O garoto da cafeteria I

Um conto erótico de Renan
Categoria: Homossexual
Contém 1927 palavras
Data: 04/11/2012 15:46:12

Bom galera, esse conto é mio longo e vou dividir ele em varias partes, mas não sei quantas, então queria pedir pra vocês deixaram nos comentários em quantas partes, mais ou menos, vocês gostariam de ler. Vou tentar resumir o máximo possível e passar logo pras partes quentes.

***

Eu tenho pele bem branca, cabelo liso e um pouco longo (até a linha dos olhos) e preto. E os olhos pretos também. Tenho 1,80 de altura e magro com o corpo um pouco definido.

Eu estava na Starbucks que fica perto da minha casa. Estava admirando um casal gay brincando com os Cookies de chocolate.

Após mais alguns minutos olhando o casal percebi que não tinha tomado nada do meu café e que ele já estava frio. Levantei e peguei o copo, mas quando me virei tudo aconteceu rápido de mais. Só deu tempo de sentir o café escorrendo pela minha roupa enquanto sentia um corpo se afastar de mim.

-Me desculpa! – Eu ouvi enquanto olhava minha camiseta predileta encharcada de café.

-Desculpa? Olha o que você fez! – Eu comecei a falar indignado enquanto tentava tirar o café da minha roupa. – Você não sabe olhar enquanto anda?

-Olha, me desculpa mesmo! – A voz continuou a falar. – Mas você esta bem?

Quando finalmente senti força e raiva o suficiente para olhar o infeliz que fez aquilo senti um frio na barriga. O garoto era alto e tinha cabelos pretos lisos e um pouco grande, em um penteado descolado e bagunçado. Seus olhos eram tão escuros quanto o céu da noite e me fitavam de um jeito piedoso. Seu rosto me lembrava o de uma criança que tinha seus sete ou oito anos. Quando finalmente voltei a olha para minha roupa molhada a raiva voltou.

-Estou ótimo! – Falei irônico.

-Olha, eu também me sujei e não estou fazendo um escândalo! – Ele parecia calmo, como se nada tivesse acontecido.

Depois de falar isso, olhei para sua roupa e vi que um pouco do meu café havia caído na camiseta branca dele. Não estava tão suja quanto a minha, mas ainda assim estava bastante manchada.

-Deixa eu te pagar outro café pelo menos? – Ele falou parecendo mais calmo ainda.

-Não, obrigado! Eu só quero ir pra casa!

Depois que comecei a andar vi algumas pessoas me olhando e comentando o ocorrido. Aquilo só me fez sentir mais raiva de tudo aquilo. Tenho certeza que se fosse possível, o café já teria evaporado de tão quente de raiva que eu estava.

-Me fala pelo menos seu nome? – Ouvi o garoto gritar do meio da cafeteria.

-Você não vai precisar. – Respondi secamente.

Antes que ele pudesse dizer mais alguma coisa fui embora. Minha casa não era tão longe dali, apenas cinco quarteirões. Mas ainda assim era vergonhoso andar na rua com uma camiseta verde manchada de café. Tentei andar o mais rápido possível e sem olhar para as pessoas que, com certeza, riam de mim. Aquilo só me deixaria pior.

Quando estava chegando perto de casa ouvi uma voz familiar chamar.

-Garoto! Hey!

Quando olhei pra trás o garoto da cafeteria estava correndo ao meu encontro.

-Caramba velho, tu não tem noção de foi foda te alcançar. Eu não sabia que lado tu tinha ido, ainda bem que acertei. - Ele disse ofegante.

-O que você quer? - Disse com raiva.

-Olha, desculpa, ok?! Eu não fiz de propósito! Me deixa pelo menos te pagar um outro café?

-Eu não quero café.

-Bom, você ta indo pra casa, não tá? - Respondi que sim com a cabeça, mas sem tirar o olhar de raiva.

-Deixa pelo menos eu te acompanhar.

-Eu não quero tua companhia.

-Aff, para de ser marrentinho. Eu não te roubar ou algo assim. - Ele revirou os olhos.

-Eu não sou marrentinho! - Eu quase gritei.

-Beleza, então me deixa te acompanhar?!

Revirei os olhos. Eu sabia que ele não ia desistir, então simplesmente me virei e comecei a andar. Ele logo veio andando do meu lado. No caminho ele puxou assunto o tempo todo, mas eu sempre respondia com respostas monossilabas, a não ser quando ele perguntou meu nome. O nome dele era Nicholas e ele tinha 19 anos. Quando chegamos em frente de casa respirei fundo pra ter que voltar a falar com ele.

-Ok, chegamos. Obrigado e tchau.

-Marrentinho como sempre, mas ok. Tchau. - Ele estendeu o a mão pra mim e eu apertei revirando os olhos.

Ele sorriu (tenho que confessar, o sorriso mais lindo do mundo) e se virou. Fiquei olhando ele ir embora e admirando seu corpo. Ele era mais alto que eu e tinha o corpo bem definido. Andava como se estivesse flutuando de tão elegante.

De repente ele parou e passou a mão na camiseta suja de cafe. Ele falou algo que eu não consegui entender e tentou torcer a camisa, mas o café já havia secado e manchado completamente a roupa dele. Não sei o que deu em mim, mas quando eu vi, já era tarde.

-Nicholas! - Gritei. Ele se virou rápido em minha direção. - Vem cá! - continuei sem jeito.

Ele correu em minha direção tentando disfarçar o sorriso, mas não conseguiu.

-Você vai pra faculdade agora, não é? (Ele tinha me falado que estudava a noite.)

-Sim, por que?

-Bom, vai ser chato chegar lá com uma roupa toda manchada. Meu irmão deve ter deixado alguma roupa antes de se mudar e provavelmente serve em você... Bom, se você quiser emprestada...

-Uau, o marrentinho ta sendo bondoso... Eu deveria desconfiar, não? Mas eu vou aceitar. Eu tenho uma apresentação hoje e não posso estar mal vestido.

Ignorei seu comentário inicial abri o portão. Assim que ele entrou ficou meio boquiaberto com o tamanho da casa. (É uma casa muito bonita e grande. Meu pai gastou muito dinheiro nela --') Passamos pelo jardim e entramos em casa.

-Vem, o quarto do meu irmão fica lá em cima.

Nós subimos e ele ficou sem falar nada. Eu olhei pro seu rosto algumas vezes, mas não sabia decifrá-lo. Fomos para o antigo quarto do meu irmão e eu abri o guarda-roupas. Tinha umas 5 camisas dobradas lá e um par de sapatos.

-Aqui, vê se serve. - Entrei uma camisa polo branca com um simbolo do lado esquerdo pra ele.

-Não nada mais simples?

-Acho que essa é a mais simples. O que é mais simples que branco? - Brinquei.

-Não é a cor, é a marca. Eu não quero uma Calvin Klein!

-Lacoste? - Perguntei.

-Não! Não tem nada sem marca cara?

-Hmm, acho que não...

-Então esquece. - Ele jogou a camiseta na cama e foi em direção a porta.

-Pera ai! - Gritei - Você não quer emprestada porque é de marca? Meu irmão nem usa mais isso.

-Eu não quero roupa de marca do seu irmão. Isso é ridículo! Ele deve ser outro marrentinho igual a você, que só usa roupa de marca e pega o carro importado do papai. - Ele se virou de novo.

-Caralho! Se você me chamar de marrentinho de novo eu juro que te dou um soco. E aceito logo essa merda de camisa!

Ele se virou e veio pra perto de mim.

-Vocês riquinhos acham que podem mandar em qualquer um só porque tem roupas e carros importados. Mas eu não vou me igualar a vocês. E sim, você é um MAR-REN-TI-NHO!

Quando ele falou aquilo algo dentro de mim cresceu e eu só me lembro de ter dado um soco ma boca dele. Ele caiu de costas no chão e sua boca começou a sangrar. Eu fiquei em choque. Eu não consegui me mover. Acho que se arrependimento matasse eu já estaria só em ossos naquela hora. Ele levantou, pegou a mochila dele e saiu do quarto. Eu fui atras dele falando para ele esperar, que eu ia pegar algo pra ele passar no machucado, mas ele não me escutava. Quando ele estava abrindo a porta eu puxei seu braço e fiz ele olhar pra mim. Seus olhos estavam vermelhos e dava pra ver que ele estava segurando o choro ou algo assim. Aquilo me deu um aperto no coração e uma vontade louca de abraçá-lo e implorar por desculpas, mas eu me contive.

-Desculpa!! Espera eu pegar alguma coisa pra melhorar isso! Por favor.

Ele respirou fundo e sem falar nada sentou no sofá da sala. Fui pro banheiro e peguei um pouco de algodão e álcool para ferimentos. Quando voltei ele estava sentado no sofá olhando para o chão. Me sentei ao lado dele e fiquei olhando pra ele. Ele me olhou e fez aquela cara de cachorrinho pidão. Provavelmente o rosto mais lindo do mundo.

-Desculpa. - Ele disse triste.

-Não, eu que tenho que me desculpar. Foi sem querer.

Passei o álcool no algodão e passei no algodão. Quando encostei no ferimento ele recuou um pouco mas logo voltou. Fiquei passando um pouco do álcool no ferimento dele até o algodão ficar quase todo vermelho de sangue. Peguei outro algodão e comecei a fazer a mesma coisa.

-Até que pra um marrentinho você é bem forte.

Ele riu e eu forcei o algodão com álcool no ferimento dele. Ele tirou minha mão e fez uma careta de dor, mas depois riu.

-Forte e vingativo. - Ele riu de novo.

Ficamos nos olhando por um tempo. Ele era realmente o garoto mais lindo do mundo, sem duvida nenhuma! Depois de um tempo nos olhando ele respirou fundo e se levantou.

-Acho melhor eu ir. - Ele falou passando a mão na parte de traz do cabelo.

-Já? - Meu tom foi mais desesperado do que deveria.

-Sim, tenho aula daqui a pouco.

-Aceita a camisa, por favor? - Tentei fazer uma carinha de bebê pidão, mas não deve ter ficado muito bonita.

Ele respirou fundo e ficou pensando por um tempo, mas aceitou. Subi correndo e peguei a camisa em cima da cama. Quando voltei ele estava olhando algumas fotos. Quando me viu apontou pra um dos retratos.

-Seu irmão?

-Sim.

-Parece com você, mas não é tão bonito.

Aquilo me fez sentir um frio na barriga. O que ele queria dizer com a aquilo. Decidi dar de ombros.

-Aqui. - Entreguei a camisa pra ele.

Antes de pegar , ele tirou a camiseta molhada de café e revelou seu corpo escultural. O abdômen e o peitoral definido fizeram meu coração acelerar. Tentei desviar o olhar, mas aquele corpo me hipnotizava loucamente. Ele riu, pegou a camisa e antes que pudesse terminar de colocar percebi que sua calça estava um pouco abaixada, revelando a cueca boxer vermelha e as "entradas para o paraíso". Ficamos quietos por um tempo e então fomos para o portão. Quando ele foi para o lado de fora ele olhou pra mim como uma cara enigmática.

-A que horas seus pais chegam? - Ele perguntou colocando a mochila no ombro.

-Meus pais foram para o Sul a trabalho, só voltam domingo a noite. - Quando terminei de falar o olhar dele pareceu... brilhar.

-Tudo bem então, e se irmão?

-Meu irmão mora com a namorada.

-Então você esta sozinho?

-Sim.

-Então tudo bem se eu passar aqui depois da facul pra devolver a camiseta?

Fiquei sem reação, mas tentei parecer normal.

-Claro, sem problemas. - sorri.

-Ok. Então até mais tarde.

-Até.

Fechei o portão e fui correndo pra casa. Aquele Deus Grego viria pra minha casa hoje a noite. Tinha que estar tudo perfeito...

***

Bom pessoal, é isso. Vou publicar a segunda parte ainda hoje, e é nela que as coisas quentes começam xD

Esperam que tenham gostado, e caso alguém queira conversar comigo e tal é só me add no MSN: guilherme2u@hotmail.com

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Comentários

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ain amei o seu conto, não achei longo não.. ta perfeito *___* continua logo hein!!

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Aleluia, finalmente um conto bom de verdade. Depois que muitos contos foram finalizados não está tendo contos bons por aqui. O seu me pareceu ótimo, o tamanho está legal. É verídico??. Ansioso seja continuação.

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Galera, pra quem quiser a segunda parte já esta disponível! xD

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kra tb achei perfeito e esse promete ein

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Cara esta otimo o conto.., to adorando cont logo.

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Eu achei o conto perfeito está no tamanho ideal e quero que você continue minha nota e 10. estou esperando pela continuação tha bjss.

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Eu não achei longo, está perfeito desse tamanho, continue assim, e adorei o conto , muito bom , já to vendo suas brigas mais adiante, e o conto é verídico? quero a continuação urgentemente.

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