Amar ou Te Matar... Eis a Questão! - 7

Um conto erótico de Bernardo DellaVoglio
Categoria: Homossexual
Contém 1529 palavras
Data: 18/11/2012 21:42:45
Última revisão: 19/11/2012 18:06:40

E então eu tinha que encarar aquela assustadora verdade. Eu estava começando a me afeiçoar pelo o fedelho. Mas quem sabe pode ser somente um leve afeto... Mas amor? Isso é impossível... É uma verdade universal que o amor só podem se compartilhados entre um homem e uma mulher. E eu acho que amo Cecília... Louis só é uma criança que me fez virar a cabeça... Ele me pegou em um momento desprevenido e usou todo aquele maldito charme e o amaldiçoado sorriso doce.

Quando Signore da Vinci saiu de perto comecei a pegar algumas plantas e fiz um arranjo, ou pelo menos tentei fazer um. E voltei para a concentração onde estava todo mundo. O tal do Pietro estava junto com o Louis, que por sua vez estava com a boca e as bochechas rosadas, dando um ar ainda mais... Bonito. Érh... Bonito.

-- Demoraste hein? - disse ele me analisando com os olhos verde esmeralda.

-- Mi perdoni. Estava pegando umas coisas. - disse.

-- Ei Louis se importaria de eu passar em seus aposentos nesta noite só para te mostrar uns desenhos que fiz? - disse Pietro.

-- Não. Ele não vai poder. - disse em uma voz rígida fazendo-o encolher no canto.

Louis me olhou assustado pelo o tom de voz que usei mas não falou nada.

-- Desculpe. - murmurou Pietro com medo.

Ele foi andando desajeitado deixando eu e o fedelho sozinhos na clareira. Ele por fim disse:

-- Por que trataste ele daquele modo? E por que demorou tanto?

-- Por que sim. E... Bem... São para você. - disse estendendo o ramo de plantas para ele.

-- Você trouxe para mim um monte de... Mato? - ele arqueou sobrancelhas incrédulo.

-- Ah que saber... Tanto faz. - disse jogando aquilo no chão e caminhando depressa

-- Ei! Espere!!! - disse ele tentando me alcançar.

-- O que é dessa vez? - rosnei.

-- Eu só quero entender o que está acontecendo... Conosco. - ele disse baixinho.

-- Nada. Não está acontecendo e nunca aconteceu... Isso que ocorreu entre nós só foi uma sucessão de erros. - falei inflexível.

-- Sucessão de erros? Então para monsieur eu sou uma sucessão de erros?! - ele disse irritado.

-- Não. Mas o que eu... O que acontece comigo quando estou perto de você, isso sim é um erro. - olhei para o rosto dele.

-- Então só o fato de estarmos aqui, a sós é um erro? - ele perguntou dócil.

Assenti. Ele pegou os meus pulsos e colocou em volta da cintura dele, e passou os braços em minha nuca.

-- É. É um grande erro.

Ele ficou na ponta dos pés e encostou os lábios macios nos meus, iniciando um beijo bem delicado. Puxei ele mais perto de mim sentindo o corpo dele em meus braços.

-- Isso para monsieur ainda é errado? - ele disse corado.

-- Eu não sei. - disse sincero.

-- Ótimo então. Eu não sei de que natureza são esses sentimentos e emoções que sinto: Eu o amo. Amo tanto que sinto ódio. - ele disse.

-- Não repita isso. - falei.

-- Sim, eu o amo demais. E também o odeio por ser quem tu és. Amo o seu beijo e o jeito em que me toca e odeio você e o seu jeito que fala comigo. - Ele suspirou dando leves socos em meu peitoral.

-- O que quer que eu diga? - falei confuso.

-- Só me diga que me ama... Assim saberei que não estou enlouquecendo...

-- Por que? - indaguei.

-- Por que sei que o que eu fiz não tem perdão. Fui para a cama com outro homem, e deixei ser tocado... E eu... Gostei... Agora todas as noites, eu tenho vontade de gritar só pelo o desejo de te ter... Comigo... E dentro de mim. - ele disse se afastando.

-- Não tem idéia de como isso é estúpido. - disse.

-- Mas por que? - ele perguntou.

-- Por que eu não te amo. - Menti, exaltando cada palavra.

-- É claro que me ama... Vejo em seus olhos que sim! - ele murmurou.

-- Não, eu não te amo... Isso não é o que eu quero para a minha vida. - disse áspero.

-- ENTÃO CONFESSA SEU COVARDE! TEM MEDO DE FICAR COMIGO, PREFERE SE CASAR COM UMA IMBECIL QUE SÓ ABRE A BOCA PARA FALAR SIM E NÃO, E CRIAR UM BANDO DE CRIANÇAS MAL EDUCADAS QUE NEM VOCÊ! - ele gritou esbravejando ódio.

-- Não fale assim comigo! - falei.

-- QUEM É VOCÊ PARA ME PROIBIR?! Primeiro me seduz e leva para a cama, para depois me dizer que não me ama? EU TE ODEIO E TE ODIAREI ATÉ A MORTE! EU NEM CONSIGO ME LEMBRAR DA PIOR PALAVRA PARA DEFINIR VOCÊ!!! - ele deu uma bofetada na minha cara e saiu chorando.

E quando eu sai aí sim pude desentalar o que estava na minha garganta. O choro de raiva de mim mesmo... Menti para ele, por que era difícil demais admitir que eu o amava. A cada vez em que eu dizia aquelas palavras a ele, era como se um punhal fosse cravado lentamente em minha garganta. Pisei com raiva no ramo de flores que estava no chão, fazendo uma pasta de pétalas e folhas moídas.

Depois, sai daquela clareira indo em direção a pousada. Já era a hora do crepúsculo quando cheguei lá. Signore da Vinci estava retocando uma pintura, e os seus pupilos estavam de a todo ouvidos escutando os conselhos dele. Foi aí que parou e disse:

-- Meu rapaz, por que o Louis está chorando? Ele entrou aqui em prantos, parecia que iria se desmanchar em lágrimas.

-- Não sei... - disse ainda mais culpado.

-- Bem seja o que for espero que resolva. - ele disse sorrindo.

-- Também espero... - disse para mim mesmo.

Naquela noite choveu muito. Estava fazendo frio, e não preguei o olho a noite inteira. Em um dado momento da madrugada levantei e fui para a saleta do mestre. Tinha uma pintura no cavalete... Uma mulher sorria de forma doce para mim como se falasse que era minha amiga, e com os olhos que entendiam muito bem o que eu sentia.

-- Linda não? - perguntou Leonardo.

-- Sim... Signore o que faz acordado nesta hora? - perguntei.

-- Filosofando sobre a vida e a morte... Não, eu estou com insônia. - ele riu.

-- Humm... Quem é ela? - perguntei olhando para a tela.

-- Uma longa história... Mas o importante é que estou conseguindo o meu objetivo de torna-lá o mais próximo do perfeito. - ele contemplou. - Tinha que fazer uma coisa enquanto Michelangelo fica preso no teto de uma capela - ele riu.

Também sorri.

-- A questão é que: O que está te afligindo? - ele me olhou.

-- Amor. E as suas consequências.

-- Ahh sim... Algo que queira me dizer? - ele perguntou.

-- Não... Melhor não.

-- Bem filho, não sei o que está acontecendo... Mas quero que saiba que quando se ama alguém de verdade, mais do que a própria vida, pode ter certeza que isso ocorrerá só uma vez. - ele suspirou.

-- Mas é tão difícil. - mantive o olhar baixo.

-- Você é alto... Forte... Tem fibra e é macho o suficiente para encarar o que der e vier de peito aberto. - ele disse. - Vai deixar ele sumir assim?

-- Signore! - disse assustado com a ultima fala dele.

-- Só um tolo não perceberia o modo como olha Louis... E diria que nunca vi alguém tão único que nem ele... Ele tem uma paixão pela a vida que você precisa aprender. Agora já é tarde... Creio que vocês dois amanhã nos deixaram... - ele se levantou - Mas não se esqueça: essa pode ser a ultima chance de encontrar a felicidade em o mais puro estado.

Assenti com a cabeça, olhando para a tela que ainda permanecia com o mesmo sorriso calmo. Subi as escadas e parei na porta dele, e com cuidado abri. O quarto tinha uma única vela acesa na cabeceira, e Louis estava dormindo em um sono tranquilo... O cabelo loiro dourado estava bagunçado e tinha uma das mãos apoiando o rosto perfeito. Tirei o meu colete, fincando apenas com o fino calção de linho... Deitei na cama e o abracei por trás puxando bem devagar o corpo dele de encontro ao meu... O cheiro quente de flores que se desprendia do cabelo e pescoço entravam no meu nariz e me fazendo ficar calmo... Toquei no ombro dele e beijei de vele, olhando para o rosto. Talvez por um impulso natural, ele chegou mais perto de mim, fazendo sua bunda focar encoxada em minha rola que já estava dura que nem aço.

Com cuidado aproximei o meu rosto no dele e o beijei com calma... Ele já tinha acordado pois correspondia os meus beijos de leve, mas ainda de olhos fechados, enquanto passeava as minha mãos livremente pelas coxas, cintura e bunda. Ele abriu os olhos e por fim disse.

-- O queres de mim afinal? - perguntou.

-- O seu coração e alma. - disse roçando a minha barba põe fazer na face macia de porcelana, enquanto sussurrava no ouvido dele.

Ele se virou de frente para mim e me beijou, e correspondi, segurando a parte de trás do cabelo mantendo o rosto erguido pra mim. Ele por sua vez segurou com as pernas o meu quadril, e mantinha as mão no meu peitoral e bíceps. E lá ia nós outra vez praticar uma lista de ofensas contra a sagrada natureza.

CONTINUA

bernardodelavoglio123@hotmail.com

(ficou meio curto por que escrevi pelo IPad mas no próximo irei aumentar rsrsrs abraços)

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Comentários

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Detesto as drogas que tu coloca nos teus contos... fico viciado num instante... ai depois tu some... e volta... agora tô mais viciado do que nunca... e agora, o que vai acontecer quando Cecília voltar... oh meu deus... E Bernardo... pense na possibilidade de fazer uma edição especial do Playboy se apaixonou de verdade... tu pede ele em noivado e só lança isso... queremos um conto... a minha nota só poderia ser essa.

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ola bernardo...sabe que eu te descobri ontem por acaso,li uma parte do seu conto e amei..resolvir procurar as outras partes e no fim acabei por ficar a tarde toda em casa lendo as 24 partes do "e ai o play boy se apaixona de verdade" simplesmente magnificoooo!! ja sou sua fã incondicional!!! abraços vc eh o maximo! nao demora postar o proximo...

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Perfeito! Ah e parabéns pelo noivado ! :)

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Valeu Iky rsrsrsrs Eu e ele somos reais sim... E nossa história tambem... Quanto o pai dele, sinceramente eu acho que não era obsessão e sim amor e proteção demais... Acho que quando nós temos algo que amamos demais perdemos um pouco da dosagem certa dos sentimentos em si... Sou maluco de amor por aquele guri mimadinho kkkkkkkkkkk Valew princesa Kika kkkkkkk Não vou demorar!

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Ai Bernardo, você sabe de mim né? Sabe como sou seu fã e como amo suas histórias. Hoje eu tive um carinho especial pelo capítulo, porque eu acho muito bonito quem engole o orgulho e admite algo assim. Por favor, continue postando rápido assim q

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Fica me chamando de Princesa que eu roubo vc do Ariel viu??KKKK...até parece, nunca que eu iria separar um casal lindo como o de vc´s!! Mas como eu li em um comentário aqui, virei tua fã Guri!! rsrsE demora pra postar não, hein???

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Bernardo, acho que essa é a primeira vez que comento um de seus contos, acho seu primeiro conto - e o playboy se apaixonou de verdade - super legal e original, se me permite a intromissão, e se estiver errado, espero que desde já me desculpe, mas acho que partes dele é real e partes dele é fictício, estou certo? Espero que sim ou o pobre do Ariel tem um dos pais mais loucos e obsecados que já vi ou ouvi falar na vida, adorável e amável com o filho, mais doidim, doidim, kkkkkkkkk. Quanto ao seu segundo conto, tá massa, de verdade, tem, claro, umas "referências" ou se preferir "reflexos" da sua história com Ariel, mas quem disse que isso é defeito, pelo contrário, só sabemos bem daquilo que conhecemos e é isto que deixa seu conto ótimo, parabéns. Tinha lido todos pelo celular, comecei a comentar a pouco tempo, depois que fiz o cadastro, e não poderia deixar de comentar um dos contos que me iniciaram aqui na casa. Parabéns e continua logo. Ah, desculpe se fui muito invasivo e se estiver errado perdoe-me pela ousadia, mas tinha essa dúvida e gostaria de esclarecê-la. Abraços e até o próximo. Nota? 10, lógico.

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Será que posso chamar um conto erótico de adorável?!! Porque foi isso que achei dessa parte, extremamente adorável. Você escreve sempre muito bem, parabéns, 10!!!

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Você Bernardo deveria escrever um livro, você ê um excelente autor.

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sempre com gostinho de quero mais... PARABÉNS A HISTÓRIA É MAGNIFICA.

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Eu amo essa história. meus parabéns, você merece todos os elogios possíveis

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Conto belo e instigante, parabéns Bernardo!, muito bem escrito e emocionante, o que tenho a dizer se não que deve continuar urgentemente.

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P_E_R_F_E_I_T_O! Parabéns Delavoglio, esse seu conto é indiscutivelmente magnífico... Você consegue descrever cada cena de uma tal forma, que nos teletransporta para o momento, fantástico! Amei... Só tenho um pedido: Por favor não demore para postar o próximo capítulo, viciei.

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Escrever bem e passar emoção é para poucos.. e isso vc faz com maestria.. plagiando, um pouco, a fala de um dos colegas.... "quando crescer quero, realmente, poder escrever com está leveza... tudo de bom...

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que lindo esse dois. essa noite promete rsrsrs

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