A História de Nós Três - "Seja feita a sua vontade"

Um conto erótico de My Way
Categoria: Homossexual
Contém 2275 palavras
Data: 01/11/2012 01:25:00

Bem gente... quero agradecer aos comentários e demonstração de carinho... principalmente a turma do MSN... quem não sabe... podem me add no MSN ( contosaki@hotmail.com). Vamos ao conto.... Quem me tem no msn... escreve no final do seu comentário (MSN)... só para eu ter uma ideia.

Dra. Alexia era uma mulher fina e totalmente sem preconceitos... estava acostumada a lhe dar com casos extremos, não é a toa que foi escolhida para substituir o Dr. Emanuel no hospital da cidade. Mas apesar da força que ela tinha, não aguentava mais o comportamento do sobrinho. Ela decidiu ligar para Wallace, o pai de Osvaldo.

- Eu não sei o que fazer!!! Pensei que ele estava curado, mas parece que deu outra recaída! – ela disse.

- Temos que internar esse menino a força! – gritou o homem do outro lado da linha.

- Calma irmão...

- Não... esse menino vive dando problemas... não aguento mais... até hoje estou tentando recuperar aquelas 450 mil que ele roubou para dar ao traficante.

- Eu sei... mas o dinheiro não é a questão e sim a saúde do seu filho. – ela falou.

- Sim... a questão é o limite... mande ele para casa agora mesmo... eu quero o Osvaldo no primeiro avião. – ordenou Wallace.

- Não... vou conversar com ele, mas não vamos fazer nada extremo.

- Alexis... o filho é meu!

- Mas está sob a minha responsabilidade... depois que a Joana morreu você virou as costas para ele...

- Você sabe quem foi o culpado da morte da minha mulher!!! – gritou ele chorando.

- Eu não entendo você... deveria estar apoiando quem está vivo... infelizmente foi uma fatalidade que aconteceu...

- Fatalidade?! Fatalidade?! Eu não sou igual você Alexis... ou você esqueceu que o Gustavo estava também dentro do carro?!

- Não jogue sujo... o Osvaldo é o meu sobrinho... e eu não vou fazer isso... não vou deixar estranhos cuidarem dele.

- Então faça o que você sentir vontade... eu lavo as minhas mãos desse menino... eu....

- Vai... ou já lavou? Infelizmente não pensamos da mesma forma. Espero que um dia você mude.

- Também espero o mesmo... porque... eu odeio o meu filho. – ele disse desligando o telefone.

- É meu irmão... infelizmente o sentimento é recíproco. Infelizmente. – ela disse enquanto colocava o telefone no gancho.

Dra. Alexis levantou e pegou da mesa um porta retrato. Nele havia uma foto de um passado não tão distante, mas que nunca retornaria.

- Ahhh... que saudades... Osvaldo meu filho... o que você fez! – se lamentou Alexis.

Fernanda acordou com um braço em seu rosto, ela demorou a tomar qualquer atitude, mas o fez depois de um tempo.

- Tira teu bração.... – ela falou acordando Phelip.

- Bom dia para você também raio de sol. – ele resmungou.

- Ai... eu to toda quebrada... falei para você me acordar e me levar para a outra cama. – Fernanda falou enquanto se espreguiçava.

- Bom dia para vocês também. – falou Duarte colocando o travesseiro no rosto.

- Eu ainda não acredito sabia! – falou Fernanda.

- Eu também não... até agora... eu e o Duarte queríamos te contar na melhor hora.

- Tudo bem querido... eu agradeço vocês dois... meus heróis. Agora vamos nos arrumar para a aula.

Mauricio esperou Pedro ir para o trabalho e aproveitou para ir visitar as crianças, os 15 dias que ele havia pedido de folga estavam acabando. Mas ele resolveu fazer uma surpresa para os pequenos.

- Bom dia! – ele gritou.

- Bom dia... Mauricio... olha quantos doces e comida!! – gritou Carlinha.

- Estou vendo minha linda... depois converso melhor com o seu DJ e Bernardo. Gente... o meu curto período de férias está acabando... então eu queria apresentar uma pessoa da minha total confiança.

- Que pessoa?! – perguntou Judith.

- Dora! Pode entrar... – disse Mauricio.

- Meu Senhor... mas são tantos assim! – exclamou Dora. – Sr. Mauricio... isso... é... inacreditável...

As crianças riram com a expressão de Dora. E Mauricio explicou toda a história.

- É por isso que eu quero falar com a Larissa... a minha amiga assistente social... aquela que cuida do caso do Paulinho.

- Entendi... e o senhor Pedro e nem ninguém sabe dessa história? – ela perguntou sentando.

- Não... por enquanto não.

- Mas seu Mauricio... eu ainda estou sem palavras.

- Dora deixa eu te apresentar... essa é a Judith... líder do bando... esse é o Bernardo... DJ... Carlinha... Olivia... Maria... João... Keila... José... e por último o Luquinhas.

- Oi....

- Oi Dona Dora!!!! – gritaram todos.

- Silêncio molecada... querem acordar o bairro?! – brincou Mauricio.

- Eles fazem zoada né?! – disse Dora.

- Então Dorinha... eu sei que você está ajudando na casa da Paula, mas eu queria que você viesse aqui cuidar delas também... por favor... pago pela hora extra... vai... sei que quer fazer aquela viagem para o Rio de Janeiro... vai...

- Quem resiste a esse rostinho pidão? – ela perguntou com um sorriso nos lábios.

- EBAAA!!! – celebraram as crianças.

Sim. Mauricio havia conseguido uma aliada, mas até quando essa história iria durar. No hospital, Pedro nem tinha ideia do que o aguardava.

- E ai Vinicius?!

- Como está Pedro?! – perguntou Vinicius mal tocando em sua comida.

- Estou bem... agora quem não está legal é você! O que está acontecendo?!

- A minha mãe... como sempre a minha mãe... ela não cansa... a minha casa se tornou um campo de guerra...

- Eu soube... o Jean me falou... que chato né?!

- Agora eu estou entre a cruz e a espada... o que eu faço? – perguntou Jean.

- Faça aquilo que o seu coração mandar... só não faça nada de cabeça quente. – orientou Pedro.

- Nossa você é mesmo o mestre Jedi dos relacionamentos – brincou Vinicius.

- Você é um bobo... mas relaxa... a tua mãe não vai ficar para sempre aqui... vai?

- Espero que não... eu realmente espero que não.

Paula marcou sua nova consulta com o médico. Dr. Edson estava animado com o progresso da paciente. Talvez a cirurgia não fosse tão difícil como ela imaginaria... mas será que tudo isso mudaria?

- Bem... Paula... o tratamento foi um sucesso... o tumor diminuiu drasticamente de tamanho... semana que vem você já pode vir para fazer outro exame e decidirmos o dia da cirurgia. – falou o Dr. Edson.

- Obrigado Doutor. – falou Pedro agradecido.

- Obrigada mesmo Doutor Edson se não fosse o senhor... eu...

- Não se preocupa Paula... estou aqui por você. – ele falou se despedindo.

- Bem para que está tudo em ordem. – falou Phelip. – Podemos ir comemorar tomando um sorvete? Que tal?

- Boa ideia. Vou chamar a Priscila... me encontrem no estacionamento. – disse Pedro pegando o celular e ligando para o Mauricio. – Alô?

- Oi... oi amor... tudo bem? – perguntou Mauricio.

- Sim... escuta... leva os meninos para a sorveteria na praça central... vamos lá comemorar o sucesso do tratamento da mamãe.

- Claro. Nos encontramos lá. Te amo... tchau...

- Quem era? – perguntou Carlinha.

- Meu marido. Vamos comemorar uma vitória. – falou Mauricio. – Então crianças... eu falei com uma amiga minha a Larissa, ela cuidou da adoção do Paulo... vou ver o que é preciso para resolver a situação de vocês.

- Mas e se eles tentarem separar a gente de novo? – perguntou Judith.

- É um risco, mas estamos com poucas opções. Não se preocupem... daremos um jeito... eu prometi e vou cumprir... agora eu preciso ir. Vamos... amor. – ele falou pegando Paulinho no colo.

- Pai quero brincar mais um pouco...

- Amor... o papai Pedro está esperando a gente... ainda temos que pegar o Patrick e o Pablo em casa.

- Tá bom... tchau amiguinhos. – falou Paulinho.

- E vocês dois... deem banho nos meninos e coloquem eles para dormir... cedo... entenderam?! – perguntou Mauricio olhando para Judith e Bernardo.

- Pode deixar capitão. – brincou o menino.

- Vamos meninas... precisamos mesmo tomar banho. – falou Judith.

- Bernardo... por favor cuidado... conto com vocês para isso dar certo. – pediu Mauricio.

- Queremos que isso dê certo Mauricio... queremos mesmo.

- Então... a Dora amanhã vem aqui com vocês... por favor a tratem com respeito. Ela passou por um forte trauma e não quero dar trabalho para ela.

- Ok. – falou DJ.

- Qualquer coisa estarei no meu celular... ou me procurem na praça central. Estarei lá. Bem gente, agora eu preciso mesmo ir embora.

- Tchau Mauricio. – gritaram todos juntos.

- Ainda não me acostumei com isso. – ele falou deixando o quarto e coçando os ouvidos

Phelip pegou Duarte em casa e no caminho os dois conversavam sobre um amigo em comum.

- Amor... estou muito preocupado com a Fernanda. – falou Duarte.

- Porque?! – questionou Phelip.

- Essa situação com o Osvaldo... e se.. algo acontecer com ela também? – perguntou.

- Precisamos ver com a tia dele. Mas, se algo acontecer com a Fernanda... eu vou fazer ele cheirar pó por outro orifício. Ahhh se vou...

- Também não precisa de violência... trata-se de uma pessoa doente.

- Doente... doente... você é muito bobo amor... é falta de vergonha na cara... nós por exemplo... tivemos tudo para ter uma vida dessas... e onde estamos? Nos formando... somos homens... temos responsabilidades.

- Eu sei amor, mas tipo... eu sofri pra caramba nas mãos do meu pai, quando me bateram, ou você quando levou um tiro e descobriu que tinha outra família... superamos... algumas pessoas agem de forma diferente.

- Ai ai ai é complicado amor... podemos falar com a Alexis... ela é a única parente dele aqui.

- Boa ideia... amanhã mesmo vamos falar com ela... de uma vez por todas vamos tirar esse garoto da vida da Fernanda.

- Olha amor está começando a chover... que chuva forte... será que o pessoal ainda vai para a sorveteria?!

- Com certeza é uma comemoração... mas se bem que podíamos chegar atrasados... o que me diz?! – Phelip falou olhando para baixo.

- Como assim?! Lembra da última vez que transamos no carro?! Rua pelo amor de Deus?! – riu Duarte.

- Hoje é diferente... ta chovendo... não tem ninguém na rua... rapidinho....

- Eu... odeio você. – disse Duarte abrindo o zíper da calça de Phelip.

- Devagar... tem que ser com carinho... sem machucar.

- Assim... – falou Duarte passando a língua em cima do pênis de Phelip.

- Isso!!!

Sim. Enquanto alguns casais se amavam. Outros estavam tentando juntar as peças de um quebra cabeça perdido. Fernanda estava evitando a todo custo falar com Osvaldo, apesar de o sentimento estar florescendo mais forte em seu coração.

- Eu não posso me dar por vencida... ele nunca vai mudar... mas também não posso deixar ele na mão.

Não muito longe dali alguém pensava em Fernanda.

- O que eu fiz?! – perguntou Osvaldo.

- Está tudo bem querido?! – perguntou Alexis.

- Sim tia... estou bem... quero... me desculpar sobre o outro dia.

- Osvaldo... precisa superar essa dependência... todos já desistiram de você, mas eu estou ao teu lado... não vou te forçar a nada... apenas quero que você análise a sua vida.

- Eu entendo tia... eu quero mudar... mas é mais forte que eu...

- Não... você é bonito... valente... a melhor pessoa que eu conheço... esse vicio tem que ser vencido... podemos procurar uma clinica?! O que me diz?!

- Podemos ver isso depois... vou pensar... eu juro.

- Claro... vou para o hospital. Até mais.

Apesar do sentimento... Osvaldo sabia que não conseguiria sozinho, parecia uma força maior que ele, afinal Osvaldo sabia o que estava fazendo, mas não conseguia parar.

- Essa é a última... eu prometo... é a última... – ele disse colocando um elástico no braço.

Olhando pela sua janela, Fernanda via a chuva molhar uma flor que estava florescendo no jardim de sua casa. Neste momento ela teve um estalo. Pegou um guarda-chuva e saiu.

Na sorveteria, todos esperavam a chuva passar. Pedro, Mauricio, as crianças, Priscila, Caleb, Paula e Rodolfo, os pais de Mauricio e Luciana.

- Esse tempo só me lembra a enchente... nossa me deu até um frio agora. – disse Priscila.

- Foram dias difíceis. – lembrou Antônia.

- Ainda bem que nada de ruim aconteceu... – falou Mauricio olhando com cumplicidade para Pedro.

- Superamos... como estamos superando a minha doença. – disse Paula abraçando Rodolfo.

- Mas que diazinho ruim para tomarmos um sorvete... eu acho melhor mudar para pizza. – sugeriu Priscila.

- É uma boa ideia... mas temos que esperar o Phelip e o Duarte. – lembrou Luciana.

- Lá vem eles... correndo. – apontou Caleb para fora da sorveteria.

- Chegamos! – falou Phelip com o ar cansado após correr.

- Ótimo! Vamos embora para a pizzaria. – falou Rodolfo.

- Mas....

No hospital, Fernanda tomou coragem e abriu a porta para conversar com a Dra. Alexia.

- Olá minha jovem... – falou Alexia assustando Fernanda.

- A senhora não está na sala?! – perguntou assustada.

- Estou entrando agora... me acompanhe. Então... qual o prazer de sua visita? – ela perguntou enquanto se sentava.

- Osvaldo... ele tem um grave problema e precisamos dar um jeito nisso.

- Querida... eu sei... mas a pessoa tem que querer... não podemos fazer nada... até ele decidir.

- Mas... mas nós precisamos... eu o amo... e não posso perde-lo. – declarou a jovem.

Outro amor... que estava difícil de engolir era o de Jean e Viola. Eles tentavam de tudo para chamar a atenção de Vinicius.

- Olha... eu sei que vocês não se dão bem... mas eu peço por favor.... tentem se revolver. – falou o médico.

- É este homem que não me respeita... – gritou Viola.

- Eu... eu tentei de tudo para agradar a senhora... Vinicius... assim não dá... – falou Jean saindo de casa.

- Jean!! – gritou Vinicius sendo segurado pela mãe.

- Deixe-o ir... deixe-o ir. – Viola repetiu por várias vezes.

Na pizzaria da praça... o sol estava aparecendo de forma preguiçosa por trás das nuvens... a família Soares era só alegria. De longe... DJ e Judith observavam.

- Será que um dia alguém vai querer a gente?

- DJ.. olha para mim... o Mauricio pode até ser um cara legal, mas ele não pode adotar a gente.... olha... ele tem uma família...

- Eu sei... é que eu sinto falta de uma mãe... um pai... de um beijo de boa noite...

- Somos só nós dois.... não tire isso da sua cabeça.

“Sim... o que Mauricio não queria estava acontecendo... Será que toda essa história acabará de forma satisfatória?! Só o tempo pode revelar isso”

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive My Way a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Estava sem internet... me atualizando nos contos... vamos lá quarta temporada!!

0 0
Foto de perfil genérica

Espero que i Oswaldo supere essr vicio,e estou amando o conto.

0 0
Foto de perfil genérica

Ah tenho tanta pena desses meninos ,

estou torcendo pra que eles consigao ser adotados todos juntos ou mauricio adote eles.

família unida é sinal de Deus.

0 0
Foto de perfil genérica

Na minha humilde opinião o Maurício não deve adotar essas crianças. Tem que que existir outra pessoa ou orfanato pra isso.

0 0
Foto de perfil genérica

Ah tenho tanta pena desses meninos to torcendo pra que eles consigao ser adotados ou mauricio adote eles.

0 0
Foto de perfil genérica

Cara nem li este teu conto ainda, vou ler é claro, mas primeiro estou terminando as outras temporadas. Gostei, o enredo é bom, principalmete a relação dos irmãos Soares, e agora não consigo parar de ler, até no trabalho me lembro dos teus contos. Só para de colocar tanta tragédia na vida deste povo que já me deu até medo de tanta zica. Parabéns. Abraço e vou pontuar todos os teus contos com 10. Assim que ler o conto acima.

0 0
Foto de perfil genérica

nota 10 ,A historia esta maravilhosa ,,

0 0