Never Let me Go - 2

Um conto erótico de Bruninhocv
Categoria: Homossexual
Contém 1832 palavras
Data: 08/09/2012 08:24:18
Assuntos: Gay, Homossexual

Boa leitura pessoal...

Na manhã seguinte, acordei com um pouco de dor de cabeça e a cara amassada. Levantei, arrumei minha cama, tirei minha roupa, eu me sentia imundo por não ter tomado banho noite passada, então fui pro meu banheiro e tomei um banho longo de morado. Ter um quarto suíte é bom por isso, privacidade em termos de banheiro.

Meu quarto, era razoavelmente grande, tinha um guarda-roupas embutido, não muito grande, uma escrivaninha da cor do guarda-roupas, prateleiras, muitas, com livros que eu ganhava do André e os que eu utilizava na faculdade. Uma televisão, um radio, meu notebook na escrivaninha, um lixo pequeno a sua direita, janelas bem arejadas com cortinas claras, uma cama de casal e etc. Enfim, nada de mais, mas era até que organizado, com exceção da escrivaninha, deixava meu material bem espalhado ali.

Fui pra cozinha, tomei meu café, que estava posto na mesa, a empregada sempre deixava pra mim, apesar de eu não gostar de comer de manhã. Tomei um iogurte e comi pão com queijo na sanduicheira, como sempre, era o que descia só.

Peguei meu carro e fui pro trabalho, lá eu não tinha muita novidade, eu gostava de trabalhar com publico, conversar, conhecer clientes, conseguia vender bem e pegava uma boa quantia de comissão.

A noite, na hora de ir pra faculdade, lembrei que havia esquecido minha mochila em casa e tive que passar lá pra pegá-la, meu pai se surpreendeu ao me ver em casa.

Pai: - Nossa filho, você aqui essa hora? Não vai na aula hoje? Tá se sentindo bem?

Eu: - To pai, esqueci minha mochila...

André interrompeu.

André: - Eu imaginei, típico né Bru?

Eu: - Pois é, gosto dos velhos hábitos.

Chegando na faculdade, eu não estava adiantado, então não tinha aquela mesma vaga do dia anterior, então tive que parar próximo a entrada dos estudantes, algumas pessoas que conversavam lá me observaram descer do carro, eu acabei ficando vermelho de vergonha, não sabia o que se passava em suas cabeças.

Eu não me descrevi fisicamente no outro conto, acho melhor fazê-lo já, pra ajudar um pouco vocês na contextualização da história, pra saberem mais ou menos como sou. Eu sou branco, não muito, tenho olhos verdes- eram azuis quando nasci e depois mudaram- cabelos lisos, não grandes nem arrepiados, eu só cortava de um jeito que não ficasse franjinha nem muito curto, não sei explicar, era meio rebelde meu cabelo. Eu corava facilmente. Tenho 1.80 de altura, não sou magro, nem gordo, nem malhado, diria que sou normal, pateticamente normal, eu não era feio, mas alem dos olhos, não tinha muitos atributos físicos. Eu usava óculos, de tanto morrer de vergonha, passei a usar lentes de contato.

Na sala de aula, logo que vi Gabi, fiquei meio receoso, ela conversava com um grupinho de pessoas, três meninas e um rapaz, passei direto e fui sentar em minha carteira, ela não demorou e veio até mim, sentou na carteira da minha frente.

Gabi: - Dormiu comigo foi? Seu metido. – Disse brincando.

Eu: - Não, é que...

Gabi: - Já sei, ficou com vergonha, é isso?

Eu: - Exatamente.

Gosto disso nas mulheres, elas são rápidas, sacam as coisas rápidas, o bom era que a Gabi não me deixava desconfortável, ao contrario, ela parecia me entender bem.

A matéria daquele dia era muito chata, então eu e Gabi passamos a aula conversando baixinho pra não atrapalhar os outros, quando eu olhei pra trás na sala, vi que umas carteiras mais atrás, tinha um rapaz me olhando meio serio, com cara de bravo, eu fiquei meio preocupado de estar atrapalhando, então me virei pra frente e fiquei quieto por um instante.

Gabi: - Que foi? Ficou mudo do nada é? To falando com você poxa!

Eu: - To aqui, é que acho que estamos falando muito, vamos guardar um pouco pro intervalo.

Gabi: - Ok.

No intervalo, o rapaz se levantou e passou por mim, não pude não olhar pra ele, ele era moreno, mais alto que eu, cabeça raspada na maquina 2 aparentemente, camisas largas, jeans largo caído com a cueca quase aparecendo, corrente de ouro, boné e tênis estilo skatista, era bem largado e bem, bem bonito. Aquela cara de macho, com a barba bem feita, dava pra ver que ele malhava, tinha os bíceps bem musculosos e um peitoral saliente, de repente, ele para de andar e se vira, olha em minha direção, ou na direção de sua carteira, não sabia dizer, mas corei na hora, parecia que ele sabia que eu estava o observando bem.

“Gostoso” pensei comigo mesmo. Seus lábios eram lindos também. Eu era muito observador, reparava cada detalhe, inclusive que ele roia as unhas, devia ser meio ansioso e/ou estressado, então era melhor ficar na minha. Eu já havia sido beijado, duas vezes apenas, era bem inexperiente em termos de tudo, era virgem e medroso, tinha muitos receios, então eu era meio assexuado.

No intervalo, era uma confusão, todos famintos, filas grandes pra comprar as coisas, no lado de fora da faculdade, nos barzinhos, era uma pegação, uma bebedeira e uma pagodeira sem igual. Aquele dia, me sentei nas escadas com Gabi do lado de fora, não demorou muito e um rapaz da nossa sala se juntou a nós, pelo visto ele não estava muito adaptado também. Ele logo se apresentou, seu nome era Leandro, mas gostava de ser chamado de Lê.

Leandro: - Boa noite, meu nome é Leandro, eu sou da sala de vocês e sabe... – gaguejou. Não tenho muitos amigos, na verdade nenhum, posso sentar aqui com vocês?

Eu: - Claro ,senta ai amigo.

Começamos a interrogá-lo, logo descobrimos que era do interior, tinha 21 anos assim como Gabi, trabalhava de garçom em um restaurante até que conhecido nos arredores da universidade. Eu sempre admirei pessoas trabalhadoras, ele e Gabi eram bem diferentes de mim, tinham que trabalhar, dependiam daquilo pro sustento e pro estudo, encontraram na faculdade um meio bem puxado de um dia, chegar a um lugar melhor, com salário melhor, mudar suas vidas eu diria. Admirava muito isso neles, o espírito trabalhador e guerreiro.

Do outro lado da rua, vi o mesmo cara que tinha me olhado feio na aula nos observando, eu não sabia se tinha feito algo pra irritá-lo, se ele olhava pra Gabi ou sei lá o que. Na sala de aula, Lê sentou-se próximo a nós, ai que nos desembestamos a falar, queríamos conhecê-lo bem. Assim como Gabi, ele ia de ônibus pra casa, eles moravam até que perto, então me prontifiquei de levá-los até suas casas.

Eu não havia andado de ônibus, metro ou trem até então, logo eu imaginava outra coisa, outro mundo, imaginava o mundo do crime nesses transportes, então por precaução, levava-os em casa.

No estacionamento, pro meu azar ou sorte, o cara emburrado e lindo, estava parado encostado no meu carro, mas não era me esperando. Conversava com seus amigos, vestidos iguais a ele e estilosos da mesma maneira, pelo visto o carro do lado, um pálio preto, era seu.

Quando cheguei perto, não sabia o que fazer, queria pedir licença pra poder entrar no meu carro, mas não queria ser deselegante, então eu fiquei procurando as palavras em minha mente, mas eu já estava ao seu lado, então meio que tremi...

Ele disse: - Pois não?

Eu gaguejava e não conseguia falar nada.

Gabi percebeu e tomou a frente.

Gabi: - Esse carro é dele, a gente queria entrar, então por favor, com licença.

Ele olhou pra mim de cima a baixo, depois pro carro, eu abaixei a cabeça por estar corado, ele disse então: - Com certeza playboy, foi mal ae, pode ir.

Eu sem olhar pra cima, abri o carro e entrei. Tremia muito, por meu carro ser automático, eu não tinha muito problema pra dirigir, mas eu me olhei no espelho e estava pálido.

Leandro: - Cara, você tá bem? Você não parece bem!

Eu: - Não, relaxa, to bem sim, só um pouco cansado. – Menti. Não gosto de mentir, mas não queria falar “Olha, aquele gostoso que tava parado no meu carro e me intimida, me da medo e tesão ao mesmo tempo.” Então a mentira soou bem pra mim.

Quando cheguei na minha casa, reparei que estava faminto, fui até a cozinha, esquentei o resto da janta do meus pais e comi. Tomei meu banho, mas estava com insônia, não conseguia parar de pensar naquele carinha, então eu fui fazer umas lições e dar uma lida até cair de sono, funcionou, mas muito tarde.

Na manhã seguinte, acordei me sentindo mal, não tinha conseguido dormir bem, até no meu sonho, aquela cara de mal me perseguia.

Então tomei meu café, depois meu banho, fui pro trabalho. Como estava com dor de cabeça, não estava tão animado quanto nos últimos dias. Mas tinha fechado uma venda grande, que me garantira uma boa comissão.

Sai do trabalho e fui pra aula direto, como cheguei cedo, escolhi a vaga. Na sala de aula, Lê e Gabi já conversavam, sorriram ao me ver, abracei os dois e ficamos conversando. A matéria daquele dia estava muito legal, então eu estava bem entretido na aula e não conversei tanto.

No intervalo, sentamos na escada de novo, novamente o cara emburrado nos olhava do mesmo bar do outro lado da rua, ele não conversava com seus amigos, só observava e eu olhei, mas ele não desviou o olhar, aquilo tava me assustando, então eu corei de novo e abaixei a cabeça.

Gabi: - Que foi hein Bru? Você tá estranho...

Leandro: - É cara, não quero ser chato não mano, mas você tá estranho.

Eu: - É dor de cabeça, não dormi nada essa noite.

Gabi: - Sei como é, eu sinto como se não dormisse há meses.

Leandro: - Eu então, fico o dia todo firme e forte, não posso vacilar, tenho que servir e limpar varias vezes, sempre com um sorriso no rosto.

Aquilo nos fez rir. Eles me faziam rir muito, eram muito bem humorados. Na hora de ir embora, fomos ao meu carro e lá estava do lado, o carro do cara emburrado e ele novamente estava encostado no meu, eu tava achando aquilo meio folgado, mas não quis falar nada, tinha medo dele ser estourado e dar merda.

Quando abri o alarme do meu carro ele desencostou. E ainda completou: - Desculpa ai playboy, sei que tá chato pra porra, mas esqueci que era seu carro.

Eu: - Sem problemas. – Eu estava me controlando pra não corar ali, respirei fundo e entrei.

Em casa, de novo me peguei pensando nele, mas eu tava cansado aquela noite, precisava dormir, então não demorei a dormir, dormi sem comer mesmo. De novo, sonhei com ele, sonhei que ele me batia sem razão aparente, aquilo me deixou com medo, acordei de madrugada e fui tomar água. Pensei “O que tá havendo comigo?”. Fui dormir de novo, mas meus pensamentos vieram: “Não fiz nada pra ele, quer dizer, eu acho.” “Espero ser coisa da minha cabeça”. Então dormi novamente.

_____________________________________________________________________________________________________

Até mais meus amigos, comentem e votem sempre, hein?

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Bruninhocv a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

concordo cm o garoto infernal, ele esta afim de vc, e qnt ao conto é mt bom, vc escreve de uma forma q qm ler consegue imaginar cada cena e cada pesso nota 10

0 0
Foto de perfil genérica

ops deixei meu lado analista se sobrepor denovo kkkkkkkk

o conto ta ótimo... quanto a tua timidez é parcialmente igual a minha, sou muito timido, só que sempre sei o que as pessoas querem então me ajuda um pouco!

0 0
Foto de perfil genérica

ele simplesmente ta afim de você... E o jeito "machão" dele camufla isso!

0 0