Never Let me Go

Um conto erótico de Bruninhocv
Categoria: Homossexual
Contém 1960 palavras
Data: 08/09/2012 00:11:14
Assuntos: Gay, Homossexual

Olá a todos, sou um grande fã dos contos aqui da “Casa dos Contos” e hoje, estou passando de leitor a escritor. Isso lógico, dependendo da aprovação que eu possa conseguir contando a vocês a minha história. Só pra esclarecer e evitar eventuais duvidas, a história é totalmente verídica, não farei adaptações nem nos nomes, acho justo deixar vocês a par de todos os fatos pra ser fiel á verdade. O primeiro capítulo é uma introdução a vocês, pra saber se a história vos é atrativa ou não. O título é uma singela homenagem a uma música que eu amo de paixão da banda Florence + The Machine.

Vamos lá então, Boa leitura pra vocês.

Meu nome é Bruno, o sobrenome prefiro reservar. A história se passou durante os anos de 2010 até recentemente. Sou de São Paulo, mais precisamente de Santo André no grande ABC.

Eu com meus recém completos 19 anos, nasci no mês de janeiro, cursando minha universidade, fazendo administração de empresas pra dar uma mão ao meu pai na nossa loja e quem sabe, futuramente, dar continuidade aos negócios. Eu estava no terceiro semestre da faculdade, devido ao fato de muitos alunos do meu curso acabarem desistindo, nós da turma da manhã fomos transferidos ao período noturno. Alguns acabaram tendo que trancar devido a isso, continuamos em 11, juntamos com a turma cheia do noturno e acredito que éramos quase 50.

Eu vivo com meu pai, Alex, desde que me conheço por gente estamos juntos. Ele é um pai maravilhoso, compreensivo, presente, amoroso, sempre me ensinou os valores que acreditava, me ensinou a ser bom, firme, eu sempre digo que meu pai foi e sempre será o primeiro homem da minha vida. Ele me criou sozinho, não foi fácil, minha mãe engravidou com 16 anos, logo que nasci, ela até tentou, mas não conseguiu viver a vida de mãe de família e me deixou com meu pai. Ele sofreu muito com o abandono, mas logo assumiu os dois papeis e muito bem por sinal. Ele também tinha 16 anos quando nasci então nossa diferença de idade é pouca, o que eu adoro, porque sempre pudemos fazer muitas coisas juntos, ele sempre teve pique.

Durante a vida, meu pai teve muitas mulheres, tentou e tentou, mas não conseguia se dar bem com nenhuma, até um dia que o peguei chorando muito e ele resolveu desabafar comigo, esclareceu que ele não se dava bem nos relacionamentos, porque era homossexual, sempre foi, tinha uma relação com um garoto na adolescência, a única vez que fez sexo com uma mulher na época, minha mãe, ela engravidou. Ele tentou viver uma vida heterossexual apenas para não me envergonhas e tal, não queria me dar esse desgosto, queria que eu tivesse uma vida normal. Eu tinha na época 14 anos, ele 30, eu aceitei numa boa, disse a ele que não tinha importância, que o amava do mesmo jeito. Desde então, ele se transformou em outra pessoa, não vivia mais uma mentira, agora ele podia ser ele mesmo.

Meu pai nunca foi afeminado, ao contrario, não tinha nenhum trejeito, com o passar do tempo, fomos conversando sobre coisas mais adultas e ele me revelou ser sempre ativo nas relações e etc. Um dia, ele me apresentou seu namorado, um rapaz bonito e simpático, o qual meu pai amava de mais. Meu pai sempre foi lindo, sempre cuidou muito do corpo, da barba, era vaidoso, era malhado, era um homem de muitos atributos.

Devido ao fato de ele ser dono de duas lojas de material de construção, sempre tivemos uma vida confortável financeiramente, principalmente por eu ser filho único, então sempre tive tudo, eu era mimado, mas não era fresco, gostava de bagunça, de churrasco com meus parentes mais pobres e etc.

Eu sempre soube que era gay, mas com 16 anos que resolvi contar ao meu pai. Expliquei a ele que não tinha nenhuma influencia de sua sexualidade, que desde que me conhecia por gente era daquele jeito e tal. Pelo fato de ele também ser homossexual e ter penado muito, ele aceitou tranquilamente, o que pra mim foi um alivio enorme.

O bom era que podia falar abertamente com meu pai, sobre achar homens bonitos, sobre gostar de homens, sobre tudo, então ele era meu melhor amigo com certeza, eu até tinha outros amigos, mas ele era o que eu mais prezava e amava, não tinha como não amar aquele super homem, superpai. As vezes a noite, ele ia até meu quarto e me beijava a testa, fazia cafuné, ele sempre foi tudo pra mim. O melhor era não ter que viver no armário, nem fazer cenas com garotas, nem nada, eu era o que eu era, e meu pai aceitava, isso é o sonho de qualquer gay, não ter pais gays mas sim ser aceito muito facilmente.

Alguns parentes pararam de falar conosco, acreditavam que éramos do Diabo ou algo do tipo, que era contagioso a homossexualidade. Quando fiz 17 anos, André o marido do meu pai, foi morar conosco, eu aceitei naturalmente, nossa casa era grande o suficiente para nós, mas nos mudamos para um apartamento por questão de segurança como dizia meu pai. André era dono de uma livraria grande, então era um homem muito culto, em seus 32 anos.

Eu amava viver ali naquela casa, com dois pais, gays, que me amavam muito, pois André também era muito meu amigo, muito presente na minha vida, me tratava feito filho mesmo, fazia todas as minhas vontades, me dava muitos livros. Sempre tive muito incentivo ao estudo, estudei em bons colégios, não os melhores, mais colégios bons, sempre acreditei que o aluno que faz o nome do colégio e não o contrario.

No vestibular, até cheguei a passar em uma universidade publica no Rio de Janeiro, mas não tinha coragem de deixar meus pais e principalmente, de morar em outro estado. Alem do medo do meu pai de me deixar sozinho em outra cidade em outro estado, então concordamos que eu faria uma faculdade particular perto de casa mesmo.

No meu aniversario de 18 anos, com as aulas quase chegando, ganhei meu primeiro carro pra poder me locomover facilmente aos lugares, eu não queria uma vida de playboyzinho não, então eu comecei a trabalhar com meu pai em uma das lojas como vendedor, eu gostava do que fazia, pelo menos eu tinha meu dinheiro, experiência e tudo mais. Como eu ganhava bem, eu podia pagar minha faculdade, os gastos com meu carro e outras coisas mais, mas eu ainda tinha uma “pensão” do meu pai todo mês, com aumento de 10% a cada 2 anos, que concordamos ser para a vida toda, ele dizia se sentir melhor assim. Não gostava de contrariá-lo, então topei.

Meu primeiro ano na faculdade foi tranquilo, sem grandes novidades, eu tinha alguns colegas, mas gostava mesmo era de conversar com o André e com meu pai. Eu saía da faculdade e ia direto pra loja, almoçava com meu pai e trabalhava até a noite, depois então, eu ia pra casa estudar e descansar.

Como naquele ano eu havia sido transferido pra noite na faculdade, eu podia dormir até um pouco mais tarde, ia pro trabalho e saía no final da tarde pra ir pra aula. O problema era que eu sempre fui muito tímido, então eu tremia na base só de pensar que havia sido transferido pro período mais cheio da faculdade, cheio de rapazes lindos e de meninas, eu temia muito.

No primeiro dia, minhas pernas estavam bambas em casa.

André: - Nossa Bruno, tudo isso é medo? Até parece que você entrou na faculdade agora.

Eu: - Nem fala Dé, você sabe como eu sou, tenho medo do desconhecido!

André: - Não tenha, eu acredito que tudo acontece por um motivo, acho que é assim porque tem que ser, fica tranquilo e vai a luta. Se você não gostar, muda de universidade ué.

Eu concordei com a cabeça, o que ele havia falado era totalmente verdade, se eu não me encaixasse, pediria transferência. Aquilo havia me tranquilizado, então eu tomei meu banho, jantei, peguei as chaves do meu carro e fui pra faculdade.

Lá, eu me sentia meio perdido pelo simples fato de não conhecer ninguém, meus amigos que estudavam de manhã, ou melhor, a coisa mais próxima de amigos, haviam saído da universidade pela indisponibilidade de estudar a noite. Então eu estava por minha conta.

Fui ao banheiro e me olhei no espelho, eu tinha medo da imagem que passava as pessoas, eu usava roupas de marca, mas não era pra aparecer nem nada do tipo, era apenas porque eu adorava aquele modelo de blusa e calça, alem daqueles tênis, eu andava sempre daquele jeito de roupas novas, tênis novos, carro e etc. Não queria parecer playboyzinho metido, apesar de saber que era o que as pessoas achavam de mim, mas poxa, eu era filho único de “dois empresários”.

Na sala de aula, eu fui um dos primeiros a entrar,eu cheguei muito adiantado, então pude escolher um lugar facilmente, não quis sentar no fundo e nem na frente, então escolhi o meio estrategicamente.

Do meu lugar, fui observando todos os rostos que entravam na sala, observando seus comportamentos, todos que me cumprimentavam me enchiam de perguntas, do tipo: “Você é novo?”. “Não ta na sala errada?”.

Alguns caras me chamaram atenção por sua aparência, outros por seu jeito, alguns me encantaram e outros me enojaram. Eu era meio fechado, era muito tímido, tinha medo de não ter atributos pra ser amigo das pessoas.

Uma menina simpática, sempre as meninas, né? Puxou assunto comigo ,seu nome era Gabriela, Gabi, ela era uma companhia muito boa. Falava bastante, mas pelo menos eu não me sentia excluído, as vezes via os olhares que eu ganhava das pessoas e isso só me fazia corar mais ainda. Gabi era bonita, nenhuma deusa, mas bonita e legal, ou seja, muitos rapazes gostavam dela na sala.

Na hora do intervalo, conversamos muito, nos conhecemos melhor, ela era recepcionista em um hospital próximo a minha casa e morava não muito longe de mim também, prontamente lhe ofereci uma carona na saída pra evitar o perigo de pegar ônibus aquele horário.

Estudar a noite, fazia eu me sentir mais... Adulto, eu diria. Na hora de ir pra casa, me sentia mais leve, fui com Gabi até meu carro, que estava estacionado no canto, bem no canto.

Gabi: - Nossa, não chegamos nunca no seu carro?

Eu: - Calma, estamos quase lá!

Gabi: - Tudo isso é pela sua timidez? Seu carro é velho, é isso?

Eu: - Não exatamente, não é velho, mas não é nenhuma Ferrari.

Eu tinha um Honda Fit que havia ganho naquele ano, 0km, era lindo, eu amava. Quando digo que eu arcava com os gastos, era apenas com a gasolina, porque o IPVA e o seguro eram caros de mais pra mim.

Gabi: - Nossa, retiro o que eu disse. Belo carro, você não quis chamar atenção por ser novo, é isso?

Eu: - Exatamente. Sou muito idiota?

Gabi: - Magina, eu te entendo, não é fácil, você não quer ser julgado... te entendo. Quantos anos você tem mesmo?

Eu: - 19.

Gabi: - Nossa, isso sim é vida, ganhar um carro desses de primeira.

Eu: - Não é meu primeiro carro, ganhei um palio ano passado de 18 anos, mas esse ano ganhei esse. – E sorri tentando ser simpático e não esnobe.

Isso me persegue como vocês veem, tenho muito medo de soar esnobe.

Deixei Gabi em sua casa e fui pra minha, me sentia cansado, física e psicologicamente. Chegando em casa, dei um beijo no André e no meu pai que assistiam TV e fui ao meu quarto, caí na cama e dormi, com a roupa que estava, sei que parece anti-higiênico mas já foi.

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Comentários

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wow que demais, meu sonho era ter pais gays!

que sorte você tem cara... #conto perfeito

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Pow se a introduçao ja ta assim, eu ja posso imaginar os proximos, sua historia promete. Parabens!

Tb adoro essa musica… =)

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seu começo foi bem interessante. e assim como o danny acho qu sua historia promete.

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adorei essa "introdução"..e creio que essa história promete!! aguardo a continuação!!!

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