele disse arrumando os óculos

- Entendo...

- Não, você não entende, mas tudo bem... – ele disse rindo.

- Seus pais não ligam para a nossa amizade? – perguntou Phelip.

- Como assim?

- Acho que eu não sou exemplo para um menino tão bonzinho como você....

- Para com isso... só sigo o que os meus pais pedem...

- Você alguma vez já ficou de porre?! – perguntou Phelip.

- Uma vez eu bebi vinho e fiquei rindo...

Phelip não segurou o riso e deixou Ezequias com vergonha.

- Calma... não se preocupa... sou teu amigo... se eu to rindo é porque você ficou muito fofo falando assim... – Phelip disse se tocando e mudando de assunto.

Jean e Fábio estavam cada dia mais amigos. Eles faziam compras em um shopping. Quando Fábio ficou azul.

- Menino... está tudo bem? – perguntou Vinicius.

- O meu ex... está aqui... – disse o rapaz.

- Como assim? Onde... quando? – ele perguntou procurando pelo shopping.

- Atrás de mim... – disse Fábio.

- Onde... o elefante de camisa verde não me deixa ver nada... Aiiiiiii... porque me beliscou? – perguntou Vinicius coçando o braço.

- O elefante de blusa verde é o meu ex...

- Mentira... menino e como você?? E como ele??? Jesus... – disse Vinicius dando um riso sem graça.

- Vamos sair daqui? – perguntou Fábio.

- Agora mesmo...

Judith levava Pablo para passear na rua, quando foi abordada por Daniele. A jovem começou a acompanhar Judi.

- E então? – perguntou Daniele.

- E então....

- O que tens feito de bom? – perguntou a jovem.

- Meus pais estão viajando... e eu to cuidando dos meus irmãozinhos... ou seja, a única coisa que eu tenho sido é babá. – disse ela rindo.

- Lua de mel?

- O que? – perguntou Judith.

- Seus pais foram para lua de mel? – questionou novamente Daniele.

- Mais ou menos... foram para o carnaval da Bahia.

- Nossa é tão diferente... sua mãe deve confiar bastante em você... e...

- Ahh... eu não tenho mãe... eu...

- Mas, acabou de me falar que os seus pais estão em lua de mel?

- Eu tenho dois pais... dois pais... homens...

- Desculpe... eu não estou entendendo... eu...

- Meus pais são homossexuais... eles me adotaram... esse rapazinho aqui o Pablinho... ele é filho deles...

- Nossa... é... é... diferente. – disse Daniele. – Mas, um dia Jesus muda tudo isso...

- Espero que não... e você? Daniele... certo? – perguntou Judith.

- Sim... bem... eu faço parte do coral da igreja... faremos uma apresentação... se quiser ir... como é o nome daquele rapaz... que mora naquela casa? – ela disse apontando para a casa de Rodolfo.

- O Bernardo? O que... o que... tem ele?

- Queria que ele fosse... eu o achei uma gracinha...

- Bem... errr... ele é... meu... namorado. – disse Judith meio sem graça.

- Entendi... bem... acho que já te aluguei demais... estou indo nessa... qualquer coisa aparece na igreja... é aquela azul próximo da praça. – disse Daniele se despedindo.

- Essa menina é muito estranha... né amor? – disse Judith pegando Pablo no colo.

- Estranha.. ela é muito estranha.. – respondeu o menino.

Na recepção do hotel esperávamos o tal rapaz pegar o celular. Ele não demorou muito. E para a nossa surpresa era o mesmo da praia e da festa.

- Oi? – ele disse sorrindo.

- Desculpa pela confusão. – disse Mauricio.

- Sem problemas... está aqui... deixei ele carregando a noite... – disse o rapaz.

- Obrigado. – falei segurando firme no braço do Mauricio.

- Bem... nos vemos por aí.

- Espera... – falou o Mauricio.

- Quer jantar conosco? – ele perguntou.

Se olhar matasse, naquele momento era para o marido está morto. Ele disfarçou e fomos jantar com o tal rapaz. Ele disse que também era de São Paulo e estava se formando me medicina. Pronto... aquilo foi o suficiente para desencadear a conversa mais chata que eu já ouvi na vida.

- Que bom... fico feliz pela sua opção... – disse Mauricio.

- Amor... está ficando tarde... vamos perder o show da Ivete... – falei, mesmo não gostando dela.

- Ok... mais três minutos...

- Ei... um amigo meu é conhecido dela... podemos ir na área VIP. – disse Geovandro.

- Mas, infelizmente estamos em seis... acho que o teu amigo não vai querer se complicar... e....

- Não... vamos... eu vou ligar para ele... pode chamar os teus amigos... e... vamos gente! – ele disse praticamente nos puxando.

Chegamos ao local do show e estava tudo lotado. Demorou para conseguirmos ter acesso. Mas, vou te contar... nunca gostei muito da Ivete Sangalo, mas... o show dela é incrivelmente incrível. Dancei, pulei, cantei música que eu nem sabia que sabia... sim... infelizmente Geovandro ganhou pontos comigo... afff....

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Comentários

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To vendo que essa história de gente nova vai ser só pra atrapalhar a vida da turma mais amada da CDC, rsrs..

NOTA 10

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Espero que um local para se divertir acabe em crise de ciúmes e mais uma burrada do marcelo.

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Eu estou adorando o conto, quem sabe um delize do Mauricio pra torná-lo mais humano, ele é muito perfeito, também estamos precisando esquentar as coisas entre o Mauricio e o Pedro. Também podemos fazer Mauricio ter um deslize sem necessariamente fazer ele trair no sentido mais cruel e real da palavra Pedro! Afinal, Geovandro (que nome horroroso, meu Deus!) é mais jovem e para Mauricio isso deve servir de massagem a seu ego, pois este já passou ou está passando pela crise dos trinta! Após este erro, Mauricio, para ser mais digno, contará para Pedro, que dará um pequeno escandalo sem necessariamente, fazer um show afrescurado e afetado, mantendo o mínimo da compostura e boa educação, mas poderá mostrar sua insatisfação, dor, tristeza e decepção com o marido. Que suará a camisa para poder reconquistar a confiança de Pedro (Visto que o amor, ele nunca perdeu! Mas o coração de Pedro encontra-se muito machucado e ressentido por atitudes tão inresponsáveis e dolorosas do companheiro). Mas pra não deixar esse Geovandro, que conseguiu por meio de pontos em comum - medina e esportes - e de sua juventude "lubridiar e seduzir" Mauricio, por cima da carne seca, sendo o fodão da história que consegue tudo o que quer, nada melhor do que deixá-lo apaixonado pelo Mauricio sem ter chances alguma com ele além da primeira e única noite de sexo tórrido e de puro tesão, pois o mesmo em um momento de desespero na tentativa de reconquistar seu amor, o destrata mostrando sua predileção de forma desavergonhada por Pedro, ensinando a Geovandro que no amor jogos e artimanhas não servem, na maioria das vezes apenas machucam. Isso é o que suponho que poderá ocorrer nos próximos dias! Quanto ao Phelip espero para ver a sedução de Ezequias e como eles vão se entregar a tais sentimentos!

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Que nome esquisito geovandro,kkk, adoreii seu conto.

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O show da Ivete é incrível mesmo... mas o seu conto é mais. 10

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Nossa e presisar de ajuda na hora de enforcar ou descepar a cabesça em prasça publica de seu marido ou do geovandro pode conta comigo.bjs continua logo

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ótima,sensacional,maravilhosa como sempre a historia, e a nota é 10 sem duvida

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