Continue Agarrando-se aos 16 - 5x02

Um conto erótico de Walmir Paiva
Categoria: Homossexual
Contém 1505 palavras
Data: 17/09/2012 12:17:17
Assuntos: Gay, Homossexual

• 5x02 – Grandes tempestades

Eu não sabia o que esperar. Eu não sabia como agir.

...

Nunca me considerei uma pessoa pessimista. Pelo contrário. Sempre fui alegre, divertido e positivo. Otimista. Sim, Eu era otimista. Porém, naquele momento, Eu não conseguia segurar minha aflição ao saber o que ocorrera com Sofia.

Após a ligação de Sofia, Eu liguei para o José e mandei mensagem para os meus amigos. Minha sorte fora que José estava próximo à minha casa e levou-me direto para a escola. Sequer falei com ele. Nem disse um “oi” ou perguntei se ele estava bem. Naquele momento, Sofia era a minha prioridade. E já que José teimava em não me contar a verdade sobre o que estava acontecendo com ele, Eu também fingia não ligar. Ao chegar à escola, recebi uma noticia que me abalara: Sofia fora encaminhada para o hospital e seu estado era grave. Ao menos eles pensavam que o estado dela era grave, eles mal sabiam que Sofia estava prestes a perder o bebê. Perder o bebê... Era apenas uma suposição minha que Eu preferia que não se concretizasse. Eu não pude aguentar e chorei abraçado com o José, como se Eu estivesse prevendo o pior.

– Não fica assim, Baixinho! – José falara sussurrando em meu ouvido. – Vai ficar tudo bem. Você vai ver. Entrega nas mãos de Deus agora! Infelizmente você não pode fazer mais nada. – Ao pronunciar aquelas palavras, José me fizera chorar mais ainda.

Ao ver meu desespero, ele agarrou-me pelo queixo e beijou-me. Uma tentativa frustrada de me acalmar, por mais que Eu estivesse gostando daquele beijo.

– Você precisa levar-me ao hospital. – Falei desprendendo-me e enxugando minhas lágrimas.

– Você já vivenciou coisa de mais hoje. Merece descansar. Vamos para a minha casa!

– Não José! – Falei abrindo a porta do carro. – Leve-me para ver a Sofia!

E assim ele o fez. Entrou no carro e dirigiu até o hospital onde haviam instalado a Sofia.

Já na entrada Eu já me havia percebido caído aos prantos. E por mais que José tentasse me acalmar, nada adiantava. Eu realmente queria curti-lo, mas não havia clima para aquilo. Ao chegar à recepção do hospital, perguntei sobre noticias dela, porém, informaram-me que era uma informação familiar, mas me avisaram que Eu poderia aguardar na sala de espera. Ao chegar lá encontrei o Acácio deitado no peito de Marcos e a Celina caminhando de um lado para o outro em um ato de desespero. Ao centrarem seus olhares em meu semblante, todos se dirigiram a mim e vieram ao meu encontro abraçar-me. Logo depois, Marcos fez questão de apresentar nossos amigos ao José. Eu apenas sentei na cadeira e deixei-os conversar. Apoiei meus cotovelos em minhas pernas, e minha cabeça em minhas mãos. Não pude conter o choro. Mais uma vez José aproximou-se de mim e tentou passar o máximo de conforto para mim. Eu já não ligava para o ambiente, o abracei e chorei em seu braço.

– Me beija, Grandão! Me beija! – E mais uma vez ele o fez.

Dessa vez Eu me senti protegido, dessa vez José acertou. Eu agora estava em outro mundo, em um mundo que Eu acabara de criar juntamente com o José.

Uma hora e meia depois, Plinio aparece sério.

– Ela sofreu... Demorou... – Nessa hora todos estávamos aflitos. – Mas os dois sobreviveram.

Mais uma vez não pude conter a alegria e beijei o meu homem de novo. As lágrimas que Eu derrubava agora eram de pura alegria.

– Walmir, a Sofia quer falar com você. – Plinio direcionou-se a mim e abraçou-me. – Ela está bem, Walmir. Ela aguentou. – E mais uma vez choramos.

Dirigi-me ao quarto qual o Plinio havia me informado que ela estava. Ao abrir a porta pude ver minha amiga; ela estava mais pálida que o normal, parecia estar cansada, mas não tirava o sorriso no rosto. Pensei que ela estivesse dormindo. Até que ele fala:

– Vai ficar ai me olhando com essa cara de cu, ou vai vir me dar um abraço?

Por fim, acabei fazendo o que tanto queria desde que recebera sua ligação: Abracei minha amiga.

– Como você está? Como o bebê está?

– Ambos estamos bem. O médico me avisou que a gravidez pode ser considerada de risco, porém, com cuidados, Eu e seu sobrinho ficaremos bem.

– Parabéns mamãe!

– O nome dele será Walmir, se for um garoto. – Ela afirmou e Eu fiquei sem reação. Por fim abri um sorriso e a abracei agradecendo a homenagem. – Mas se for menina... Eu ainda não decidi...

– Esperança. Eu quero que seja esse nome. – Eu afirmei voltando ao meu estado normal.

– Mas por quê?

– Era tudo o que Eu tinha e o que não morreu em meu coração desde que você me ligou. Esperança.

– É bonito esse nome. Eu gostei. Esperança. Obrigado amigo.

Conversamos mais um pouco, ela sempre com um sorriso no rosto e olhos fechados, até que ela pediu para que Eu chamasse o Plinio. Despedi-me dando um beijo na testa dela e fui chamar o Plinio. Ao chegar à sala de espera, estavam apenas Plinio e José conversando os outros três haviam ido embora. Plinio direcionou-se para o quarto de Sofia deixando-me sozinho com o José. Saímos do hospital e fomos direto a minha casa. Entramos calmamente para não chamar a atenção de ninguém, principalmente à do troglodita, vulgo Rafael. Subimos até o meu quarto e José trancou a porta de meu quarto. Eu apenas deitei na cama esperando que ele viesse dormir, ao menos um pouco, comigo. Mas foi bem diferente. José deitou-se por cima de mim e começou a beijar-me e institivamente ficava roçando o pau dele em minha bunda.

– Que saudades de você, Baixinho. – Ele falara em meio aos nossos beijos. – Me chupa, amor?!

– Não! – Falei tirando-o de cima de mim.

– E porque não? – Ele perguntou incrédulo.

– Pelo simples fato de que hoje não é o dia perfeito, muito menos a ocasião perfeita. Além do mais, Eu não vou ficar transando com você sempre que te der saudades. Eu não sou seu objeto sexual...

– Eu nunca disse isso, Baixinho.

– Mas é o que parece, não acha? – Falei já alterando meu tom de voz. – Já faz mais de duas semanas que não nos vemos e você acha que só porque me ajudou hoje que Eu vou te dar prazer? Não mesmo.

– Baixinho, Eu...

– Transar pra mim vai além de sexo, ou de uma “rapidinha”. Eu preciso ter confiança em você. E isso, no momento, Eu não tenho.

– E o que Eu preciso fazer pra reconquistar sua confiança?

– Primeiro, poderia começar a me contar sobre esse seu sumiço. Poxa vida, amor! Todos sabem o que está acontecendo. Menos o idiota aqui. – Falei apontando, com as duas mãos, para mim.

– Amor. Eu não posso. Não agora. Por favor, não me força!

– Ótimo! Você não me fala. Você não tem o que quer: Sexo!

– Ótimo! – Ele falou alterado. – Ao menos posso deitar-me aqui?

– Sim. Pode fazer tudo. Exceto tentar algo comigo.

José não falou mais nada. Tirou seu sapato, sua camisa, e permaneceu de meia. Deitou-se na cama e Eu ainda esperei que ele me contasse algo, mas foi em vão. E o pior, Eu já estava me entregando de novo.

– Grandão? – Ao ouvir minha vez, José que estava deitado de lado virou-se de barriga. – Eu te amo. – Eu falei isso e subi encima da barriga dele.

José estava enorme, isso Eu pude comprovar, parecia que, a cada dia mais, ele ficava maior ainda. Eu não aguentei e comecei a beija-lo. Beijei... Beijei... Porém disso não passou. O máximo que ocorreu fora uma sarrada que fez o José gozar e ficar mais feliz. À noite José voltou para a sua casa e Eu pude dormir mais tranquilo. Tranquilo por enquanto. Domingo era o dia em que Acácio iria fazer seu exame. E Eu estava mais que preocupadoOi gente :)

Aqui é o Walmir. Primeiramente queria agradecer aos comentários e a força que vocês dão a mim e ao José. Alguns leitores nos ajudaram a nos reconciliar. Sim, colocaram ideias na cabeça do meu Grandão e ele as seguiu. Eu chorei muito com alguns comentários e vi a besteira que eu fiz com todos (tanto à vocês quanto ao José).

Ontem, o José ainda com catapora disse-me que ia para o jogo de domingo e que iria ficar só olhando, mas ele fez pior; ele jogou. A doença dele piorou e agora eu estou cuidando desse gigante e não o deixo mexer nos computadores de casa, logo, alguns capítulos ainda não foram armazenados.

O que na verdade eu quero dizer com isso é: Vai demorar um pouco para o José postar outros capítulos, mas quando ele voltar irá manter o ritmo. E não se preocupem, tem muito arquivo salvo aqui :D

Espero que entendam minha decisão, na verdade eu só estou cuidando do bem dele. Deixei de ir à academia e pedi afastamento de uma semana na faculdade. E espero que daqui a uma semana meu Grandão melhore, pois eu não gosto de ver ele dodoiGrandão, te amo muito, muito, muito (L)

Beijos à todos ;*

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Comentários

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NOSSA QUE TENSO ESSE... o José bem que podia ter te falado logo esse segredo, não sei por quê tanto mistério :/

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Ai que lindo, concordo cm vc primeiro vem a saude do seu amor, ah diz ao jose que eu desejei melhoras rapitas pra ele.

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José, José, sempre aprontando hein rsrsrs... Melhora logo aí p continuar postando...ABÇS p vcs

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que bom que a sofia e o bebê se salvaram. e vc esta super certo em deixar o josé de castigo walmir. fico feliz que vc dois estejam bem. bjs

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Boa leitura pessoal. Aliás, foi com muito carinho que José escreveu esse episódio.

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