Amar contra o destino – Capítulo XIII

Um conto erótico de Gustavo
Categoria: Homossexual
Contém 1744 palavras
Data: 30/11/2012 23:23:50

Amar contra o destino – Capítulo XII

A Ana fez uma cara que me deu medo. Seus olhos ficaram vermelhos, minha vontade era de sair correndo dali, o medo pela reação, pela atitude e pela resposta que ela poderia dar me dominava. Depois de alguns instantes em silencio, onde ela só sabia olhar para Ricardo e para mim ela resolveu falar alguma coisa:

- Desde quando Ricardo?

- Um mês mais ou menos mãe.

- E por que só agora veio me contar.

- Ah mãe, medo da sua reação, por se precipitar com relação aos meus sentimento pelo Bernardo, mas hoje eu tenho certeza dos meus sentimentos, e é o Bernardo que eu amo, e quero viver minha vida. – Disse ele esticando suas mãos segurando as minhas.

Eu só sabia ficar calado, não tinha reação e nenhuma palavra pra se dizer naquele momento.

- Meu filho, não é fácil saber disso não, não tava preparada pra ouvir isso, mas uma coisa eu sei, de como você mudou comigo, com seu pai, você esta diferente, e pra melhor, e agora sei o motivo disso. – Disse ela olhando para mim. – E então é você Bernardo. Escutem bem vocês dois, eu te amo meu filho, e to vendo quanto você é especial Bernardo, eu vou aceitar esse namoro de vocês dois. Mas uma coisa. Não será uma noticia que seu pai receberá bem Ricardo, você sabe disso.

- Eu sei mãe, por isso contei antes pra senhora.

- Vamos dar um tempo meu filho, e vamos achar algum jeito de contar a ele.

- Obrigado mãe.

- E você meu querido não vai falar nada não? – Disse a Ana para mim.

- Eu... eu não sei o que falar. Eu tava assustado com receio da sua reação.

- Calma meu filho. Eu vou apoiar vocês dois. Mas olha aqui Sr Ricardo e Sr Bernardo, não quero saber de agarra agarra na minha frente, entendido vocês dois?

- Sim mãe.

- Sim sogrinha.

- Sogrinha? Hahaha – Riu a Ana. – Pois é Bernardo, vou ter que me acostumar com a idéia de ter um genro. – Caímos todos na risada.

Conversamos mais uma hora sobre tudo, ela queria saber mais de mim, ela contou algumas historias de quando o Rick era criança, e cada historia que o deixava vermelho ou de vergonha ou de raiva. Mas eu estava nem aí, estava adorando saber. Depois de muito bate papo eu estava feliz pelo apoio da minha sogrinha. Meu celular tocou era o Augusto.

- Oi Guto.

- BÊ ONDE VOCÊ ESTÁ?

- To no Rick, por que você esta gritando?

- A vovó Bê.

- O que tem a vovó Augusto?

- Ela... Ela.

- Ela o que caralho?

- Ela está muito mal Bê.

- Como Augusto? Como assim muito mal?

- Vem aqui no hospital por favor maninho.

Eu desabei no chão, comecei a chorar, não consegui responder e nem perguntar qual o hospital. Como assim minha vó? O Rick pegou o celular da minha mão e conversou com o Guto. Eu não continha mais meu choro, a Ana veio me levantou do chão e me abraçou.

- Eu não posso perder minha vó. Ela é tudo que eu e o Augusto temos. – Disse chorando nos braços da Ana.

- Calma meu filho, vamos no Hospital eu e Ricardo vamos com você.

O Ricardo disse que era na Santa Casa que ela estava, fomos para o carro. Chegando no Hospital saí correndo do carro, queria ver minha vó. Escutei o Rick também saindo correndo e me falando.

- Calma Bê. – Disse correndo em minha direção.

Entramos no Hospital e perguntei na recepção por minha vó, fui informado de que ela estava no CTI. O Rick me abraçou quando a mulher disse CTI. Escutei o Augusto me chamar, fomos liberados para entrar na sala de espera, a Ana veio logo atrás da gente. Cheguei e abracei meu irmão. Que dor horrível, veio em minha mente a perda dos meus pais, não podia perder minha vó agora.

- Augusto o que aconteceu?

- Ela teve um AVC maninho.

- Como Guto? Ela tava tão bem.

- Foi de repente maninho. Eu cheguei em casa ela tava na cozinha fazendo um bolo, fui no banheiro e escutei um barulho de tombo e de panela caindo, sai correndo e fui ver, encontrei a vovó caída desmaiada no chão, e sangrando. Ela bateu a cabeça na cristaleira.

- E agora como ela está? – Disse chorando mais ainda em seus braços.

- Ela ta em coma. E... – Augusto engasgou, e começou a chorar, Guto sempre foi muito forte, é difícil ver ele chorar. Na morte de nossos pais só vi ele chorar uma vez e foi durante o enterro. Ele tinha mais alguma coisa pra falar mas não conseguia. Ele apenas completou. – O médico te conta o resto. – Disse ele soltando do abraço e sentando no sofá.

Nesse momento a Ana e o Rick já tinham ido atrás do médico e eu nem percebi. Quando fui sair da sala de espera pra encontrá-los eles já estavam retornando com o médico.

Mal deixei ele entrar e já interroguei.

- E aí doutor como está minha vó?

Ele ficou um instante em silencio, parece que estava tomando coragem para falar. O Rick e a Ana já choravam também, meu irmão se quer olhava para mim. Eu estava ficando desesperado, até ele resolver abrir a merda da boca e falar.

- Eu sinto muito, o estado da sua avó, o coma é irreversível. Ela teve morte cerebral, é o prazo do coração parar de bater.

Essa era a última noticia que eu queria ter. Minha vó morreu, meu choro aumentou, a dor era muito grande, só me restava minha vó. Meu avô nunca contei, se até na hora da morte de sua mulher ele não está presente, um velho frio, nojento. O Rick me abraçou, mesma coisa fez Ana. Eu estava me sentindo protegido no abraço deles, mas não iria diminuir minha dor. O médico voltou a falar novamente:

- Tenho uma coisa a falar para vocês, principalmente para vocês netos. Ela teve uma morte cerebral, mas o coração continua batendo, não se sabe quanto tempo ele vai resistir, mas durante esse tempo é mantido ligado a aparelhos, não sei a opinião dela, nem de vocês sobre prolongar a vida artificialmente. Nós não podemos desligar os aparelhos sem autorização de vocês e do seu avô. Queria saber a respeito disso.

Eu fiquei paralisado, não tinha reação. Minha avó sei que não aceitaria isso, uma vez ela chegou a comentar sobre isso. Mas era uma dor enorme e ter que tomar essa decisão. Por minha cabeça mil coisas passaram por minha cabeça, como no filme E se fosse verdade, a Elizabeth, iriam desligar os aparelhos e o David resolveu evitar que isso acontece-se seqüestrando-a do quarto, salvando assim sua vida. E se eu fizesse isso? Cada maluquice, me convenci de que era apenas ficção, um filme, eu tinha que aceitar, o coração da minha vó ainda bate, mas seu cérebro não responde mais. Sentei ao lado do Guto e ele disse.

- Vamos ter que falar com o vô Bê... Não podemos deixar a vovó sofrer mais ainda.

- Eu sei.

Liguei para casa, ele atendeu, disse que precisávamos dele no Hospital, mas ele não tava nem aí, comecei a discutir com ele, o Guto tirou o celular da minha mão, e conversou com ele, conseguindo o convencer a vir assinar os papeis para que os aparelhos possam ser desligados. Eu realmente não tenho paciência com esse velho. Fiquei ali sendo confortado pela Ana e pelo Rick e confortando também meu maninho, meu vô apareceu e o médico fez com que ele, eu e Augusto assina-se uma procuração quer permitia que os médicos desligassem os aparelhos. Eu queria me despedir da minha vó antes disso. Fui eu e Augusto até o CTI para nos despedirmos de nossa vó. Foram 10 minutos angustiante, ver ela deitada ali naquela cama, com monte de aparelhos, e sabendo que ela não voltaria mais pra casa, que aquilo era uma despedida. Saímos do quarto e o médico chegou para desligar os aparelhos. A Ana nos ajudou a agilizar o velório e depois o enterro, cada vez mais ficava impressionado com ela. Durante o velório apareceu alguns familiares que vieram de fora, foi à madrugada inteira, não quis ir pra casa, só consegui ficar ali ao lado da minha vó. Logo pela manhã ocorreu o enterro, o momento mais angustiante. Depois do enterro resolvi ir pra casa, durante todo o tempo Rick esteve ao meu lado, não dormiu um minuto se quer na madrugada para me acompanhar, Rick é o namorado perfeito, as vezes me pergunto se o mereço tanto assim. Ele se ofereceu a ficar comigo, mas eu mandei que fosse pra casa, descansar também, ele foi e fiquei com o Guto, agora somos só nos dois, por que com meu vô não dá pra contar muito, alias nunca deu. Quero só ver como vai ser esse convívio daqui pra frente. Fui para meu quarto, o Guto veio atrás e perguntou se podia dormir comigo, claro, não hesitei e ele deitou ao meu lado, eu o abracei e caímos no sono.

30 dias depoisTO BE CONTINUED

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Olá minha gente, voltei, desculpa não ter postados nesses últimos dias aí, mas tava bastante corrido pra mim. O Conto tem muito que rolar ainda, a partir de agora vamos ser mais rápido, apartir do próximo capitulo vamos pular 1 mês que será de muito sofrimento e saudades para Bernardo e Augusto, um mês onde aproximou mais ainda esses irmãos e fortalecendo mais ainda o amor que existe entre eles. Espero que tenham gostado, quero agradecer a todos vocês e hoje vou citar um por um, como sempre costumava fazer. Alex20, Iky , caamilaa, Luuis Fillipe, Garoto Solitário, xXpedro95Xx, grimm, hyan, FabioStatz, Olavo A., frannnh, Alanis, Nequinho.

Quero citar duas pessoas que comentam e assim como eu também escreve aqui na casa.

- grimm minha querida, obrigado por todo apoio, e quando puder, volta escrever seu conto, ele esta perfeito, estou morrendo de saudades dele hahaha, sei que as coisas não andam fácil pra você, e que poderá sempre contar comigo. Mas é que to muito ancioso pela continuação, beijos querida (:

- Nequinho: seus contos são ótimos, eu não perco um, The Only Exception For Me com certeza é o melhor conto que já li aqui e que continuo lendo, você é uma inspiração pra mim aqui, é um prazer enorme ter seus comentários aqui e desde meu outro conto, valeu pelo apoio e pelas dicas, um abraço.. E ahh, adorei os 3 capitulos que postou hoje haha.

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Comentários

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nussa kra mto tenso mas ta ficando kd vez melhor seu conto pois ele nos prende,nos vicia rsrs

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muitoo bommm!!!! teu conto tá otimo Gustavo. continua logoo!!

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d+++ esse capitulo, muito emocionante, tenho certeza que essas coisas ruins que acontecem com esses dois irmaos, servem pra uni-los mais ainda. Ancioso demais pela continuacao, e pra esse triangulo entra em acao, espero que seja com o Guto ele e muito fofo. Nota 10 sempre

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Nossa esse capítulo foi difícil. Meus parabéns você tem um dom de escrever que que nos prende á cada capítulo. Muito obrigado por ter me citado. A sua história e linda. Aguardo ansioso a continuação. 10

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Guhhh, voce me fez chorar nessa capitulo. Muito emocionante, cada vez admiro mais seu talento como escritor, a cada capitulo uma nova emocao, que prende os leitores ate a ultima letra do conto. Ta perfeito Guh, parabens lindo! beijos

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Adorei, seu conto está ótimo. Estou ancioso esperando o proximo capitulo. OBG.

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Nossa meu chorei horrores, esse capítulo foi muito emocionante, mas fiquei curiosa em saber se vai acontecer um triângulo amoroso, acho o Guto muito meigo e fofo, vocês formariam um bim casal mais tem o Rick que e muito atencioso e carinhoso contigo, mais vamos ver oque vai acontecer ; p.s : estou amando o conto a cada dia você se supera você um dos melhores autores que eu amo, e obrigado por lembrar de mim e feito a dedicatoria fiquei muito feliz com isso.

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muito obrigado por tudo Guh, sei que meio que abandonei o conto. mas tanho uma boa notícia pra vc, estou começando a escrever o novo capítulo mais não tenho certeza de quando irei publica-ló. Aquilo sobre o que a gente conversouda ultima vez ainda não foi resolvido mais to tentando escrever. E Guh por que vc tinha que fazer esses dois irmãos sofrerem tanto hein? tadinhos. Amo seu conto meu amigo, espero que estava tudo bem com vc e com o Alexandre bjs

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Seu conto me atiça uma curiosidade guhhh! que você nem imagina... rsrs qual será o triângulo amoroso? cara te admiro muito, sou seu fã, queria um dia poder te conhecer, e desculpe se não voto e ciumento sempre, mas sempre tento acompanhar, a minha vida é uma loucura. 100!

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Obg! :) ta otimo o seu conto! Sera que o triangulo vai ser Augusto, Bernardo e Ricardo?

To ansioso heim! Continua logo e nao demora! :)

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